terça-feira, 5 de maio de 2020

Locomotiva "Baroneza", Museu do Trem, Rio de Janeiro, Brasil





Locomotiva "Baroneza", Museu do Trem, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Museu do Trem, Rio de Janeiro, Brasil
Fotografia



A Baroneza foi a primeira locomotiva a vapor no Brasil e a única transformada em monumento cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Circulou pela primeira vez em 30 de abril de 1854, com a presença da Comitiva Imperial quando foi inaugurada a E.F. Petropólis num trecho de 14,5 km entre Mauá e Fragoso, fundada por Irineu Evangelista de Sousa, Visconde e Barão de Mauá. Foi no ato de inauguração da primeira ferrovia brasileira que o imperador Pedro II a batizou de Baroneza, em homenagem à esposa do Barão de Mauá, Dona Maria Joaquina, e foi nesta oportunidade também, que o imperador conferiu a Irineu Evangelista de Sousa o título de Barão de Mauá.
A Baroneza, por seu importante papel como pioneira no campo ferroviário do Brasil, transformou-se também em um importante marco da história do ferroviarismo mundial. Foi construída em 1852 pela Willian Fair Bairns & Sons, em Manchester, Inglaterra. No ano seguinte, o Barão de Mauá comprou-a, colocando-a em tráfego no dia 30 de abril de 1853, na E.F. Petrópolis, que Dom Pedro chamou de E.F. Mauá. Originariamente, pertenceu à Companhia de Navegação a Vapor, passando, com a concorrência da E.F. Dom Pedro II, que se tornaria a E.F. Central do Brasil à propriedade da E.F. Príncipe do Grão-Pará, que teve vida efêmera. Foi, finalmente, incorporada ao acervo da extinta The Leopoldina, mais tarde absorvida pela RFFSA.
Após servir ao imperador Pedro II por muitos anos, foi retirada de tráfego em 1884, voltando a serviço algum tempo depois, para transportar um visitante ilustre, o rei Alberto I da Bélgica. É um dos modelos mais antigos de máquina a vapor que se conhece, tendo sido incorporada ao patrimônio nacional em 20 de abril de 1954, data do seu centenário, e desativada em 1957 com o surgimento da RFFSA.
A Baroneza tem 7,5 m de comprimento, 2,5 m de largura e 3,40 m de altura e pesa cerca de 17 toneladas. Possui duas rodas-guia de 1,29 m e uma roda-motriz de 1,50 m, com cilindros de 0,279m de diâmetro e curso de 381 mm. Tem duas chaminés, um farol e dois estribos. Corria sobres trilhos de bitola indiana (1,676m de largura). Além da beleza dos seus cobres polidos, desperta invulgar interesse por seu valor como peça histórica, pois existem apenas dois exemplares no mundo, um no Brasil e outro na Inglaterra.
A Baroneza está hoje no Museu Ferroviário do Engenho de Dentro, da RFFSA, localizado no Rio de Janeiro.

Locomotiva "Baroneza", Pátio das Oficinas Ferroviárias do Engenho de Dentro, 1969, Rio de Janeiro, Brasil


Locomotiva "Baroneza", Pátio das Oficinas Ferroviárias do Engenho de Dentro, 1969, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia

No dia 30 de abril é comemorado o Dia do Ferroviário no Brasil. A data foi escolhida para lembrar a inauguração da primeira ferrovia brasileira, em 30 de abril de 1854. Nessa data, o imperador Pedro II inaugurou a Estrada de Ferro Petrópolis, hoje conhecida como Estrada de Ferro Mauá, por ter sido idealizada pelo então Barão de Mauá, Irineu Evangelista de Souza. A cerimônia de inauguração teve como auge a circulação de uma composição tracionada pela “Baroneza”, a primeira locomotiva a vapor a trafegar no Brasil.
Fabricada na Inglaterra, a Baroneza recebeu esse nome em homenagem a Maria Joaquina Machado de Souza, esposa do Barão de Mauá. Também denominada “Locomotiva N° 1”, a Baroneza é uma das peças mais importantes da história ferroviária brasileira. Classificada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como monumento cultural, encontra-se atualmente exposta no Museu do Trem, localizado no bairro do Engenho de Dentro, Rio de Janeiro.



