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quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Vista do Parque Trianon / Parque Tenente Siqueira Campos, São Paulo, Brasil


 

Vista do Parque Trianon / Parque Tenente Siqueira Campos, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Também já foi conhecido como Parque Paulista e Parque Municipal.
Nota do blog: Data entre décadas de 1910-1930 / Autoria não obtida.

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Busto de Joaquim Eugênio de Lima, Parque Tenente Siqueira Campos / Parque Trianon, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil






Busto de Joaquim Eugênio de Lima, Parque Tenente Siqueira Campos / Parque Trianon, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


Em seus anos de existência, a avenida Paulista, cujo projeto inovador e realização foram da empresa Sociedade Anônima Companhia Viação Paulista, do engenheiro agrônomo e precursor do urbanismo na cidade de São Paulo, o uruguaio Joaquim Eugênio Lima, do capitalista José Borges de Figueiredo e do servidor público João Augusto Garcia, passou de zona residencial da burguesia ascendente a centro comercial, cultural e financeiro da cidade. Seu planejamento foi realizado pelo agrimensor Tarquínio Antônio Tarant, encarregado da arborização, do arruamento e da criação de suas alamedas transversais. A avenida Paulista localiza-se no bairro Bela Vista, vai da rua Treze de Maio à rua da Consolação, tem uma extensão de 3 km e é considerada o coração pulsante da metrópole, a mais contemporânea via de São Paulo.
Até a década de 1880, a região onde ela se encontra, na época conhecida como o Morro do Caaguaçu, que em tupi significa mata grande, era um terreno ermo e pertencia à Chácara do Capão, propriedade de Manuel Antônio Vieira. Os já mencionados donos da Sociedade Anônima Companhia Viação Paulista adquiriram parte da chácara e lotearam a área dando origem à avenida Paulista. Bem larga, foi a primeira rua pública asfaltada, em 1909, e arborizada de São Paulo. Tinha três vias separadas por magnólias e plátanos, com grandes lotes de cada lado. Na mesma época, chamaram o paisagista francês Paul Villon para projetar o parque Trianon, atualmente parque Tenente Siqueira Campos, que foi inaugurado pelo arquiteto e urbanista inglês Barry Parker, em 3 de abril de 1892, e se tornou a área de lazer das famílias proprietárias de casas na região.
A avenida Paulista foi batizada em homenagem aos paulistas por decisão do engenheiro Joaquim Eugênio Lima. Consta que as denominações de avenida das Acácias ou Prado de São Paulo foram cogitadas. Ainda sobre seu nome: em 1927, quando José Pires do Rio era o prefeito de São Paulo, a Paulista passou a se chamar avenida Carlos de Campos, em homenagem ao ex-governador do estado de São Paulo, mas a alteração não agradou o povo da cidade, fazendo com que voltasse ao seu nome original, em 13 de novembro de 1930, quando foi publicado, no Diário Oficial, o Ato número 11, assinado pelo então prefeito de São Paulo, José Joaquim Cardoso de Melo, segundo o qual atendia “…finalmente, a que outras denominações há, que não deveriam jamais ter sido alteradas, como a da avenida Paulista, que recorda numa só palavra, todo o indefesso trabalho e honra da gente paulista”.
Foi noticiada a inauguração a avenida Paulista, em 1890 e, cerca de três meses depois, foi anunciado o início da venda de seus lotes para 12 de fevereiro de 1891.
Em 8 de dezembro de 1891, foi instalada a nova linha de bondes até a avenida Paulista, da Companhia Ferro Carril de São Paulo, com grande concorrência e com a presença da imprensa. A avenida Paulista era oficialmente entregue à população e esta é a data considerada a de sua inauguração.
Em fins do século XIX, a avenida já tinha cerca de 50 casarões. Abastados senhores do café, grandes comerciantes, banqueiros e industriais construíram imponentes mansões na nova avenida que usavam como residência ou como casa de veraneio. Dentre eles o empresário dinamarquês Adam Ditrik von Bullow, o industrial italiano Francesco Matarazzo, que foi durante muito tempo o homem mais rico do Brasil (cujo palacete foi projetado pelos arquitetos italianos Giulio Saltini e Luigi Mancini) e o farmacêutico e político Henrique Schaumann, cujo projeto de sua mansão foi do alemão Augusto Fried e de Carlos Ekman. O Shopping Cidade de São Paulo e a Torre Matarazzo localizam-se onde ficava a mansão Matarazzo. O casarão de Schaumann foi propriedade das famílias Andraus e Lotaif. Após sua polêmica demolição, em 1982, virou um estacionamento e, posteriormente o Edifício Paulista 867.
A família Thiollier, de imigrantes franceses, também tinha um palacete na avenida, a Villa Fortunata, onde hoje se encontra o parque Mario Covas. René Thiollier, filho do patriarca Alexandre Honoré Marie Thiollier – sócio e proprietário da primeira livraria de São Paulo, a Casa Garroux – foi um dos fundadores do Teatro Brasileiro de Comédia e frequentava o círculo de intelectuais que organizou a Semana de Arte Moderna de 1922. Foi ele que pagou o aluguel do Theatro Municipal de São Paulo para a realização do evento. Uma curiosidade sobre a Villa Fortunata: a família Burle Marx alugou entre 1909 e 1912 a mansão e foi lá que nasceu o mundialmente famoso paisagista e artista plástico brasileiro Roberto Burle Marx.
O casarão von Bulow, projeto de Augusto Fried, foi contruído perto da alameda Campinas e foi, talvez, o primeiro a ser documentado. Era um dos pontos prediletos de Guilherme Gaensly para fotografar a avenida Paulista. O palacete era propriedade do empresário dinamarquês Adam Ditrik von Bullow, um dos acionistas da Companhia Antarctica Paulista. Hoje, no lugar que ocupava está o Edifício Paulicéia, ícone da arquitetura moderna de São Paulo, projeto de Jacques Pilon e do italiano Gian Carlo Gasperini, construído na década de 50.
A Paulista foi o cenário de corridas de charrete, de cabriolés e dos primeiros automóveis. Também foi o palco dos grandes carnavais dos anos 10, 20 e 30. Em 1912, o corso foi transferido da praça da República para a avenida e as famílias desfilavam em carros enfeitados.
O Belvedere Trianon, que ficava na Paulista e foi durante muito tempo o principal ponto de encontro da cidade, foi demolido para ceder espaço à 1ª Bienal de Arte Moderna da cidade, realizada, em 1951, pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), sob a presidência de Ciccillo Matarazzo, em um pavilhão provisório localizado na Esplanada do Trianon.
Restam poucos casarões na avenida, como a Casa das Rosas (1935), último projeto do arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo, que hoje abriga o Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura; e o Palacete Franco de Mello (1905), obra do construtor português Antônio Fernandes Pinto. Algumas construções remanescentes da via são tombadas pelo Conselho de Defesa Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico de São Paulo.
Inicialmente, estabelecimentos comerciais não podiam existir na avenida Paulista. Em 1952, a Lei número 4313 de 29 de outubro, autorizou a construção de estabelecimentos hospitalares, educacionais, de imprensa, rádio, televisão, teatro e cinema. Quatro anos depois, foi inaugurada a primeira loja-exposição do Conjunto Nacional, que seria o primeiro shopping center da América do Sul. A inauguração da primeira etapa do Conjunto Nacional, em dezembro de 1958, contou com a presença do então presidente da República, Juscelino Kubitschek. O complexo localiza-se onde antes ficava o casarão do investidor e urbanista Horácio Sabino, cujo projeto foi o arquiteto francês Victor Dubugras, um dos precursores da arquitetura moderna na América Latina. O empreendimento foi do argentino José Tjurs, que comprou a mansão e que sonhava que a Paulista fosse a Quinta Avenida de São Paulo. O projeto foi do arquiteto paranaense David Libeskind, então com 26 anos.
Mas foi só na década de 80 que a vocação da avenida para os negócios se firmou: os apartamentos residenciais do Edifício Savoy, nº 810, foram convertidos em escritórios. Houve então uma procura de terrenos para instalar os novos edifícios comerciais, que deixavam o Centro da cidade rumo à Paulista.
Na avenida Paulista, por onde diariamente passam cerca de um milhão e meio de pessoas, encontram-se diversos museus e centros culturais como o Museu de Artes de São Paulo (MASP), a Casa Japão, o Itaú Cultural e o Instituto Moreira Salles, uma das instituições fundadoras do portal Brasiliana Fotográfica. Também estão lá o parque Trianon, atual parque Tenente Siqueira Campos; o parque Prefeito Mário Covas, criado em 2008 e localizado onde ficava a Villa Fortunatta; o Instituto Pasteur, dezenas de consulados, o Painel do Edifício Nações Unidas, criação de Clóvis Graciano; e a famosa antena do prédio da Fundação Cásper Líbero, a maior e mais alta da avenida. Possui uma disputada ciclovia, bancos, cinemas, colégios, feiras artesanais, hotéis, hospitais, restaurantes, teatros e, aos domingos, é aberta aos pedestres. É o endereço de prédios icônicos da cidade, dentre eles o Edifício Sul-Americano, projeto do escritório Rino Levi Arquitetos Associados, em 1966; e o Edifício Luís Eulálio Bueno Vidigal Filho, sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), construído onde ficava o palacete da família Salem.
Alguns eventos se realizam na avenida anualmente: o réveillon com shows e queima de fogos, a Corrida de São Silvestre (desde 1924), a Parada do Orgulho LGBT (desde 1997), etc. Trecho de texto da Brasiliana Fotográfica adaptado para o blog por mim.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.

