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segunda-feira, 13 de janeiro de 2020
Capela do Santíssimo Sacramento, 1910, São Paulo, Brasil - Aurélio Becherini
Capela do Santíssimo Sacramento, 1910, São Paulo, Brasil - Aurélio Becherini
São Paulo - SP
Fotografia
Na lateral da igreja da Sé, a modesta capela do Santíssimo Sacramento. À esquerda, o início da rua Capitão Salomão — até a rua de Santa Tereza, o trecho era conhecido como beco do Santíssimo Sacramento. A se observar, o "discreto" mictório público.
Demolição da Antiga Catedral da Sé, 27/06/1912, São Paulo, Brasil
Demolição da Antiga Catedral da Sé, 27/06/1912, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Nota do blog: Na época em que a foto foi registrada, a antiga Catedral da Sé já se encontrava em processo de demolição.
Rua Dr. Falcão Filho, 1936, São Paulo, Brasil - Benedito Junqueira Duarte
Rua Dr. Falcão Filho, 1936, São Paulo, Brasil - Benedito Junqueira Duarte
São Paulo - SP
Fotografia
Em 28/11/1865, foi nomeada como ladeira de Santo Antônio. Por nela residir o ilustre Dr. Falcão Filho, os vereadores da época, resolveram em 16/8/1877, renomear como rua Dr. Falcão Filho. Em plano médio, à esquerda o enorme espaço que também ocuparia parte da rua, onde seria construído o edifício Matarazzo. Projetado em 1935 por Marcello Piacentini, seria erguido entre os anos de 1936 a 1939. Ainda à esquerda, os Palacetes Prates na rua Líbero Badaró.
Ladeira do Carmo, Atual Avenida Rangel Pestana, 1927, São Paulo, Brasil - Aurélio Becherini
Ladeira do Carmo, Atual Avenida Rangel Pestana, 1927, São Paulo, Brasil - Aurélio Becherini
São Paulo - SP
Fotografia
Aproximadamente em 1927 foi registrada esta fotografia das obras na problemática e acentuada elevação. O paredão do Carmo era, talvez, a maior preocupação e prioridade da municipalidade que se arrastou por décadas. Houve falta de materiais, verbas e carência de mão de obra especializada.
No alto à esquerda, a Igreja e o Convento do Carmo e à frente o arvoredo no chamado Largo do Carmo.
Reparem quão estreita era a futura Avenida Rangel Pestana. Por ocasião do alargamento da antiga ladeira, retirou-se enorme volume de terra do morro do Carmo.
Ford Fiesta ST200, Estados Unidos - Jeremy Clarkson
Ford Fiesta ST200, Estados Unidos - Jeremy Clarkson
Fotografia
Segundo o
jornal britânico Mail
Online, eu tenho estado bem ocupado. Enquanto fazia filmagens para
meu novo programa, The
Grand Tour, usei um drone, e, quando não havia mais
falcões-peregrinos em época de acasalamento para cortar em pedaços, fui a um
hotel de Hampshire para entrar como penetra no casamento de algum ator de
novela.
Ok, mas
algumas coisas têm de ser esclarecidas. Eu não estava fazendo filmagens para o
programa. Eu não estava usando um drone. Não estamos na época de acasalamento
de falcões. Eu não estava em Hampshire. E não entrei de penetra em um
casamento.
Mas eles
acertaram numa coisa: eu realmente estava em um hotel. E como todos os
refúgios/spa rurais chiques, o menu oferecia comida de vanguarda preparada por
um chef que podia fazer maravilhas com matinhos e sementes. Só que tudo o que
eu queria era um coquetel de camarão.
Isso acontece
com frequência. Estou indo para um restaurante, eu sei que eles vão me oferecer
uma seleção de cérebro de ovelha sauté e uma auréola de leitão, e subitamente
me sinto invadido pela necessidade urgente de um ovo pochê na torrada.
E não é só na
comida que gosto de coisas simples. Com carro também. Passei a maior parte da
minha vida pilotando bólidos exóticos feitos de platina, equipados com motores
que uivam, rugem e cospem fogo. E tudo o que eu quero quando estou indo para
casa é um Ford Fiesta ST.
