domingo, 12 de janeiro de 2020

Ferrari GTC4Lusso, Itália - Jeremy Clarkson





Ferrari GTC4Lusso, Itália - Jeremy Clarkson
Fotografia


Eu nunca li a Bíblia. Eu tentei, mas, depois de um tempo, perdi a vontade de viver. E é a mesma coisa com Shakespeare. Você sabe que ninguém vai falar “protejam o perímetro” e, mesmo que alguém dissesse, levaria quatro horas para expressar isso. E você precisaria de um professor por perto para explicar o que eles estavam falando.
Mas, quando se trata de literatura que é impossível de entender ou digerir, não há como superar um comunicado de imprensa da Ferrari. Deixe-me dar um exemplo. “A cabine sofisticada e refinada foi projetada completamente em função dos seus ocupantes.”
Sério? Eu pensava que ela tinha sido projetada parcialmente em função dos ocupantes e parcialmente para o carrinho do vendedor de cachorro-quente.
Agora o comportamento dinâmico: “O sistema 4RM Evo é mais preciso do que nunca. Em particular, o gerenciamento do torque frontal foi melhorado em todas as situações, mas especificamente em termos da vetorização de torque baseada no SS4”.
Esse tipo de conversa fiada pode funcionar bem em uma conferência de tubulações industriais, mas é sobre uma Ferrari que estamos falando. E não há espaço nesse mundo para tecnobaboseira árida de engenharia. A Ferrari precisa entender isso. Eu não preciso de infindáveis páginas de Shakespeare com discursos militares. Porque a foto que acompanha o texto diz muito mais.
A foto que veio no comunicado de imprensa era de um carro tão lindo que me perseguiu à noite. Ela é chamada de GTC4Lusso, e sua melhor descrição seria uma perua esportiva de três portas. Eu sou fanático por carros assim. Nunca houve um ruim. O Lancia HPE, o Volvo P1800 ES e o Reliant Scimitar. Todos eram tremendos, mas essa Ferrari superou a turma toda.
É o carro mais bonito que já vi na vida. Eu pus a foto na parede do meu escritório e passei um longo tempo contemplando-a. E deixei a equipe de produção maluca, imaginando razões idiotas para colocá-la na próxima temporada de The Grand Tour. Eles diziam que deveríamos fazer algo sobre hatches e eu sugeri a Ferrari. Eu a sugeri para tudo. E fui voto vencido sempre. 
E posso entender o porquê. Este carro é o substituto da velha FF, que era uma porcaria. Ou, como um funcionário de alto escalão da Ferrari colocou: “É, não foi nosso melhor momento”. Eu a testei em um lago congelado na Suécia, e não consegui acreditar como ela perdia em todos os aspectos para o Bentley Continental GT, bem mais barato.
Também não podia crer que sua tração 4×4 fosse tão desnecessariamente complicada. Porque as rodas traseiras são impulsionadas por um eixo vindo da parte de trás do motor e as da frente recebem potência do outro eixo, que sai da frente do propulsor.
Ou seja, ela precisava de duas caixas de câmbio. Depois das portas do BMW Z1, foi a solução técnica mais complexa para um problema que não existia. E não funcionou.
Meu colega James May conhece a FF bem e não acredita que ela tem tração nas quatro rodas. Ele até olhou por baixo, mas ainda não consegue entender a coisa. De fato, ele foi quem bateu o pé mais forte para que a substituta da FF não aparecesse no nosso programa. Nunca.
