domingo, 15 de outubro de 2023

Rio Sapucaí, Itajubá, Minas Gerais, Brasil


 

Rio Sapucaí, Itajubá, Minas Gerais, Brasil
Itajubá - MG
Fotografia - Cartão Postal

Edgard Roquette-Pinto - Artigo


 

Edgard Roquette-Pinto - Artigo
Artigo


Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, capital do Império, no dia 25 de setembro de 1884. Filho do advogado Manuel Menélio Pinto Vieira de Melo e de Josefina Roquette Carneiro de Mendonça, após a separação de seus pais viveu na fazenda Bela Fama, de propriedade de seu avô materno, João Roquette Carneiro de Mendonça, no interior de Minas Gerais. Em seus primeiros anos, teve uma educação aristocrática, com preceptores, aulas de piano, francês, italiano e latim. Em 1896, com a crise da economia cafeeira, retornou ao Rio de Janeiro, pois seu avô vendera a fazenda. Naquele ano, iniciou o curso de humanidades no externato Aquino, um tradicional colégio de ensino secundário privado do país. Em 1901, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, especializando-se em medicina legal e concluindo o curso com a apresentação da tese Etnografia americana: o exercício da medicina entre os indígenas da América, em 1905. No mesmo ano, foi aprovado em concurso público para o posto de assistente de antropologia física e etnografia do Museu Nacional, e iniciou o estudo dos sambaquis no litoral do Rio Grande do Sul. Em 1908, tornou-se perito médico-legal do Instituto Médico-Legal do Rio de Janeiro, ligado ao Serviço Policial do Distrito Federal. Ao longo dos primeiros anos de sua vida profissional, participou de importantes reuniões científicas, destacando-se o IV Congresso Médico Latino-Americano, ocorrido no Rio de Janeiro (1909), e o I Congresso Universal das Raças, realizado em Londres (1911), em que esteve ao lado do diretor do Museu Nacional, João Batista de Lacerda, que defendeu a tese de branqueamento racial da população brasileira. Após esse evento, permaneceu na Europa em missão oficial, tendo frequentado aulas do fisiologista Charles Robert Richet, do zoólogo e parasitólogo Alexandre Joseph E. Brumpt, e dos fisiologistas Felix von Luschan, M. Tuffier e Perrier. De volta ao Brasil, em 1912, realizou uma expedição ao lado de Cândido Rondon à Serra do Norte, zona compreendida por partes de Mato Grosso, Amazonas, Pará, Acre e Guaporé (atual Rondônia), entre os rios Juruena e Madeira, reunindo dados sobre os indígenas parecis e nhambiquaras, até então isolados. Ao longo da expedição, realizou as primeiras gravações fonográficas de cânticos indígenas e coletou abundante material etnográfico, que foi posteriormente incorporado ao acervo do Museu Nacional. A partir desse levantamento, produziu o documento Nota sobre os índios nhambiquaras do Brasil central, que apresentou em congresso realizado em Londres, em 1912, e o livro Rondônia, que seria publicado em 1917. Em 1916, tornou-se professor de história natural na escola Normal do Distrito Federal e, em 1920, professor convidado da cadeira de fisiologia experimental, na Universidade Nacional do Paraguai. Em 1922, por ocasião da exposição internacional do centenário da independência, quando ocorreu a primeira transmissão oficial de rádio no Brasil, teve contato com a radiodifusão e, com apoio de Henrique Morize, presidente da Academia Brasileira de Ciências, fundou a rádio Sociedade do Rio de Janeiro. A rádio, cujo propósito original era promover a “educação em massa”, iniciou as transmissões no dia 7 de setembro de 1923, com programação elaborada por membros da Academia de Ciências. Em 1924, foi nomeado chefe da Seção de Antropologia, Etnologia e Arqueologia do Museu Nacional. Em 1926, assumiu o cargo de diretor interino do Museu Nacional do Rio de Janeiro, durante impedimento do cientista Arthur Neiva, tendo sido efetivado em 1927 pelo presidente Washington Luís (1926-1930). Em sua gestão, reformou grande parte do edifício do museu, realizou um amplo trabalho de divulgação científica, reformulou as salas de exposição das coleções etnográficas indígenas e regionais, constituiu uma grande coleção de filmes científicos, criou a Seção de Assistência ao Ensino e a Revista Nacional de Educação, publicada de 1932 a 1934. Em 1929, presidiu o I Congresso Brasileiro de Eugenia, em que polemizou com as teses eugênicas de Renato Ferraz Kehl, reafirmando a ausência da educação como o maior problema nacional. Em 1932, foi nomeado professor-assistente de história natural da escola secundária Instituto de Educação do Rio de Janeiro e, no ano seguinte, para exercer o cargo de chefe da Seção Técnica de Museus Escolares e Radiodifusão, do Departamento de Educação da Prefeitura do Rio de Janeiro. Ainda em 1933, criou uma rádio escola, de responsabilidade do município do Rio de Janeiro, cujo secretário de educação era Anísio Teixeira, intitulada Rádio Escola Municipal, rebatizada, em 1945, como rádio Roquette Pinto. Em 1935, por problemas de saúde, aposentou-se da direção do Museu Nacional. Em 1936, doou ao governo Getúlio Vargas a rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que enfrentava problemas financeiros e seria rebatizada como rádio MEC, com o compromisso de que atuasse somente como uma emissora voltada à educação popular, sem fins comerciais. Nesse mesmo ano, fundou o Instituto Nacional do Cinema Educativo e assumiu sua direção, com a missão de difundir nas escolas as atividades científicas e culturais realizadas no país, convidando o cineasta Humberto Mauro para esta empreitada. Foi ainda membro do Conselho Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (1938), vice-presidente do Conselho Nacional de Proteção ao Índio (1939) e presidente do Instituto Indigenista do México (1940), tendo sido ainda designado para o Departamento de Difusão Cultural (1950). Em 1948, foi indicado pelo ministro da Educação e Saúde, Clemente Mariani, para compor a Comissão de Organização do I Congresso Brasileiro de Antropologia. Em 1950, tornou-se articulista da coluna Notas e Opiniões, do Jornal do Brasil. No processo de redemocratização brasileiro, após a queda do Estado Novo, participou da fundação do partido Socialista Brasileiro (PSB), em 1947. Um dos mais reconhecidos intelectuais de seu período, no campo da antropologia dedicou-se aos estudos em antropologia física, mas destacou-se ainda por sua atuação na divulgação científica e na realização de programas educativos e culturais. Foi membro de inúmeras sociedades científicas, como Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Academia Brasileira de Ciências, Sociedade de Geografia, Academia Nacional de Medicina, além de associações culturais, nacionais e estrangeiras, como a Academia Brasileira de Letras, na qual foi empossado em 1928. Deixou uma vasta obra: Excursão à região das lagoas do Rio Grande do Sul (1912), Antropologia (Guia das coleções) (1915), História natural dos pequeninhos (1916), Elementos de mineralogia (1918), Dicionário histórico, geográfico e etnográfico brasileiro (1922), Contribution à l’anatomie comparée des races humaines (dissection d’une indienne du Brésil) (1926), Ensaios de antropologia brasiliana (1933) e Etnografia americana (1935), entre outros. Morreu no Rio de janeiro, em 18 de outubro de 1954.

