sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Exposição "Art of Love SP 2024", Avenida Paulista, São Paulo, Brasil



 

Exposição "Art of Love SP 2024", Avenida Paulista, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Coração integrante da Exposição "Art of Love SP 2024".
O nome do coração mostrado é "Mais que palavras, amar é um gesto", obra de Mena.
Localizado na avenida Paulista, número 1567.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.

Obras de Ampliação do MASP, 2024, São Paulo, Brasil


 

Obras de Ampliação do MASP, 2024, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand.
Nota do blog: Imagem de 2024 / Crédito para Jaf.

Templete / Tempietto / Respiradouro, Praça Alexandre de Gusmão, São Paulo, Brasil










Templete / Tempietto / Respiradouro, Praça Alexandre de Gusmão, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Imagens do Templete, curiosa edificação em forma de um "tempietto" (do italiano "pequeno templo") instalada num dos cantos da parte superior da praça.
Trata-se de algo que ninguém imagina em princípio, um respiradouro de ventilação do Túnel Nove de Julho que passa sob a praça.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Credito para Jaf.

Praça Alexandre de Gusmão, São Paulo, Brasil



























Praça Alexandre de Gusmão, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.
 

Méqui 1000 / McDonald's, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil

 


Méqui 1000 / McDonald's, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia



Uma casa, um banco e um fast-food: todos no mesmo lugar. Localizado na avenida Paulista, número 1811, o casarão que atualmente acomoda o Méqui 1000 chama a atenção das pessoas pela sua arquitetura e grandiosidade. Porém, para entender a essência do local, é necessário olhar um pouco para o passado e compreender a história dos estrangeiros que moraram ali.
A trajetória do casarão começa com o casal de imigrantes Josefina e Oscar. Ele, sírio e filho de ourives. Ela, italiana e filha de comerciantes. Dois vizinhos que se apaixonaram no Brasil, casaram-se na Itália e voltaram com a sua filha, Maria, em 1913. Chegando aqui, montaram uma loja de tecidos chamada Vila Paris, no bairro Bexiga, em São Paulo. Ele era responsável pelas compras do comércio, e Josefina era encarregada de costurar, bordar e atender os fregueses. Josefina e Oscar tiveram mais cinco filhos, Clélia, Orlando, Iolanda, Lina e Alzira.
Maria, a filha mais velha do casal, era apaixonada por música e se formou no Conservatório Dramático Musical, no centro da cidade. Foi aluna do musicólogo, poeta e escritor Mário de Andrade. Em meio a isso, era braço direito de sua mãe na loja de tecidos e, quando sobrava tempo, a auxiliava na produção de pães italianos para dar aos vizinhos. Além da música e dos pães, Maria também queria comprar uma casa na avenida Paulista, e para deixar esse sonho vivo, “colecionava almanaques durante sua adolescência pobre, porque sonhava em ficar rica e morar em uma mansão”, conta sua neta.
Muitas vezes, Maria ia com sua mãe até a rua 25 de Março auxiliar na compra dos tecidos para a loja da família. Lá, conheceu o comerciante Wagih Hannud, imigrante que veio ao Brasil e trabalhava como mascate, do mesmo jeito que seu pai, Oscar. O estrangeiro ganhou aprovação imediata de Josefina, e 12 anos mais tarde se tornaria o marido de sua filha.
Logo após o casamento de Maria e Wagih, em 1935, o casal foi morar no bairro Paraíso, e tiveram 4 filhos. Até que, no ano de 1944, surgiu uma grande oportunidade. Com a morte do antigo proprietário, a tão sonhada casa na avenida Paulista foi colocada à venda e o casal conseguiu comprá-la. Originalmente o local era no estilo de um chalé suíço, mas foi demolido e deu espaço para a construção do imóvel no formato que conhecemos hoje.
Para uma das netas do casal Hannud — a qual não quis se identificar —, existe uma passagem que mostra o significado do casarão na história da cidade e da própria família: “Os meus avós foram imigrantes que conseguiram morar num lugar caro, mas essa nossa origem distante se reflete em muitos bairros da cidade, com o mesmo encanto e importância. Os paulistanos não devem esquecer suas raízes, a imigração de pessoas e culturas são a alma de São Paulo.”
O projeto da residência demorou cerca de 5 meses para ser feito, e atendeu todos os desejos de Maria, que ainda tinha todos os recortes guardados. Para decorar a casa, a família contratou o inglês Mr. Ronald Upstone. Apesar da rapidez em desenhar a planta do imóvel, a construção do casarão levou quase 5 anos para ser completada.
Quando as obras terminaram, todos os eventos importantes da família eram comemorados lá. Aniversários, natais, viradas de ano e até reuniões para assistir à corrida de São Silvestre. Tudo era realizado no casarão com a presença de todos os familiares. Segundo a neta do casal, o que mais se destacava nesses encontros era Maria.