Tentei explicar que a GTC4Lusso tem uma versão V8 e com tração só em duas rodas. Não adiantou: perdi a discussão. E agora estou bastante feliz.
Eu pedi emprestada a versão V12 com tração integral e não podia esperar por esse dia. Eu queria muito vê-la ao vivo. Para ver se ela era tão linda quanto na foto. E fiquei um pouco decepcionado: ela foi deixada em um pequeno estacionamento perto de casa e eu não conseguia me afastar o suficiente para ver todas suas linhas de uma só vez.
Mas isso não era problema. Eu ia para o interior da Inglaterra, onde haveria vários espaços para observá-la em toda sua glória. Mas foi por pouco. Como esse carro é grande! Se quiser ver a macchina inteira, você terá de estacioná-la no campo e andar para longe por uns 10 minutos.
O que é estranho é que ela tem basicamente a mesma carroceria da velha e terrível FF. Mas alguns poucos retoques inteligentes na grade, nas aberturas da asa dianteira e nas rodas a transformaram.
O interior é igualmente sensacional – talvez porque tenha sido projetado com os ocupantes em mente. Sim, ela tem os problemas de sempre das Ferrari. Os botões das luzes, dos limpadores e dos piscas estão no volante.
Mas – e adorei isso – há um segundo painel na frente do passageiro. Ele também permite escolher se quer que seja exibido o conta-giros, o GPS ou um milhão de outras coisas. É brilhante. 
Bem, mas vamos parar um momento para rir do preço. A versão básica custa 230.430 libras (R$ 1 milhão), mas o carro de teste tinha alguns opcionais. Apple CarPlay por 2.400 libras; pinças de freio azuis a 1.178; cobertura para a soleira da porta em carbono por 4.992 e um teto de vidro por 11.520 libras (R$ 50.700). Ha ha ha ha!
Então, como é dirigi-la? Na verdade, não tão empolgante quanto você poderia imaginar. É claro, com um V12 de 6,3 litros, ela não é lerda, e sendo uma Ferrari também não é sem graça. Mas não é excepcional.
Não faz com que os pelos da nuca fiquem de pé. Dito isso, na cidade ela é dócil e silenciosa – ao contrário de todas a pessoas atrás de você, que estão bravas e buzinando porque você está dando ré de novo, pois seu carro é largo demais.
Se você for membro de um clube de esqui e precisa de uma Ferrari porque ela faz parte do uniforme, seria tentador comprar uma GTC4Lusso. Afinal, ela tem tração nas quatro rodas. Mas nunca fui a uma estação de esqui onde ela pudesse se encaixar. Aspen, talvez.
E se você não vive em uma estação de esqui, por que iria querer um sistema de tração nas quatro rodas que só funciona realmente a 6 km/h na neve? Não, você não iria.
Você compraria a versão V8 sem tração integral. Mas essa tem o mesmo tamanho, então voltamos à estaca zero. Existem alguns poucos lugares na terra em que um carro desse tamanho funciona: Dubai, Los Angeles e, bem… 
Provavelmente o melhor, então, é não pensar nela como um carro. Mas como um ornamento de jardim. A escultura mais linda de todos os tempos. E isso é o que eu faria: pouparia o dinheiro dos acessórios e o gastaria em um pedestal.

