segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Palácio do Governo (Palais du President), 1892, São Paulo, Brasil - Marc Ferrez




Palácio do Governo (Palais du President), 1892, São Paulo, Brasil - Marc Ferrez
São Paulo - SP
Fotografia

Construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), 30/04/1941, Volta Redonda, Rio de Janeiro, Brasil

Construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), 30/04/1941, Volta Redonda, Rio de Janeiro, Brasil
Volta Redonda - RJ
Acervo Arquivo Nacional
Fotografia

Fazenda Santo Antônio do Paiol, Vale do Paraíba, Aproximadamente 1885, Valença, Rio de Janeiro, Brasil – Marc Ferrez




Fazenda Santo Antônio do Paiol, Vale do Paraíba, Aproximadamente 1885, Valença, Rio de Janeiro, Brasil – Marc Ferrez
Valença - RJ
Acervo IMS
Fotografia


As terras da Fazenda Santo Antônio do Paiol foram concedidas por sesmaria a João Soares Pinho, em 1814, sete anos após seu estabelecimento em Valença e foram vendidas, poucos anos depois, para o sesmeiro vizinho, Francisco Martins Pimentel. Exatamente na metade do século XIX, a fazenda serviu de dote a Manoel Antônio Esteves, que a recebeu como recompensa pelo seu casamento com a filha de Pimentel, Maria Francisca. O novo proprietário construiu rapidamente a nova sede, que foi feita com todos os requisitos exigidos de uma fazenda de café do período. É peculiar o local da implantação, no alto de uma colina, cercada de palmeiras imperiais. A construção da casa foi acompanhada pela prosperidade do cafezal, que atingiu sua melhor fase neste período. Esteves trabalhou com afinco, ampliou os cafezais, adquiriu novas fazendas. Nelas, chegou a ter mais de 600 escravos. Eliminando intermediários, ele mesmo negociava sua produção de café, operando no Rio de Janeiro e em Santos, com a firma exportadora Esteves & Filhos. Faleceu em sua casa do Rio de Janeiro em 1879, no auge de seu prestígio e fortuna. Sucedeu-lhe o filho mais velho, Francisco Martins Esteves, pessoa de cultura e hábitos refinados, porém, sem gosto ou inclinação para os negócios. Administrando a fazenda como lhe era possível e enfrentando os contratempos que acompanharam a derrocada do café, Francisco adquiriu as partes dos demais herdeiros e fixou-se ali, definitivamente, com o filho Marcos Zacarias Manoel Esteves. Aos poucos os Esteves se desfizeram de parte das terras. Com a fazenda praticamente desativada, sem renda e com o patrimônio em terras reduzido, a viúva de Marcos, D. Francisca Olympia Alves de Queiroz Esteves lutou para preservar o acervo móvel e imóvel de Santo Antônio. Assumindo uma ligação afetiva com a memória da fazenda, empenhou-se para manter vivo tudo que dissesse respeito ao período do café. Em 1969, a fazenda foi doada a uma entidade religiosa, a Congregação da Pequena Obra da Divina Providência São Luis Orione, como último recurso para manter a propriedade e os pertences. No ano de 1990, a Fazenda Santo Antônio do Paiol foi arrendada por Rogério Vianna, empresário carioca que, juntamente com sua esposa Maria Alice, empreendeu uma grande reforma na sede, já então desgastada pelo tempo. Neste momento, foram encontrados no porão uma série de documentos das atividades da fazenda, o que permitiu reconstruir um pouco da história deste local. Ao apagar das luzes do século XX, a Santo Antônio do Paiol voltou às mãos da Ordem Dom Orione, que vem mantendo o trabalho iniciado pelo casal Vianna.

Fazenda Monte Café, Aproximadamente 1890, Sapucaia, Rio de Janeiro, Brasil – Marc Ferrez



Fazenda Monte Café, Aproximadamente 1890, Sapucaia, Rio de Janeiro, Brasil – Marc Ferrez
Sapucaia - RJ
Acervo IMS
Fotografia



