sábado, 1 de março de 2025

Praça Zacarias, 1959, Curitiba, Paraná, Brasil


 

Praça Zacarias, 1959, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia

"Alguém, daqueles com menos de cinquentinha nos costados, pode imaginar que na frente do local onde hoje está a Lancaster, tradicional confeitaria curitibana, nos idos de 1959 havia uma parada de ônibus? Acredito que alguns dos nossos membros, quando crianças ou adolescentes, fizeram parte dessa simpática e bem ordenada fila de passageiros. A parada de ônibus já não está mais ali, mas a doceria mantém uma clientela cativa e fiel às guloseimas que tão bem ali são preparadas."
Nota do blog 1: Poucos sabem que no alto do edifício que aparece ao fundo (João Alfredo), havia uma antena de FM, talvez a primeira de Curitiba, pertencente à Rádio Marumby. "Lincava" o estúdio com o transmissor de Ferraria nos anos 1960. Em geral, o som era ligado ao transmissor por linha telefônica, mas a qualidade ficava "insuperável" quando usada a antena de FM. O ex-deputado Jorge Nassar, que tinha um programa naquela emissora, exigia a utilização do equipamento, obrigando a uma sucessiva operação de liga-desliga. Com isso, seu "vozeirão" ficava "insuperável". Texto de Noel Samways.
Nota do blog 2: A praça Zacarias na década de 1950 e 1960 era um terminal de ônibus. Na face interna, havia pelo menos 3 pontos de ônibus começando com a linha Água Verde. Possivelmente, na sequência, poderiam estar Bancários e Santa Quitéria. Na outra face da praça paravam os ônibus do Batel - Seminário e Rua XV - Vicente Machado. Os demais ônibus da região Sul, como Portão, paravam na Desembargador Westephalen, do lado direito, que também funcionava como terminal entre a praça Zacarias e a rua Pedro Ivo. Texto de Giuseppe Todeschini.
Nota do blog 3: Na foto do post, é possível ver um dos ônibus parado no terminal. Ao lado da atual Lancaster havia um açougue famoso, imenso, que vendia todo tipo de carne, até aves. A Casa Pernambucanas existia ali esquina desde sempre. No prédio antigo à frente, à direita havia uma loja com muito movimento, possivelmente de vestuário. Numa portinha com corredor que dava acesso aos andares superiores havia uma banca de revistas. O proprietário, que se movimentava de muletas pois havia sofrido um acidente, atendia a todos com atenção e conhecia os clientes pelo nome (Barros, fraturou a perna jogando futebol pelo Operário do Ahú, a banca foi comprada com a ajuda dos companheiros de time em razão do problema). Ao fundo, o edifício João Alfredo construído no início da década de 1950. Texto do Giuseppe Todeschini.
Nota do blog 4: O presente post reproduz fotomontagem e texto de Marcos Nogueira. Para quem não conhece, ele realiza minuciosas pesquisas e "reconstrói" edificações históricas com quase todos os detalhes originais, usando como base fotos de época, além de também inserir essas mesmas construções antigas em cenários atuais, mostrando onde eram localizadas. Um trabalho belíssimo que merece ser compartilhado e conhecido.

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