segunda-feira, 22 de abril de 2019

Central Hotel / Palace Hotel, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil



Central Hotel / Palace Hotel, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Photo Sport
Fotografia - Cartão Postal

Em agosto de 1924 foi contratada a empresa de engenharia Junqueira & Valle para a construção de um prédio na esquina da Rua Duque de Caxias com Álvares Cabral, destinado a ser um hotel.
O proprietário do terreno e contratante da obra foi Adalberto Henrique de Oliveira Roxo, um importante comerciante de café estabelecido em Ribeirão Preto. (jornal "Diário da Manhã", 20/08/1924, p. 1).
Adalberto Roxo nasceu em 1883, filho de Mathias Octávio de Oliveira Roxo e Eugênia de Campos Negreiros (filha do Barão de Cruz Alta, Joaquim Campos de Negreiros). O seu pai foi proprietário de uma fazenda em Piraí/RJ, e posteriormente, proprietário das fazendas Vila Eugênia e Nova Cruz Alta em Jaú/SP. Foi comerciante de café em Ribeirão Preto/SP, onde foi também proprietário do Central Hotel (posteriormente denominado Palace Hotel). Foi eleito vereador em Ribeirão Preto para o período de 1929-1932, cumprindo o mandato até 26/06/1929, quando renunciou. Foi casado em primeiras núpcias com sua prima-irmã Rosa Antero Roxo, e em segundas núpcias com Eunice Teixeira (com quem teve a filha Áurea), e, finalmente, em terceiras núpcias com Angelina de Carvalho Corrêa (com quem teve a filha Anna Maria de Oliveira Roxo). Faleceu em São Paulo/SP, no Sanatório Esperança, em 05/12/1943.
O hotel, denominado Central Hotel, foi inaugurado em 1926.
Em 1927 o Central Hotel foi adquirido pela Cia. Cervejaria Paulista. A empresa comprou também o terreno lindeiro ao hotel, começando a construir o Theatro Pedro II e o Edifício Meira Júnior.
Para estabelecer uma mesma linguagem arquitetônica dos edifícios, a fachada do Central Hotel foi reformada por volta de 1930, o projeto foi de autoria do arquiteto Hipólito Gustavo Pujol Júnior; os três edifícios passaram então a serem conhecidos como "Quarteirão Paulista".
Após a aquisição e reforma do prédio pela Cia. Cervejaria Paulista, o antigo Central Hotel passou a ser denominado Palace Hotel.
Este hotel permaneceu em funcionamento até o ano de 1992, quando encerrou as atividades. Em 07 de maio de 1982, a Resolução nº 32 do CONDEPHAAT determinou o tombamento do Palace Hotel e do Theatro Pedro II. No dia 23 de julho de 1996 a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto permutou o Palace Hotel com a Antarctica.
Iniciou-se então um longo processo de recuperação do prédio acompanhado pelo Conselho Municipal de Cultura.
As obras finais foram entregues em 30 de setembro de 2011. No dia 20 de outubro as portas foram abertas novamente como “Centro Cultural Palace”, buscando agora atender a todas as áreas culturais e artísticas.

sábado, 20 de abril de 2019

A História do "Dadinho", o Doce do IV Centenário da Cidade de São Paulo


A História do "Dadinho", o Doce do IV Centenário da Cidade de São Paulo
Fotografia

Todo ano a cidade de São Paulo dá uma pausa nas suas atividades para comemorar o aniversário da mais importante metrópole da América Latina. E as comemorações acontecem de todas as maneiras: desfiles oficiais, bolo e, até mesmo, o lançamento de um doce especial.

