Paróquia São Benedito, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, Brasil
Santa Cruz do Rio Pardo - SP
Fotografia
Origem da Capela de São Benedito:
Uma informação importante a ser considerada como origem da Capela de São Benedito é a de que Santa Cruz do Rio Pardo teve a Irmandade do Rosário, ou São Benedito dos Homens Pretos, formada por negros escravos e forros, com sede no Largo do Rosário – atual Praça Otaviano Botelho de Souza, local destinado para reuniões, festejos, e atenções aos desvalidos.
A Irmandade do Rosário, ou São Benedito dos Homens Pretos, teve presença em Santa Cruz do Rio Pardo desde as chegadas das primeiras famílias, por volta de 1856, e foi exemplo de auxílio mútuo aos necessitados, com propósitos não apenas de libertação da escravatura, mas de atenções aos inválidos, expostos e anciãos desamparados.
Assunto polêmico, todavia não se pode ignorar a presença da Irmandade em Santa Cruz do Rio Pardo, pois os escravos trazidos para a região procediam do sul mineiro, onde historicamente ativas as congregações de forros e cativos, "como, por exemplo, a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário", também conhecida como de São Benedito dos Homens Pretos.
Com a Lei Áurea a confraria abriu-se à comunidade branca, sem perder as características caritativas.
A partir de 1893, a praça passou oficialmente a se chamar Praça Coronel Marcelo Gonçalves. Mesmo com a nova denominação, o povo santacruzense continuou a chamá-la “Praça 13 de Maio” e mais tarde, ao patrono dos negros, de ”Praça São Benedito”.
A partir de 1893, a praça passou oficialmente a se chamar Praça Coronel Marcelo Gonçalves. Mesmo com a nova denominação, o povo santacruzense continuou a chamá-la “Praça 13 de Maio” e mais tarde, ao patrono dos negros, de ”Praça São Benedito”.
Naquela praça, os negros se reuniam num terreno, mas queriam um abrigo para lhes servir de templo, para a prática de seus cultos e festas sob a proteção de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito. Para a Irmandade, a construção da capela era uma necessidade de compartilhar os interesses coletivos num espaço que lhes garantisse certa segurança. A construção de um templo religioso era um meio de alcançar maior liberdade de ação.
A Irmandade subsistiu por alguns anos após a abolição e depois se transformou numa associação religiosa católica.
Em 14/03/1903, o jornal “Correio do Sertão” publicou o "Estatuto de Compromisso da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito", dizendo que a irmandade aceitava pessoas de qualquer sexo,idade e condição social, mas tinha que ser católico apostólico romano, pagar joia e mensalidade.
A Irmandade subsistiu por alguns anos após a abolição e depois se transformou numa associação religiosa católica.
Em 14/03/1903, o jornal “Correio do Sertão” publicou o "Estatuto de Compromisso da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito", dizendo que a irmandade aceitava pessoas de qualquer sexo,idade e condição social, mas tinha que ser católico apostólico romano, pagar joia e mensalidade.
O estatuto foi lavrado em 11/01/1903, por Benedito Marques, secretário, assinado pelo vigário Francisco Botti, Silvestre Setti, Francisco Pinto Ferreira e José Sebastião de Oliveira, cuja ata aprovada foi encaminhada cópia ao arquivo da Câmara Eclesiástica.
Atuação da Ordem Dominicana em Santa Cruz do Rio Pardo:
Tudo começou na cidade de Bolonha, norte da Itália, no mês de abril de 1936, na qual dom Carlos Duarte Costa, bispo de Botucatu, estava de passagem naquela cidade. Visitando a Igreja San Domenico, convidou os dominicanos italianos para uma fundação missionária em Ourinhos, na sua diocese.
Viajando no navio Augustus da frota italiana, frei Domingos Acerbi e frei Miguel Lanzani tiveram longos diálogos com pessoas do Brasil. Colocava-se o problema: ir tomar posse da paróquia de Ourinhos ou procurar outro destino. Um alto diplomata, Dr. Aranha se interessou e se comprometeu com o caso junto ao grande industrial paulista Francisco Matarazzo, de origem italiana. Quatro dias depois do desembarque os religiosos se encontraram com o Conde Matarazzo que, depois de alguns dias de reflexão, sugeriu que se estabelecessem em Santa Cruz do Rio Pardo, localidade por ele muito conhecida, por ter instalado aqui sua indústria.
Atuação da Ordem Dominicana em Santa Cruz do Rio Pardo:
Tudo começou na cidade de Bolonha, norte da Itália, no mês de abril de 1936, na qual dom Carlos Duarte Costa, bispo de Botucatu, estava de passagem naquela cidade. Visitando a Igreja San Domenico, convidou os dominicanos italianos para uma fundação missionária em Ourinhos, na sua diocese.
Viajando no navio Augustus da frota italiana, frei Domingos Acerbi e frei Miguel Lanzani tiveram longos diálogos com pessoas do Brasil. Colocava-se o problema: ir tomar posse da paróquia de Ourinhos ou procurar outro destino. Um alto diplomata, Dr. Aranha se interessou e se comprometeu com o caso junto ao grande industrial paulista Francisco Matarazzo, de origem italiana. Quatro dias depois do desembarque os religiosos se encontraram com o Conde Matarazzo que, depois de alguns dias de reflexão, sugeriu que se estabelecessem em Santa Cruz do Rio Pardo, localidade por ele muito conhecida, por ter instalado aqui sua indústria.
