Paisagem com São João em Patmos, Grécia (Landscape with Saint John on Patmos) - Nicolas Poussin
Patmos - Grécia
The Art Institute of Chicago, Estados Unidos
OST - 100x136 - 1640
A Ilha de
Patmos está localizada na extremidade leste do no Mar Egeu. Ela é uma das ilhas
que compõe o arquipélago grego do Dodecaneso, que significa “doze ilhas”. A
Ilha de Patmos fica por volta de 55 Km da costa sudoeste da Turquia. Essa
região era conhecida como Ásia Menor no tempo dos apóstolos.
A Ilha de
Patmos tem cerca de 13 Km de comprimento e uma largura com cerca de 7 Km. Essa
dimensão lhe confere uma área total de 35 Km². No senso de 2002, a população de
Patmos era de 2.700 habitantes.
O formato da
Ilha de Patmos lembra uma “meia lua”. Patmos é dividida em duas partes
praticamente iguais, que são unidas por um istmo. O istmo é um estreito de
terra cercado por águas de ambos os lados que une duas grandes porções de
terra. Em decorrência de seu formato, a Ilha de Patmos possui uma baia
protegida no lado leste do istmo.
A geografia da
ilha é caracterizada por seu aspecto vulcânico, com vegetação típica dessas
condições. As colinas vulcânicas da Ilha de Patmos possuem em média 250 metros
de altura, sendo que o monte mais alto tem 269 metros.
Algumas
pessoas imaginam a Ilha de Patmos como um lugar completamente deserto e isolado
na época dos apóstolos, sob o regime do Império Romano. Mas a verdade é
que Patmos era uma ilha-prisão utilizada pelos romanos, e que apresentava até
certo movimento naqueles dias. Evidências arqueológicas mostram que a Ilha
de Patmos já era habitada antes do Império Romano. Tudo indica que na ilha
existiam vilarejos e até mesmo um possível templo pagão.
Alguns
defendem que só eram mandados para a Ilha de Patmos os prisioneiros mais
perigosos. Nesse caso a ilha serviria como um tipo de prisão de segurança
máxima da época. No entanto, não existe base suficiente que comprove essa
condição. Outra afirmação comum é que os prisioneiros da Ilha de Patmos eram
submetidos a trabalhos forçados relacionados à característica rochosa da ilha,
mas também não há como comprovar isso.
Seja como for,
sabe-se com certeza que pessoas eram exiladas em Patmos. O capítulo 1 do livro
do Apocalipse indica claramente que o apóstolo João foi uma
dessas pessoas.
É amplamente
aceito que o apóstolo João foi quem escreveu o livro do Apocalipse. Além
da declaração presente no próprio livro de que o nome de seu autor é João, o
testemunho dos pais da Igreja também indica isto. Policarpo (que possivelmente
foi discípulo de João), Ireneu (que pode ter sido discipulado por Policarpo),
Clemente de Alexandria, Tertuliano, Eusébio e Jerônimo, declaram que o
apóstolo João foi exilado em Patmos por volta de 90 d.C. sob o governo do
imperador romano Domiciano.
No período de
governo de Domiciano houve intensa perseguição aos cristãos, tal como havia
sido no governo de Nero. Essas perseguições eram ocasionadas principalmente
pela ambição do imperador em restaurar e preservar a religião romana. Durante
esse período houve um enorme número de mártires cristãos. Acredita-se que antes
de ser levado à Ilha de Patmos, João vivia em Éfeso. Depois de sair de ser
libertado de seu exílio em Patmos, o apóstolo provavelmente voltou a Éfeso.
Foi na Ilha de
Patmos que João teve as revelações que compõe o livro do Apocalipse. Existe um
debate se João de fato escreveu o livro na ilha ou apenas teve as revelações na
Ilha de Patmos. Neste último caso, então ele teria escrito o livro após terminar
seu exílio.
De qualquer
forma, tudo o que se sabe nesse sentido é o que o próprio apóstolo João
informou. Ele escreve: “Eu, João, irmão e companheiro de vocês no
sofrimento, no Reino e na perseverança em Jesus, estava na Ilha de Patmos, por
causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. No dia do Senhor achei-me no
Espírito e ouvi por trás de mim uma voz forte, como de trombeta, que dizia:
Escreva num livro o que você vê e envie a estas sete igrejas: Éfeso, Esmirna,
Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia” (Apocalipse 1:9-11).
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