Ao longo dos
últimos 40 anos, houve várias versões nervosas do Fiesta, que no
geral eram coisas sensacionais – foguetinhos baratos, animação típica de
filhote de cachorro e traseiras barulhentas. Então, quatro anos atrás, a Ford
nos trouxe uma versão apimentada do Fiesta. Ele tinha motor 1.6 turbo, bancos
tipo concha e suspensão recalibrada, e todo mundo achava que seria mais do
mesmo.
Mas, na
verdade, foi uma virada de mesa: o mais afetuoso e brilhante hot hatch que o
mundo já viu. Nós todos ficamos embevecidos com o Golf GTI original e o Peugeot
205 1.9 GTI. Eles eram excelentes. Mas o pequeno Ford Fiesta ST? Ele estava em
uma categoria diferente.
No uso
cotidiano, nenhum carro era tão divertido. Ele parecia guiado por telepatia:
você pensava na curva seguinte e ele a fazia, agarrando o piso quando você
queria e escorregando quando você achava melhor que
ele se comportasse assim. Se houvesse algo como um divertidômetro, esse
carrinho ia levá-lo além do fim da escala.
E agora a Ford
tentou torná-lo ainda melhor, lançando o
que chamaram de ST200.
Bem, deixe-me
fazer um resumo. Ele é um pouquinho mais potente que a versão normal, o que
significa que ele é um pouquinho mais rápido. Bem pouquinho. Apenas 0,2 segundo
mais rápido no 0-100 km/h.
Mas ele passa
uma sensação de maior urgência, porque a última marcha é mais curta. O que não
é bom para a economia de combustível. Nem para o meio ambiente. Mas é excelente
para colocar um sorriso no seu rosto.
Digamos que
você precise mudar rapidamente de faixa numa rodovia congestionada. Nenhum
carro faz isso melhor. Em qualquer
marcha. Em qualquer rotação. Num piscar de olhos, a manobra é feita. Eu já vi
mosquitos menos ágeis.
E daí tem o
barulho. Você espera que em um carro desse tipo faça um assobio do tipo
daqueles disparos de fogos de artifício fazem. Mas, em vez disso, você ouve
algo grave e profundo. Tem o som de uma batalha acontecendo ao longe. É
maravilhoso.
Por baixo da
carroceria, a suspensão traseira, autoestabilizante, está mais rígida, e na
frente há uma barra estabilizadora maior. Significa que a plataforma é mais
sólida, e que a Ford pôde amolecer molas e amortecedores. O que significa que
você tem toda a compostura de que precisa, sem um rodar duro demais.
O único
problema é que esses ajustes fizeram tanto sucesso, que a Ford também os
aplicou ao ST normal. O que quer dizer que você paga 4.850 libras (R$ 19.700) a
mais pelo ST200, para ser 0,2 segundo mais rápido que no ST mais barato. Humm.
Ah, sim, você
tem uma pequena placa no console central em que diz ST200. Se ela fosse feita
de ouro ou mirra, talvez a diferença de preço fosse justificável. Mas não é. É
só um ímã de geladeira.
Exceto por
isso, o interior é igual ao do ST comum, o que quer dizer que você tem bancos
Recaro que são tão altos e tão grandes que reduzem o espaço para as pernas no
banco traseiro ao ponto que só um anão caberia. E um painel de complexidade sem
igual.
Quando o usei
pela primeira vez, supus que minha incapacidade de trocar de estação de rádio
ou ativar o GPS (nem vou falar em lê-lo, porque a tela é do tamanho de um selo)
era porque sou velho. Mas não. Recentemente comprei um ST normal para minha
filha mais velha, e como todo jovem ela mergulhou nos comandos, pressionando
botões de um lado para outro, até que disse: “Vou ter de ler o manual”.
Então ligamos
o carro, e. . . desastre. Uma das coisas inteligentes no ST é o recurso MyKey.
Ele permite que você tenha uma chave para você e uma de reserva que você pode
usar quando empresta o carro para, digamos, seus filhos adolescentes ou, no
caso da minha filha, seu irmão.
A ideia é que
você programe a chave de forma que, quando ela for usada para dar partida no
carro, o motor produza menos potência. E o sistema de som permita um volume
máximo de 2 decibéis. Na prática é uma ideia muito boa, mas o painel é tão
complexo que até minha filha especialista em tecnologia conseguiu fazer um
ajuste que fez com que as duas chaves a impedissem de ouvir mais que um
sussurro das músicas tocadas.
