Blog destinado a divulgar fotografias, pinturas, propagandas, cartões postais, cartazes, filmes, mapas, história, cultura, textos, opiniões, memórias, monumentos, estátuas, objetos, livros, carros, quadrinhos, humor, etc.
Mostrando postagens com marcador Estaleiro Só. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Estaleiro Só. Mostrar todas as postagens
quarta-feira, 12 de junho de 2024
Estaleiro Só, Circa 1940, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Estaleiro Só, Circa 1940, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Fotografia
Desativado em 1995 e demolido em 2010, o Estaleiro Só ocupava uma área de mais de 50 mil metros quadrados junto ao Guaíba, no bairro Cristal. A empresa, fundada em 1850, foi a primeira ferraria e fundição de Porto Alegre e ficava no centro, na atual esquina da Rua Uruguai com a Praça Montevidéu, local conhecido como Beco dos Ferreiros, Beco do Porto dos Ferreiros ou Beco da Ópera. A fundição da “Família Só” produzia artefatos em bronze (como sinos para igrejas), tachos, ferros de passar, componentes para montaria entre outros. Durante a Guerra do Paraguai, a empresa forneceu bocais, estribos e cornetas para o Exército e começou a fazer reparos nos navios da Marinha Brasileira. Em 1900, após alterações societárias, passou a se chamar “Só & Filhos” e, posteriormente, “Só & Companhia”. Nos anos 1940, a empresa já estava consolidada na área da construção naval e tinha dois endereços no centro de Porto Alegre: na Rua Voluntários da Pátria e na Rua Com. Manoel Pereira. É na década de 1950 que o Estaleiro Só é instalado na Ponta do Melo, no Cristal e passou a fabricar navios cargueiros de grande porte, ferry-boats, baleeiras, catamarãs, rebocadores, barcaças, pesqueiros, lanchas etc. O Estaleiro “tem seus anos dourados durante o período desenvolvimentista do governo Juscelino Kubitschek e, mais tarde, na euforia do milagre econômico. Nos melhores momentos, chega a empregar três mil trabalhadores”. O declínio do setor naval no Brasil e a falta de investimentos por parte do governo, na década de 1980, atingem a empresa. A área foi leiloada para garantir o pagamento das dívidas, principalmente as trabalhistas. Em 2009, foi realizado um plebiscito em Porto Alegre e a grande maioria da população decidiu que na área não poderiam ser construídos imóveis residenciais, mas apenas empreendimentos comerciais.
Nota do blog: Data efetiva não obtida (provável circa 1940) / Autoria não obtida.
Assinar:
Postagens (Atom)