Uma das maiores surpresas que tive foi ao comprar alguns Dadinhos em uma doceria perto do trabalho e observar sua embalagem. Em alguns espaços está escrito a mensagem “IV Centenário”, em outros está em destaque um curioso símbolo em um círculo azul e existem várias estrelas coloridas com o fundo prateado.
Lançado especificamente para as comemorações do IV Centenário da nossa cidade, junto a monumentos como o Parque do Ibirapuera, o Mausoléu do Soldado Constitucionalista e com a Catedral da Sé reformada, o doce se tornou um sucesso na capital. O seu formato logo “descaracterizou” o nome original do doce e ele ficou conhecido popularmente como Dadinho.
A fabricante, obviamente, aceitou essa nova nomeação e adotou “Dadinho” como nome oficial da iguaria. Falando dos símbolos citados no começo do texto, vale o destaque para:
A Cor Prateada da Embalagem: o tom adotado pelo fabricante faz clara referência aos papéis triangulares que foram jogados dos céus na festa do IV Centenário que eram prateados. Existem relatos, inclusive, que na ocasião da festa, o Vale do Anhangabaú foi tomado por uma linda chuva prateada enquanto aconteciam as comemorações na região.

O Símbolo No Círculo Azul: Ao mesmo tempo em que os Dadinhos passam por nossas mãos diariamente, poucas pessoas se dão conta que o maior “fracasso” de Niemeyer é visto por nós e passam despercebidos.

Chamada de “Voluta Ascendente”, a obra não conseguiu se manter em pé, devido ao seu “ousado” desenho por muito tempo. Embora o finado arquiteto sustente que ele apenas projetou o desenho e que ela nunca foi concebida, a foto de inauguração do Ibirapuera mostra o contrário. Mais do que isso, a lembrança do Dadinho acabou eternizando, sem querer, a maior “falha” do genial arquiteto brasileiro.
O Nome IV Centenário: Na própria embalagem do doce é possível ver o nome “IV Centenário” escrito sobre uma faixa amarela. Essa, com certeza, é a maior referência à cidade de São Paulo contida nesse doce.

Voltando à história da bala, a Dizioli produziu o quitute até os anos 80, sendo que atualmente ela é feita pela Bono Gusto Indústria e Terceirização de Alimentos Ltda. 

Calçamento Piso Paulista - Mirthes Bernardes














Calçamento Piso Paulista - Mirthes Bernardes
São Paulo - SP
Design

No constante vai e vem de quem passa pela cidade de São Paulo, é possível que você já tenha percebido o típico grafismo que se repete em diversas calçadas. 

A clássica padronagem por trás dos módulos que conformam graficamente o mapa do estado de São Paulo foi criado em 1966 pela arquiteta e artista Mirthes dos Santos Pinto. Tudo começou quando o antigo prefeito, João Vicente Faria Lima, lançou na década de 1960 um concurso para o desenho do novo calçamento da cidade. Mirthes, que na época trabalhava como desenhista da Secretaria de Obras da Prefeitura de São Paulo, criou um mapa estilizado do Estado de São Paulo, a partir de módulos quadrados em peças geométricas brancas e pretas, que se alternavam, ora em cor sólida, ora pintada com a variação pela diagonal da peça, criando um padrão.

Segundo a artista, em entrevista audiovisual concedida ao jornal Folha de S.Paulo em 2015, tudo aconteceu de maneira espontânea: “Eu comecei a rabiscar e surgiu o mapa. Foi sem querer! Rabisquei um desenho lá e larguei na gaveta. Meu chefe na época abriu a gaveta, pedindo um lápis e viu o desenho, comentando ‘Nossa, que legal, de quem é?’. Falei ‘eu que rabisquei’ e ele então disse, ‘passa no vegetal que você vai concorrer!’”. Na época, ainda descrente com a proposta de linhas puras e incerta quanto ao potencial artístico do trabalho, concretizou os desenhos e enviou-os à competição.

Na comissão julgadora de 17 pessoas, a proposta de linhas simples, modular e original consagrou-se como vencedora.

Após o concurso, por motivos legais a artista realizou a patente da criação em desenho industrial, sendo informada que teria direito a uma “porcentagem por calçada implantada”, com exceção a canteiros centrais. Infelizmente, mesmo com a execução de centenas de metros quadrados por toda a cidade de São Paulo ao longo dos mais de 50 anos, a autora não recebeu nenhum valor: “Eu acho que merecia. Afinal de contas, tentei embelezar São Paulo”.
Apesar da lamentável situação, considera-se homenageada ao ver proprietários debruçando-se sobre sua criação ao utilizá-la como calçamento, mas acredita que produtos, marcas e publicações envolvendo a criação, deveriam citá-la enquanto criadora.
A padronagem apresenta duas versões materiais, em lajota e pedra portuguesa seguindo o mesmo padrão de cores. Mirthes também salienta que a cidade carece de manutenção e restauro de suas calçadas. 
Contornos que representam o mapa do estado de São Paulo, em um formato geométrico que passou a simbolizar a cidade paulistana a partir de suas calçadas. Você sabia que uma artista e arquiteta foi a criadora deste símbolo? 
Tudo começou em um concurso cultural, em 1965, para a escolha daquele que seria o padrão das calçadas paulistanas. Mirthes Bernardes, na época desenhista da Secretaria de Obras, entrou no concurso, mas não imaginava que logo o seu desenho seria o eleito como ganhador.
Mirthes considerava simples o esboço que tinha feito, e não imaginava que ficaria entre os quatro finalistas. A votação final seria feita após a aplicação dos desenhos nos ladrilhos da Av. Consolação. A criação de Mirthes concorria com um desenho de grãos de café e outro que representava pés caminhando. “Foi uma festa com meus colegas. Concorri e trabalhava com arquitetos. Foi muito legal, fiquei feliz”, disse em entrevista ao blog Perfis Paulistanos.
Mesmo não tendo a pretensão de ganhar o concurso, para a criação Mirthes tinha se inspirado em um símbolo bastante famoso: as ondas do calçadão de Copacabana. Sem copiar a ideia, a inspiração fez com que contornos simples passassem a representar a capital paulistana, assim como havia sido no Rio de Janeiro. E o símbolo não se restringiu apenas ao calçamento da cidade, mas ao longo dos anos chegou aos souvenirs, propagandas e até aos chinelos.

O “piso paulista”, como ficou conhecido este calçamento, chegou primeiro à Av. Faria Lima, depois na Av. Amaral Gurgel e até na tradicional esquina da Av. Ipiranga com a Av. São João. Hoje, entretanto, os tradicionais ladrilhos aos poucos estão sumindo das calçadas paulistanas, sendo substituídos por concreto, cinza, não mais com o símbolo tão tradicional da cidade.

Mirthes, mesmo com a representatividade que o desenho ganhou, após ter vencido o concurso não recebeu valores ou direitos pela criação. Os anos se passaram e a artista continuou lutando pelo reconhecimento, mas não disfarça o desapontamento por não ter alcançado este objetivo e por ver a cada dia a substituição dos ladrilhos com seu desenho nas calçadas paulistanas. “Qualquer piso desses que está aí em São Paulo está esculhambado. Vão passando por cima, vão tapando buracos ao invés de restaurar”, disse em entrevista à Folha de S. Paulo.

A arquiteta e artista já passou dos 80 anos e permanece desenvolvendo trabalhos artísticos, com cobre e esmalte. Seu engajamento sempre esteve presente nos trabalhos que desenvolvia, incluindo a Fundação Casa e a Secretaria de Cultura do Estado. Tudo isso em paralelo à arte.

Apesar de não guardar objetos que remetam ao símbolo, a matéria publicada no jornal “Diário da Noite”, seis anos após o concurso, ainda está em uma pasta da artista. A matéria conta a história do concurso e de Mirthes, a ganhadora – história essa que foi adaptada para atualidade através até mesmo de enredo de escola de samba, sendo o tema da Mocidade Alegre, no desfile em 2007, em São Paulo.

As calçadas na cidade de São Paulo, conforme a possibilidade de que cada morador e comerciante cuide do seu pedacinho de calçamento, se tornaram desiguais e, na maioria dos exemplos, mal conservadas. A troca do “piso paulista” pela calçada de concreto é justificada pela Prefeitura como um modo de aumentar a drenagem.

O fato de não ser tombado faz com que os ladrilhos possam ser substituídos facilmente, o que leva à defesa por especialistas de que a solução seria a consideração dos ladrilhos como patrimônio histórico, ou que ao menos houvesse a mudança quanto a quem cabe a responsabilidade pelas calçadas, retornando então ao município.

