Busto de Joaquim Eugênio de Lima, Parque Tenente Siqueira Campos / Parque Trianon, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Em seus anos de existência, a avenida Paulista, cujo projeto inovador e realização foram da empresa Sociedade Anônima Companhia Viação Paulista, do engenheiro agrônomo e precursor do urbanismo na cidade de São Paulo, o uruguaio Joaquim Eugênio Lima, do capitalista José Borges de Figueiredo e do servidor público João Augusto Garcia, passou de zona residencial da burguesia ascendente a centro comercial, cultural e financeiro da cidade. Seu planejamento foi realizado pelo agrimensor Tarquínio Antônio Tarant, encarregado da arborização, do arruamento e da criação de suas alamedas transversais. A avenida Paulista localiza-se no bairro Bela Vista, vai da rua Treze de Maio à rua da Consolação, tem uma extensão de 3 km e é considerada o coração pulsante da metrópole, a mais contemporânea via de São Paulo.
Até a década de 1880, a região onde ela se encontra, na época conhecida como o Morro do Caaguaçu, que em tupi significa mata grande, era um terreno ermo e pertencia à Chácara do Capão, propriedade de Manuel Antônio Vieira. Os já mencionados donos da Sociedade Anônima Companhia Viação Paulista adquiriram parte da chácara e lotearam a área dando origem à avenida Paulista. Bem larga, foi a primeira rua pública asfaltada, em 1909, e arborizada de São Paulo. Tinha três vias separadas por magnólias e plátanos, com grandes lotes de cada lado. Na mesma época, chamaram o paisagista francês Paul Villon para projetar o parque Trianon, atualmente parque Tenente Siqueira Campos, que foi inaugurado pelo arquiteto e urbanista inglês Barry Parker, em 3 de abril de 1892, e se tornou a área de lazer das famílias proprietárias de casas na região.
A avenida Paulista foi batizada em homenagem aos paulistas por decisão do engenheiro Joaquim Eugênio Lima. Consta que as denominações de avenida das Acácias ou Prado de São Paulo foram cogitadas. Ainda sobre seu nome: em 1927, quando José Pires do Rio era o prefeito de São Paulo, a Paulista passou a se chamar avenida Carlos de Campos, em homenagem ao ex-governador do estado de São Paulo, mas a alteração não agradou o povo da cidade, fazendo com que voltasse ao seu nome original, em 13 de novembro de 1930, quando foi publicado, no Diário Oficial, o Ato número 11, assinado pelo então prefeito de São Paulo, José Joaquim Cardoso de Melo, segundo o qual atendia “…finalmente, a que outras denominações há, que não deveriam jamais ter sido alteradas, como a da avenida Paulista, que recorda numa só palavra, todo o indefesso trabalho e honra da gente paulista”.
Foi noticiada a inauguração a avenida Paulista, em 1890 e, cerca de três meses depois, foi anunciado o início da venda de seus lotes para 12 de fevereiro de 1891.
Em 8 de dezembro de 1891, foi instalada a nova linha de bondes até a avenida Paulista, da Companhia Ferro Carril de São Paulo, com grande concorrência e com a presença da imprensa. A avenida Paulista era oficialmente entregue à população e esta é a data considerada a de sua inauguração.
Em fins do século XIX, a avenida já tinha cerca de 50 casarões. Abastados senhores do café, grandes comerciantes, banqueiros e industriais construíram imponentes mansões na nova avenida que usavam como residência ou como casa de veraneio. Dentre eles o empresário dinamarquês Adam Ditrik von Bullow, o industrial italiano Francesco Matarazzo, que foi durante muito tempo o homem mais rico do Brasil (cujo palacete foi projetado pelos arquitetos italianos Giulio Saltini e Luigi Mancini) e o farmacêutico e político Henrique Schaumann, cujo projeto de sua mansão foi do alemão Augusto Fried e de Carlos Ekman. O Shopping Cidade de São Paulo e a Torre Matarazzo localizam-se onde ficava a mansão Matarazzo. O casarão de Schaumann foi propriedade das famílias Andraus e Lotaif. Após sua polêmica demolição, em 1982, virou um estacionamento e, posteriormente o Edifício Paulista 867.
A família Thiollier, de imigrantes franceses, também tinha um palacete na avenida, a Villa Fortunata, onde hoje se encontra o parque Mario Covas. René Thiollier, filho do patriarca Alexandre Honoré Marie Thiollier – sócio e proprietário da primeira livraria de São Paulo, a Casa Garroux – foi um dos fundadores do Teatro Brasileiro de Comédia e frequentava o círculo de intelectuais que organizou a Semana de Arte Moderna de 1922. Foi ele que pagou o aluguel do Theatro Municipal de São Paulo para a realização do evento. Uma curiosidade sobre a Villa Fortunata: a família Burle Marx alugou entre 1909 e 1912 a mansão e foi lá que nasceu o mundialmente famoso paisagista e artista plástico brasileiro Roberto Burle Marx.
