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sábado, 1 de março de 2025

Avião Gloster Meteor, Força Aérea Brasileira, Aeroporto Afonso Pena, São José dos Pinhais, Paraná, Brasil


 

Avião Gloster Meteor, Força Aérea Brasileira, Aeroporto Afonso Pena, São José dos Pinhais, Paraná, Brasil
São José dos Pinhais - PR
Fotografia

Chegada de parte das esquadrilhas de jatos ingleses Gloster Meteor no aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais/PR. As aeronaves, então recém compradas, estavam se dirigindo à base aérea de Canoas, Rio Grande do Sul.
Texto:
Em 1952, o ministro Nero Moura, para elevar a Força Aérea Brasileira ao nível das Forças Armadas dos países desenvolvidos da época, empenhou-se em efetivar a compra de 10 Gloster Meteor TMk.7, designados TF-7 na FAB, e 60 Gloster Meteor FMk.8, que ficaram conhecidos como F-8. Um fato curioso sobre a aquisição dessas aeronaves, foi o uso de 15 mil toneladas de algodão como moeda de troca no pagamento dos aviões aos ingleses. Na verdade, o que determinou a compra foi o fato de que os P-47 da FAB não conseguiam mais sequer acompanhar os modernos jatos comerciais da época em voo, como o de Havilland Comet entre outros.
Na época foi uma grande novidade para os militares por se tratar de nova tecnologia para os padrões brasileiros, constituindo o nascimento da era do jato puro na FAB e no Brasil. Trecho de texto da AFA.
Nota do blog: Data década de 50 / Fotografia de Nelson Nigro Samways.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Quem Lembra do "Sucatão"? / Avião Presidencial do Brasil Virou Mesmo Sucata - Artigo





Quem Lembra do "Sucatão"? / Avião Presidencial do Brasil Virou Mesmo Sucata - Artigo
Artigo


A retroescavadeira levou pouco mais de dois minutos para partir o Boeing 707 KC-137 nº 2401 ao meio. Foi no Parque de Material Aeronáutico do Galeão, no Rio. Mas demorou quase um mês para que o Sucatão definitivamente fizesse jus ao apelido.
Em março de 2014, o antigo avião presidencial virou sucata após seu desmonte completo. A aeronave foi vendida por R$ 13,5 mil num leilão pela internet, valor medido pelo peso de sua estrutura metálica reaproveitável.
Comprado da Varig em 1986, o Boeing serviu a todos os presidentes eleitos após a redemocratização até Luiz Inácio Lula da Silva. Todos se queixavam dele. Até que, em 2005, o petista comprou o Airbus apelidado de AeroLula.
O antigo avião presidencial continuou sendo usado até outubro de 2013, quando foi aposentado junto de outros dois do mesmo modelo (2402 e 2403) que serviam de apoio às viagens internacionais dos chefes de Estado.
O quarto avião já havia sido desmantelado no Haiti em maio daquele ano, quando sofreu um acidente no aeroporto de Porto Príncipe.
Embora fosse possível prolongar a vida útil das aeronaves, o custo para isso foi considerado alto pelo governo.
Destruição:
De acordo com a FAB (Força Aérea Brasileira), a destruição era necessária para preservar segredos militares e evitar a reutilização de equipamentos aeronáuticos.
O comprador foi o empresário Paulo Renato Pires Fernandez, ex-funcionário da Transbrasil. O alumínio aeronáutico foi fundido. Seu mercado potencial são Espanha, Estados Unidos e China. O empresário disse que conseguiu preservar as quatro turbinas do Sucatão. Devem ser doadas para uma escola de aviação. Alguns itens eletrônicos também se salvaram e serão recertificados para uso.
Fernandez afirma que tentou preservar a aeronave: "Tentei junto com o dr. João Amaro (presidente do Museu da TAM) levar para lá. Não conseguimos de jeito nenhum porque eles (FAB) alegavam que tinha segredo militar".
O Museu Aeroespacial, da Aeronáutica, também foi descartado, pois sua pista é imprópria para o pouso do Boeing. O transporte por terra foi considerado inviável.
Destino idêntico do Sucatão teve o Boeing com numeração 2403. Seus restos foram comprados por R$ 10,5 mil, também por Fernandez.
Histórico:
O Boeing 707 ganhou o apelido de Sucatão em 1996, no governo Fernando Henrique Cardoso, quando se cogitou comprar um novo avião.
Em 1999, a turbina do 2403 pegou fogo em pleno voo com o então vice-presidente Marco Maciel. FHC decidiu deixar de usar o modelo e passou a fretar voos da TAM.
Lula o reativou em 2003, mas logo decidiu aposentá-lo. O nível de ruído emitido já não era aceito na maioria dos aeroportos europeus e o consumo de combustível era alto.
Com capacidade de abastecimento em voo, o Boeing 707 KC-137 seguiu sendo usado para deslocamento de tropas, como para o Haiti. Chegou a ser usado para transporte de civis durante o caos nos aeroportos em 2006, em socorro a passageiros da TAM.
Criticado pelos últimos presidentes, o avião sempre foi venerado por militares da Aeronáutica por sua capacidade de reabastecer jatos em pleno voo. A aposentadoria do KC-137 foi marcada com uma cerimônia do esquadrão Corsário, responsável pela aeronave, no Galeão.
"Não lamentamos que o KC-137 se foi e, sim, nos rejubilamos pelos feitos da aeronave", disse o comandante do esquadrão, Rogelio Azevedo Ortiz.