De outro lado, em Santa Cruz do Rio Pardo já estavam as irmãs espanholas da Companhia de Maria, vinculada aos jesuítas. Os religiosos foram a Botucatu para conversar com o bispo e solicitar a mudança de paróquia, recebendo resposta positiva.
No dia 10/09/1936 chegaram os quatro frades dominicanos, cheios de ardor missionário, os sacerdotes: frei Domingos Acerbi e frei Miguel Lanzani e os irmãos cooperadores: frei Guala Ferraro e frei Simão Dorvi. Uma vez negociada com o bispo a mudança para Santa Cruz do Rio Pardo, era necessária a comunicação com a Província, com a Cúria Generalícia e com a Congregação do Concílio.
Frei Miguel deixou escritas estas palavras: “Lá chegando, fomos visitar nossa Catedral (a Capela de São Benedito).Tomamos posse do nosso palácio e fomos dormir!”
Eles moraram numa casa na atual avenida Dr. Pedro Camarinha, defronte a atual Gráfica Viena.
No dia 21/01/1937, a paróquia foi entregue à Ordem Dominicana, sendo o décimo sétimo vigário, frei Miguel Lanzani que tomou posse da Paróquia de São Sebastião (erguida em 1873), substituindo frei José Montezuma que foi transferido para a cidade de Piratininga.
A praça da Capela de São Benedito durante muitos anos foi muito arborizada, com bancos de cimento, muitos brinquedos para as crianças e a Capelinha. Tudo pertencia a Paróquia São Sebastião. Aos domingos vinha um padre dominicano celebrar a missa.
Testemunho de frei Cardoso: “Em 1962 o padre provincial dos dominicanos pediu para que eu viesse trabalhar na Paróquia de São Sebastião, que na época abrangia todo o território de Santa Cruz do Rio Pardo. Por 4 anos exerci este ministério. Existia apenas a Paróquia de São Sebastião, as capelas urbanas de São Benedito e São José. Na zona rural eram 32 capelas. Eu fiquei encarregado de exercer o ministério na Capela São Benedito e também ajudar as capelas rurais.
Na Capela de São Benedito dava assistência religiosa e pastoral às catequistas, aos congregados marianos, as filhas de Maria, entre outros. Aos domingos celebrava a missa, às 9 horas.”
A Paróquia São Benedito:
No ano de 1963, passada a eleição municipal, uma comissão dirigiu-se à Diocese de Botucatu, onde solicitou ao arcebispo Dom Henrique Heitor Goland Trindade, o desmembramento da Paróquia de São Sebastião. Foi a Capelinha de São Benedito, a escolhida para acolher a nova paróquia que se formava. Em 20/03/1966 foi oficialmente criada a Paróquia de São Benedito, tendo como primeiro pároco o padre diocesano Ivo Doreto Camparini. Trecho de texto da Diocese de Ourinhos.
Localizada na praça Octaviano Botelho de Souza.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.
No dia 10/09/1936 chegaram os quatro frades dominicanos, cheios de ardor missionário, os sacerdotes: frei Domingos Acerbi e frei Miguel Lanzani e os irmãos cooperadores: frei Guala Ferraro e frei Simão Dorvi. Uma vez negociada com o bispo a mudança para Santa Cruz do Rio Pardo, era necessária a comunicação com a Província, com a Cúria Generalícia e com a Congregação do Concílio.
Frei Miguel deixou escritas estas palavras: “Lá chegando, fomos visitar nossa Catedral (a Capela de São Benedito).Tomamos posse do nosso palácio e fomos dormir!”
Eles moraram numa casa na atual avenida Dr. Pedro Camarinha, defronte a atual Gráfica Viena.
No dia 21/01/1937, a paróquia foi entregue à Ordem Dominicana, sendo o décimo sétimo vigário, frei Miguel Lanzani que tomou posse da Paróquia de São Sebastião (erguida em 1873), substituindo frei José Montezuma que foi transferido para a cidade de Piratininga.
A praça da Capela de São Benedito durante muitos anos foi muito arborizada, com bancos de cimento, muitos brinquedos para as crianças e a Capelinha. Tudo pertencia a Paróquia São Sebastião. Aos domingos vinha um padre dominicano celebrar a missa.
Testemunho de frei Cardoso: “Em 1962 o padre provincial dos dominicanos pediu para que eu viesse trabalhar na Paróquia de São Sebastião, que na época abrangia todo o território de Santa Cruz do Rio Pardo. Por 4 anos exerci este ministério. Existia apenas a Paróquia de São Sebastião, as capelas urbanas de São Benedito e São José. Na zona rural eram 32 capelas. Eu fiquei encarregado de exercer o ministério na Capela São Benedito e também ajudar as capelas rurais.
Na Capela de São Benedito dava assistência religiosa e pastoral às catequistas, aos congregados marianos, as filhas de Maria, entre outros. Aos domingos celebrava a missa, às 9 horas.”
A Paróquia São Benedito:
No ano de 1963, passada a eleição municipal, uma comissão dirigiu-se à Diocese de Botucatu, onde solicitou ao arcebispo Dom Henrique Heitor Goland Trindade, o desmembramento da Paróquia de São Sebastião. Foi a Capelinha de São Benedito, a escolhida para acolher a nova paróquia que se formava. Em 20/03/1966 foi oficialmente criada a Paróquia de São Benedito, tendo como primeiro pároco o padre diocesano Ivo Doreto Camparini. Trecho de texto da Diocese de Ourinhos.
Localizada na praça Octaviano Botelho de Souza.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.
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