O casarão von Bulow, projeto de Augusto Fried, foi contruído perto da alameda Campinas e foi, talvez, o primeiro a ser documentado. Era um dos pontos prediletos de Guilherme Gaensly para fotografar a avenida Paulista. O palacete era propriedade do empresário dinamarquês Adam Ditrik von Bullow, um dos acionistas da Companhia Antarctica Paulista. Hoje, no lugar que ocupava está o Edifício Paulicéia, ícone da arquitetura moderna de São Paulo, projeto de Jacques Pilon e do italiano Gian Carlo Gasperini, construído na década de 50.
A Paulista foi o cenário de corridas de charrete, de cabriolés e dos primeiros automóveis. Também foi o palco dos grandes carnavais dos anos 10, 20 e 30. Em 1912, o corso foi transferido da praça da República para a avenida e as famílias desfilavam em carros enfeitados.
O Belvedere Trianon, que ficava na Paulista e foi durante muito tempo o principal ponto de encontro da cidade, foi demolido para ceder espaço à 1ª Bienal de Arte Moderna da cidade, realizada, em 1951, pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), sob a presidência de Ciccillo Matarazzo, em um pavilhão provisório localizado na Esplanada do Trianon.
Restam poucos casarões na avenida, como a Casa das Rosas (1935), último projeto do arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo, que hoje abriga o Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura; e o Palacete Franco de Mello (1905), obra do construtor português Antônio Fernandes Pinto. Algumas construções remanescentes da via são tombadas pelo Conselho de Defesa Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico de São Paulo.
Inicialmente, estabelecimentos comerciais não podiam existir na avenida Paulista. Em 1952, a Lei número 4313 de 29 de outubro, autorizou a construção de estabelecimentos hospitalares, educacionais, de imprensa, rádio, televisão, teatro e cinema. Quatro anos depois, foi inaugurada a primeira loja-exposição do Conjunto Nacional, que seria o primeiro shopping center da América do Sul. A inauguração da primeira etapa do Conjunto Nacional, em dezembro de 1958, contou com a presença do então presidente da República, Juscelino Kubitschek. O complexo localiza-se onde antes ficava o casarão do investidor e urbanista Horácio Sabino, cujo projeto foi o arquiteto francês Victor Dubugras, um dos precursores da arquitetura moderna na América Latina. O empreendimento foi do argentino José Tjurs, que comprou a mansão e que sonhava que a Paulista fosse a Quinta Avenida de São Paulo. O projeto foi do arquiteto paranaense David Libeskind, então com 26 anos.
Mas foi só na década de 80 que a vocação da avenida para os negócios se firmou: os apartamentos residenciais do Edifício Savoy, nº 810, foram convertidos em escritórios. Houve então uma procura de terrenos para instalar os novos edifícios comerciais, que deixavam o Centro da cidade rumo à Paulista.
Na avenida Paulista, por onde diariamente passam cerca de um milhão e meio de pessoas, encontram-se diversos museus e centros culturais como o Museu de Artes de São Paulo (MASP), a Casa Japão, o Itaú Cultural e o Instituto Moreira Salles, uma das instituições fundadoras do portal Brasiliana Fotográfica. Também estão lá o parque Trianon, atual parque Tenente Siqueira Campos; o parque Prefeito Mário Covas, criado em 2008 e localizado onde ficava a Villa Fortunatta; o Instituto Pasteur, dezenas de consulados, o Painel do Edifício Nações Unidas, criação de Clóvis Graciano; e a famosa antena do prédio da Fundação Cásper Líbero, a maior e mais alta da avenida. Possui uma disputada ciclovia, bancos, cinemas, colégios, feiras artesanais, hotéis, hospitais, restaurantes, teatros e, aos domingos, é aberta aos pedestres. É o endereço de prédios icônicos da cidade, dentre eles o Edifício Sul-Americano, projeto do escritório Rino Levi Arquitetos Associados, em 1966; e o Edifício Luís Eulálio Bueno Vidigal Filho, sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), construído onde ficava o palacete da família Salem.
Alguns eventos se realizam na avenida anualmente: o réveillon com shows e queima de fogos, a Corrida de São Silvestre (desde 1924), a Parada do Orgulho LGBT (desde 1997), etc. Trecho de texto da Brasiliana Fotográfica adaptado para o blog por mim.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.