“Acho que se você fizer esta pergunta a qualquer familiar a resposta será que a lembrança mais forte é a dona Maria. Sua hospitalidade e generosidade somadas ao seu talento culinário são mais memoráveis do que a casa em si. Os almoços começavam na copa e dona Maria no fogão participava das conversas. Depois disso, seguíamos para a sala de jantar, numa mesa enorme, onde comíamos sem parar até tarde da noite (risos). O quintal era bem gostoso, e alguns almoços eram ao ar livre”, lembra a neta.
Uma das receitas mais tradicionais e que possui uma memória afetiva dentro da família Hannud é o cabrito que Maria aprendeu a fazer com o seu pai. As refeições tinham as raízes italianas e sírias de Josefina e Oscar, que foram se perpetuando ao longo das gerações.
O tempo passou e o casal idoso não conseguia mais se locomover com facilidade pelos ambientes por conta das grandes escadarias, o que os fez mudar casa. Devido a isso, resolveram comprar um apartamento no Morro dos Ingleses, na Bela Vista, onde se mudaram na década de 90 e viveram até meados dos anos 2000.
Após a saída do casal, a casa foi alugada para o banco Boston em 1996 e depois para o Itaú, até 2016, fato que dificultou o acesso da população ao interior do imóvel. Depois do contrato ter acabado, o casarão tornou-se um local requisitado para eventos de grandes empresas, como Nike e Netflix. A residência ainda se destacava na cidade devido as exuberantes decorações natalinas que eram feitas todos os anos. Em 2019, a propriedade foi alugada para o McDonald’s e comporta a milésima unidade da franquia no Brasil, nomeada Méqui 1000.
“Ao contrário de algumas críticas sobre a casa ser ocupada por um restaurante razoavelmente popular, os familiares que herdaram o imóvel só enxergam isso como positivo. Durante 20 anos o espaço foi ocupado por bancos, e a casa era praticamente impenetrável para a maioria da população. No 1º evento, realizado pela Nike, um rapaz da brigada de incêndio, sem saber que eu era uma das proprietárias, veio me falar sobre sua emoção em conhecer o local. Os eventos proporcionaram isto para muita gente, e agora com o restaurante um número muito maior de pessoas poderá ter acesso. Achamos isto o máximo.”, conclui a neta de Maria e Wagih.
Segundo João Branco, líder de marketing do McDonald’s, a escolha do local está relacionada com a história da marca e com a memória afetiva de muitos consumidores e fãs da franquia, já que a primeira unidade brasileira – inaugurada em 1981 – está localizada também na avenida Paulista, mas na esquina com a rua Joaquim Eugênio de Lima.
“É uma unidade muito especial, com todos os detalhes pensados para promover uma experiência marcante. Para isso, respeitamos a icônica arquitetura do imóvel e demos o nosso toque especial com uma decoração lúdica, ‘instagramável’ e com instalações que garantem mais interatividade, comodidade e conveniência”, conta Branco.
Em concordância com o desejo da atual herdeira, de transformar a antiga casa da sua família em um ambiente público e democrático, João Branco assegura que o estabelecimento atua como um ponto de encontro na movimentada avenida Paulista.
“Com o Méqui 1000, democratizamos esse imóvel e criamos um ponto de encontro que oferece experiências memoráveis. Para este projeto consideramos os diferentes públicos que passam pela Paulista, desde executivos e jovens durante a semana; até as famílias que frequentam a Avenida nos sábados e domingos.”
Para não perder a relação com a memória afetiva do imóvel, a empresa optou por manter intacta toda a sua arquitetura. “Nossa equipe de engenharia, junto ao arquiteto australiano que assina o projeto, Mark Landini, fizeram todas as análises e checagens para que pudéssemos manter a estrutura do casarão. A arquitetura externa e interna do imóvel, patrimônio afetivo da cidade, foi preservada, incorporando elementos do passado integrados a um design moderno e conectado com as demandas atuais. Mantivemos a fachada, a escadaria e outras estruturas que trazem a beleza arquitetônica ao local e que fizeram dali um espaço famoso entre os visitantes. Inclusive, o drive-thru do Méqui 1000 foi especialmente projetado, adequando-se à estrutura do imóvel”, conta Branco.
Outra meta importante da companhia é manter a tradição de decorar o estabelecimento durante as festas de fim de ano, especialmente durante o Natal. Branco ainda afirma que eles pretendem trabalhar ainda com comunicações especiais, para diferentes ocasiões. “Quem passa pela avenida Paulista, seja a passeio ou a trabalho, tem uma história afetiva com o local e as decorações natalinas com certeza fazem parte da memória de diversas gerações. Vamos mantê-las e queremos que esta unidade se transforme em um novo ponto de encontro das pessoas”, diz.
Resgata-se, assim, os quase 80 anos de uma narrativa que ilustra a história de SP. O casarão parece apenas outra propriedade, mas seus alicerces vão além disso. A miscigenação e a imigração dos mais diferentes povos e culturas estão inseridas na construção paulistana. Essa memória não se perde no tempo, mas se perpetua, mesmo com uma das mais globalizadas marcas mundiais instaladas no local. Texto de Anna Casiraghi, Camila Nascimento, Larissa Mariano, Marina Ponchio e Thiago Hideki Baba.
Nota do blog: Imagem de 2024 / Crédito para Jaf.