O período em que a Fazenda Monte Café foi construída é incerto, porém se crê que date do início do século XIX, tendo em vista a inscrição existente sobre um frade trabalhado em cantaria – 1811. Acredita-se que as terras da fazenda foram concedidas em sesmaria ao casal Inácio Gabriel Monteiro de Barros e Alda Romana de Oliveira Arruda. Alda Romana, a proprietária que mais tempo esteve à frente da Fazenda Monte Café, era filha de Brás de Oliveira Arruda e foi casada com o ilustre brigadeiro Inácio Gabriel Monteiro de Barros, segundo filho de Lucas Antonio Monteiro de Barros (1867-1851), visconde de Congonhas do Campo, com Grandeza. A título de dote pelo matrimônio, o casal Inácio e Alda recebeu o Sítio Resgate em Bananal, São Paulo, cuja propriedade deu origem à importante Fazenda do Resgate, vendida em 1833 a José de Aguiar Toledo. Inácio Gabriel seguiu carreira militar, tendo sido ajudante de ordens do general Labatut durante a Guerra da Independência na Bahia. Segundo o historiador Eduardo Schnoor, durante a guerra, Inácio trouxe de Pernambuco uma tropa de 600 soldados e canhões para apoiar a Bahia. Inácio se reformou no posto de brigadeiro e faleceu no Rio de Janeiro a 2 de março de 1850. Em 24 de março de 1841, D. Alda Romana recebeu o ilustre botânico escocês Georg Gardner, que fez uma interessante descrição da fazenda: “(...) Partindo daqui, passamos por das mais belas florestas que jamais vira na província e chegamos de tarde a um grande cafezal, chamado Monte Café, numa distância aproximada de sete léguas. Esta fazenda pertencia ao brigadeiro Inácio Gabriel, brasileiro, a quem eu levava também cartas de apresentação. Embora não encontrássemos em casa, fomos carinhosamente tratados na fazenda por sua esposa e por Mr. Hadley, principal administrador, um inglês a quem eu já havia encontrado em casa de Mr. March, quando lá me hospedei em 1837. A fazenda estava ainda em início, mas era tida como das melhores do distrito; e, embora as arvores fossem novas, espera-se que produzissem naquele ano 12.000 arrobas de café, de 32 libras cada. Ao tempo de nossa visita as bagas estavam começando a colorir-se e os ramos vergavam ao seu peso. A região é formada de colinas, outrora cobertas de matas e agora transformadas em plantação. Havia na fazenda duzentos escravos, dos quais apenas setenta ocupados na lavoura; os demais se empregavam em diversos misteres, como marceneiros, carpinteiros, pedreiros, ferreiros, etc. Poucos dias antes de nossa chegada haviam sido trazidos do Rio, em recente importação, cerca de vinte negrinhos, que aparentavam ter de dez a quinze anos de idade e ainda não falavam o português. Eram todos meninos ativos e sadios, que corriam de um lado para o outro, rindo e brincando, aparentemente felizes e inconscientes da própria sorte. Faço justiça, porém, aos brasileiros, dizendo deles, após cinco anos de experiência, que estão longe de ser senhores duros e que, salvo casos raros, sempre os achei atenciosos e bons com os escravos. O Brigadeiro tinha construído, pouco antes, uma excelente serra d’água e estava agora construindo um grande secador artificial de café; obra esta sobre a superintendência de um alemão, que havia residido por anos em Ilha de Java. Na manhã do dia 28 partimos de Monte Café, rumo do Rio Paraíba, distante dali apenas meia légua e meia (...)” Em 1857, D. Alda declarou suas terras ao “Registro Paroquial de Terras”, descrevendo a Fazenda Monte Café como uma propriedade composta por quatro sesmarias e meia, de meia légua em quadra (mais de mil alqueires de terras), e anexadas a esta, as fazendas de Santa Eliza, São João e Serra Morena. Depois de viúva, D. Alda Romana se mudou para Paris, deixando a administração da fazenda entregue a seu único filho, Dr. Brás Augusto Monteiro de Barros. Antes de falecer, no final do século XIX, D. Alda Romana pôs Monte Café à venda. Durante o século XX, a fazenda passou por diversas mãos. Em 1920, era propriedade de Francisco F. Portugal, que também possuía a Fazenda Santa Rita. Posteriormente, segundo informação verbal de José Armil Birman e sem que se possa precisar datas, as terras e as respectivas fazendas foram divididas pela Companhia Agrícola Fluminense.

Fazenda Monte Café, Aproximadamente 1885, Sapucaia, Rio de Janeiro, Brasil – Marc Ferrez



Fazenda Monte Café, Aproximadamente 1885, Sapucaia, Rio de Janeiro, Brasil – Marc Ferrez
Sapucaia - RJ
Acervo IMS
Fotografia

Ponte do Silvestre, Rio de Janeiro, Brasil - Marc Ferrez


Ponte do Silvestre, Rio de Janeiro, Brasil - Marc Ferrez
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia - Cartão Postal

Ponte do Silvestre, 1895, Cosme Velho, Rio de Janeiro, Brasil - Marc Ferrez



Ponte do Silvestre, 1895, Cosme Velho, Rio de Janeiro, Brasil - Marc Ferrez
Rio de Janeiro - RJ
Acervo IMS
Fotografia

Mercado Público de São José, 1905, Recife, Pernambuco, Brasil – Manoel Tondella

Mercado Público de São José, 1905, Recife, Pernambuco, Brasil – Manoel Tondella 
Recife - PE
Acervo Fundação Joaquim Nabuco
Fotografia

Colheita de Café, Vale do Paraíba, Aproximadamente 1882, Estado do Rio de Janeiro, Brasil – Marc Ferrez



Colheita de Café, Vale do Paraíba, Aproximadamente 1882, Estado do Rio de Janeiro, Brasil – Marc Ferrez
Estado do Rio de Janeiro - RJ
Acervo IMS
Fotografia

Embarque de Café para a Europa, 1895, Santos, São Paulo, Brasil - Marc Ferrez


Embarque de Café para a Europa, 1895, Santos, São Paulo, Brasil - Marc Ferrez
Santos - SP
Acervo IMS
Fotografia