sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Os Primórdios do Sistema de Transporte da Nova Capital / Brasília, Distrito Federal, Brasil - Artigo

 







Os Primórdios do Sistema de Transporte da Nova Capital / Brasília, Distrito Federal, Brasil - Artigo
Brasília - DF
Artigo


A mudança da capital para o interior do Brasil era assunto recorrente nos círculos de poder desde os tempos do império. O argumento dos defensores da ideia era que as antigas capitais, Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ), por se localizarem na costa, desestimulavam a interiorização do país, além de deixarem os centros administrativos vulneráveis a ataques pelo mar.
Foi José Bonifácio (1763-1838) um dos primeiros a sugerir a transferência da capital para o planalto central. Embora sempre revisitada como ideia, a mudança só ficou determinada, sem prazo para execução, na primeira constituição do Brasil republicano. A construção da nova capital seria iniciada apenas em 1957, no governo de Juscelino Kubitschek, 66 anos depois da constituição de 1891.
A cidade foi construída em tempo recorde, sendo inaugurada em 1960, porém boa parte da estrutura governamental só começou a migrar de fato nos governos militares, a partir da década de 70. Quem chegava em Brasília com a esperança de uma vida nova se deparava com uma infraestrutura deficiente. No início, o governo tinha dificuldades para alocar os novos moradores que chegavam de todos os cantos do país, ao ponto em que foi necessário ir além do planejamento original de Lúcio Costa e instituir diversas regiões administrativas, conhecidas como cidades-satélites, para organizar o crescimento vertiginoso.
Nas imagens, podemos ver o cotidiano dos brasilienses nos primórdios da capital, o serviço de transporte público ainda precário somava-se a má qualidade das estradas, especialmente nas cidades-satélites mais distantes do Plano Piloto.

Mapa "Carta do Império do Brasil Indicando um Plano Geral Para Base da Rede de Viação", 1883, Brasil - Honório Bicalho

 


Mapa "Carta do Império do Brasil Indicando um Plano Geral Para Base da Rede de Viação", 1883, Brasil - Honório Bicalho
Mapa

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Planta Parcial do Distrito Industrial de Manaus, 1983 / Zona Franca de Manaus, Amazonas, Brasil

 


Planta Parcial do Distrito Industrial de Manaus, 1983 / Zona Franca de Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Mapa


Por ter sido considerada “vazia” e distante dos centros consumidores do país, na década de 1960, foi criada na região amazônica, por meio do decreto-lei nº 288/67, a Zona Franca de Manaus. O intuito era promover a integração da área do Amazonas ao processo de modernização e desenvolvimento econômico e social do país.
Segundo o texto do decreto-lei, a Zona Franca de Manaus é “uma área de livre comércio de importação e exportação”. Para estimular a vinda das empresas para o local, foram instituídos incentivos fiscais especiais que permanecem ativos até os dias de hoje.
A implementação de uma zona industrial possibilitou o desenvolvimento econômico da região e promoveu certa descentralização dos polos industrializados, concentrados na região sudeste. Também gerou novos empregos, o que resultou em um novo perfil de trabalhador nas localidades afetadas, visto que muitos saíram do trabalho rural para ocupar as vagas nas fábricas.

Embarque de Café no Porto, Agosto de 1931, Rio de Janeiro, Brasil


 

Embarque de Café no Porto, Agosto de 1931, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia


O café foi o principal produto da economia brasileira durante mais de um século, especialmente no período entre as décadas de 1830 e 1930. Ao longo do chamado “Ciclo do Café”, a cafeicultura foi o motor econômico e principal artigo de exportação do nosso país. Ainda hoje, o Brasil exporta o grão para mais de cem países e continua a ser o maior produtor e exportador do mundo.
Em quase todo o século XIX, Rio de Janeiro e São Paulo foram os grandes produtores do país. O café das fazendas paulistas e fluminenses era escoado pelos portos do Rio de Janeiro e de Santos. E até a década de 1870, o grão foi produzido majoritariamente por mão de obra escravizada. Com a iminência da abolição, um grande contingente de trabalhadores livres ingressou na produção cafeeira, muitos deles imigrantes.

Hotel JK / O “Alvoradinha”, Brasília, Distrito Federal, Brasil

 


Hotel JK / O “Alvoradinha”, Brasília, Distrito Federal, Brasil
Brasília - DF
Fotografia