Lamborghini Huracán Performante, Itália - Jeremy Clarkson






Lamborghini Huracán Performante, Itália - Jeremy Clarkson
Fotografia


Hoje estamos acostumados a carros que bipam e apitam constantemente.
Eles apitam quando você abre a porta, quando você não põe o cinto de segurança de imediato, se você colocar uma sacola de compras no banco do passageiro, quando você tenta dar a partida sem pisar na embreagem, se achar que você vai bater num poste, quando você se esquece de desligar os faróis ou mesmo se você deixar o celular no porta-luvas.
Alguns apitam até mesmo quando você cochila ao volante. 
Mas, quando se trata de fazer sons irritantes o tempo todo sem motivo algum, nada chega perto do Lamborghini Huracán Performante. Ele apitou quando dei a partida numa manhã gelada de Londres.
Era porque a TSU estava falhando. Eu não tinha ideia do que era uma TSU, mas ela falhou de novo momentos depois, com outro apito para me alertar do fato. E, após mais ou menos um minuto, apitou de novo. 
Então liguei para a Lamborghini, que disse que o carro que eu tinha era de pré-produção e que a telemetria não estava instalada corretamente. Levei-o então a uma concessionária, que o ligou a um notebook e disse que os apitos iam parar.
E veio um novo apito quando voltava para o escritório. De novo peguei os óculos, para ver o que estava errado. E, segundo uma pequena mensagem no painel eletrônico, algo chamado MMI desativou-se.
Como a desativação da misteriosa MMI (acabei descobrindo ser a interface multimídia) não estava fazendo diferença no meu percurso e só tinha havido um apito, eu achei que podia viver com isso.
Naquela tarde, viajei para fora de Londres, e quando entrei na rodovia principal o carro apitou de novo. Outra vez peguei meus óculos para ler a mensagem, que desta vez dizia que eu devia desligar o motor e verificar o nível do óleo. Eram 6 da tarde, eu estava em uma estrada e garoava. Então achei que isso poderia esperar até o próximo posto.
Ao reduzir a velocidade para pegar o acesso para o próximo posto, a luz de alerta desligou. Ela decidiu que, no fim das contas, havia óleo suficiente no motor, por isso acelerei de novo. Só que, dez minutos depois, mais um apito me informava que o nível de óleo estava baixo e deveria parar.
Mas não parei. Eu estava ocupado demais tentando ligar o GPS, que não estava funcionando. E então a luz de alerta do óleo apagou de novo. E tudo estava bem.
Só que não. Porque, a essa altura, eu estava tentando achar o botão de acionamento dos limpadores de para-brisa. E a cada vez que você tenta ligar os limpadores de para-brisa, acaba ouvindo a Classic FM com seu pisca esquerdo ligado.
A coisa fica pior quando você está na estrada e precisa do farol alto, porque quando solta o botão, o farol alto desliga. Então você tem de apertá-lo de novo, exceto o fato de que nesse ponto você está fazendo uma curva e acabou desligando os limpadores de para-brisa.
Em desespero, fiquei mexendo nos botões perto do meu joelho direito, até que todas as luzes se apagaram. Então, estou a 80 km/h, está escuro e chovendo e nem os faróis nem os limpadores de para-brisa estão ligados.
Logo após resolver isso tudo – com uns bons xingamentos – acabei atrás de um Audi que parecia estar sendo dirigido por uma lesma.
Eu precisava desesperadamente chegar em casa até as 7 da noite, então coloquei o Huracán no modo Corsa (corrida), o que fez com que o painel de instrumentos se transformasse em um enorme conta-giros, e quando encontramos uma pequena reta cravei o pé no acelerador.
E o resultado foi um som diferente de tudo o que eu já tinha ouvido. Claramente, o motor havia decidido que o óleo tinha acabado, e explodiu.
Em pânico, eu desisti da manobra de ultrapassagem e tirei o pé do acelerador. E então me dei conta de que era apenas o barulho que um Huracán faz quando você o cutuca com uma vara.
Enfim, consegui ultrapassar o Audi, mas daí já era tarde demais: perdi meu compromisso. Mas no Lambo isso não é problema, porque o carro é tão barulhento que você não ouve mais nada. Nunca mais.
O som começa como uma britadeira e daí, quando se pisa fundo, você tem bebês chorando, bombas improvisadas explodindo, o vulcão Krakatoa, The Grateful Dead, um F-1 antigo com motor V10 em plena aceleração e um esquadrão de caças F-15 em potência de combate. Tudo isso no seu carro. Ao mesmo tempo.
O que é extraordinário é que o carro não é grande. Sim, ele é ornamentado com uns defletores estranhos na traseira e sua frente se parece meio com um focinho. E meu carro de teste era laranja. Mas ele não é grande. É o que torna o som que ele faz meio ridículo.
Porém, ao ouvir aquele motor naqueles quilômetros finais até chegar em casa, acabei ficando totalmente apaixonado. O carro é maravilhoso. Um carro brilhante. Uma joia absoluta.
A Lambo diz que é porque criou um jeito de fabricar fibra de carbono, que pode produzir peças pequenas complexas, o que quer dizer que o Performante é mais leve do que você esperaria. Só que não. Com quase 1,4 tonelada, ainda é gordinho. 
E ele ainda tem um sistema de tração nas quatro rodas desajeitado, e seu V10 de 5,2 litros – provavelmente o último da espécie – é basicamente o mesmo motor que você encontra na versão padrão.
Porém, essa coisa é estupidamente rápida. Em linha reta, ele deixa uma Ferrari 458 Speciale no chinelo. E em Nürburgring ele é mais rápido do que hipercarros que custam 1 milhão de libras esterlinas. E não é só rápido. É empolgante.
Ele pode fazer o som de um universo se formando e sua cabeça pode ficar pregada no encosto, mas você ainda pode senti-lo soprando suavemente nos pelos do seu braço. Este é um carro que ruge e ronrona ao mesmo tempo. É como um tomatinho italiano – pequeno, brilhante e tão cheio de sensações que fazem você ficar louco.
Sim, ele também é irritante. Meu modelo de teste de pré-produção foi, de longe, o veículo mais irritante que já dirigi, mas isso também faz parte do charme. É o que faz com que este carro pareça humano. É o que lhe dá uma alma. E é o que torna um carro bom em excepcional.


