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segunda-feira, 31 de julho de 2023

Volkswagen SP2 1974, Brasil

 























Volkswagen SP2 1974, Brasil
Fotografia


A série SP foi uma série de carros esporte desenvolvidos pela Volkswagen do Brasil para o mercado interno, de 1972 a 1976; o nome supostamente é uma abreviatura para São Paulo. Nos anos 70 o mercado brasileiro estava fechado a importações. Os únicos carros esporte oficialmente feitos aqui eram o Karmann Ghia e seu sucessor, Karmann Ghia TC. Apenas fabricantes independentes atingiram algum sucesso, notavelmente o Puma e o Miura. Em 1º de março de 1968, Rudolf Wilhelm Karl Leiding assumiu a administração da Volkswagen do Brasil em São Bernardo do Campo. Em 1970 ele deu partida em um projeto independente, totalmente feito no país, para um carro esportivo de carroceria leve. Uma equipe liderada pelo engenheiro Wilhelm Schmiemann iniciou o que chamaram de Projeto X, e apresentaram o protótipo (executado por Márcio Lima Piancastelli, José Vicente Novita Martins, Jorge Yamashita Oba) na Feira da Indústria Alemã em março de 1971. Mas levaria ainda mais um ano até que o carro ganhasse as ruas.
O SP, nome final do carro, foi construído na plataforma dos VW 1600 Variant com eixo dianteiro do VW Fusca, oferecido com o mesmo motor boxer de 1.600 cc, 65 HP SAE brutos, cerca de 54 cv reais, na versão chamada de VW SP1, número de identificação do motor “BV”, ou com um motor 1.700 cc, chamado de VW SP2, número de identificação do motor “BL”. Este último desenvolvia 75 HP SAE brutos cerca de 65 cv reais, tinha velocidade máxima declarada pela fábrica de 161 km/h e velocidade máxima aferida em testes de revistas especializadas entre 153 e 156 km/h, além de fazer 10 km com um litro em uso urbano. Suas acelerações eram bastante lentas para um esportivo. Apesar do fabricante divulgar que o VW SP2 alcançaria os 100 km/h em 14,2 segundos, em testes as marcas ficaram sempre entre 17 e 20,9 segundos.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Propaganda "A Grande Chegada", Volkswagen SP1 e SP2, Volkswagen, Brasil







Propaganda "A Grande Chegada", Volkswagen SP1 e SP2, Volkswagen, Brasil
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A criação e comercialização dos modelos “SP”, da Volkswagen são cercadas de folclore e, até mesmo, algumas lendas urbanas. Fazendo uma pesquisa rápida sobre o tema na internet, é possível encontrar várias versões para o seu nome, embora sua trajetória seja mais sólida e com informações mais precisas. Digamos que o primeiro protótipo do veículo foi apresentado em 1971, na Feira da Indústria Alemã e, entraria para comércio popular, a partir de 1972, ficando até 1976 à disposição do público brasileiro. O modelo “SP”, tanto o 1 quanto o 2, tiveram 10.361 unidades fabricadas, sendo 10.193 da versão SP2 e 168 da versão SP1.
O design do veículo foi chefiado por Márcio Piancastelli, que também foi o responsável pelas linhas do VW 1600 Sedã, Variante II e o Gol, e contou com a participação de José Vicente Novita Martins e George Yamashita Oba. Entretanto, o projeto não poderia acontecer sem um grande incentivador: o então presidente da Volkswagen no Brasil, o alemão Rudolf Leiding, que aceitou vir para o país em troca de ter total autonomia em novos projetos, algo muito raro para a época.
Esse projeto, desenvolvido com muitas mãos, tinha uma missão: ser um concorrente à altura do Puma, esportivo com visual moderno e de muito sucesso. Além disso, curiosamente, os Pumas utilizavam mecânica da Volks. Os Volkswagen SP1 foram produzidos com motor de 1.600 cm³, com 65 cv; e o SP2, mais requintado e com bloco 1.700 cm³ com 75 cv. Ambos eram movidos à gasolina. O primeiro protótipo do SP foi apresentado em uma feira de novidades industriais no ano de 1971, em Hannover, na Alemanha, onde chamou muita atenção. No ano seguinte, já estava disponível para o público brasileiro.
Vale dizer que a diferença de preço era pouca entre os dois modelos e, assim, os compradores preferiam o SP2, o que antecipou a aposentadoria do SP1 para 1974 (existem versões de que o SP1 foi aposentado no mesmo ano de 1972, ou seja, no ano de seu lançamento). Segundo Luciano Amaral Pinheiro, proprietário de um SP2 1975 e responsável pelo blog VW SP2 Clássico, a revista alemã Hobby classificou, nos anos 1970, o SP "o mais bonito VW já produzido”. Já a revista norte-americana Car and Driver conclamou a matriz alemã a produzir o brasileiro em escala mundial.
O modelo SP foi oferecido em 44 cores, sendo 12 metálicas e, de maneira geral, não foi muito bem recebido por suas deficiências. Ele chegava a “apenas” 154 km/h e demorava 17 segundos para chegar a 100 km/h. Entretanto, pelo seu belo desenho, conquistou muitos fãs e é lembrado até hoje como um charmoso veículo do passado. Apesar de agradar os olhos do público, o veículo também tinha problemas. Os consumidores costumavam dizer que o freio era muito fraco para o carro e que a traseira “saía” muito durante a direção.
Aqui mora uma das maiores lendas urbanas que cercam o Volkswagen SP. Segundo a Flatout, existem duas razões para essa sigla. A primeira seria a de que a Volks quis homenagear o estado e a cidade de São Paulo e, portanto, adotou a sigla “SP” como forma de executar esse desejo. A segunda versão é a de que SP poderia significar Special Project ou Sport Prototype, sendo apenas uma coincidência o SP.