quinta-feira, 9 de março de 2023

BMW M3 Sport Evolution 1990, Alemanha

 



















































BMW M3 Sport Evolution 1990, Alemanha
Fotografia




The BMW M3 first broke cover in 1985. By March of the following year, production had begun in earnest of the 5,000 examples required to homologate the model for the DTM series. Though it bore a striking resemblance to its base-model counterpart, many of the components were unique to the M3, including most body panels, brakes, and the 2,302-cc, four-cylinder S14 engine that lay at its heart.
Continually improved, the series peaked with the arrival of the Sport Evolution, a limited edition run of M3s that boasted an uprated 2,467 cc engine, adjustable front and rear splitters, and brake cooling ducts in place of the usual foglamps. Just 600 of these highly desirable variants were produced between December 1989 and March 1990.
This example was completed on 25 January 1990 and delivered via Helm Glöckler of Frankfurt am Main, where a handover inspection was carried out on 18 July 1990. The 2,000-kilometre first service took place a week later, followed by 13 service stamps in the intervening 32 years; the most recent service stamp is dated 13 May 2022. The car spent much of its life in the care of the Schmidt family—of DTM’s Schmidt Motorsport Technik fame—before being registered in the seller’s name as part of The M Power Collection on 2 December 2020.
Finished in Brillantrot, this top-of-the-range Sport Evolution boasts sought-after air-conditioning, Electronic Damper Control, and an electric sunroof, and is accompanied by its service book and manuals.

terça-feira, 7 de março de 2023

domingo, 5 de março de 2023

Edifício Automóvel Clube, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil


 



Edifício Automóvel Clube, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Belo Horizonte - MG
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: O edifício do Automóvel Clube de Minas Gerais encontra-se implantado na esquina das avenidas Afonso Pena e Álvares Cabral. Projetado por Luis Signorelli, sua construção foi iniciada em 1927, sendo inaugurado em 17 de dezembro de 1929. Possui partido arquitetônico quadrangular, com quatro pavimentos em estilo eclético. Imagem de 1933.

Avenida do Comércio, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil


 

Avenida do Comércio, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Belo Horizonte - MG
Édition de la Mission de Propagande
Fotografia - Cartão Postal

Praça Sete de Setembro, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil


 

Praça Sete de Setembro, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Belo Horizonte - MG
Fotografia - Cartão Postal

sexta-feira, 3 de março de 2023

Escultura "Boca Maldita", Curitiba, Paraná, Brasil

 







Escultura "Boca Maldita", Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia


Faz pouco mais de 20 anos que a "Boca Maldita" está banguela. Não, não me refiro à Confraria da Boca Maldita, formada por ilustres cavalheiros nascidos nesses úmidos e protestantes pinheirais. Nem aos senhores de idade que praticam a grande arte da maledicência na minúscula Avenida Luiz Xavier. Refiro-me à escultura homônima do artista plástico Elvo Benito Damo e do arquiteto Abrão Assad, erguida em honra do mais original dos territórios curitibanos.
A "Boca" dispensa apresentações. Já a tragédia que vitimou a escultura tende a cair no esquecimento. Em meados da década de 1980, Elvo e Abrão receberam a encomenda de um monumento à Boca Maldita. O dinheiro era de chorar. O tempo para entregar a obra, uma insanidade. "15 dias", lembra Elvo. A dupla dinâmica não fugiu à luta, cada um com seus motivos. Abrão foi praticamente o idealizador da Rua XV moderna. São invenção dele as cúpulas de acrílico roxo, viradas em moda no país todo. Por direito, tinha de participar do projeto "Boca". Quanto a Elvo, figura entre os escultores que mais ocuparam os espaços públicos paranaenses. O homem é um cisco. Assinar um trabalho no Calçadão era só o que lhe faltava.
Missão cumprida, com placa, discurso e coisa e tal. Mas é bom que se diga, o público não morreu de amores pela peça, mais estranha que o papa do Bosque João Paulo II. Foi como ouvir música dodecafônica pela primeira vez. Reza a lenda que até o Jaime Lerner estranhou, mas teria sonegado sua opinião ao saber o nome dos autores. Abrão fora seu parceiro na "primavera urbanística" dos anos 1970. E o Elvo é tão querido na cidade que falar mal dele equivale a xingar a santa mãezinha. Cala-te boca maldita.
"Boca Maldita", a obra, é formada por duas pedras de granito, uma delas com quase 4 metros de altura, em formato de...? Adivinhão. Na parte interna, trazia 47 pontas de bronze, com pátina verde, formando um dentrifício vociferante. Trazia. Mal foi inaugurada, a obra arrumou inimigos às pencas, pedindo a viva voz sua demolição irrestrita e imediata. Prefeririam, suponho, a Estátua da Liberdade da Havan ou o finado David do Café Maria.
No privado, falava-se da feiúra repulsiva da peça ou das escaramuças com Anfrísio Siqueira, criador da Confraria da Boca. Em público, alegava-se que alguma criancinha indefesa escalaria a obra, escorregaria e teria seus intestinos perfurados pelos dentes de bronze, tingindo de sangue o petit-pavé da Rua XV. Dava arrepios só de imaginar. Elvo propôs erguer o pedestal e pronto, mas ninguém lhe deu ouvidos. Sugeriu, então, fazer um paisagismo em redor, dificultando a suposta trepada de algum piá em fuga das atividades do Bondinho. Nada. Os detratores queriam desbeiçar a "Boca". Conseguiram.
Em 1995, a Justiça determinou que as pontas de bronze fossem arrancadas, "sem anestesia", cena que lembra o martírio de Fantine, em Os Miseráveis. Elvo, resignado, ainda guarda os dentes com ele, no ateliê do Parque São Lourenço, onde trabalha. Se um dia o implante for autorizado, fará a cirurgia de pronto, lançando mão dos avanços da ortodontia. No começo da contenda, reconhece, sofreu como um protético desempregado. Depois deixou para lá. OK, não esconde a curiosidade de saber o que os guias de turismo dizem quando apresentam a "Boca" aos forasteiros. Devem rezar para ninguém perguntar o que são aquelas duas pedras inacabadas. Vieram de Stonehenge? Eram os deuses astronautas? Tenham dó.
Se me permitem, a escultura original era um barato. Fim de tarde, quando o sol faz do Calçadão a rua de todos nós, os dentes de bronze reluziam, mexendo com nossos brios de operários em fim de expediente. Misto de citação a Picasso e aos quadrinhos, duas referências confessas de Elvo Benito Damo, "Boca Maldita" lembrava o que tão bem definiu Susan Sontag em muitos de seus ensaios: a arte serve para dilatar a realidade, e para nos fazer resistir aos saqueadores da mente. Com os dentes a peça era "boca dura". Sem elas, "boca mole".
Sugiro aos senhores manifestantes dos passes livres que peçam nos alto-falantes que a escultura do Elvo e do Abrão ganhe de novo cara de quem morde. E de quem grita. Berremos. Texto de J. C. Fernandes.