Até que mudanças sejam feitas, o incentivo a que os paulistanos conheçam o trabalho da artista Mirthes Bernardes chegou até a exposição que está em cartaz em exposição “São Paulo Não É Uma Cidade”, no recém-inaugurado SESC 24 de Maio, chamando a atenção do público para o trabalho e a contribuição à cidade.

Pisar nos ladrilhos pretos e brancos com o formato do mapa do Estado de São Paulo certamente também faz alguma coisa acontecer no coração dos paulistanos.Mas parte da emoção sentida ao cruzar o marco geográfico da canção de Caetano Veloso pode diminuir porque o famoso 'piso paulista' está sumindo de parte da cidade, inclusive do cruzamento mais famoso de Sampa, a Ipiranga com a São João.
desenhista Mirthes Bernardes, 80, se entristece ao falar do descaso com os ladrilhos, mas o orgulho de ter criado um dos principais símbolos da cidade é maior. Em 1965, o desenho dela venceu o concurso que padronizou todas as calçadas da capital paulista, na gestão do prefeito Faria Lima.
"Eu achava que tinha coisas bem mais bonitas [entre as concorrentes], mas não acharam", diz, rindo.
A desenhista aposentada pela Prefeitura de São Paulo conta que não tinha pretensões de vencer a disputa na época, quando rascunhou o desenho, mas confessa que buscou inspiração nas calçadas cariocas. "As ondas [do calçadão] de Copacabana, um traço lindo por sinal, e eu não quis imitar, mas queria fazer alguma coisa parecida. Se lá [no Rio] tem uma coisa tão linda, por que aqui não pode ter?", questiona.
Meio século depois, o "piso paulista" ainda faz muito sucesso, mas Mirthes, a dona da patente, diz que nunca ganhou um centavo por isso. "Faz 50 anos que eu estou lutando. Não consegui nada, nem um alô. Eu acho que eu merecia", diz.

O famoso símbolo já estampou panfletos de grandes bancos, chinelos e propagandas de toda a sorte.

Mirthes disse que vai continuar brigando na Justiça contra as empresas e se desanima ao falar do cuidado com os ladrilhos. "Qualquer piso desses que está aí em São Paulo está esculhambado. Vão passando por cima, vão tampando buracos ao invés de restaurar."
Seu maior medo é que o todo o "piso paulista" desapareça.

Em 2012, a avenida Amaral Gurgel, uma das primeiras vias a receber o "piso paulista", teve todas as suas peças arrancadas e trocadas por concreto "para melhorar a drenagem e aumentar a durabilidade", diz a prefeitura.


As calçadas da São João, Consolação e parte do centro velho também estão sumindo porque os comerciantes tem a opção de restaurá-las ou não, pois elas não são tombadas. O município diz que o "piso paulista" implantado nas calçadas de prédios públicos são sempre restaurados.


sexta-feira, 19 de abril de 2019

Chegada do Café ao Terreiro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil





Chegada do Café ao Terreiro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
J. Marques Pereira Phot. N. 126
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Data e localização da fazenda não obtidas.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

Entrada da Rua da Bahia, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

Entrada da Rua da Bahia, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Belo Horizonte - MG
Fotografia - Cartão Postal

Mercado Público, Recife, Pernambuco, Brasil

Mercado Público, Recife, Pernambuco, Brasil
Recife - PE
Fotografia - Cartão Postal

Carregadores de Café, Fundos da Alfândega, Santos, São Paulo, Brasil



Carregadores de Café, Fundos da Alfândega, Santos, São Paulo, Brasil
Santos - SP
J. Marques Pereira Phot. N. 25
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Postal circulado em 11/04/1907.

Largo do Tesouro, São Paulo, Brasil

Largo do Tesouro, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal

Avenida São João, São Paulo, Brasil

Avenida São João, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal

Rua 7 de Setembro, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

Rua 7 de Setembro, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Fotografia - Cartão Postal