Adhemar Ferreira da Silva - Artigo





Adhemar Ferreira da Silva - Artigo
Artigo



Adhemar Ferreira da Silva (1927-2001), nascido no bairro da Casa Verde, na cidade de São Paulo, foi o primeiro bicampeão olímpico do Brasil, ao conquistar a medalha de ouro no salto triplo nos Jogos Olímpicos de Helsinque (1952) e de Melbourne (1956).
Sua trajetória esportiva foi repleta de grandes conquistas. Ele quebrou cinco vezes o recorde mundial do salto triplo, foi o primeiro brasileiro a conquistar uma medalha de ouro em Jogos Pan-Americanos, em Buenos Aires (1951), foi dez vezes campeão brasileiro de atletismo e pentacampeão sul-americano. Ao todo, conquistou mais de 40 títulos e troféus. Um dos atletas brasileiros mais respeitados no cenário internacional, foi imortalizado no Hall da Fama da Federação Internacional de Atletismo em 2012.
Adhemar se destacou também em outras atividades. Integrou o elenco da peça “Orfeu da Conceição”, atuou no filme “Orfeu Negro”, foi adido cultural na Nigéria, professor de Educação Física e graduou-se em Direito e Relações Públicas.

Estação Inicial da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, Década de 1910, Porto Velho, Rondônia, Brasil


Estação Inicial da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, Década de 1910, Porto Velho, Rondônia, Brasil
Porto Velho - RO
Fotografia




Uma das capitais mais novas do país, Porto Velho foi fundada durante a construção da Ferrovia Madeira-Mamoré, na região entre os estados do Mato Grosso e do Amazonas. A construção da ferrovia estava prevista no Tratado de Petrópolis de 1903 e fazia parte das compensações dadas pelo Brasil à Bolívia em troca do Território do Acre, sendo fundamental para o escoamento da produção da borracha produzida pelos dois países pelo porto de Belém.
Porto Velho tornou-se capital apenas em 1943 com a criação do Território Federal do Guaporé e acompanhou a criação do Estado de Rondônia em 1982, cujo nome homenageia o Marechal Rondon.
Rondon foi o responsável por realizar uma série de expedições visando a demarcar fronteiras, construir linhas telegráficas na Região Norte na virada do século XIX para o XX, tendo criado ainda o Serviço de Proteção aos Índios em 1910, órgão precursor da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Petrobras 70 Anos - Artigo


 

Petrobras 70 Anos - Artigo
Artigo


Em 3 de outubro de 1953 foi publicada a lei que autorizava a criação da Petrobras. Em referência à data, o dia 3 de outubro foi escolhido para celebrar o Dia do Petróleo Brasileiro.
Na segunda metade da década de 1940, a proposta governamental para permitir a participação de capital estrangeiro na exploração do petróleo brasileiro gerou uma reação de diferentes grupos nacionalistas defendendo a monopolização estatal da atividade. Com o lema “O Petróleo é Nosso”, a Campanha do Petróleo foi uma das mais destacadas na história política brasileira, com manifestações pela imprensa e marchas pelas ruas.
Quando Getúlio Vargas assumiu a presidência da República em 1951, respondeu positivamente aos anseios dos nacionalistas e enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei para a criação da empresa Petróleo Brasileiro S.A, a Petrobras. Após um período de discussões parlamentares e de uma intensa campanha nas ruas, Vargas sancionou a lei n° 2.004, em 3 de outubro de 1953.
A Petrobras é uma sociedade de economia mista, de capital aberto, que tem como controladora a União. É a maior companhia de petróleo e gás do Brasil e uma das maiores empresas do ramo no mundo.