São Paulo - SP
Fotografia
Em seus anos de existência, a avenida Paulista, cujo projeto inovador e realização foram da empresa Sociedade Anônima Companhia Viação Paulista, do engenheiro agrônomo e precursor do urbanismo na cidade de São Paulo, o uruguaio Joaquim Eugênio Lima, do capitalista José Borges de Figueiredo e do servidor público João Augusto Garcia, passou de zona residencial da burguesia ascendente a centro comercial, cultural e financeiro da cidade. Seu planejamento foi realizado pelo agrimensor Tarquínio Antônio Tarant, encarregado da arborização, do arruamento e da criação de suas alamedas transversais. A avenida Paulista localiza-se no bairro Bela Vista, vai da rua Treze de Maio à rua da Consolação, tem uma extensão de 3 km e é considerada o coração pulsante da metrópole, a mais contemporânea via de São Paulo.
Até a década de 1880, a região onde ela se encontra, na época conhecida como o Morro do Caaguaçu, que em tupi significa mata grande, era um terreno ermo e pertencia à Chácara do Capão, propriedade de Manuel Antônio Vieira. Os já mencionados donos da Sociedade Anônima Companhia Viação Paulista adquiriram parte da chácara e lotearam a área dando origem à avenida Paulista. Bem larga, foi a primeira rua pública asfaltada, em 1909, e arborizada de São Paulo. Tinha três vias separadas por magnólias e plátanos, com grandes lotes de cada lado. Na mesma época, chamaram o paisagista francês Paul Villon para projetar o parque Trianon, atualmente parque Tenente Siqueira Campos, que foi inaugurado pelo arquiteto e urbanista inglês Barry Parker, em 3 de abril de 1892, e se tornou a área de lazer das famílias proprietárias de casas na região.
A avenida Paulista foi batizada em homenagem aos paulistas por decisão do engenheiro Joaquim Eugênio Lima. Consta que as denominações de avenida das Acácias ou Prado de São Paulo foram cogitadas. Ainda sobre seu nome: em 1927, quando José Pires do Rio era o prefeito de São Paulo, a Paulista passou a se chamar avenida Carlos de Campos, em homenagem ao ex-governador do estado de São Paulo, mas a alteração não agradou o povo da cidade, fazendo com que voltasse ao seu nome original, em 13 de novembro de 1930, quando foi publicado, no Diário Oficial, o Ato número 11, assinado pelo então prefeito de São Paulo, José Joaquim Cardoso de Melo, segundo o qual atendia “…finalmente, a que outras denominações há, que não deveriam jamais ter sido alteradas, como a da avenida Paulista, que recorda numa só palavra, todo o indefesso trabalho e honra da gente paulista”.
Foi noticiada a inauguração a avenida Paulista, em 1890 e, cerca de três meses depois, foi anunciado o início da venda de seus lotes para 12 de fevereiro de 1891.
Em 8 de dezembro de 1891, foi instalada a nova linha de bondes até a avenida Paulista, da Companhia Ferro Carril de São Paulo, com grande concorrência e com a presença da imprensa. A avenida Paulista era oficialmente entregue à população e esta é a data considerada a de sua inauguração.
Em fins do século XIX, a avenida já tinha cerca de 50 casarões. Abastados senhores do café, grandes comerciantes, banqueiros e industriais construíram imponentes mansões na nova avenida que usavam como residência ou como casa de veraneio. Dentre eles o empresário dinamarquês Adam Ditrik von Bullow, o industrial italiano Francesco Matarazzo, que foi durante muito tempo o homem mais rico do Brasil (cujo palacete foi projetado pelos arquitetos italianos Giulio Saltini e Luigi Mancini) e o farmacêutico e político Henrique Schaumann, cujo projeto de sua mansão foi do alemão Augusto Fried e de Carlos Ekman. O Shopping Cidade de São Paulo e a Torre Matarazzo localizam-se onde ficava a mansão Matarazzo. O casarão de Schaumann foi propriedade das famílias Andraus e Lotaif. Após sua polêmica demolição, em 1982, virou um estacionamento e, posteriormente o Edifício Paulista 867.
A família Thiollier, de imigrantes franceses, também tinha um palacete na avenida, a Villa Fortunata, onde hoje se encontra o parque Mario Covas. René Thiollier, filho do patriarca Alexandre Honoré Marie Thiollier – sócio e proprietário da primeira livraria de São Paulo, a Casa Garroux – foi um dos fundadores do Teatro Brasileiro de Comédia e frequentava o círculo de intelectuais que organizou a Semana de Arte Moderna de 1922. Foi ele que pagou o aluguel do Theatro Municipal de São Paulo para a realização do evento. Uma curiosidade sobre a Villa Fortunata: a família Burle Marx alugou entre 1909 e 1912 a mansão e foi lá que nasceu o mundialmente famoso paisagista e artista plástico brasileiro Roberto Burle Marx.
