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sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Parque Tenente Siqueira Campos, Conhecido como Parque Trianon, 1931, São Paulo, Brasil


Parque Paulista / Parque Tenente Siqueira Campos / Parque Trianon, 1931, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Prugner N. 36
Fotografia - Cartão Postal


O Parque Tenente Siqueira Campos, mais conhecido como Parque Trianon ou Parque do Trianon, foi inaugurado no dia 3 de abril de 1892 na cidade de São Paulo, um ano após a abertura da Avenida Paulista. Foi projetado pelo paisagista francês Paul Villon e inaugurado pelo inglês Barry Parker. O nome Trianon foi dado por conta da existência do Clube Trianon, aberto até 1953 e localizado em frente ao parque, onde hoje está situado o Museu de Arte de São Paulo. O arquiteto Ramos de Azevedo desenvolveu, de 1911-1914, na administração do Barão de Duprat, o projeto do chamado Belvedere Trianon, construído em 1916e demolido em 1957 para dar lugar ao museu.
Em 1924, o parque foi doado à prefeitura e, em 1931, recebeu sua denominação atual em homenagem a um dos heróis da Revolução do forte de Copacabana, na Revolta Tenentista, Antônio de Siqueira Campos.
Aberto todos os dias da semana, das 6:00 até as 18:00, o parque conta com playgrounds, aparelhos de ginastica e a " Trilha do Fauno" , nome dado devido à presença da escultura "Fauno" do artista Victor Brecheret e da escultura "Aretuza" de Francisco Leopoldo.
O parque foi inaugurado em 3 de abril de 1892 e teve seu surgimento entendido no contexto do processo de urbanização da cidade de São Paulo daquela época. No ano anterior, ocorrera a inauguração da Avenida Paulista. Naquela época, o ambiente cultural da aristocracia cafeeira era dominado por influências do romantismo europeu do século XIX; dessa forma, o parque acabou ganhando ares de um jardim inglês, apesar de sua exuberante vegetação tropical, remanescente da Mata Atlântica da região do alto do Caaguaçu, atual espigão da Paulista
O Parque Tenente Siqueira Campos, é o nome oficial do parque que foi dado em homenagem ao militar e político brasileiro que participou da Revolta Tenista ocorrida em 1924, um dos acontecimentos mais importantes ocorridos na cidade de São Paulo.
O responsável pelo projeto paisagístico foi o francês Paul Villon, motivo pelo qual o parque às vezes ser citado, em textos antigos, como Parque Villon. O nome Trianon veio do fato de, naquele tempo, existir no local onde hoje se situa o Museu de Arte de São Paulo, em frente ao parque, um restaurante/bar no subsolo e um mirante no nível da avenida com o nome Trianon (administrado pelo senhor Vicente Rosati, o mesmo que gerenciava o bar do Theatro Municipal), onde foi construído de 1914-1916 o chamado Belvedere Trianon, com projeto do arquiteto Ramos de Azevedo.
Por muitos anos, foi ainda conhecido como Parque da Avenida e era explorado pela iniciativa privada, juntamente ao clube, servindo de palco para muitas festas, bailes e eventos culturais da alta sociedade que passou a morar na região da Paulista.
Na avenida entre ambos ocorria a largada de várias corridas de automóveis, e, em 1924, ocorreu a primeira Corrida de São Silvestre, largando desse mesmo lugar. Ainda nesse ano foi doado à Prefeitura de São Paulo da cidade e em 1931 o parque recebeu seu nome atual em homenagem ao tenente Antônio de Siqueira Campos, um paulista de Rio Claro e herói do Movimento Tenentista de 1924.
A partir de 1968, na gestão do prefeito Faria Lima, o parque passou por várias mudanças que tiveram a assinatura do paisagista Burle Marx e do arquiteto Clóvis Olga. O parque é tombado pelo CONDEPHAAT e pelo CONPRESP.
O piso das pistas e trilhas o diferencia de outros parques pois é formado por pedras portuguesas. Conta com locais para recreação infantil, aparelhos de ginástica, sanitários públicos e centro administrativo, tornando-se um refúgio de lazer e descanso no meio da agitada Avenida Paulista.
Ainda há outros atrativos como a Trilha do Fauno, um caminho com 600 metros que conecta a Avenida Paulista à Alameda Santos, onde é possível encontrar duas estátuas: Fauno, de Vítor Brecheret, e Aretusa, de Francisco Leopoldo e Silva. Próxima a entrada do parque ainda é possível visualizar uma obra em mármore de Luigi Brizzollara, a qual representa Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera.
Aos domingos e feriados, entre 7h e 16h, o parque é um dos pontos do circuito Centro-Paulista da Ciclofaixa de lazer. Por domingo, o parque chega a receber cerca de 8.000 visitantes.
O Parque Trianon fica próximo à estação Trianon-Masp da Linha-2 Verde do Metrô. Disponibilizam-se 5 linhas de ônibus com paradas na frente do parque que pode ser visitado diariamente das 6h às 18h. Praticamente a única época do ano em que é possível fazer uma visita ao parque, no período da noite, é no Natal, chamando atenção por causa das árvores enfeitadas com luzes natalinas. Porem por conta da crise financeira em que o país se encontrava, como uma medida de corte de gastos, não houve enfeites de natal no parque em 2016.
Dentro de seus 48,6 mil m² de área verde, o Parque incorpora uma vasta vegetação composta por remanescentes da Mata Atlântica, além de espécies exóticas e mudas da vegetação nativa que foram introduzidas no sub-bosque para aumentara flora, que totaliza 135 espécies registradas. Destaque para os exemplares de de araribá-rosa, canela-poca, cedro, jequitibá, pau-ferro, sapopemba, sapucaia, palmeira-de-leque-da-china, seafórtia e tamboril. Das 135 espécies encontradas no parque, 8 estão ameaçadas como a cabreúva, o chichá e o palmito-jussara. Apesar do parque ser localizado no meio da Avenida Paulista, um ambiente hostil para uma fauna diversificada, quem anda por entre as árvores pode se surpreender. A grande área verde serve de micro-habitat para diversas espécies, sendo um dos poucos lugares da cidade que proporciona uma condição adequada para a reprodução desses animais. Com exceção dos aracnídeos e a rãzinha-piadeira, uma espécie de anfíbio encontrado na Mata Atlântica, a fauna do parque abriga 37 espécies de animais alados catalogados, sendo duas espécies de borboletas, sete de morcegos e 28 de aves, entre elas o piriguari, tico-tico e sabiá-ferreiro.