Escultura Aretuza, Parque Tenente Siqueira Campos / Parque Trianon, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil








Escultura Aretuza, Parque Tenente Siqueira Campos / Parque Trianon, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Na mitologia grega, Aretuza era uma ninfa "espíritos habitantes de lagos, riachos, bosques, florestas, prados e montanhas" do Peloponeso e da Sicília. Era companheira de Ártemis, a deusa ligada à vida selvagem e à caça (Diana, para os romanos). Aretuza foi perseguida pelo rio Alfeu e socorreu-se à Ártemis, que a transformou em fonte.
É por causa dessa mitologia que a deusa é frequentemente erigida como adorno de fontes ou entre plantas, caso deste monumento que fica no parque Tenente Siqueira Campos, na avenida Paulista.
É obra do artista Francisco Leopoldo e Silva, que foi discípulo de Amadeo Zani e estudou em Roma com Arturo Dazzi. Sua produção compreende a figura humana, o retrato e a arte religiosa. É autor do primeiro nu feminino colocado, em 1922, no cemitério da Consolação. Foi colega de Brecheret no ateliê de Arturo Dazzi, na Itália, mas optou por uma obra mais conservadora, enquanto Brecheret seguiu a corrente modernista.
O parque Tenente Siqueira Campos, mais conhecido como parque Trianon, foi inaugurado em abril de 1892, com a abertura da avenida Paulista na cidade de São Paulo. Foi projetado pelo paisagista francês Paul Villon.
O nome Trianon veio do fato de, naquele tempo, existir no local onde hoje se situa o Museu de Arte de São Paulo (MASP), em frente ao parque, um clube com o nome Trianon. Em 1924, o parque foi doado à prefeitura e, em 1931, recebeu sua denominação atual, em homenagem a um dos heróis da Revolta Tenentista, Antônio de Siqueira Campos. Texto da Alesp.
Texto 2:
Criada pelo artista Francisco Leopoldo e Silva, a estátua está localizada no parque Tenente Siqueira Campos (Trianon), na avenida Paulista. Originalmente, a escultura fazia par com a obra "Nostalgia", instalada atualmente na praça Professor Cardim, próxima ao Jockey Club. Texto da Folha de S. Paulo.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.

 

Placa Comemorativa "Primeiro Centenário 1892-1992", Parque Tenente Siqueira Campos / Parque Trianon, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil



 

Placa Comemorativa "Primeiro Centenário 1892-1992", Parque Tenente Siqueira Campos / Parque Trianon, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia




Placa instalada em 1992.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.

Antiga Fonte D'Água, Parque Tenente Siqueira Campos / Parque Trianon, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil


 

Antiga Fonte D'Água, Parque Tenente Siqueira Campos / Parque Trianon, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


Nota do blog: Imagem de 2024 / Crédito para Jaf.

