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domingo, 6 de junho de 2021
Panorama do Piques, 1862/1916, São Paulo, Brasil
Panorama do Piques, 1862/1916, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Álbum Comparativo da Cidade de São Paulo 1862/1900/1916 - W. Luiz P. de Souza - Vol. 2
Fotografia
sábado, 15 de maio de 2021
Largo do Piques e Ladeira de Santo Amaro, 1862/1916, São Paulo, Brasil
Largo do Piques e Ladeira de Santo Amaro, 1862/1916, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Álbum Comparativo da Cidade de São Paulo 1862/1900/1916 - W. Luiz P. de Souza - Vol. 1
Fotografia
segunda-feira, 7 de dezembro de 2020
Obelisco do Piques, 1935, São Paulo, Brasil
Obelisco do Piques, 1935, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
O Obelisco do Piques é o monumento mais antigo da cidade.
Em pleno centro de São Paulo, em um lugar que um dia foi portal de entrada e saída, segue firme o que pode ser considerada a primeira obra de arte pública da cidade, construída em 1814. No meio da praça denominada Largo da Memória, está um obelisco de cerca de 5 metros de altura conhecido como Obelisco do Piques. O autor e primeiro artista de rua a assinar um trabalho na cidade foi um português, o pedreiro Vicente Gomes Pereira, também conhecido como Mestre Vicentinho.
A obra esculpida em rocha de granito foi feita sob encomenda do Conde de Palma em homenagem ao governador da época, Bernardo José de Lorena. O obelisco ficava dentro da água, em uma bacia de alvenaria e entre grades. Sim, o primeiro monumento da cidade já nasceu preso.
O obelisco não foi a obra principal ali, mas sim um resto. A partir da obra de alargamento das ladeiras do Pique e da Palha, do largo e do chafariz que existia no local, o engenheiro militar Daniel Pedro Müller solicitou que com a sobra da construção o pedreiro Mestre Vicentinho fizesse o obelisco. Assim nasceu a primeira obra de arte urbana oficial da cidade.
O complexo das obras do Largo da Memória visava a facilitação da comunicação entre São Paulo e o interior. Não por acaso, ficava na fronteira do que era conhecido como "Cidade Nova", ou seja, o outro lado do rio que corria ali, o Anhagabaú. O lugar virou ponto de parada de quem buscava água potável no chafariz, descanso, já foi também lugar de comércio de escravizados e hoje é uma praça quase esquecida no meio do centro.
O largo passou por algumas reformas nesses mais de dois séculos. Entre as mudanças, as grades saíram e a água também já não se encontra ali para ser bebida. A hostilidade representada pelo cerco se foi, mas o acolhimento de um lugar para descanso e beber água potável também não se encontram mais. Já o monumento segue praticamente igual. Engolido pela cidade que cresceu e quase esquecido em um largo que leva curiosamente o nome de memória. Texto de Felipe Lavignatti.
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