Ford F-1 Pick Up 1949, Estados Unidos















Ford F-1 Pick Up 1949, Estados Unidos
Motor: 226 CI / 95 HP
Exterior: Verde (Meadow Green)
Interior: Marrom e Verde
Fotografia


Passageiros Clandestinos, União Soviética, Atual Rússia (Stowaway) - James Bama


Passageiros Clandestinos, União Soviética, Atual Rússia (Stowaway) - James Bama
União Soviética - Atual Rússia
Coleção privada
Guache sobre papel - 44x68 - 1962-1963


Port Vila, Vanuatu


Port Vila, Vanuatu
Port Vila - Vanuatu
Fotografia - Cartão Postal



Port Vila ou Porto Vila é capital e a maior cidade do pequeno estado insular de Vanuatu, na Oceania. Situada na costa sul da ilha de Efate, na província de Shefa, Port Vila tem um clima tropical, com uma estação seca e uma estação quente e úmida. A média de precipitação é de 2 360 milímetros por ano. A área também tem ventos alísios do sudeste.
A área ocupada por Port Vila foi habitada por um povo melanésio há milhares de anos. Em 1606, os primeiros europeus chegaram à ilha Efate, liderados por Pedro Fernandes de Queirós e Luís Vaz de Torres. No século XIX, os colonos franceses estabelecidos no município de Franceville declararam a independência da ilha em 1889 e Vanuatu tornou-se a primeira nação a praticar o sufrágio universal, sem distinção de sexo ou raça. Embora a população na época consistisse de cerca de 500 nativos da ilha e menos de 50 brancos, apenas estes últimos foram autorizados a exercer o poder. Um dos presidentes eleitos era um cidadão norte-americano, RD Polk.
Após 1887, o território foi administrado conjuntamente pelos franceses e britânicos. Este foi formalizado em 1906 como um Condomínio Anglo-francês. Durante a Segunda Guerra Mundial, Port Vila foi uma base aérea americana e australiana. Em 1987, um ciclone danificou severamente a cidade. Um forte terremoto em janeiro de 2002 provocou grandes estragos na capital e arredores.
Port Vila foi sede, em agosto de 1999, de uma importante reunião da UNESCO, a "2ª Reunião de Estratégia Global do Patrimônio Mundial para a Região das Ilhas do Pacífico". Um dos tópicos mais importantes, com referência ao Vanuatu e à região do Pacífico, foi a questão da adequação do patrimônio subaquático para inscrição na Lista do Património Mundial.
Estima-se que em 2009, a população de Port Vila era 44.040; predominantemente formada por melanésios, com pequenas populações de polinésios, asiáticos, australianos e europeus, principalmente franceses e britânicos.
A língua nativa bislama é falada por todos como a linguagem do dia-a-dia. Além dela, inglês e francês também são utilizados. Outras línguas indígenas também são faladas na cidade.
O cristianismo é a religião predominante em Vanuatu, praticado por mais de 90% da população. A maior denominação é a Igreja Presbiteriana, seguido por um terço da população. Catolicismo Romano e da Igreja da Melanésia, também são comuns, cerca de 15% cada um.
Port Vila é o mais importante porto de Vanuatu e centro comercial do país. O aeroporto internacional Bauerfield (VLI) também está localizado na cidade.
As principais indústrias da cidade continuam sendo o processamento de produtos agrícolas e a pesqueira. O turismo também está se tornando importante, principalmente proveniente da Austrália e Nova Zelândia. A cidade recebeu mais de 50.000 visitantes em 1997.
Vanuatu é um paraíso fiscal, e as contas offshore de Port Vila consistem de uma parte importante da economia.
Vanuatu é ainda dependente da ajuda externa, grande parte vinda da Austrália e Nova Zelândia, embora nos últimos anos uma parcela significativa tenha vindo da República Popular da China. Dentre os exemplos desse auxílio, a Nova Zelândia custeia o treinamento de médicos selecionados da comunidade local e, em seguida, contribui com parte dos salários durante o primeiro ano após a qualificação dos mesmos. A Austrália fornece consultores pagos para trabalhar no Hospital Central de Port Vila.
A companhia aérea Air Vanuatu tem a sua sede em Port Vila.
35,7% das exportações saem de Port Vila e 86,9% das importações chegam em Port Vila.