Escultura Fauno, Parque Tenente Siqueira Campos / Parque Trianon, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil

 








Escultura Fauno, Parque Tenente Siqueira Campos / Parque Trianon, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


Esculpida em granito e bronze na década de 40, a escultura Fauno, de Victor Brecheret, foi feita originalmente para o jardim da Biblioteca Municipal da capital paulista (atualmente praça Dom José Gaspar). Encomendada pelo prefeito Francisco Prestes Maia, a obra não foi bem vista pelos religiosos que frequentavam o local por se tratar da representação de Pã, divindade grega meio homem, meio bode, famosa pelo apetite sexual.
Contra a vontade do artista, a escultura foi removida e, dois anos depois, instalada no parque Tenenete Siqueira Campos, popularmente conhecido como parque Trianon, na avenida Paulista. Texto do Arte Fora do Museu adaptado por mim para o blog.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.

domingo, 8 de setembro de 2024

Monumento Anhanguera, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil

 







Monumento Anhanguera, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


Obra em mármore (3,22m x 1,41m x 1,08m) com pedestal em granito (1,06m x 2,25m x 2,25m) do escultor italiano Luigi Brizzolara, localizada no Parque Trianon, avenida Paulista, bairro Cerqueira César.
Bartolomeu Bueno da Silva ganhou o codinome de Anhanguera, que em tupi-guarani significa "homem que faz fogo", porque quando estava nas Guianas, então terras brasileiras, procurando ouro e pedras preciosas, foi cercado por vários índios, que o ameaçaram de morte. Para se livrar da situação, ateou fogo em um pouco de álcool, produto desconhecido dos índios, que pensavam tratar-se de água. O bandeirante ameaçou fazer o mesmo em todo o rio. Assustados, os nativos entregaram todo o ouro de que dispunham. Depois acompanharam-no de volta à Capitania de São Paulo e ainda se dispuseram a ser seu exército. 
A obra foi concebida em Gênova (Itália) pelo escultor Luigi Brizzolara, sendo inaugurada em 11 de agosto de 1924, nos jardins do Palácio dos Campos Elíseos. Depois de 11 anos foi transferida para a frente do Parque Trianon, onde atualmente se encontra.
A iconografia do bandeirante está diretamente relacionada à conquista de terras espanholas, do Rio Grande do Sul ao Amazonas. Baseou-se em litografia de Debret em "Soldados de Mogi das Cruzes combatendo botocudos", publicado em seu livro "Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil", de 1835. 
Por ocasião do primeiro Centenário de Independência do Brasil, em 1922, Afonso Taunay solicitou que o escultor italiano Luigi Brizzolara modelasse os bandeirantes Antônio Raposo Tavares e Fernão Dias Paes Leme em mármore de Carrara, peças que seriam destinadas ao hall de entrada do Museu Paulista e, de Bartolomeu Bueno da Silva (Anhanguera) para o Parque Trianon. O fundo europeu do escultor fez-lhe adicionar elementos plásticos, exaltando a figura do homem viril, bem construído e feito mais forte olhando pelas roupas e botas altas. Além disso, as figuras ganham uma ordem estética, com a postura grega de um pé para a frente, e militar, com o harquebus e a espada em forma de concha, assim como roupas bem-cortadas. Contrariando a simplicidade com que viviam naquele deserto, o novo herói-homem estava assim entronizado na iconografia paulistana, idealizada e europeizada, bem distante do seu verdadeiro estado, mestiço, no qual vivia, em sua maioria, na pobreza. Trecho de texto da Unesp.
Nota do blog 1: O monumento é localizado em frente ao parque Tenente Siqueira Campos / Parque Trianon, na avenida Paulista.
Nota do blog 2: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.



sábado, 7 de setembro de 2024

Passarela Paulo Vanzolini, Parque Tenente Siqueira Campos / Parque Trianon, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil





Passarela Paulo Vanzolini, Parque Tenente Siqueira Campos / Parque Trianon, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

A passarela que faz a ligação entre as duas partes do parque, passando sobre a alameda Santos, foi construída em madeira em 1910, sendo reformada em 1968 quando passou a ter sua estrutura em concreto. Em 2013 recebeu o nome do zoólogo e compositor Paulo Vanzolini.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.
 

Parque Tenente Siqueira Campos / Parque Trianon, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil

 













































































Parque Tenente Siqueira Campos / Parque Trianon, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.