Avenida Borges de Medeiros, Circa 1930, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Fotografia
No final do século XIX, com o nome de General Paranhos, a Borges era um estreito beco que subia da Andrade Neves até a Rua Duque de Caxias e descia em outra fortíssima ladeira até a rua Coronel Genuíno. Por muitos anos, conviveu com três apelidos populares: Travessa do Poço, entre a Duque e a Riachuelo, Beco do Freitas, entre a Riachuelo e a Andrade Neves e Beco do Meireles, da Duque para o sul.
No governo de Otávio Rocha que a Borges de Medeiros foi pensada como obra de viação:
(...) " Ai será construído um viaduto de cimento armado, em arco abatido, por onde se fará a passagem da Rua Duque de Caxias (...) É uma obra de viação de grande relevo, porque vai encurtar o trajeto para todas as linhas de comunicação dos arrebaldes Menino Deus, Glória, Teresópolis e Partenon".
Em 1932 foi inaugurado o Viaduto Otávio Rocha, que permitiu unir o porto à zona sul, mudando consideravelmente o perfil urbano do centro da cidade. Foi uma obra conjugada com o aumento do trajeto da avenida, indo primeiro até a Praça Montevidéu e depois com sua extensão até a Praia de Belas, em 1943.
No início dos anos quarenta do século passado, começaram a surgir grandes espigões na Borges de Medeiros, fruto de incentivos fiscais concedidos pelas autoridades que queriam pressa na mudança da arquitetura da cidade. A resposta foi rápida e logo brotaram prédios com 10, 15 ou 20 andares, como o Sulacap, o Sul América, o União e o Vera Cruz, este último considerado, na época, um marco da arquitetura modernista.
Com o aterro na região do Praia de Belas, a Borges é ampliada até a Avenida Padre Cacique tendo como área limítrofe de lazer, o Parque Marinha do Brasil.
O atual nome é uma homenagem ao gaúcho Borges de Medeiros, presidente do estado entre 1898 e 1908 e no período de 1913 a 1928.
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