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domingo, 7 de março de 2021

A Batalha Naval, Itália (La Naumaquia) - Ulpiano Checa


A Batalha Naval, Itália (La Naumaquia) - Ulpiano Checa
Itália
Museu Ulpiano Checa, Colmenar de Oreja, Espanha
OST - 125x200 - 1894

Texto 1:
A palavra naumaquia, (em latim naumachia, do grego antigo ναυμαχία/naumakía, literalmente «combate naval») designava simultaneamente na Roma Antiga tanto o espetáculo no qual se representava uma batalha naval como a piscina, ou o edifício, onde esta era encenada.
A primeira naumaquia conhecida foi oferecida por Júlio César ao povo de Roma em 46 a.C., durante a celebração do seu quádruplo triunfo. Depois de ter feito construir uma piscina perto do rio Tibre, capaz de albergar autênticas birremes, trirremes e quadrirremes, a representação mobilizou 2000 combatentes e 4000 remadores, recrutados entre os prisioneiros de guerra. Em 2 a.C., durante a inauguração do templo de Marte Ultor, Augusto inaugurou a Naumaquia de Augusto, que teve como modelo a celebrada por César. Como o próprio Augusto recorda em Res Gestæ (§ 23), fez construir na margem direita do Tibre uma piscina, utilizando o aqueduto Água Alsietina, na qual se enfrentaram 3000 homens (sem contar os remadores), 30 navios dotados de espigão e numerosas unidades menores.
Cláudio organizou em 52 d.C. uma naumaquia numa vasta extensão natural de água, o lago Fucino, para inaugurar os trabalhos de drenagem do mesmo. Os lutadores eram condenados à morte. Graças a Suetônio e à sua obra Vidas dos Doze Césares (Cláudio, XXI, 12­14), sabemos que os naumaquiários (os combatentes nas naumaquias), saudaram o imperador antes do combate com uma frase que posteriormente se tornaria famosa: Morituri te salutant ("Os que vão morrer te saúdam"). Embora uma tradição errônea tenha feito considerar que esta era a fórmula ritual com a qual os gladiadores se dirigiam ao imperador antes do combate, apenas se tem constância do seu uso durante a celebração desta naumaquia.
Tácito dá uma descrição do espetáculo que ali se pôde ver:
“Na mesma época, depois de cortar o monte que há entre o lago Fucino e o rio Liris, e a fim de que uma obra tão colossal pudesse ser visitada pelas massas, organiza-se uma batalha naval no mesmo lago, tal como noutro tempo havia feito Augusto por ocasião da construção de um lago do outro lado do Tibre, embora com navios ligeiros e uma tropa menos numerosa. Cláudio armou trirremes e quadrirremes e também dezanove mil homens; tinha feito rodear o perímetro do lago com balsas para que não houvesse escapatória alguma, mas, isso sim, delimitando um espaço para as manobras dos remos, as artes dos pilotos, os ataques dos navios e as demais ações próprias de combate. Nas balsas tinham-se colocado manípulos e esquadrões das cortes pretorianas e na parte dianteira montado umas plataformas para disparar desde elas as catapultas e balestas. O resto do lago o ocupavam os marinheiros em navios cobertos. Uma multidão inumerável encheu as ribeiras, as colinas e as partes elevadas dos montes, como se de um teatro se tratasse; uns procediam dos municípios próximos e outros da Cidade mesma, levados pela mera curiosidade ou por honrar o príncipe. Este, vestido com um manto apelativo, e a seu lado Agripina, com uma clâmide dourada, ocuparam a presidência. Lutou-se, apesar de ser entre malfeitores, com um espírito próprio de valentes guerreiros e, após muitas feridas, perdoou-se-lhes a vida.”
La celebre frase “Ave, Caesar, morituri te salutant” (Ave, Cesare, coloro che stanno per morire ti salutano) ha origine durante la grande naumachia sul lago Fucino.
Texto 2:
Forse pochi sanno che il celebre motto “Ave, Caesar morituri te salutant” o meglio “Ave, Imperator morituri te salutant”, nacque durante la grande naumachia, lo spettacolo che nel mondo romano rappresentava una battaglia navale, sull’allora lago Fucino. Per tradizione è considerata la frase latina che i gladiatori indirizzavano all’imperatore prima dell’inizio dei giochi gladiatòri. Secondo quello che scrive Svetonio, però, ” Ave, Imperator morituri te salutant!”, è la frase rivolta all’imperatore romano Claudio e pronunciata non da gladiatori ma da condannati a morte che in un’occasione unica e molto particolare, la celebrazione nell’anno 52 dopo Cristo dell’inizio della bonifica del Fucino, si apprestavano a partecipare alle Naumachie appositamente indette dall’imperatore Claudio. Oggi la frase è usata con tono scherzoso e sdrammatizzante quando si incomincia un’attività o un’azione rischiosa e dall’esito incerto.
Nonostante i Romani avessero scelto il Fucino come luogo di villeggiatura, fu proprio al loro tempo che si iniziò a parlare di bonificare il lago. Le zone meridionali del lago erano quelle più soggette alle inondazioni e quindi, oltre agli ovvi problemi stagionali per gli agricoltori, altro grosso problema di queste zone paludose era la malaria. Il primo che volle tentare il prosciugamento del lago fu Cesare, che però venne ucciso prima che adempisse al suo proposito. Fu quindi Claudio che si adoperò in tal senso. Secondo Svetonio vennero utilizzate 30.000 persone tra schiavi e operai, lungo undici anni di incessanti lavori: si lavorava anche di notte, su tre turni di 8 ore, in squadre, sparse lungo il tragitto del canale (da considerare anche i lavori collaterali, preparatori e connessi). Il risultato fu un canale di 5,6 km che attraversava in parte il Monte Salviano, per poi drenare nel fiume Liri. L’esito però non fu quello voluto, date le numerose frane del monte già durante la costruzione e, soprattutto, nei periodi successivi, per le quali la semplice manutenzione ordinaria non bastava. Terminati i lavori Claudio volle celebrare l’opera con fasto, e organizzò dunque una naumachia, una battaglia navale sul lago, dove venne pronunciata, appunta, la famosa frase “Ave Caesar, morituri te salutant”. Al termine, venne aperta la diga, ma l’acqua non scolò a causa di una piccola frana avvenuta poco prima. Purgato il canale e riaperte le chiuse, un’ulteriore frana causò una grossa ondata di ritorno che si abbatté sul palco dove la famiglia imperiale banchettava. Di questi accadimenti vennero incolpati i liberti Narciso e Pallante, che non erano architetti, ma prefetti dei lavori.