terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Propaganda "Biblioteca Pública", 1971, Editora Abril, São Paulo, Brasil


 

Propaganda "Biblioteca Pública", 1971, Editora Abril, São Paulo, Brasil
Propaganda


Vocês lembram das bancas de jornais e revistas que frequentávamos pela cidade?
Existiam diversas opções em Ribeirão Preto, especialmente na praça XV de Novembro e nas principais avenidas, ruas e praças.
E não eram só de revistas novas, haviam muitas que trabalhavam com publicações usadas/antigas, onde era possível comprar ou trocar (eu adorava frequentá-las, especialmente pelo preço mais barato).
Inclusive, muitas vezes, o dono da banca virava nosso amigo, pois ao menos uma vez por semana iámos lá comprar publicações (ele chegava até a guardar publicações para nós, conhecia nossas preferências e sabia que no dia de costume iriámos buscar).
Caso lembrem, coloquem nos comentários sua banca predileta e o nome do dono. As minhas bancas prediletas eram a do Mário (na avenida Independência), Balieiro (na praça XV de Novembro) e uma de revistas usadas que não lembro o nome (ficava em frente o Cine Centenário).
A imagem do post é de uma propaganda da Editora Abril de 1971. Utilizei para ilustrar o texto, trata-se de uma belissíma banca, com uma enormidade de jornais e revistas a disposição dos clientes.
É uma propaganda que me dá imensa saudade, entrar em uma banca era um prazer indescrítivel, lembro que me faltava dinheiro na época para comprar tudo o que eu tinha vontade, tamanha a quantidade e variedade de opções disponíveis.
Eu adorava comprar jornais, revistas, gibis, guias, almanaques, livros, fascículos de enciclópedias, figurinhas, etc.
Hoje, praticamente ninguém mais lê jornais e revistas (muito menos livros), as pessoas se informam quase que exclusivamente através de manchetes pela internet, redes sociais e pelo "WhatsApp" (a pior ferramenta para isso).
Entrar em uma banca nos dias atuais é completamente diferente de antigamente, com poucas opções, sem falar na queda de qualidade dos textos (como as publicações não vendem como antes, as editoras investem menos na qualidade de seus autores e publicações).
Além disso, as bancas que ainda resistem vendem de tudo: refrigerantes, acessórios para celulares, bijuterias, cigarros, brinquedos, doces, salgados, café, serviços, passagens de transporte público, etc, chegando ao cúmulo de venderem jornais velhos para animais fazerem suas necessidades mais caro que os próprios jornais do dia. Parecem mais lojas de conveniência do que bancas.
A venda de publicações já não é, há muito tempo, a principal fonte de renda deste tipo de negócio.
Infelizmente a tendência é, dia-a-dia, irem acabando as poucas boas publicações que ainda existem/resistem. Em breve serão apenas lembranças, como as maioria das fotos que vemos por aqui...

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