Selos "Nudibrânquios de Vanuatu / Nudibranchs of Vanuatu", Vanuatu


Selos "Nudibrânquios de Vanuatu / Nudibranchs of Vanuatu", Vanuatu
Conjunto com 12 selos
Selo


Os nudibrânquios são pequenos animais marinhos pertencentes ao grupo dos moluscos gastrópodes. São chamados popularmente de lesmas-do-mar. O termo Nudibranchia tem origem grega e significa "brânquias descobertas". O nome faz referência aos órgãos respiratórios externos desses organismos.
Existem cerca de 3.000 espécies de lesmas-do-mar, que ocorrem desde os trópicos até a Antártida. Algumas espécies podem atingir 40 centímetros de comprimento, enquanto outras são microscópicas. A maioria mede, porém, entre 5 e 10 centímetros.
As lesmas-do-mar não possuem concha e apresentam simetria bilateral. O manto (parede do corpo dos moluscos) recobre todo o corpo e pode apresentar colorações extremamente vibrantes. As cores intensas conferem aos nudibrânquios o título de criaturas mais coloridas do ambiente marinho e, por essa razão, podemos encontrá-los com freqüência em aquários de água salgada.
A coloração dos nudibrânquios pode ser aposemática, ou seja, uma coloração de aviso aos predadores sobre sua toxicidade ou impalatabilidade, ou então críptica, imitando cores e padrão do meio onde vivem e permitindo que o animal se camufle com perfeição.
Em algumas espécies, o manto apresenta projeções chamadas de cerata (ou, no singular, ceras), no interior das quais existem ramificações do sistema digestivo. A forma e a disposição dessas projeções são características importantes para a identificação da espécie. Como veremos adiante, essas estruturas possuem um importante papel na defesa dos animais.
As brânquias, utilizadas na respiração, são externas e dispostas ao longo do corpo ou apenas ao redor do ânus. Algumas espécies não possuem brânquias e respiram através da troca gasosa entre a parede do corpo e a água do mar.
Na parte anterior do corpo existem quimiorreceptores, chamados de rinóforos, capazes de detectar a presença de substâncias químicas na água. Essas estruturas auxiliam na captura de presas e na busca por um parceiro sexual.
Os nudibrânquios possuem um pé musculoso, também chamado de sola, que se estende por todo o comprimento da região ventral. Os movimentos ondulatórios deste pé impulsionam o animal para frente durante a locomoção ou natação.
As lesmas-do-mar possuem uma estrutura denominada rádula, muito comum entre os moluscos, que é utilizada para a alimentação. A rádula é um órgão laminar, situado na cavidade oral, revestido por inúmeros dentículos capazes de raspar e dilacerar o tecido das presas.
As lesmas-do-mar são hermafroditas, ou seja, o mesmo animal é capaz de produzir tanto óvulos quanto espermatozóides. No entanto, a estrutura de seus órgãos reprodutores impede que ocorra a autofecundação e evita o endocruzamento.
Durante o acasalamento, dois nudibrânquios se posicionam lado a lado e introduzem uma massa, repleta de espermatozóides, no interior de uma abertura reprodutiva situada na região anterior do corpo. Dependendo da espécie, a cópula pode levar apenas alguns segundos ou então se prolongar por horas. Existe até mesmo o registro de um acasalamento que durou cerca de cinco dias!
Os espermatozóides são armazenados no interior do organismo até que os óvulos estejam maduros e a fecundação ocorra. Milhares de ovos são então liberados na água do mar. Uma espécie de muco envolve os ovos, mantendo-os unidos, e permitindo que esta massa ovígera se fixe a um substrato, que, geralmente, é o corpo da presa predileta do adulto.
Após a eclosão dos ovos não há nenhum tipo de cuidado parental e o desenvolvimento dos filhotes pode ser direto, quando do ovo nasce um jovem que é uma miniatura da forma adulta, ou indireto, quando existe um estágio larval, chamado de veliger.
Os nudibrânquios são animais carnívoros que se alimentam de outros animais, como cnidários, esponjas, cracas e ascídias. Algumas espécies se alimentam dos ovos de outros nudibrânquios e, até mesmo, de indivíduos adultos.
Geralmente, a relação entre estes moluscos e sua presa é muito estreita, e é comum que cada espécie se alimente apenas de alguns tipos específicos de presa.
As lesmas-do-mar não possuem concha e por isso seu corpo fica exposto aos predadores. No entanto, estes animais desenvolveram outras formas de defesa. Alguns nudibrânquios são capazes de nadar rapidamente, fugindo do predador; outros secretam ácido sulfúrico e outras substâncias tóxicas.
A forma de defesa mais incrível é, porém, a capacidade de algumas espécies de utilizar as estruturas urticantes dos cnidários (nematocistos) em sua própria defesa. Esses animais ingerem tecidos de cnidários, sem disparar os nematocistos, que são então transportados através do sistema digestivo até a extremidade das cerata.
Quando um predador tenta capturar o nudibrânquio, os nematocistos disparam, provocando queimaduras e lesões no agressor. Muitas vezes, a coloração do animal serve como aviso ao predador sobre sua toxicidade, repelindo-o antes mesmo do ataque.

