quarta-feira, 29 de junho de 2022

Praça São Sebastião e Teatro Amazonas, 1906, Manaus, Amazonas, Brasil


 

Praça São Sebastião e Teatro Amazonas, 1906, Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Fotografia


A fotografia registra o Largo de São Sebastião, principal espaço cultural do centro histórico da capital amazonense, em 1906. Na imagem, podemos ver dois ícones da paisagem urbana manauara: o Teatro Amazonas e o Monumento à Abertura dos Portos. Ambos foram construídos no final do século XIX, um período marcado pela prosperidade advinda da extração do látex para a produção de borracha.
Inaugurado em 1896, o Teatro Amazonas é um dos principais cartões postais da cidade. Trata-se de uma imponente construção, em estilo arquitetônico renascentista com detalhes ecléticos. Por sua relevância histórica e cultural, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1966.
Já o Monumento à Abertura dos Portos foi inaugurado em 1900. A obra é de autoria do escultor italiano Domenico de Angelis (1852-1900) e substituiu um obelisco existente no local desde 1867. O monumento comemora a abertura dos portos e rios da Amazônia às nações estrangeiras, a partir de um decreto de 7 de dezembro de 1866.
Por fim, não podemos deixar de mencionar o calçamento com ladrilhos portugueses, inaugurado em 1901.

Mercado de Rua, Circa Década de 20, Arcos da Lapa, Rio de Janeiro, Brasil


 

Mercado de Rua, Circa Década de 20, Arcos da Lapa, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia

Viaduto Santa Tereza, 1958, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil


 

Viaduto Santa Tereza, 1958, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Belo Horizonte - MG
Fotografia

Rua Voluntários da Pátria, Santana, São Paulo, Brasil


 

Rua Voluntários da Pátria, Santana, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


O jornal "Correio do Povo" em sua edição de 29/01/1920, anunciava que o trânsito na Rua Voluntários da Pátria era um dos mais intensos da cidade de São Paulo.

terça-feira, 28 de junho de 2022

Edifício dos Correios e Telégrafos, São Paulo, Brasil


 

Edifício dos Correios e Telégrafos, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

No canto inferior esquerdo, a Avenida São João e o quarteirão entre a Praça do Correio e o Largo do Paissandu ocupado pelo edifício dos Correios e Telégrafos (inaugurado em outubro de 1922), o Hotel Central, o edifício Oscar Rodrigues (inaugurado em 1928) e o Municipal Hotel.
À direita, a Rua do Seminário em direção ao Largo Santa Ifigênia (que pode ser visto no canto superior direito da imagem e onde se destacam a Igreja de Santa Ifigênia, o Hotel Regina (atual São Paulo Center Inn) e o edifício Guajara (inaugurado em 1926).
O Edifício Guajara — na esquina das ruas do Seminário e Brigadeiro Tobias com sua outrora bela cúpula e bem ao lado do Viaduto de Santa Ifigênia — foi construido onde estava o casarão do Brigadeiro Tobias, o 2º marido de Domitila de Castro, a Marquesa de Santos.
Fotografia datada entre o final da década de 20 e o início da década de 30.

Obras no Antigo Muro de Arrimo no Desnível Entre as Ruas Líbero Badaró e Dr. Falcão Filho, Circa 1918, São Paulo, Brasil







 

Obras no Antigo Muro de Arrimo no Desnível Entre as Ruas Líbero Badaró e Dr. Falcão Filho, Circa 1918, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


Nesta vista tirada em circa 1918 por autor desconhecido, vemos obras no antigo muro de arrimo no acentuado desnível entre as ruas Líbero Badaró e Dr. Falcão Filho. À direita, o Edifício Casa Médici, projetado em 1912 por Samuel das Neves e seu filho Christiano Stockler. Pai e filho, foram os responsáveis pelos três Palacetes Prates no mesmo histórico logradouro. Uma curiosidade: bem no início da Falcão Filho, antiga Ladeira de Santo Antônio — no lado esquerdo da Rua Nova de São José, residiu o jornalista Líbero Badaró, assassinado em 21/12/1830 quando chegava em sua casa (segundo boato, a mando de Dom Pedro I).
Na área foi construído um compartimento que posteriormente serviu de instalações para diversas finalidades. Nas fotos 2 e 3 de autoria de Benedito Junqueira Duarte e registradas em 1939, vemos o local mencionado. Através da cena capturada pelo Google Maps em março/2021, observe o ponto atualmente ocupado pela Prefeitura de São Paulo com seu espaço “Aqui tem Ouvidoria”.