Imagens do Palacete Joaquim Franco de Mello, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil











Imagens do Palacete Joaquim Franco de Mello, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia





Texto 1:
Construído em 1905, tombado em 1992, foi prometido pelos políticos de sempre que as obras de restauro começariam em 2020, o que, claro, não aconteceu.
Hoje, 06/09/2024, as coisas continuam na mesma, zero mudança. Texto do blog.
Texto 2:
A importância do café como fonte de riquezas para o Brasil, e especialmente para o Sudeste, nos séculos 19 e 20, é fato que compõe o imaginário dos brasileiros, desde a sua passagem pelos bancos escolares. O sucesso da lavoura cafeeira no estado de São Paulo teve consequências importantes para a construção da economia e da política na região, tendo deixado marcas ainda visíveis em sua via mais famosa, a avenida Paulista.
Os barões e coronéis do café foram responsáveis pela primeira fase de ocupação da avenida, eminentemente residencial. Grandes e belos casarões foram nela construídos, o que a tornou palco da vida social, política e econômica daquela época.
A maioria desses casarões não resistiu ao tempo, mas alguns ainda persistem na avenida. Dentre eles, chama bastante atenção o palacete construído pelo coronel Joaquim Franco de Mello, em 1905, ainda em pé no atual número 1919 e que sempre pertenceu à mesma família.
O palacete foi erigido no centro de uma grande área verde. Sua arquitetura valeu-se do estilo eclético, muito popular à época, que mesclava influências do Rococó, do Barroco e do Renascimento, bem ao gosto burguês do período. Foi ampliado nos anos posteriores, o que o deixou com a configuração atual.
Ao longo dos anos seguintes, o bom andamento dos negócios com café e com loteamentos imobiliários enriqueceu a família. Nesse ambiente confortável, o coronel e a sua esposa, Lavínia, tiveram três filhos: Raphael, Raul e Rubens. Pai, mãe e Raphael, o filho mais velho, residiram no palacete até morrerem, em 1937, 1954 e 1978, respectivamente. Os outros dois irmãos, Raul e Rubens, voltaram a morar no casarão nas décadas de 1950 e 1980, respectivamente. Rubens trouxe consigo uma nova geração da família, na pessoa de seu filho Renato Franco de Mello.
Em 1992 o imóvel foi tombado pelos patrimônios municipal e estadual como "bem cultural de interesse histórico-arquitetônico e cultural". O tombamento foi colocado sob a responsabilidade do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).
À época, os proprietários alegaram que não tinham condições financeiras para manter o imóvel nos termos das condições impostas pelo tombamento, que determinavam que deveriam ser conservadas "todas as características internas e externas, a partir da reforma realizada em 1921, e a área verde que lhe é pertinente".
Nesse mesmo ano, os atuais proprietários, Rubens Franco de Mello e sua esposa, ajuizaram ação pedindo o reconhecimento da desapropriação indireta do imóvel, com a consequente indenização no valor do bem, dado que o tombamento lhes havia privado do exercício do direito de propriedade do imóvel e da possibilidade de exploração econômica.
Citando precedente judicial relativo à Casa Modernista de Gregori Warchavchik, os proprietários alegaram que a ocupação do casarão por uma só família não é mais financeiramente possível nos dias de hoje e que o tombamento havia tornado inviável a exploração de parte do imóvel por atividade com fins comerciais. Nesse contexto, o tombamento, embora, em princípio, não implique a perda de propriedade, impõe inúmeras limitações ao direito de propriedade.
