quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Casa do Grito, Parque da Independência, São Paulo, Brasil
























Casa do Grito, Parque da Independência, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Texto 1:
A Casa do Grito, parte integrante do Museu da Cidade de São Paulo, tem sido motivo de pesquisas sistemáticas sobre seu valor histórico como técnica construtiva, a fim de desvinculá-la do cenário da Proclamação da Independência ocorrida em 1822. Em 1911, foi adquirida pela família Tavares de Oliveira, e desapropriada pela prefeitura em 1936. Abandonada até 1955, foi restaurada, ligando-a à comemoração do IV Centenário de São Paulo. Em 1958, tornou-se o Museu do Tropeiro. Após críticas, foi desmontado e o local restaurado. Em 2008, a casa foi reinaugurada, integrada ao Parque da Independência. Texto do Visite Museus.
Texto 2:
Em 1 de agosto de 1969, o jornal O Estado de São Paulo convidava seus leitores a visitar a Casa do Grito, na coluna "Não fique em casa domingo", descrevendo-a como aquela que aparece no conhecido quadro que retrata a cena (da Independência), de autoria de Pedro Américo. A casa localiza-se bem perto do lugar onde D. Pedro teria proclamado a Independência do Brasil, ao lado do Monumento comemorativo do episódio. A modesta construção de pau a pique, ou taipa de mão, de 11 metros de frente e 9,75 metros de fundos é um exemplar da arquitetura e dos modos de construir do século XIX. Ao longo dos anos, a casa foi habitada por diferentes proprietários e seu documento mais antigo data de 1844.
Nas dependências da residência, encontravam-se originalmente salas, venda, três quartos, despensa e cozinha. Sabe-se que a casa recebia tropeiros que passavam pela rota de Santos, no Caminho do Mar, e funcionava como uma pequena estalagem e cocheira.
Desapropriada pelo poder público em 1936, ela foi relegada ao abandono. Essa situação se estendeu até 1955, quando foi proposto o primeiro restauro da edificação, inspirado pelas movimentações recentes do IV Centenário da Cidade de São Paulo. A iniciativa do jornal A Gazeta e da Sociedade Geográfica Brasileira baseava-se na atribuição de um valor histórico às técnicas construtivas, bem como à sua situação especial em relação aos eventos históricos do país.
Ao fim da obra, a Casa do Grito foi reaberta em 1958. Dentre as alterações realizadas na edificação, uma chama a atenção: a criação de uma pequena janela na fachada voltada à Avenida Dom Pedro I, a fim de associá-la à representação de Pedro Américo. A partir desse falseamento, a janelinha entre as duas águas do telhado ajudou a compor uma imagem que praticamente transportaria o visitante ao cenário da Independência. Quase trinta anos depois, a casa passou por um novo restauro a cargo do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) da Prefeitura Municipal de São Paulo. A nova intervenção, feita nos anos 1980, procurava corrigir os excessos cometidos anteriormente. A janelinha, então, desapareceu e seu programa como patrimônio edificado público passou a ser direcionado à ênfase na técnica construtiva do pau a pique. Texto de Isis Kanashiro J. A. Soares / Demonumenta.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário