quarta-feira, 4 de abril de 2018

Antigo Engenho Central, Atual Museu Nacional do Açúcar e do Álcool / Museu da Cana, Pontal, São Paulo, Brasil


Antigo Engenho Central, Atual Museu Nacional do Açúcar e do Álcool / Museu da Cana, Pontal, São Paulo, Brasil
Pontal - SP
Fotografia




Choperia Degraus, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


Choperia Degraus, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

Nota do blog: Não existe mais.

Museu Histórico e de Ordem Geral Plínio Travassos dos Santos, 1956, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


Museu Histórico e de Ordem Geral Plínio Travassos dos Santos, 1956, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

Antiga sede da Fazenda Monte Alegre, propriedade de Francisco Schmidt, o "rei do café".

Casino Antarctica e Rotisserie Sportman, 1920, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil



Casino Antarctica e Rotisserie Sportman, 1920, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia - Cartão Postal

O Casino Antarctica, empreendimento de François Cassoulet, foi inaugurado em 1914. No Casino ocorriam espetáculos, festas, bailes, jogatinas e prostituição de mulheres estrangeiras. Era frequentado pelos grandes coronéis e políticos importantes, além de estrangeiros e boêmios.
O Casino ficava na Rua Américo Brasiliense e a Rotisserie Sportman na Rua Amador Bueno.


Loja Ao Novo Queima, 1900, Ribeirão Preto - João Passig

Loja Ao Novo Queima, 1900, Ribeirão Preto - João Passig
Ribeirão Preto - SP
Localizava-se na Rua Duque de Caxias com Rua Álvares de Cabral, propriedade do imigrante português Antônio Adelino Mendes.
Fotografia

Interior do Bar e Restaurante Pinguim / Futura Choperia Pinguim 1, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


Interior do Bar e Restaurante Pinguim / Futura Choperia Pinguim 1, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

Nota do blog: Localizava-se na Rua General Osório com Rua Álvares Cabral. Não existe mais.

Construção da Cia. Antarctica Paulista, 1911, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil - Ernesto Kühn







Construção da Cia. Antarctica Paulista, 1911, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil - Ernesto Kühn
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

Coronel Francisco Schmidt, O "Rei do Café", Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


Coronel Francisco Schmidt, O "Rei do Café", Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia


Francisco Schmidt, ou Franz Schmidt (1850-1924), seu nome original, é um dos personagens mais fascinantes da história de Ribeirão Preto. Imigrante alemão que fez fortuna com o café, foi ele quem por mais anos ostentou o título de “Rei do Café”, dado pela imprensa para o fazendeiro que liderasse o ranking anual de produção de grãos – medida em arroubas.
Ele nasceu a 3 de outubro de 1850, em Osthofen, então um pequeno vilarejo (hoje uma pequena cidade) do distrito de Alzey-Worms, que naquele tempo pertencia ao Reino da Prússia, mas que hoje encon­tra-se no estado da Renânia­-Palatinado, na Alemanha. Fugindo da crise econômica na Europa, a família Schmidt che­gou ao Brasil ainda na época do Império, em 1858.
Seus pais Jakob e Gertrud Schmid, trabalharam inicial­mente como colonos na Fazen­da Ibicaba, que hoje pertence ao município de Cordeirópolis – antes ficava em terras de Li­meira. Foi nesta propriedade que Francisco Schmidt, aos oito anos de idade, entrou em contato pela primeira vez com o café, ajudando seus pais no cultivo de cafezais da tradicio­nal família Campos Vergueiro, proprietária da terra.
Poucos anos depois a famí­lia Schmidt se transferiu para a colônia São Lourenço, na Fazenda Felicíssima, de pro­priedade do comendador Luís Antônio de Sousa Barros, em São Carlos do Pinhal (atual São Carlos). Em 1873, aos 23 anos, Francisco Schmidt casou-se com Albertine Kohl (nascida em Cubatão), de família prus­siana oriunda da Turíngia, com a qual teve oito filhos.
Após o matrimônio, o casal trabalhou na fazenda de Antô­nio Leocádio de Mattos, e, em 1875, mudou-se para a fazen­da de Rafael Tobias de Aguiar (brigadeiro Tobias de Aguiar – que dá nome para as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, a Rota, tropa de elite da Polícia Militar (PM) paulista –, ambas localizadas em Belém do Des­calvado (atual Descalvado).
Em 1879, Francisco Sch­midt adquiriu um armazém de secos e molhados, ainda em Descalvado. Neste período, começou a trabalhar também como corretor de café para a Theodor Wille & Co (sediada em Hamburgo, na Alemanha, com filiais em Santos, São Paulo e Rio de Janeiro), empresa que seria por toda a vida a principal parceira de negócios e referên­cia em logística para o alemão.
Em 1889 Francisco ven­deu o seu estabelecimento em Descalvado e compra a sua primeira fazenda, denominada Bela Paisagem, no município de Santa Rita do Passa Quatro. Aproveitando o período de alta no mercado do café, passou a investir na compra e venda de fazendas, conseguindo com isso aumentar o seu capital. Em 1890, comprou, em sociedade com o coronel Arthur de Aguiar Die­derichsen, a Fazenda Monte Alegre, em Ribeirão Preto, até então de propriedade de João Franco de Moraes Octávio.
Poucos dias após a compra, adquiriu a parte de seu sócio na Monte Alegre, para onde se mudou com a família – a casa­-grande da fazenda é o hoje Museu Histórico Plínio Tra­vassos dos Santos, no campus Monte Alegre da Universidade de São Paulo (USP), na Zona Oeste – ao lado foi construído o Museu do Café Francisco Schmidt, uma homenagem ao alemão. Com o financiamento Theodor Wille Co. (de Ham­burgo, Alemanha), comprou inúmeras fazendas nos municí­pios de Ribeirão Preto, Franca, Brodowski, Orlândia, Arara­quara, Sertãozinho e Serrana, entre outros.
No auge, ele chegou a pos­suir 62 propriedades (22.461 hectares), onde 7.361 colonos cultivavam mais de 16 milhões de pés de café. Em 1913, Fran­cisco Schmidt já era o maior produtor do Brasil e por isso recebeu o título de “Rei do Café”. Apesar da predominân­cia do produto, investiu na diversificação de atividades, implantando o primeiro en­genho de açúcar da região, no município de Sertãozinho, em 1906 (Engenho Central, atual Pontal).
Com a morte de sua es­posa em 1917, organizou com seus filhos (Gertrudes Schmidt Whitaker, Anna Schmidt Ferrei­ra Ramos, Guilherme Schmidt, Jacob Schmidt, Albina Schmidt Whately, Arthur Schmidt, Mag­dalena Schmidt Villares e Er­nesto Schmidt) a Cia. Agrícola Francisco Schmidt.
Em 1901 Francisco Sch­midt foi nomeado, pelo então presidente da República Cam­pos Sales, coronel-comandante da 72ª Brigada de Infantaria da Guarda Nacional. Era um títu­lo honorífico, concedido pelo governo aos cidadãos mais proeminentes (leia-se ricos). Francisco Schmidt foi verea­dor em Ribeirão Preto por seis legislaturas, sendo nomeado presidente da Câmara Munici­pal duas vezes.
Em 1899 apresentou uma indicação à Câmara Muni­cipal para aquisição da mata existente na Chácara Olympia, localizada no então chamado Morro do Cipó. A proposta foi aprovada e graças à iniciativa do alemão hoje existe, no co­ração de Ribeirão Preto, a Área de Preservação Permanente (APP) Morro do São Bento – o Morro do Cipó mudou de nome. Não haveria o zoológi­co do Bosque Municipal Dou­tor Fábio de Sá Barreto se não fosse por Francisco Schmidt.
Em 1895, ele liderou a mo­bilização da elite cafeeira que culminou com a construção do Teatro Carlos Gomes, inau­gurado em 1897 – e demolido em 1942.
Na época áurea do café, a imprensa tinha o costume de designar como “Rei do Café” aquele fazendeiro que os­tentasse a condição de maior produtor do grão que fazia a riqueza da cidade. O primeiro a ser assim chamado foi Jo­aquim José de Sousa Breves. Depois, Henrique Dumont, pai de Santos Dumont. O terceiro, que por mais tempo ostentou o pomposo “título”, foi Fran­cisco Schmidt, sucedido pelo quarto e último “monarca”, o italiano Geremia Lunardelli.
Apesar de derrotado durante toda a sua trajetória política nos principais embates como o coronel Joaquim da Cunha Diniz Junqueira – ambos eram do Partido Republicano Pau­lista (PRP), que então mono­polizava a política nacional –, Francisco Schmidt deu o troco depois de morto. Isso porque, de Joaquim da Cunha, o popu­lar Quinzinho da Cunha, nasci­do aqui mesmo em Ribeirão Preto e falecido na terra natal em 1932, não resta uma só recordação relevante.
Uma pequena praça, ao lado do Mercado Municipal, o “Mercadão”, que tinha seu nome, deu lugar primeiro ao terminal de ônibus Antônio Achê, e depois ao Centro Popular de Compras (CPC). A praça “Coronel Joaquim da Cunha Diniz Junqueira” simplesmente desapareceu. Porém, a menos de 200 metros dali, segue imponen­te, ainda que sem o brilho do passado, a praça Francisco Schmidt, homenagem de Ribeirão Preto a seu terceiro “Rei do Café” – um alemão imortalizado na história da cidade, ao contrário de seu desafeto, que o derrotou em vida mas levou o troco após a morte.
Trajetória política:
Nascimento: 03 de outubro de 1850 – Osthofen, Alemanha
Falecimento: 18 de maio de 1924 – São Paulo (SP), Brasil
Filho de Jacob Schmidt e de Gertrudes Rauskolb Schmidt
Vereador na 7ª legislatura da Câmara de Ribeirão Preto (1892-1896)
Vereador (suplente) na 8ª legislatura da Câmara de Ribeirão Preto (1896-1899)
Vereador e vice-presidente da Câmara na 9ª legislatura (1899-1902)
Vereador na 13ª legislatura da Câmara de Ribeirão Preto (1911-1914)
Vereador e presidente da Câmara na 14ª legislatura (1914-1917)
Vereador e presidente da Câmara na 15ª legislatura (1917-1920) –
renunciou em 1917.
Fazenda Monte Alegre:
A partir de 1890, sob adminis­tração de Francisco Schmidt, teve início um novo período na história da Fazenda Monte Alegre, marcado pela prosperidade econômica e pelo desenvolvimento estrutural. Nos úl­timos anos do século XIX e no início do século XX, o alemão construiu não só a nova tulha – hoje Sala de Con­certos do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Univer­sidade de São Paulo (DM-FFCLRP/ USP) –, como também ampliou e melhorou a estrutura geral da casa grande, sede da propriedade.
A área hoje é ocupada pelo Museu Histórico Plínio Travassos dos Santos e pelo Museu do Café Francisco Schmidt. O alemão que virou “monarca” em Ribeirão Preto morreu em 1924 e não viu a derro­cada do produto a partir da crise de 1929 na Bolsa de Nova York (EUA). Seus herdeiros venderam a Fazen­da Monte Alegre para João Marchesi (nascido Giovanni Pietro Marchesi), empresário, fazendeiro, usineiro e banqueiro italiano radicado desde criança em Sertãozinho.
Em 1940, a fazenda foi adquirida pelo governo de São Paulo que, em 1942, instalou ali a Escola Prática de Agricultura. Quando a unidade fe­chou, o Estado cedeu o prédio para a instalação da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, em 1952, embrião do que se transformou no campus Monte Alegre da Universidade de São Paulo. Texto de Nicola Tornatore.

Estação Guatapará da Cia. Mogiana de Estradas de Ferro, 1924, Guatapará

Estação Guatapará da Cia. Mogiana de Estradas de Ferro, 1924, Guatapará
Guatapará - SP
Fotografia

Panorama de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil





Panorama de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia - Cartão Postal



Nota do blog 1: Como referência para localização, é possível ver o Theatro Carlos Gomes e a Catedral no Centro. Imagem Circa 1913 (a confirmar).
Nota do blog 2: Em primeiro plano aparecem os imóveis de Bernardo Alves Pereira.
Nota do blog 3: A tomada de vista seria próximo ao encontro das atuais avenidas Fábio Barreto e Francisco Junqueira. Não digo que seja o local exato, viso apenas dar uma ideia de qual seria a direção atualmente.
Nota do blog 4: Crédito das informações constantes na "Nota do blog 1 e 3" para Eduardo Hanna. Crédito das informações constantes na "Nota do blog 2" para Mauro Porto. Crédito das demais informações e resumo para o blog.