Viaduto Jandyra de Camargo Moquenco, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia
Muita gente não sabe, mas este viaduto já foi chamado de "Viaduto Presidente Sarney".
Tal nomeação foi uma das maiores jeguices da história de Ribeirão Preto.
Felizmente, ainda que a contragosto, repararam o erro.
Texto 1:
Sobre a troca do nome do viaduto:
O ex-presidente José Sarney deixará de ter seu nome homenageado no primeiro viaduto construído em Ribeirão Preto.
A prefeita da cidade, Dárcy Vera (PSD), publicou decreto na edição do Diário Oficial do Município de 17/06/2016, oficializando a alteração do nome do viaduto, inaugurado em 1986, quando Sarney era presidente da República.
A retirada do nome do ex-presidente do viaduto, que interliga as avenidas Meira Júnior e Independência, já tinha sido aprovada pela Câmara em 2009, mas não tinha sido sancionada pela prefeita.
Dárcy e seu secretariado passaram a ser cobrados da mudança de nome após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ter enviado na última semana ao STF pedido de prisão do ex-presidente, do presidente do Senado, Renan Calheiros, e do senador Romero Jucá, todos peemedebistas.
Há dois anos, um protesto já havia rebatizado o viaduto.
À época da aprovação, a Câmara usou como argumento para a alteração denúncias envolvendo o peemedebista, então presidente do Senado, como a nomeação de assessores por meio de atos secretos.
Com a decisão, o viaduto passará a se chamar Jandyra de Camargo Moquenco, ex-diretora do jornal "A Cidade", que morreu em 2009.
João Gilberto Sampaio, prefeito da cidade entre 1983-1988 e responsável pelo batismo, disse quando a Câmara aprovou a alteração que "talvez fizesse o mesmo". "Naquela época (anos 80), o Sarney estava no auge e ia relativamente bem", disse à época. Texto de Marcelo Toledo.
A prefeita da cidade, Dárcy Vera (PSD), publicou decreto na edição do Diário Oficial do Município de 17/06/2016, oficializando a alteração do nome do viaduto, inaugurado em 1986, quando Sarney era presidente da República.
A retirada do nome do ex-presidente do viaduto, que interliga as avenidas Meira Júnior e Independência, já tinha sido aprovada pela Câmara em 2009, mas não tinha sido sancionada pela prefeita.
Dárcy e seu secretariado passaram a ser cobrados da mudança de nome após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ter enviado na última semana ao STF pedido de prisão do ex-presidente, do presidente do Senado, Renan Calheiros, e do senador Romero Jucá, todos peemedebistas.
Há dois anos, um protesto já havia rebatizado o viaduto.
À época da aprovação, a Câmara usou como argumento para a alteração denúncias envolvendo o peemedebista, então presidente do Senado, como a nomeação de assessores por meio de atos secretos.
Com a decisão, o viaduto passará a se chamar Jandyra de Camargo Moquenco, ex-diretora do jornal "A Cidade", que morreu em 2009.
João Gilberto Sampaio, prefeito da cidade entre 1983-1988 e responsável pelo batismo, disse quando a Câmara aprovou a alteração que "talvez fizesse o mesmo". "Naquela época (anos 80), o Sarney estava no auge e ia relativamente bem", disse à época. Texto de Marcelo Toledo.
Texto 2:
Sobre a homenageada:
Morreu em 05/08/2009, aos 88 anos, a diretora de honra do jornal "A Cidade", Jandyra de Camargo Moquenco. Ela estava internada no hospital Beneficência Portuguesa e teve uma parada cardíaca no início da madrugada.
Jandyra era filha do jornalista Orestes Lopes de Camargo e de Maria Casagrande Lopes, que assumiram o comando do jornal em 1936, e viúva de José Moquenco Pardal. Ela tinha quatro filhos, oito netos e seis bisnetos.
Jandyra esteve à frente de "A Cidade" durante 64 anos. Entre 1940 e 2004, foi linotipista, diretora comercial e organizava, pessoalmente, a logística de entrega dos jornais - o que incluía jornadas que começavam às 4h. Também foi professora de português do Senac, nas décadas de 30 e 40. Texto da Folha de São Paulo.
Jandyra era filha do jornalista Orestes Lopes de Camargo e de Maria Casagrande Lopes, que assumiram o comando do jornal em 1936, e viúva de José Moquenco Pardal. Ela tinha quatro filhos, oito netos e seis bisnetos.
Jandyra esteve à frente de "A Cidade" durante 64 anos. Entre 1940 e 2004, foi linotipista, diretora comercial e organizava, pessoalmente, a logística de entrega dos jornais - o que incluía jornadas que começavam às 4h. Também foi professora de português do Senac, nas décadas de 30 e 40. Texto da Folha de São Paulo.
Texto 3:
Sobre a homenageada:
Todos os funcionários de dona Jandyra de Camargo Moquenco, a primeira linotipista mulher do país e proprietária do centenário jornal "A Cidade", em Ribeirão Preto, eram tratados por ela como "meus meninos".
E, se os meninos dela estivessem certos, ela os defenderia até o fim, lembra a filha Vera. Não foram poucas as vezes em que dona Jandyra peitou autoridades na cidade pelos seus repórteres.
Certa vez, expulsou a vassouradas políticos que foram até o jornal reclamar de textos que os incomodavam. Filha de um guarda-livros que saiu de SP para se aventurar em Ribeirão e que acabou comprando o jornal com a renda das marmitas que a mulher vendia, Jandyra começou cedo a trabalhar -fez de tudo na profissão, até dobrar e entregar jornal. Por um tempo, a família morou em cima da empresa.
"Quando as máquinas paravam, todo mundo acordava e esperava dez minutos para voltarem. Se não voltassem, alguma coisa estava errada, e a família descia para ver o que era", lembra Vera.
Jandyra costuma ir ao jornal todos os dias e, mesmo aos 88 anos, a última palavra nos negócios ainda era dela - hoje, o jornal é da EPTV (afiliada da Globo). "Ela era uma pessoa ultrassimples, mas de gestos nobres", diz o neto Zeca. Trecho de texto de Estêvão Bertoni.
E, se os meninos dela estivessem certos, ela os defenderia até o fim, lembra a filha Vera. Não foram poucas as vezes em que dona Jandyra peitou autoridades na cidade pelos seus repórteres.
Certa vez, expulsou a vassouradas políticos que foram até o jornal reclamar de textos que os incomodavam. Filha de um guarda-livros que saiu de SP para se aventurar em Ribeirão e que acabou comprando o jornal com a renda das marmitas que a mulher vendia, Jandyra começou cedo a trabalhar -fez de tudo na profissão, até dobrar e entregar jornal. Por um tempo, a família morou em cima da empresa.
"Quando as máquinas paravam, todo mundo acordava e esperava dez minutos para voltarem. Se não voltassem, alguma coisa estava errada, e a família descia para ver o que era", lembra Vera.
Jandyra costuma ir ao jornal todos os dias e, mesmo aos 88 anos, a última palavra nos negócios ainda era dela - hoje, o jornal é da EPTV (afiliada da Globo). "Ela era uma pessoa ultrassimples, mas de gestos nobres", diz o neto Zeca. Trecho de texto de Estêvão Bertoni.
Nota do blog: Imagens de 2024.
Nenhum comentário:
Postar um comentário