A partir da década de 1990, Renato Franco de Mello passou a encabeçar a administração da casa. Para tentar angariar recursos para a manutenção do imóvel, cedeu o espaço para a promoção de eventos, festas, feiras de adoção de animais, bazares, peças de teatro e até para um sebo, algo que o tombamento não permitia e que lhe ocasionou notificações e multas sucessivas.
A sentença, de 1995, entendeu que o tombamento impunha restrição absoluta ao direito de propriedade e concedeu indenização aos herdeiros. Essa decisão foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), em acórdão de 1997. O Estado, inconformado, seguiu discutindo os valores a serem pagos pelo imóvel e a atribuição dos encargos/obrigações de manutenção da estrutura. Levou a questão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em valores atualizados, a indenização estaria em torno de R$ 110 milhões.
Rubens e Renato não chegaram a ver o desfecho final do processo, pois Rubens faleceu em 2006 e Renato em 2019.
Em junho de 2019, após 27 anos de litígios, o palacete passou das mãos dos herdeiros para o Governo Estadual, sob a responsabilidade da Secretaria Estadual da Cultura. O processo, contudo, segue em andamento, sendo discutido, agora, o destino da indenização.
Ao longo das três décadas de impasses, o imóvel aguardou, pacientemente, que tivesse fim a multiplicidade de fases processuais, de instâncias e de recursos de um processo em que uma petição inicial de quatro páginas deu origem a autos que, até o momento, já acumularam 18 mil páginas, em inacreditáveis 31 anos de tramitação.
Na última década, o Governo de São Paulo chegou a anunciar vários destinos para o casarão: museu de Ciências, museu da diversidade LGBT e museu gastronômico, dentre outros, mas ainda não deu início a nenhum desses projetos, apesar de já ser proprietário inconteste do imóvel há quatro anos.
A família Mello Franco, por sua vez, desejava que o imóvel fosse remobiliado, com móveis originais do início do século 20, dos quais eram proprietários, e que fosse transformado em uma casa-museu, para mostrar aos visitantes como viviam os moradores da avenida Paulista nos tempos áureos do café e da Belle Époque.
Enquanto aguarda um destino, seja ele qual for, o casarão segue fechado e em processo acelerado de deterioração. Sua história recente é mais um caso em que o tombamento, que deveria proteger o imóvel, para benefício cultural das gerações posteriores, acabou potencializando o efeito contrário: seu fechamento, inacessibilidade ao público e sua deterioração.
Em vista disso, infelizmente, no caso em questão, o tombamento e o surrealismo jurídico que se seguiu serviram apenas para a autojustificação da existência de todo o sistema administrativo e jurídico e para impedir que esse patrimônio se integrasse, organicamente, à vida quotidiana, algo bem distante dos efeitos pretendidos. Ao fim de três décadas, entretanto, permanecem firmes o desejo e a esperança de que, quando o palacete finalmente ganhar um destino, não seja tarde demais para a sua já tão comprometida arquitetura. Texto do Consultor Jurídico.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.

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