O casarão von Bulow, projeto de Augusto Fried, foi contruído perto da alameda Campinas e foi, talvez, o primeiro a ser documentado. Era um dos pontos prediletos de Guilherme Gaensly para fotografar a avenida Paulista. O palacete era propriedade do empresário dinamarquês Adam Ditrik von Bullow, um dos acionistas da Companhia Antarctica Paulista. Hoje, no lugar que ocupava está o Edifício Paulicéia, ícone da arquitetura moderna de São Paulo, projeto de Jacques Pilon e do italiano Gian Carlo Gasperini, construído na década de 50.
A Paulista foi o cenário de corridas de charrete, de cabriolés e dos primeiros automóveis. Também foi o palco dos grandes carnavais dos anos 10, 20 e 30. Em 1912, o corso foi transferido da praça da República para a avenida e as famílias desfilavam em carros enfeitados.
O Belvedere Trianon, que ficava na Paulista e foi durante muito tempo o principal ponto de encontro da cidade, foi demolido para ceder espaço à 1ª Bienal de Arte Moderna da cidade, realizada, em 1951, pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), sob a presidência de Ciccillo Matarazzo, em um pavilhão provisório localizado na Esplanada do Trianon.
Restam poucos casarões na avenida, como a Casa das Rosas (1935), último projeto do arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo, que hoje abriga o Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura; e o Palacete Franco de Mello (1905), obra do construtor português Antônio Fernandes Pinto. Algumas construções remanescentes da via são tombadas pelo Conselho de Defesa Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico de São Paulo.
Inicialmente, estabelecimentos comerciais não podiam existir na avenida Paulista. Em 1952, a Lei número 4313 de 29 de outubro, autorizou a construção de estabelecimentos hospitalares, educacionais, de imprensa, rádio, televisão, teatro e cinema. Quatro anos depois, foi inaugurada a primeira loja-exposição do Conjunto Nacional, que seria o primeiro shopping center da América do Sul. A inauguração da primeira etapa do Conjunto Nacional, em dezembro de 1958, contou com a presença do então presidente da República, Juscelino Kubitschek. O complexo localiza-se onde antes ficava o casarão do investidor e urbanista Horácio Sabino, cujo projeto foi o arquiteto francês Victor Dubugras, um dos precursores da arquitetura moderna na América Latina. O empreendimento foi do argentino José Tjurs, que comprou a mansão e que sonhava que a Paulista fosse a Quinta Avenida de São Paulo. O projeto foi do arquiteto paranaense David Libeskind, então com 26 anos.
Mas foi só na década de 80 que a vocação da avenida para os negócios se firmou: os apartamentos residenciais do Edifício Savoy, nº 810, foram convertidos em escritórios. Houve então uma procura de terrenos para instalar os novos edifícios comerciais, que deixavam o Centro da cidade rumo à Paulista.
Na avenida Paulista, por onde diariamente passam cerca de um milhão e meio de pessoas, encontram-se diversos museus e centros culturais como o Museu de Artes de São Paulo (MASP), a Casa Japão, o Itaú Cultural e o Instituto Moreira Salles, uma das instituições fundadoras do portal Brasiliana Fotográfica. Também estão lá o parque Trianon, atual parque Tenente Siqueira Campos; o parque Prefeito Mário Covas, criado em 2008 e localizado onde ficava a Villa Fortunatta; o Instituto Pasteur, dezenas de consulados, o Painel do Edifício Nações Unidas, criação de Clóvis Graciano; e a famosa antena do prédio da Fundação Cásper Líbero, a maior e mais alta da avenida. Possui uma disputada ciclovia, bancos, cinemas, colégios, feiras artesanais, hotéis, hospitais, restaurantes, teatros e, aos domingos, é aberta aos pedestres. É o endereço de prédios icônicos da cidade, dentre eles o Edifício Sul-Americano, projeto do escritório Rino Levi Arquitetos Associados, em 1966; e o Edifício Luís Eulálio Bueno Vidigal Filho, sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), construído onde ficava o palacete da família Salem.
Alguns eventos se realizam na avenida anualmente: o réveillon com shows e queima de fogos, a Corrida de São Silvestre (desde 1924), a Parada do Orgulho LGBT (desde 1997), etc. Trecho de texto da Brasiliana Fotográfica adaptado para o blog por mim.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.
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