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Avenida São João, São Paulo, Brasil


 

Avenida São João, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal

Filosofia de Internet - Humor


 

Filosofia de Internet - Humor
Humor

Nota do blog: A atual realidade do Brasil, o (des) governo Bolsonaro conseguiu, inclusive, tornar o preço do diesel mais caro que o da gasolina, um dos maiores absurdos já vistos na história desse país...

Antiga Capela de São Sebastião / Igreja Matriz, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil

 


Antiga Capela de São Sebastião / Igreja Matriz, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

Esta foto se refere à antiga capela de São Sebastião, depois Matriz, que existiu na Praça XV. É uma verdadeira preciosidade histórica! É a única foto de perfil conhecida dessa igreja. Foi publicada apenas três vezes: em um jornal da época, pouco antes da sua demolição em novembro de 1905; no meu livro “Ribeirão Preto Revisitada” em 2016; e, agora, pelo jornal Tribuna. Ela foi encontrada entre os “achados” surpreendentes no acer­vo documental do falecido historiador Pedro Miranda, que sua família doou ao Arquivo Municipal e Histórico de Ribeirão Preto em 2003.
Temos toda uma história pregressa, antes de se iniciar a construção dessa capela. Em 1856, constituiu-se o patrimônio da Igreja formado pela doação de glebas por seis fazendeiros na fazenda Barra do Retiro. Como resultado disso, até hoje temos o pagamento do laudêmio nas transações imobiliárias na re­gião central da cidade. Mas a escolha do local para a sua construção, dentro do patrimônio, foi feita somente em 1863 pelo vigário de São Simão, Pe. Manoel Eusébio de Azevedo, cumprindo ordens superiores do vigário da vara.
A demora para se iniciar a construção da capela se explica pela falta de recursos. Um donativo de 360$000, no testamento de Maria Felizarda, é que permitiu o início das obras, em fevereiro de 1865. O pagamento dessa doação ao fabriqueiro (zelador dos bens da igreja) foi feito a contragosto pelo viúvo, José Borges da Costa. Ele era, na verdade, seu segundo marido. Felizarda fora casada antes com Manoel José dos Reis. Em janeiro de 1868, a capela já podia abrigar algumas cerimônias. Mas sua conclusão definiti­va ainda demorou uns dois anos.
Outro “achado” surpreendente no meio dos documentos guardados por Pedro Miranda foi o livro de contabilidade em que estavam registra­das toda a receita e a despesa de construção dessa igreja. Entram na receita doações dos fiéis em dinheiro e em espécie, como dois garrotes no valor de 25$000, oito frangos no valor de $700, um par de brincos e um alfinete de ouro, um carro (de boi) de milho do Sr. Francisco Roiz de Faria e um capado avaliado em 10$500. Tudo como doações a São Sebastião. Essas ofertas em espécie eram, com certeza, leiloadas, e todo o dinheiro apurado era empregado na construção da capela.
Essas anotações iniciam-se em 12/02/1865 com a seguinte declaração: “Peguei da venda do Sr. José Antônio Pereira 700 pregos para a obra da igreja”. As anotações encerram-se em 10/08/1870. As despesas referem-se claramente à obra de construção, cujo empreiteiro responsável foi Jerônimo Pinto da Silva. A maior parte dos pagamentos vem assinada por Bernardo Alves Pereira, fabriqueiro nomeado após o assassinato de Manoel Fernandes do Nascimento em 07/12/1866. Também assinavam o procurador Antônio Maciel de Pontes e Ignácio Bruno da Costa, um dos doadores do patrimônio há mais de dez anos.
Era também parte importante da receita o pagamento pelos sepultamen­tos no cemitério que ficava aos fundos da capela. Estão ali 284 sepultamen­tos realizados entre 19/10/1867 e 14/06/1870. Chama a atenção a idade de alguns falecidos: Antônio Martins com 115 anos, morto por hidrofisia em 20/10/1867, e Manoel de Oliveira Pontes com 124 anos, falecido de “velhice” em 15/06/1868, e enterrado gratuitamente por ser pobre. É bom que se infor­me que cada sepultamento custava 3$000 e somente os pobres não pagavam. Pois é…até os mortos ajudaram na construção da capela de São Sebastião! Texto Professor Lages.