Bem, de volta
ao ST200. E… não sei. Exceto pela última marcha mais curta e aquele escapamento
com barulho de gente grande, é basicamente igual à versão normal, só que mais
caro. Por isso, eu compraria o modelo básico. E não estou dizendo em vez do
ST200, ou em vez de qualquer outro hot hatch. Mas sim em vez de qualquer outra
coisa nas ruas.
Volkswagen Golf Clubsport Edition 40, Alemanha - Jeremy Clarkson
Volkswagen Golf Clubsport Edition 40, Alemanha - Jeremy Clarkson
Fotografia
Meus colegas
de TV e eu recentemente tivemos de visitar Whitby, no norte da Inglaterra, e
isso suscitou na redação um debate sobre como iríamos até lá. Se escolhêssemos
algo confortável e silencioso para lidar no anda e para da rodovia
superpoliciada M1, não teria graça nenhuma quando chegássemos pelas curvas da
gloriosa estrada rural no meio do caminho. No final decidimos trapacear e usar
um trem de Londres até York, o que custa mais do que ir num elefante dourado,
mas atualmente leva uns 3 minutos. E daí usaríamos o carro para o trecho final.
Mas qual
modelo? A tentação, é claro, era
escolher algo idiota – um Lamborghini Aventador ou a nova e realmente linda Ferrari GTC4Lusso.
Mas a verdade é que carros para se
exibir como esses são feitos para funcionar principalmente em cidades.
Então, bem
rapidamente, nós três decidimos por
unanimidade que um hot hatch seria perfeito para a tarefa. E isso causou outro debate. Não
tenho a menor dúvida de que o melhor da
turma é o pequeno Ford Fiesta ST. Mas eu já o
tinha avaliado e de qualquer jeito ele foi logo escolhido pelo Richard Hammond.
E antes que eu
pudesse respirar para dizer “Então eu vou de Ford Focus RS“, James May
baixou seu cachimbo, ajustou seus chinelos e ficou com ele. Então eu refleti um
pouco e me lembrei que a Volkswagen
recentemente tinha batido o recorde de
volta de carros de tração dianteira de Nürburgring com um modelo chamado Golf
GTI Clubsport S.
Em essência é
um GTI, mas graças a um monte de feitiçarias eletrônicas sob o
capô, gera tremendos 310 cv.
E tem
mais. A suspensão ficou priápica. A carroceria está mais rígida. Banco traseiro,
tampão do porta-malas e vários pedaços de carpete foram removidos. Como
resultado, ele é mais firme, rígido e leve e, como vimos quando ele quebrou
aquele recorde de volta, muito, muito rápido.
É exatamente o
tipo de carro que seria terrível de conviver no dia a dia, mas perfeito para um assalto
vespertino a Whitby. Eu estava muito
feliz com minha escolha, até que fui avisado de que o Clubsport S é uma edição
limitada, e não havia uma unidade disponível.
Em vez disso,
acabei com um exemplar do carro construído para celebrar o 40º aniversário do
GTI. Chamado de Clubsport Edition 40, ele parece um Clubsport S, mas vem com
carpetes, bancos traseiros e todos os
luxos que você poderia esperar. Você até pode comprá-lo em versão quatro portas
(o que é uma coisa bem pouco Clubsport).
Tudo isso
significa que ele é um GTI com alguns defletores e um pouco de feitiçaria
eletrônica sob o capô. O que quer dizer que ele nada mais é do que uma versão
ligeiramente mais cara do GTI eu já tenho.
Ele trazia um
volante mais bonito, tenho de admitir. E bancos adoráveis. Mas tinha câmbio
manual, o que é um incômodo em York, onde os semáforos permanecem vermelhos uns
seis anos e logo depois piscam em verde. Levou mais tempo para sair da cidade
do que tinha levado para vir de Londres até ela.
Quando, enfim,
encontrei a pacata estrada a caminho do trajeto final, estava bem atrás do
Hammond no seu pequeno Fiesta, mas sempre é possível alcançar o May. Mesmo se
você estiver em uma mula com uma perna machucada.
Lá fui eu e
logo percebi que o Clubsport Edition 40 é mais que um presente da VW para si
mesma. Os números sugerem que são só 35 cv a mais
do que o GTI padrão, mas quando você afunda o pé direito, entra em ação um
recurso de overboost que disponibiliza 290 cv. Isso obriga as rodas dianteiras
patinarem, o que faz com que o controle de tração passe ao modo intrometido. O
que quer dizer que, se você quiser essa potência por esse dinheiro, estará
melhor com o Golf R, com tração integral.
Porém – e esse
é um grande porém -, no meu GTI normal (que eu escolhi para não precisar
explicar às pessoas nas festas o que é um R) definitivamente existe um “buraco”
na entrega de potência. Quando você quer ir só um pouquinho mais rápido e pisa
um pouquinho mais no acelerador… não acontece nada.
É quase certo
que isso se deve a algum tipo de
programa de controle de emissões ridículo na central eletrônica do motor, mas
passa a sensação de lag (retardo) de
turbo, e é irritante. Já no Clubsport Edition 40, isso não acontece. O
movimento do seu pé é traduzido instantaneamente em uma mudança de ritmo. Isso
torna o carro todo mais alerta e vivo.
Eu adoraria
dizer que o chassi também é mais afinado, porque provavelmente é. Mas a verdade é que o carro passa a mesma sensação do GTI comum. O que significa
que sua suspensão é extremamente inteligente ao passar por irregularidades e
depois agarrar o asfalto nas curvas.
A VW
inclusive diz que o defletor dianteiro e o aerofólio traseiro maior
efetivamente criam pressão aerodinâmica quando você passa dos 120 km/h. Então,
para não bater, você só precisa aumentar a velocidade.
O Hammond vai
lhe dizer que o Fiesta ST é mais divertido – e ele está certo – e o May vai lhe
falar que o Focus RS é melhor nos extremos.
Mas como uma combinação de tudo o que você precisa, o VW está em uma categoria
própria.
É a mesma história com o interior. Tudo passa uma
sensação de alta qualidade que você não tem nos dois
modelos da Ford, além de muitos equipamentos que vêm de série.
É claro que
ele não é tão bom quanto o Golf R. Este é um carro admirável, um carro
brilhante. Mas se você quiser um GTI porque… bem, porque você quer um GTI, esta
versão Clubsport Edition 40 faz muito sentido. É o meu carro com alguns belos
toques de estilo e a correção do
“buraco” de desempenho causado pelos burocratas de Bruxelas.
O Richard
discordou. E o James também – quando ele finalmente chegou ao hotel. Ficamos
discutindo sobre isso até altas horas da noite. É bom estar de volta.
Renault Twingo GT, França - Jeremy Clarkson
Renault Twingo GT, França - Jeremy Clarkson
Fotografia
Quando a
Renault apresentou a última versão do seu Twingo, muitos jornalistas zombaram
do carro. Disseram que ele era lento e que, se você o forçasse em uma curva,
ele sairia de frente, em vez de fazer um belo e fumacento drifting.
Desculpem-me
por ficar boquiaberto como um peixe ferido, mas o que eles esperavam? Este é um
veículo para uso urbano com motor traseiro.
É claro que
não deveria se esperar que ele fosse rápido, muito menos que sua traseira fosse
desgarrar nas curvas, porque a maioria das pessoas para as quais ele foi feito
iria borrar as calças se isso acontecesse.
Criticar o
Twingo por não ser um esportivo puro-sangue é como comprar um gravador e
reclamar porque ele não serve para desentupir pias.
O problema é
que a Renault colocou o motor atrás. Por isso, todo mundo pensou: “Bom, se ele
está lá, como em um Porsche 911,
então ele deve se comportar como um Porsche 911″.
Bom… não. O
motor de um Peugeot pequeno está na
parte dianteira, da mesma forma que em uma Ferrari California, mas a única
semelhança entre eles é que você precisa se sentar para dirigi-los.
E falando dos
Peugeot, um amigo meu comprou um 108 para a filha. “Por que fez isso?”,
lamentei. “Você deve detestá-la. É um carro terrível.” Ele ouviu meu discurso
sobre como o carro era pequeno, como todo o interior parecia barato, e então
disse: “Sim. Mas ela recebeu três anos de seguro
grátis, o que me economizou 6.000 libras (R$ 24.000).”
Esse é o
tipo de coisa que costumamos
esquecer. Enquanto procuramos anomalias de dirigibilidade
ao mesmo tempo em que derrapamos na curva a 190 km/h, não nos ocorre que a
maioria das pessoas se importa com segurança e custos de uso, e não com o arrasto dos pneus ou a
capacidade de negociar bem
irregularidades do piso no meio da curva quando você está no limite.
O que me
traz de volta ao Twingo. Na verdade
eu não gostei dele, porque não consigo ver o sentido de um “carro urbano”.
Tudo bem que
ele é baratinho, mas isso não significa um bom custo-benefício se você
tem de deixá-lo na garagem sempre
que quiser viajar mais do que 50 km.
Você pode
tratar essa afirmação com desdém. Pode dizer que, se um carro tiver um motor,
ele será perfeitamente capaz de enfrentar
as estradas.
E quem se
importa se ele for um tanto irrequieto, barulhento e pouco amistoso? Hummm.
Esse debate nem faz sentido porque um carro muito pequeno com um motor muito
pequeno não é realmente capaz de lidar com uma rodovia.
Você crava o
pé no acelerador na pista de acesso e força o motor tanto que as
válvulas começam a fazer calombos no capô, mas mal chega aos 90 km/h quando
está pronto para entrar na pista principal.
O que é um
problema, porque a faixa de alta velocidade está ocupada por um
caminhão que vai a 91 km/h. O que você vai fazer? Não dá para voltar para a
pista de acesso porque você será esmagado.
Não dá para
acelerar mais porque o motor já está dando tudo o que pode. E não dá para
reduzir porque levaria tempo demais para voltar a uma velocidade razoável.
E também há o
problema das subidas. No velho Fiesta da minha filha, que tinha motor de 0,001
litro, você tinha de começar a pensar nos aclives quando estivesse
ainda a alguns quilômetros de distância.
Uma coisa é
certa: carros desenhados para rodar apenas na cidade são idiotas, porque na
cidade você tem os Ubers da vida, táxis convencionais, metrôs, ônibus e
ciclovias.
É exatamente
onde você não precisa de um automóvel. E nos lugares onde você
precisa – basicamente, todos os outros lugares -, carros urbanos são
barulhentos e perigosos.
E isso me leva
ao Twingo GT. Ele começou como um veículo urbano, mas foi anabolizado para ter
uma pegada para o mundo real.
Ele conserva o
pequenino três cilindros de 0,9 litro, mas recebeu um turbo,
levando-o a produzir 110 cv. Este é um carro cujo som parece um daqueles
cachorrinhos que rosnam como se fosse um grande dogue alemão. Eu gostei. É
divertido!
Também gostei
da velocidade. Sei que 110 cv não parece muito, mas essa era a potência da
primeira versão do Golf GTI. E ninguém falava que ele era lento demais na
estrada.
A
entrega de potência é meio estranha – ela vem aos trancos – mas é um
prazer acelerar mais do que a maioria dos sedãs familiares e então
ultrapassá-los em um automóvel que na verdade devia pertencer a uma
coleção de carrinhos de ferro.
Mas sua
dirigibilidade não impressiona tanto. Você guia por adivinhação – a direção não
passa sensação alguma – e não há qualquer indício de que o motor está
na parte de trás. Esportivo ele não é.
O que é uma
boa coisa, porque afinal este é um carro projetado para as cidades que,
incidentemente, tem a pegada para enfrentar também as estradas.
E seu visual é
sensacional. Ele já é bonito e, com o escape duplo e a encantadora tomada de ar
traseira para alimentar o turbo, fica excelente.
O que testei
vinha com as faixas opcionais, o que me fez sentir como se tivesse 9 anos de idade
e estivesse diante de um carrinho de rolimã. Ele me fez
sorrir. E isso foi antes de chegar às coisas realmente
impressionantes.
Uma noite eu
saí com outro adulto na frente e três adolescentes atrás. Houve muita
reclamação, mas o fato é que coubemos todos. E se eu acelerasse forte, o ronco
do pequeno motor abafava as queixas.
O único
problema é que, se você fizer isso, o motor esquenta, o que quer dizer que
qualquer coisa que você tiver colocado no porta-malas esquenta também. Este é o
único carro em que você pode transformar as compras da semana em uma omelete
antes de chegar em casa.
Então aí está:
um carro estiloso e prático com bom visual, que anda bem e o deixa feliz. Tudo
por 14.000 libras (R$ 57.000).
Ele não ganhou
muitos fãs na imprensa porque os jornalistas ainda acham que ele deveria ser
como um 911. Mas eu gostei bastante dele, porque esse tipo de comparação nunca passou pela minha cabeça.
Paisagem de Santos, Bonde de Tração Animal Atravessa Rua de Terra Batida Denominada Avenida São Francisco em Frente ao Theatro Rink com Várias Palmeiras e Árvores Nativas, Santos, São Paulo, Brasil (Paisagem de Santos, Bonde de Tração Animal Atravessa Rua de Terra Batida Denominada Avenida São Francisco em Frente ao Theatro Rink com Várias Palmeiras e Árvores Nativas) – Benedito Calixto
Paisagem de Santos, Bonde de Tração Animal Atravessa Rua de Terra Batida Denominada Avenida São Francisco em Frente ao Theatro Rink com Várias Palmeiras e Árvores Nativas, Santos, São Paulo, Brasil (Paisagem de Santos, Bonde de Tração Animal Atravessa Rua de Terra Batida Denominada Avenida São Francisco em Frente ao Theatro Rink com Várias Palmeiras e Árvores Nativas) – Benedito Calixto
Santos - SP
Coleção privada
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Paisagem com São João em Patmos, Grécia (Landscape with Saint John on Patmos) - Nicolas Poussin
Paisagem com São João em Patmos, Grécia (Landscape with Saint John on Patmos) - Nicolas Poussin
Patmos - Grécia
The Art Institute of Chicago, Estados Unidos
OST - 100x136 - 1640
A Ilha de
Patmos está localizada na extremidade leste do no Mar Egeu. Ela é uma das ilhas
que compõe o arquipélago grego do Dodecaneso, que significa “doze ilhas”. A
Ilha de Patmos fica por volta de 55 Km da costa sudoeste da Turquia. Essa
região era conhecida como Ásia Menor no tempo dos apóstolos.
A Ilha de
Patmos tem cerca de 13 Km de comprimento e uma largura com cerca de 7 Km. Essa
dimensão lhe confere uma área total de 35 Km². No senso de 2002, a população de
Patmos era de 2.700 habitantes.
O formato da
Ilha de Patmos lembra uma “meia lua”. Patmos é dividida em duas partes
praticamente iguais, que são unidas por um istmo. O istmo é um estreito de
terra cercado por águas de ambos os lados que une duas grandes porções de
terra. Em decorrência de seu formato, a Ilha de Patmos possui uma baia
protegida no lado leste do istmo.
A geografia da
ilha é caracterizada por seu aspecto vulcânico, com vegetação típica dessas
condições. As colinas vulcânicas da Ilha de Patmos possuem em média 250 metros
de altura, sendo que o monte mais alto tem 269 metros.
Algumas
pessoas imaginam a Ilha de Patmos como um lugar completamente deserto e isolado
na época dos apóstolos, sob o regime do Império Romano. Mas a verdade é
que Patmos era uma ilha-prisão utilizada pelos romanos, e que apresentava até
certo movimento naqueles dias. Evidências arqueológicas mostram que a Ilha
de Patmos já era habitada antes do Império Romano. Tudo indica que na ilha
existiam vilarejos e até mesmo um possível templo pagão.
Alguns
defendem que só eram mandados para a Ilha de Patmos os prisioneiros mais
perigosos. Nesse caso a ilha serviria como um tipo de prisão de segurança
máxima da época. No entanto, não existe base suficiente que comprove essa
condição. Outra afirmação comum é que os prisioneiros da Ilha de Patmos eram
submetidos a trabalhos forçados relacionados à característica rochosa da ilha,
mas também não há como comprovar isso.
Seja como for,
sabe-se com certeza que pessoas eram exiladas em Patmos. O capítulo 1 do livro
do Apocalipse indica claramente que o apóstolo João foi uma
dessas pessoas.
É amplamente
aceito que o apóstolo João foi quem escreveu o livro do Apocalipse. Além
da declaração presente no próprio livro de que o nome de seu autor é João, o
testemunho dos pais da Igreja também indica isto. Policarpo (que possivelmente
foi discípulo de João), Ireneu (que pode ter sido discipulado por Policarpo),
Clemente de Alexandria, Tertuliano, Eusébio e Jerônimo, declaram que o
apóstolo João foi exilado em Patmos por volta de 90 d.C. sob o governo do
imperador romano Domiciano.
No período de
governo de Domiciano houve intensa perseguição aos cristãos, tal como havia
sido no governo de Nero. Essas perseguições eram ocasionadas principalmente
pela ambição do imperador em restaurar e preservar a religião romana. Durante
esse período houve um enorme número de mártires cristãos. Acredita-se que antes
de ser levado à Ilha de Patmos, João vivia em Éfeso. Depois de sair de ser
libertado de seu exílio em Patmos, o apóstolo provavelmente voltou a Éfeso.
Foi na Ilha de
Patmos que João teve as revelações que compõe o livro do Apocalipse. Existe um
debate se João de fato escreveu o livro na ilha ou apenas teve as revelações na
Ilha de Patmos. Neste último caso, então ele teria escrito o livro após terminar
seu exílio.
De qualquer
forma, tudo o que se sabe nesse sentido é o que o próprio apóstolo João
informou. Ele escreve: “Eu, João, irmão e companheiro de vocês no
sofrimento, no Reino e na perseverança em Jesus, estava na Ilha de Patmos, por
causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. No dia do Senhor achei-me no
Espírito e ouvi por trás de mim uma voz forte, como de trombeta, que dizia:
Escreva num livro o que você vê e envie a estas sete igrejas: Éfeso, Esmirna,
Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia” (Apocalipse 1:9-11).Escravo Paulista, Morto em 1811, é Reconhecido Arquiteto 200 Anos Depois, São Paulo, Brasil
Escravo Paulista, Morto em 1811, é Reconhecido Arquiteto 200 Anos Depois, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
A foto refere-se a Igreja das Chagas do Seráfico Pai São Francisco
Fotografia
No século
XVIII, um escravo ficou conhecido por dominar a arte da cantaria, ofício de
talhar pedras em formas geométricas para construções, e criar projetos para
edificações, principalmente religiosas, no centro da cidade. Além de ter ornamentado
a fachada de endereços como a antiga igreja do Mosteiro de São Bento, ele
ergueu o primeiro chafariz público da capital, o da Misericórdia, instalado na
atual rua Direita.
Lá, ponto de
encontro de escravos que iam buscar água para seus senhores, falava-se de um
tal de Tebas, nascido em Santos e de provável família africana (de quem,
especula-se, teria aprendido as habilidades). Seu nome verdadeiro era Joaquim
Pinto de Oliveira, e o chafariz ficou conhecido pelo apelido mesmo após sua
morte, em 1811. A peça foi retirada após o processo de canalização de água, em
1886.
Obras como as
partes frontais da igreja da Ordem Terceira do Carmo e da igreja das Chagas do
Seráfico Pai São Francisco, ambas no centro, resistem até hoje, mas o nome do
profissional se perdeu ao longo da história. O livro Tebas: Um Negro
Arquiteto na São Paulo Escravocrata (Abordagens), organizado pelo jornalista
Abilio Ferreira e lançado no ano passado, busca trazer à luz essa trajetória.
Apenas em
2018, o prodígio foi considerado oficialmente arquiteto pelo Sindicato dos
Arquitetos no Estado de São Paulo (Sasp). “Ele fez a parte mais visível e
valorizada de edificações católicas em uma época na qual o Brasil era muito
religioso”, diz Ferreira. “E não o conhecíamos. Que outros personagens não
foram ocultos nos escombros da história?”
Propriedade de
um mestre de obras, Bento de Oliveira Lima, o talentoso Tebas — que valia mais
que outros três escravos somados, segundo o inventário do dono — teve no
currículo como reforma mais emblemática a da antiga Catedral da Sé, demolida em
1911. Lima morreu antes de o trabalho ser finalizado e sua família, endividada,
precisou vender o serviçal para a Igreja. Após a restauração e incentivado
pelos religiosos, o arquiteto processou a viúva de Lima e conseguiu sua
alforria aos 58 anos. Viveu até os 90 anos, ainda trabalhando no ramo.
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