A Origem da Palavra “Volante” no Futebol Brasileiro - Artigo






A Origem da Palavra “Volante” no Futebol Brasileiro - Artigo
Artigo


Entre os milhões de documentos guardados pelo Arquivo Nacional demos de encontro com este que traz uma grande curiosidade sobre a história e a cultura do futebol no Brasil. Trata-se de um registro feito pelo Clube de Regatas do Flamengo, time mais popular do Brasil, confirmando que o atleta Carlos Martín Volante assinou contrato em 8 de outubro de 1938 e estava inscrito na então chamada Liga de Football do Rio de Janeiro. O documento é assinado pelo então presidente do Flamengo, Raul Dias Gonçalves, que esteve à frente do clube pelo prazo aproximado de 1 ano, em razão da renúncia de José Bastos Padilha, presidente histórico do rubro-negro.
Fora as curiosidades que gritam aos olhos mais atentos, como o endereço oficial do clube na época, o slogan que carregava parte de seu hino, os telefones com apenas seis dígitos e o design muito diferente dos dias de hoje, passaria despercebido um detalhe que acabou marcando o futebol brasileiro até hoje, sendo absorvido na fala de torcedores, jornalistas e de todos os que convivem com a cultura do esporte mais popular do país e que é objeto deste artigo: o sobrenome de Carlos acabou nomeando todo jogador que, até hoje, atua na função de meio-de-campo com importantes características defensivas de recuperação da bola frente ao adversário e início da construção de uma nova jogada para seu time. É possível dizer que toda equipe, da série A à série B, tem pelo menos um "volante" no seu plantel.
Nosso Volante, aqui protagonista de nosso texto, se destacou inicialmente pelo Lanús, da Argentina. Mais tarde, se transferiu para a Europa, onde atuou em equipes da Itália e da França, como Napoli (ITA), Livorno (ITA), Torino (ITA), Rennes (FRA) e Lille (FRA). Fato curioso é que, durante a Copa do Mundo de 1938, na França, mesmo ainda em atividade como jogador profissional, ele compôs a delegação brasileira na qualidade de massagista. Talvez os contatos e amizades feitas com os brasileiros influenciaram seu próximo passo: deixou a Europa no mesmo ano e veio para o Brasil para jogar os anos finais de sua carreira, chegando ao Flamengo no já citado ano de 1938 e ficando até 1943, quando se retirou dos gramados.
No rubro-negro, participou de quatro conquistas do Campeonato Carioca que, na época, possuía grande repercussão nacional. Volante encerrou sua carreira e aqui ficou, passando a treinador, comandando times como Internacional, Vitória e Bahia. Neste último, dirigiu o time na final da Taça Brasil de 1959. Quando a Confederação Brasileira de Futebol passou a considerar os títulos nacionais de 1959 a 1970 como campeonatos brasileiros, Volante entrou para história novamente, dessa vez como o primeiro treinador estrangeiro a conquistar tal competição, sendo igualado apenas 60 anos depois pelo português Jorge Jesus, vencedor em 2019 pelo Flamengo.
Em sua carreira como jogador nunca marcou muitos gols, mas quase sempre caiu nas graças dos torcedores de suas equipes por sua vontade, determinação e esforço a cada jogada, em todas as disputas pela posse da bola. Assim, os jogadores que o sucederam, que tinham caraterísticas semelhantes, passaram a ser chamados de "volantes" e isso acabou se naturalizando com o tempo, sem que as gerações seguintes se perguntassem o porquê de tal alcunha.
Ou seja, talvez até "sem querer" o argentino Carlos Martín Volante se tornou parte da história do futebol brasileiro.

Edifício Miguel Calluf / Lord Hotel / Hotel Eduardo VII, Anos 50, Curitiba, Paraná, Brasil


 



Edifício Miguel Calluf / Lord Hotel / Hotel Eduardo VII, Anos 50, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
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O prédio Miguel Calluf foi inaugurado como o luxuoso Lord Hotel, o primeiro 5 estrelas de Curitiba, em 1954. Depois virou o Hotel Eduardo VII, administrado por um grupo português nos anos 1990. 

Rua Ubaldino do Amaral com Amintas de Barros, 23/09/1929, Curitiba, Paraná, Brasil


 

Rua Ubaldino do Amaral com Amintas de Barros, 23/09/1929, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
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Nota do blog: À esquerda, imóvel que residiu o escritor Dalton Trevisan (na época pertencente a família de Alois Graf).

Rua Ubaldino do Amaral com Amintas de Barros, 13/04/1933, Curitiba, Paraná, Brasil


 

Rua Ubaldino do Amaral com Amintas de Barros, 13/04/1933, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
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Rua Ubaldino do Amaral, 1930, Curitiba, Paraná, Brasil

 


Rua Ubaldino do Amaral, 1930, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
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Nota do blog: À direita, imóvel que residiu o escritor Dalton Trevisan (na época pertencente a família de Alois Graf).