Normalistas, Instituto Superior de Educação ISERJ, Rio de Janeiro, Brasil


Normalistas, Instituto Superior de Educação ISERJ, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia



Chega ao fim a era das normalistas (26/11/2000):
A última chance de ver as normalistas do Instituto de Educação do Rio de Janeiro com aquela saia azul-marinho pregueada, a camisa branca e a gravatinha - uniforme que fez o escritor Nelson Rodrigues transbordar em pensamentos atrevidos - será no próximo Carnaval do Rio de Janeiro. A escola de samba Unidos da Tijuca, quinta colocada no ano passado, está conversando com a direção do instituto sobre a possibilidade de ter normalistas entre seus 4.000 integrantes. O enredo da escola é "Nelson Rodrigues pelo Buraco da Fechadura". O dramaturgo é autor da peça "Os Sete Gatinhos", em que personagens são normalistas.
A Unidos da Tijuca já tem pronta a fantasia: o mesmo uniforme, só que em tecido mais transparente e, na cabeça, uma peruca pink com um adereço luminoso em forma de coração.
Pode ser mais uma festa de despedida das 370 alunas que se formam neste ano, um derradeiro adeus do mais tradicional curso de normalistas do país, que acaba em dezembro, atendendo à Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que determina que, a partir de 2007, o professor primário precisará ter nível superior para ser admitido. A base do raciocínio do então senador Darcy Ribeiro (autor da lei, aprovada em 96) era de que a qualidade do ensino depende da qualidade dos professores.
A lei chacoalhou o instituto da rua Mariz e Barros, na Tijuca, um marco na história do Rio de Janeiro, assim como suas normalistas, muitas delas ilustres. A escritora Cecília Meireles saiu professora de lá e hoje é a patrona das meninas (e meninos, ainda que em absoluta minoria).
A atriz Marieta Severo também frequentou a escola-modelo criada na época do império, pelo decreto número 7.684, de seis de março de 1880. A ex-aluna Tonia Carrero, na época Maria Antonieta Portocarrero, parava o trânsito da Mariz e Barros já aos 15 anos com sua beleza extraordinária.
A história da educação no país passa por essa escola pública que teve Villa Lobos como professor de canto orfeônico, Portinari, ele mesmo, nas artes, e três dos maiores educadores da história, Fernando de Azevedo, Lourenço Filho (o primeiro diretor e introdutor do método Piaget no Brasil) e Anísio Teixeira.
"Os alunos aprendiam tudo com experimentação", conta Maria da Glória Bartholo, presidente da associação dos ex-alunos e militante incansável da recuperação da memória do instituto.
Na década de 30, a escola já tinha laboratórios de química e física, além de um museu de História Natural.
Em 1930, foi para o prédio em estilo neocolonial que alunos e professores se mudaram correndo - e carregando as escrivaninhas, cadeiras e livros - quando explodiu a revolução vitoriosa de Getúlio Vargas. Corriam boatos de que tropas gaúchas iriam aquartelar-se no Rio, mais precisamente na Escola Normal.
Temendo a invasão, alunos e professores abandonaram as instalações do largo do Estácio, deixando para trás o grupo de músicos que se encontrava num bar vizinho e que deu origem à primeira escola de samba do Brasil, a Escola de Samba Estácio de Sá. A palavra "escola" foi colocada em homenagem à então Escola Normal.
O prédio, já tombado pelo governo do Rio, foi reconhecido em outubro como bem histórico e cultural pela prefeitura.
O diretor-geral, Hasenclever Martinelli, cujo mandato de dois anos vence em 2001, diz que faz o que pode dentro dos limites de sua atuação. Na verdade, qualquer lâmpada tem que ser pedida à Fundação de Apoio à Escola Técnica, a Faetec, órgão da Secretaria de Ciência e Tecnologia, à qual o instituto está subordinado.
A Faetec, por sua vez, garante que as condições, ainda que aparentemente precárias, estão melhores desde que o professor Carlos Augusto Azevedo assumiu a presidência da fundação, em 1999. "Pegamos o instituto com um abandono de mais de 20 anos e, aos poucos, estamos recuperando", diz Azevedo.
Essa não é a única rusga entre as duas partes. O presidente da Faetec não vê mais sentido na continuação do curso normal de nível médio, em razão da lei que, em 2007, exigirá curso superior aos professores do primário. "Para que formar pessoas que daqui a pouco não poderão mais trabalhar?", pergunta.
Grande parte dos professores, pais, alunos e ex-alunos está contrariada com a lei. Eles acham que a escola que formou mais de 60 mil professoras deveria ser mantida não só por representar a vanguarda do ensino em seus anos dourados (como mostrou a novela de Gilberto Braga, em 1986, com Malu Mader no papel da normalista Lurdinha), mas pela realidade brasileira, em que 50% dos "professores" que alfabetizam crianças são leigos.
Eles ficaram aborrecidos com uma entrevista em que Carlos Augusto Azevedo disse que "normalista é o efeito fusquinha" ao criticar os que defendem a manutenção do "velho instituto". Azevedo confirma que disse isso mesmo, numa referência à história do resgate do velho Fusca pelo governador mineiro Itamar Franco. "As soluções para os problemas modernos têm que ser buscadas no futuro", diz ele. "Uma das maneiras de manter a vanguarda do instituto é o curso normal superior."
Ser normalista, 20 ou 30 anos atrás, era uma expectativa idealizada por muitas jovens, orgulho para os pais e razão de cobiça dos alunos do Colégio Militar: o bonde que deixava as meninas no Instituto também carregava os jovens que seriam oficiais, os maridos preferidos pelos pais das alunas, as "professorinhas" que, no passado, inspiraram canções ("vestida de azul e branco, trazendo um sorriso franco, num rostinho encantador, minha linda normalista...", diziam os versos do clássico "Normalista", de Benedito Lacerda e David Nasser) e se transformaram em fetiche nas mãos de Nelson Rodrigues. Texto de Célia Chaim.

