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sábado, 9 de março de 2024

Antiga Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Esperança, Pinhais, Paraná, Brasil

 


Antiga Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Esperança, Pinhais, Paraná, Brasil
Pinhais - PR
Fotografia


Texto 1:
A igreja de Nossa Senhora da Boa Esperança foi construída em 1927 no estilo gótico. O pequeno prédio foi erguido para a realização do casamento de Umberto Scarpa com Adelaide Weiss, filha de Guilherme Weiss que na época era o dono do território que hoje corresponde a Pinhais e Piraquara. Logo após a cerimônia, o templo foi doado à comunidade.
A imagem da Santa só ocupou o altar da igreja em 1930, quando José João Sordo doou a estátua vinda da Itália em 1900. Com a emancipação de Pinhais, Nossa Senhora da Boa Esperança passou a ser considerada padroeira da cidade. Em 1967, a igreja passou a ser administrada pela Mitra de Curitiba e virou paróquia.
Devido ao aumento do número de fiéis ao longo dos anos, deu-se a necessidade de construir um espaço maior para a realização das missas e celebrações.
Para que fosse construída a nova igreja, era preciso que se demolisse a antiga. Como o prédio faz parte da história do município, a construção antiga foi tombada em 2002 e doada a uma fundação local. Em troca, a empresa doou o terreno onde o novo templo foi erguido. Texto do Bem Paraná adaptado para o blog por mim.
Texto 2:
É um dos primeiros monumentos construídos na cidade e foi feito para o casamento de Humberto Scarpa e Adelaide Weiss. Segundo o que conta Felipe Arns, Scarpa era católico e sua noiva era de família evangélica. Então o pai dela, Guilherme Weiss, decidiu fazer uma igreja para eles poderem se casar, no rito católico. “Havia muita tensão naquela época entre católicos e evangélicos”, comenta Felipe.
Ainda segundo ele, Guilherme Weiss doou a igreja e a área para a Mitra, Arquidiocese de Curitiba. “Trouxe também um pedreiro, mestre de obras da Itália, para construir a igreja, porque havia falta de gente competente para erguer o templo”, completa.
O padre Antônio Carlos Zago, mais conhecido com padre Zago, informa que, depois do casamento, a igreja foi doada para a comunidade. “Quase todos eram funcionários que trabalhavam na Cerâmica Weiss, na fábrica aqui de Pinhais. Eram de culto católico, então eles assumiram a comunidade, onde participavam e celebravam todas as festividades religiosas”, diz.
A igreja pertence atualmente a Fundação Weiss Scarpa. 
Texto de Danielle Mei adaptado para o blog por mim.
Texto 3:
A Paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança completa 57 anos de existência neste ano (2024). 
Desde o início, o amor foi a pedra fundamental desta história. A comunidade também sempre esteve presente, desde a construção até a manutenção da igreja.
No ano de 1925, as cerca de 30 famílias católicas que aqui moravam não tinham um local apropriado para fazerem as suas orações. Então, foi em 1927, que o senhor Guilherme Weiss fez a doação do terreno e dos materiais para a construção da igreja, pois sua filha Eleonora iria casar-se com o jovem Umberto Scarpa.
Toda a comunidade participou da obra, que começou em 1930. 
Como a Cerâmica Weiss ficava na parte baixa da cidade, perto da estação de trem, fez-se um mutirão e uma longa fila da empresa até o alto do morro, onde ficaria a igreja. Cada tijolo foi passado de mão em mão de homens, mulheres e crianças.
A inauguração da Igreja aconteceu em 1937, com o casamento do comendador Umberto Scarpa e de Eleonora Adelaide Weiss. O padre Germano Mayer realizou a primeira comunhão da igreja, em 1937. Carmem Porcides Chiqueto, com 15 anos de idade, foi a primeira catequista das crianças.
Na década de 1940, o padre Germano Mayer organizava grandes festas na Igreja e atraia moradores do Cristo-Rei, Cajuru, Capoeira Grande, Colônia Muricy e Santa Maria. 
Em meados de 1950 foi concluída a obra da igreja em estilo revitalista gótico. 
No ano de 1954, Nossa Senhora da Boa Esperança de Pinhais passou a ser capela da Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Curitiba.
Foi então, em 1967, que a igreja se tornou a primeira paróquia da região. Seu primeiro pároco foi o padre camiliano Afonso Pastori. 
Em 1974, frei Egídio Carloto assume a paróquia, onde permaneceu como pároco até o seu falecimento, em 18 de dezembro de 1984.
Já em 1995 assume como pároco Antônio Carlos Zago, padre que teve grande contribuição para construção da nova matriz no início do ano 2000. 
Em 2002 a igreja antiga é tombada como patrimônio histórico de Pinhais. 
No ano de 2004 foi feito um grande trabalho de restauração da igreja antiga. Texto do Grupo Paraná Comunicação adaptado para o blog por mim.
Texto 4:
RESOLUÇÃO N.º 005/2002 - Tombamento Histórico da Igreja Nossa Senhora da Boa Esperança.
RESOLUÇÃO Nº 005, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2002.
Tombamento da Igreja Nossa Senhora da Boa Esperança.
O PREFEITO MUNICIPAL DE PINHAIS e o PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL DE PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL
CONSIDERANDO o contido no Artigo 4º da Lei nº 364/99, que dispõe sobre a preservação natural e cultural do Município de Pinhais;
CONSIDERANDO o contido na Portaria nº 1317/02, que nomeou Jandir Antônio Nogueira como Diretor do Departamento de Cultura, Esporte e Recreação;
CONSIDERANDO o contido na Portaria nº 947/02, que instituiu o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural, alterada pela Portaria nº 1353/02;
CONSIDERANDO o contido no Processo nº 001/02;
CONSIDERANDO que a Igreja Nossa Senhora da Boa Esperança está intimamente ligada à consolidação do povoado de Pinhais por ser seu primeiro templo e por representar um forte marco na paisagem local,
R E S O L V E M
Art. 1º O Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Pinhais, conforme reunião realizada em 2 de outubro de 2002, resolve, por unanimidade, determinar o tombamento da Igreja Nossa Senhora da Boa Esperança.
Parágrafo Único. O imóvel disposto no “caput” deste artigo encontra-se situado na Av. Camilo Di Léllis, nº 928 – Centro – 83.323-000 – no Município de Pinhais, Estado do Paraná.
Art. 2º O imóvel tombado no artigo anterior, inaugurado na década de 1930, possui as seguintes características:
a) Construção em alvenaria estrutural de tijolos e cobertura com telhas de barro sobre estrutura de madeira, possuindo torre central incorporada ao edifício, cuja base forma o vestíbulo, nave única e pequenos nichos para abrigar imagens sacras em cada uma das laterais, altares-mores e sacristia lateral;
b) Cada um dos espaços mencionados no inciso anterior forma, externamente, um volume específico;
c) Os corpos, aliados aos ornatos da platibanda frontal, à cimalha de beiral e às aberturas rematadas com arcos ogivais, dão movimento e graciosidade ao conjunto;
d) Internamente possui poucos ornamentos, limitando-se aos frisos nos contrafortes, recortes ogivais nos nichos laterais e saliências que marcam a posição da torre na parede que dá acesso à nave.
Art. 3º O imóvel tombado no Artigo 1º desta Resolução será incluído no Livro do Tombo, de que trata o Artigo 4º da Lei Municipal nº 364/99, pelas suas características e importância histórica, simbólica, arquitetônica e paisagística.
Art. 4º Em atendimento ao Artigo 3º, § 1º, da Lei Municipal nº 364/99, o Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural resolve:
I-Tombar na forma:
a) As futuras intervenções deverão respeitar as características originais, descritas no Artigo 2º desta Resolução, quanto a forma, dimensões, desenho e materiais;
b) Na restauração, os acréscimos (sacristia nova e gruta) deverão ser demolidos e a antiga sacristia, o coro, o revestimento de piso da nave e as cores deverão ser recompostos;
c) Na medida em que se tenham informações suficientes, o vão sobre a porta principal e as esquadrias de madeira deverão ser restaurados;
d) As futuras adequações necessárias ao uso deverão refletir a época em que forem executadas e deverão ser aprovadas pelo Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Pinhais.
II-Tombar na finalidade:
a) Tanto na forma quanto no aspecto, este bem se destaca na história do Município pelo seu uso e significado;
b) A igreja deverá prosseguir, plenamente, com as suas funções religiosas e culturais;
c) A imagem de Nossa Senhora da Boa Esperança deve permanecer continuamente na igreja.
III-Manter próxima da população e visitantes:
a) Além da preservação de sua forma original, a Igreja deverá ser objeto de proteção paisagística para que sua visualização não seja prejudicada;
b) O Plano de Zoneamento de Pinhais deverá ser adequado para que sejam impostas restrições à área de entorno, para que se limite a altura dos edifícios que venham a ser construídos e, até mesmo, que se impeçam novas construções no seu redor, amparado de acordo com o contido no Artigo 4º, § 2º, alínea d (“dê”) da Lei Municipal nº 500/01, que dispõe sobre Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo.
Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS, 26 de Dezembro de 2002.
LUIZ CASSIANO DE CASTRO FERNANDES
Prefeito Municipal
JANDIR ANTÔNIO NOGUEIRA
Diretor do Departamento de Cultura, Esporte e Recreação; e Presidente do Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural
Nota do blog: Imagem de 2024.