Cap Foreland, Antiga Novas Hébridas, Atual Vanuatu


Cap Foreland, Antiga Novas Hébridas, Atual Vanuatu
Cap Foreland - Vanuatu
N. 18
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Kersaint era um navio da marinha francesa, na época as ilhas eram administradas em conjunto pela França e Inglaterra.

Cartão Postal a Prova D'Água / Waterproof Postcard, Correios Subaquáticos / Underwater Post Office, Melle Bay, Vanuatu


Cartão Postal a Prova D'Água / Waterproof Postcard, Correios Subaquáticos / Underwater Post Office, Melle Bay, Vanuatu
Melle Bay - Vanuatu
Fotografia - Cartão Postal

Cartão Postal a Prova D'Água / Waterproof Postcard, Correios Subaquáticos / Underwater Post Office, Melle Bay, Vanuatu


Cartão Postal a Prova D'Água / Waterproof Postcard, Correios Subaquáticos / Underwater Post Office, Melle Bay, Vanuatu
Melle Bay - Vanuatu
Fotografia - Cartão Postal

Cartão Postal a Prova D'Água / Waterproof Postcard, Correios Subaquáticos / Underwater Post Office, Melle Bay, Vanuatu




Cartão Postal a Prova D'Água / Waterproof Postcard, Correios Subaquáticos / Underwater Post Office, Melle Bay, Vanuatu
Melle Bay - Vanuatu
Fotografia - Cartão Postal



"Vanuatu Post has created an official Post Office with a difference. It is the world’s only Underwater Post Office.. Situated within the Hideaway Island marine sanctuary, the Post Office sits in around three metres of water and both divers and snorkellers are able to post special 'waterproof postcards'. If snorkellers cannot duck-dive down that far, Hideaway Island staff will be on the spot to help out. During opening hours the cards will be cancelled/embossed by the postal staff in the Underwater Post Office. Instead of being stamped with ink to show that the card has been sent, the Post office has developed a new embossed cancellation device."
Mele Island (also known by tourists as Hideaway Island) is an islet located in the bay with the same name of the Efate, the third largest island of Vanuatu. The island is owned by the local Melle villagers, but is leased to the owners of Hideaway Island Resort. The island is accessed by a boat service from nearby Port Vila (the capital and largest city of Vanuatu) and offers accommodation and watersports to visitors. Surrounded by clear turquoise water, coral reefs and thousands of fish, this Melanesian style resort is the custodian of one of Vanuatu’s only marine sanctuaries. Coral reefs ideal for snorkeling or scuba diving right from the shore are home to thousands of ‘tame’ fish.