Chevrolet Opala Comodoro Coupé 2.5 1981, Brasil
















Chevrolet Opala Comodoro Coupé 2.5 1981, Brasil
Fotografia

Avenida Pedro II, São Luís, Maranhão, Brasil


Avenida Pedro II, São Luís, Maranhão, Brasil
São Luís - MA
Edicard
Fotografia - Cartão Postal

Ilha Fiscal, Rio de Janeiro, Brasil


Ilha Fiscal, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia 

Edifício Itália, São Paulo, Brasil


Edifício Itália, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Vista da Rua Dr. Bitencourt Rodrigues, São Paulo, Brasil


Vista da Rua Dr. Bitencourt Rodrigues, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Vista da Rua Dr. Bitencourt Rodrigues, altura do número 236. Ao fundo vê-se o Mercado Central. Percebe-se a ponta das duas torres do mosteiro de São Bento. Há um fumaceiro saindo de umas das casas do lado direito. A rua estava sendo, provavelmente, pavimentada com paralelepípedos.

Delegacia Fiscal, São Paulo, Brasil







Delegacia Fiscal, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
N. 26
Fotografia - Cartão Postal


Fachada frontal voltada para a Avenida São João do robusto prédio da Delegacia Fiscal na década de 1930. Propriedade original da Companhia Antarctica Paulista para abrigar o Cine Central — projeto do arquiteto Sorgen Lakjer, construído entre 1914-1916. Foi demolido a marretadas em 1947 para a abertura da Avenida Prestes Maia no Plano das Avenidas. À direita, o término da Rua Formosa e ao fundo, o velho Viaduto do Chá.


Theatro Municipal, Praça Ramos de Azevedo e Viaduto do Chá, São Paulo, Brasil



Theatro Municipal, Praça Ramos de Azevedo e Viaduto do Chá, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal