terça-feira, 4 de junho de 2019

Vale do Anhangabaú, Década de 20, São Paulo, Brasil


Vale do Anhangabaú, Década de 20, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Usina Vassununga, Santa Rita do Passa Quatro, São Paulo, Brasil




Usina Vassununga, Santa Rita do Passa Quatro, São Paulo, Brasil
Santa Rita do Passa Quatro - SP
Fotografia


As primeiras referências pela imprensa de Santa Rita sobre o nascimento da “Usina Vassununga Ltda.”, foi uma pálida e secundária nota no jornal “Livro do Povo”, em sua edição de número 602 do dia 06 de junho de 1924. Numa publicação anterior do dia 03/09/1923, foi divulgado que estava sendo montado entre as Fazendas Paulicéia e Córrego Rico, todos os mecanismos e acessórios ao funcionamento de um engenho central. Essa indústria estava prevista para ser a maior do gênero na América do Sul.
Talvez, como se tratava de uma iniciativa particular, pouco chamou a atenção desse jornal com respeito ao progresso que haveria de trazer para o crescimento econômico do município.
Eis um trecho da publicação:
"Prolongamento do ramal de Santa Rita
...essa deffiicência, procura a Companhia cumprir, dando nos, em anos atraz, o prolongamento de suas linhas até a estação de Moêma e agora, pelo que se lê no seu relatório, levando os trilhos até a barranca do Rio Mogy Guassú, nas proximidades do novo engenho central de assucar da “Usina Vassununga Ltda.”
É um extensão de 8 kilometros, que tem de alcançar as linhas da Paulista, atravessando e servindo importantes lavouras cafeeiras e facilitando, dessa forma, o comércio com a parte Noroeste do município.
...como um pequeno prolongamento tem de ser feito em zona privilegiada da Companhia Mogyana de Estradas de Ferro, foi obtida a necessária concessão da referida Companhia, sob o compromisso tomado pela Companhia Paulista, por escriptura de 10 de abril do corrente anno (1924), de não restabelecer o serviço de navegação no Mogy Guassú, condição que certamente os senhores acionistas não deixarão de aprovar, porque nenhum interesse tem hoje a nossa Companhia em restabelecer aquelle serviço".
A Companhia de Navegação Fluvial, mantida pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro, era um trecho de 205 quilômetros entre Porto Ferreira e Pontal, na confluência com o Rio Pardo. Foi inaugurado no dia 10/01/1887.
A nossa história está mais para tradição passada de geração a geração do que para registros oficiais.
O patrimônio da Usina Vassununga foi formado na confluência de duas grandes fazendas: Córrego Rico, de Paes de Barros e a Paulicéia, do Dr. Ednan Souza Dias.
Para que tenhamos uma ideia, somente na Fazenda Córrego Rico em 1919, trabalhavam 68 famílias apenas de origem italiana; na Paulicéia, 22. (como consta no livro: “Eredità – A Imigração Italiana como parte da História de Santa Rita do Passa Quatro”).
Desde o início das atividades da Usina Vassununga, até o final dos anos 40, pouco se sabe sobre essa empresa, salvo depoimento de pessoas que por lá moravam, de que um pequeno grupo de imigrantes japoneses, iugoslavos, alemães e lituanos lá trabalharam desde a inauguração da empresa.
Porém, muitos trabalhadores e seus familiares que lá trabalharam, como os Ximenez, Respondwesky, Mario Simão, Valdemir Massola, Perussi, Calovi, Carnieli e tantas outras, comentam com saudades os tempos gloriosos da Usina Vassununga, sempre em sua parte social, isto é, a convivência que tiveram em todas as atividades a parte das atividades diárias da empresa.
Recordam com saudades do cinema, do alto falantes numa esquina quando todos os finais de semana eram musicados, do clube social, nos bailes na Colônia Nova, Córrego Rico, Limoeiro que eram realizados aos domingos das 16 às 19:30 horas, do futebol da terceira divisão de profissionais do Córrego Rico, das Folias de Reis na sua época específica, do Grupo Escolar “Atos Ribeiro” com suas memoráveis professoras, do aeroporto quando o taxi-aéreo da Vasp descia trazendo grandes personalidades políticas (inclusive o Governador do Estado), da cachoeira de garapa que jorrava na indústria, do gerente Dr. Alex Gorodenks, etc.
Infelizmente, com o passar dos anos, foi aumentando a decadência econômica da empresa, culminando em sua falência.
Nota do blog: Data e autoria não obtidas.

Filosofia de Internet - Humor

Filosofia de Internet - Humor
Humor

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Negros Serradores de Tábuas, Rio de Janeiro, Brasil (Negres Scieurs de Long) - Jean Baptiste Debret


Negros Serradores de Tábuas, Rio de Janeiro, Brasil (Negres Scieurs de Long) - Jean Baptiste Debret
Rio de Janeiro - RJ
Faz Parte do livro "Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, Volume 2", P. 20
Gravura

Vendedores de Samburá e de Palmito, Brasil (Marchand de Sambouras, Vendeur de Palmito) - Jean Baptiste Debret


Vendedores de Samburá e de Palmito, Brasil (Marchand de Sambouras, Vendeur de Palmito) - Jean Baptiste Debret
Brasil
Faz Parte do livro "Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, Volume 2", P. 19
Gravura

