Trabalhadores Durante a Construção do Gasômetro, Rua da Figueira com Avenida Rangel Pestana, Atual Comgás, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Esta foto retrata trabalhadores na construção do primeiro
gasômetro no terreno que fica na esquina da Rua da Figueira com a Avenida
Rangel Pestana, onde está atualmente a COMGÁS e tem uma história curiosa.
Gasômetro é o nome dado a estes enormes tanques flutuantes de armazenamento de gás, que tinham um indicador da quantidade de gás estocada. Mas o povo resolveu apelidar de gasômetro a própria instalação da usina de gás.
O terreno onde ficava este gasômetro era conhecido pelos funcionários da Companhia de Gás como “Praça dos Balões da Figueira”, pois os gasômetros eram chamados internamente de balões. O da foto era o Balão N. 1 e sua construção data de 1890.
Em 1987 foi feita a desmontagem do Balão N. 1, após quase cem anos de operação. Na ocasião, o engenheiro Marci Areias pediu aos trabalhadores da Demolidora Ferreira & Santos, contratada para a obra, que demolissem uma coluna central de alvenaria que ficava no centro do balão. Mas que fizessem o trabalho com cuidado, pois soube de um memorando da década de 1930 que mencionava a descoberta de documentos e peças antigas exatamente durante a demolição de um balão mais antigo, ao lado da Casa das Retortas.
Os trabalhadores encontraram um tubo de ferro batido de um metro de comprimento, cuidadosamente vedado nas duas pontas. O engenheiro Marci levou o tubo para a oficina do almoxarifado onde os funcionários conseguiram abri-lo. Retiraram uma parte do material que estava dentro, mas ficaram com receio de danificar o resto. O tubo então foi para a oficina do gasômetro, onde foi serrado longitudinalmente e o restante dos materiais foi retirado.
O tubo continha 6 jornais paulistas, 11 selos, 14 moedas, 2 cédulas, 2 mapas da cidade de São Paulo, 3 fotografias e 2 manuscritos, um em inglês e outro em português, que diziam:
“Fábrica de Gás de São Paulo, 13 de janeiro de 1891, este balão foi construído por esta Companhia debaixo da seguinte direção: Sr. James Southal - Gerente; Sr. George Percy Petch - Engenheiro; Sr. Robert Thomas Jeffrey - Administrador; Sr. Willian Taylor- Mestre Pedreiro; Sr. José Aguirre - Mestre Carpinteiro; Sr. Antonio Barraza - feitor de Trabalhadores; Sr. Jacob Lachavo – Feitor de Caldeireiros. Este balão foi principiado em 1º de abril de 1890 e acabado em 22 de janeiro de 1891.”
Para manter a tradição, no ano seguinte, 1988, foram enterrados no jardim da casa de medição e regulagem, também na Rua da Figueira, três tubos em uma caixa de concreto contendo materiais e enviando uma saudação para o futuro.
A foto do post é uma das que estavam no tal canudo.
Gasômetro é o nome dado a estes enormes tanques flutuantes de armazenamento de gás, que tinham um indicador da quantidade de gás estocada. Mas o povo resolveu apelidar de gasômetro a própria instalação da usina de gás.
O terreno onde ficava este gasômetro era conhecido pelos funcionários da Companhia de Gás como “Praça dos Balões da Figueira”, pois os gasômetros eram chamados internamente de balões. O da foto era o Balão N. 1 e sua construção data de 1890.
Em 1987 foi feita a desmontagem do Balão N. 1, após quase cem anos de operação. Na ocasião, o engenheiro Marci Areias pediu aos trabalhadores da Demolidora Ferreira & Santos, contratada para a obra, que demolissem uma coluna central de alvenaria que ficava no centro do balão. Mas que fizessem o trabalho com cuidado, pois soube de um memorando da década de 1930 que mencionava a descoberta de documentos e peças antigas exatamente durante a demolição de um balão mais antigo, ao lado da Casa das Retortas.
Os trabalhadores encontraram um tubo de ferro batido de um metro de comprimento, cuidadosamente vedado nas duas pontas. O engenheiro Marci levou o tubo para a oficina do almoxarifado onde os funcionários conseguiram abri-lo. Retiraram uma parte do material que estava dentro, mas ficaram com receio de danificar o resto. O tubo então foi para a oficina do gasômetro, onde foi serrado longitudinalmente e o restante dos materiais foi retirado.
O tubo continha 6 jornais paulistas, 11 selos, 14 moedas, 2 cédulas, 2 mapas da cidade de São Paulo, 3 fotografias e 2 manuscritos, um em inglês e outro em português, que diziam:
“Fábrica de Gás de São Paulo, 13 de janeiro de 1891, este balão foi construído por esta Companhia debaixo da seguinte direção: Sr. James Southal - Gerente; Sr. George Percy Petch - Engenheiro; Sr. Robert Thomas Jeffrey - Administrador; Sr. Willian Taylor- Mestre Pedreiro; Sr. José Aguirre - Mestre Carpinteiro; Sr. Antonio Barraza - feitor de Trabalhadores; Sr. Jacob Lachavo – Feitor de Caldeireiros. Este balão foi principiado em 1º de abril de 1890 e acabado em 22 de janeiro de 1891.”
Para manter a tradição, no ano seguinte, 1988, foram enterrados no jardim da casa de medição e regulagem, também na Rua da Figueira, três tubos em uma caixa de concreto contendo materiais e enviando uma saudação para o futuro.
A foto do post é uma das que estavam no tal canudo.





