Regresso de um Proprietário de Chácara, Liteira para Viajar no Interior, Estado do Rio de Janeiro, Brasil(Retour, a la Ville, d'un Propriétaire de Chacra, Litière pour Voyager dans l'Interieur) - Jean Baptiste Debret


Regresso de um Proprietário de Chácara, Liteira para Viajar no Interior, Estado do Rio de Janeiro, Brasil(Retour, a la Ville, d'un Propriétaire de Chacra, Litière pour Voyager dans l'Interieur) - Jean Baptiste Debret
Estado do Rio de Janeiro - RJ
Faz Parte do livro "Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, Volume 2", P. 17 e 18
Gravura

Pacaembu, Cia. City, São Paulo, Brasil

Pacaembu, Cia. City, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Propaganda

Cardápio, Grande Hôtel de La Rotisserie Sportsman, São Paulo, Brasil





Cardápio, Grande Hôtel de La Rotisserie Sportsman, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Cardápio


Noventa anos atrás, o Grand Hotel de La Rôtisserie Sportsman desempenhava em São Paulo o papel que hoje cabe ao restaurante Fasano e aos hotéis Emiliano e Unique: era o lugar onde os endinheirados se reuniam para jogar dinheiro fora, mergulhados em uma atmosfera de autocelebração e deslumbramento.
Mas este cardápio, do jantar de 11 de julho de 1920, contém um detalhe que hoje seria impensável em estabelecimentos desse padrão.
Imagine se na São Paulo atual, em que todo mundo quer ser “diferenciado” e até a padaria é “gourmet”, o cardápio de um restaurante desses ia estampar uma propaganda da cerveja Antarctica…

Fonte : https://quandoacidade.wordpress.com/2013/08/01/cerveja-gourmet/

Rotisserie Sportsman / Grande Hôtel de La Rotisserie Sportsman, São Paulo, Brasil


Rotisserie Sportsman / Grande Hôtel de La Rotisserie Sportsman, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal


O palacete construído por volta de 1912 para servir de residência ao Conde Prates, com projeto do engenheiro baiano Samuel das Neves, em 1918 passou a abrigar o Grande Hôtel de La Rotisserie Sportsman.
Segundo o geógrafo francês Paul Walle, que conheceu o Sportman em torno de 1920, o estabelecimento, dirigido à francesa, tinha categoria internacional e dispunha de boa mesa.
O hotel, que sobrevivera à morte de seu fundador, ocorrida em 1914, fechou as portas depois da inauguração do hotel que o superou em qualidade, o famoso Hotel Esplanada aberto em março de 1923.
O prédio até então ocupado pelo Sportman, ainda abrigou o Bar Cidade München, o jornal Diário da Noite, entre outros estabelecimentos.
Foi demolido em 1934 para a construção do Edifício Matarazzo, hoje sede da Prefeitura.

Edifício Matarazzo, São Paulo, Brasil

Edifício Matarazzo, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

A Prefeitura de São Paulo já teve muitos endereços. Hoje está instalada no belo prédio de mármore travertino da Rua Líbero Badaró, na esquina com o viaduto do Chá. Mas o Gabinete do Prefeito só se mudou para lá em 2004. E antes disso, quem construiu e ocupou aquele prédio?
O local foi talvez o ponto mais movimentado e cobiçado de São Paulo ao longo de todo o século 20. Era praticamente impossível para um paulistano dessa época não passar por ali pelo menos de vez em quando. Nos anos 60, se dizia que muitas centenas de milhares de pessoas cruzavam o viaduto todos os dias e houve quem arriscasse que eram mais de 1 milhão. Mas não é provável que alguém tenha feito de fato essa contagem. A verdade é que era muita gente.
Nos anos 10 quando ainda existia o velho viaduto, estreito e com estrutura de ferro, foi construído ali o mais elegante hotel de São Paulo, o Grande Hôtel de La Rotisserie Sportsman, que hospedou Isadora Duncan, Pietro Mascagni, Nijinski e Arthur Rubinstein, entre muitos outros artistas que vieram à São Paulo para se apresentar no Theatro Municipal. O hotel era o principal da cidade, mas entrou em decadência a partir de 1923, quando foi inaugurado o Hotel Esplanada, atrás do Municipal, muito maior e mais moderno. Foi alugado pelo jornalista Assis Chateaubriand que instalou no prédio o Diário da Noite, uma das bases do seu império jornalístico. Porém o ponto era muito cobiçado e foi comprado por Francisco Matarazzo em 1933 para que se construísse no terreno, a sede das suas indústrias. Chateaubriand, paraibano e briguento, não quis sair e a briga entre os dois durou até a morte do jornalista. Mas o prédio era de Matarazzo, que conseguiu demoli-lo em 1934 para construir o mais luxuoso edifício de São Paulo, projetado por um dos arquitetos favoritos de Mussolini. Tinha 14 andares e 28 mil metros quadrados e foi todo revestido em mármore italiano. A entrada monumental, possuí até hoje as colunas com altos relevos exaltando o trabalho e a indústria.
Como em São Paulo nada é eterno e o grupo Matarazzo acabou sendo obrigado a vender a sua sede nos anos 70 e mais tarde definhou até quase desaparecer. O prédio passou por várias mãos até ser finalmente incorporado ao patrimônio da cidade e transformado em sede da Prefeitura. Foi muito bem restaurado e mantém muitas das suas características originais, inclusive um incrível jardim com árvores e mais de 400 espécies vegetais na cobertura.
Se você passar por ali, entre para conhecer.