A Marcha para o Oeste, movimento iniciado pelo governo de Getúlio Vargas entre os anos 1940 e 1950, tinha como objetivo a promoção do povoamento e desenvolvimento econômico da região central brasileira. É nesse intuito que o governo instituiu, em 1943, a expedição Roncador-Xingú, gerenciada pela recém-criada Fundação Brasil Central (FBC), responsável pelo planejamento e execução do ambicioso projeto.
O sucesso dos trabalhos da FBC continuou nos anos seguintes e atingiu seu ápice no governo de Juscelino Kubistchek (1956-1961), quando a capital foi transferida para Brasília. Na ideia de alargar o território ocupado, foi lançada a Operação Bananal, que construiria uma cidade para estimular o povoamento da Ilha do Bananal, na região do antigo Goiás.
Nesse contexto nasceu o “Alvoradinha”, em referência ao Palácio da Alvorada em Brasília. A construção teria sido projetada por Oscar Niemeyer e inicialmente seria uma residência presidencial. Posteriormente, o local foi transformado no Hotel JK.
O presidente tinha a intenção de transformar a área em um balneário turístico para atender à “demanda internacional”. O hotel foi palco de jantares gloriosos, recepções, pescaria e caçadas, promovidos pela elite política do país, eventos muitas vezes desfrutados por chefes de Estado que visitavam o Brasil, dentre eles líderes da Rússia, da Itália e de países vizinhos da América do Sul.
Nos governos militares houve a tentativa de apagar o legado de JK e, como efeito, o Hotel JK foi renomeado John Kennedy. Atitude talvez desnecessária, já que o local já estava em franco processo de esquecimento, pois os governos seguintes não continuaram os investimentos. O hotel foi fechado passou a ser alvo de vandalismo. O pouco que ainda restava da construção pegou fogo em 1990, deixando apenas escombros e ruínas.

80 Anos da Criação da Moeda Cruzeiro no Brasil - Artigo

 


80 Anos da Criação da Moeda Cruzeiro no Brasil - Artigo
Artigo


Há 80 anos, em 5 de outubro de 1942, o Brasil ganhava uma nova moeda, o Cruzeiro. Ele substituiu o Real (mais conhecido pelo seu plural, réis), que vigorava no nosso país desde o período colonial.
Após mais de quatro séculos de circulação do Réis, o Brasil mudou de moeda várias vezes em poucas décadas. Ao “primeiro” Cruzeiro se sucederam o Cruzeiro Novo (1967), novamente o Cruzeiro (1970), Cruzado (1986), Cruzado Novo (1989), Cruzeiro (1990) e Cruzeiro Real (1993). Em 1º de julho de 1994, entrou em circulação a moeda vigente hoje no Brasil, o Real.

Pesquisador Diz Ter Encontrado Submarino Nazista Afundado na Argentina - Artigo

 


Pesquisador Diz Ter Encontrado Submarino Nazista Afundado na Argentina - Artigo
Artigo


Em 1994, após anos de pesquisas, o historiador argentino Abel Basti descobriu - e denunciou - que um ex-oficial nazista, chamado Erich Priebke, vivia anonimamente na região de Bariloche há quase meio século, desde que fugiu da Alemanha, ao final da Segunda Guerra Mundial.
A descoberta levou Basti a ter ainda mais certeza de que a fuga para a Argentina de ex-oficiais de Hitler havia mesmo ocorrido. E, na maioria dos casos, isso fora feito por meio de submarinos, que chegavam escondidos à costa argentina, e, depois de desembarcar seus ocupantes, eram afundados, para não deixar pistas.
A prova só veio agora:
Basti sempre suspeitou disso. Mas, para ele, a prova cabal veio em março deste ano, quando, após uma nova e exaustiva pesquisa, encontrou os restos do que parecia ser um submarino alemão, afundado a pouco mais de quatro quilômetros das praias da cidade de Necochea, ao sul da província de Buenos Aires.
O pesquisador, então, procurou a Prefeitura Argentina, uma espécie de Guarda Costeira do país vizinho, e relatou o achado do naufrágio - que não constava em nenhum registro do passado.
Contudo, depois de examinar os escombros, que repousam a mais de 28 metros de profundidade, a entidade concluiu que não era possível afirmar que se tratava de um submarino, tal o estado dos destroços.
Elo Perdido:
Basti, porém, não desistiu. Criou uma entidade multidisciplinar com profissionais de diversas áreas, que batizou de Eslabón Perdido ("Elo Perdido", em português), contatou peritos e tratou de provar que o que ele encontrara, afundado no mar da Argentina, era um submarino nazista e não um velho navio qualquer.
E é isso que ele acaba de comemorar, após receber confirmações, tanto dos peritos navais argentinos Andrés Cuidet e Juan Martin Canevaro - este, presidente do Conselho Profissional de Engenharia Naval da Argentina - quanto da Liga Navale Italiana, uma entidade ligada ao Ministério da Defesa da Itália especializada em naufrágios, de que os destroços encontrados são "compatíveis com os de um submarino alemão da Segunda Guerra Mundial".
Periscópio à vista:
Para chegar a esta conclusão, os peritos se basearam em imagens submarinas feitas por um robô, que, entre outras partes da embarcação, mostram o que seria uma escotilha, um pedaço da torre (parte mais saliente em qualquer submarino) e, acima de tudo, uma haste fina e comprida, que todos interpretaram, sem a menor dúvida, como sendo um periscópio - equipamento que só os submarinos possuem.
O perito do órgão italiano foi ainda mais longe e afirmou que, pelo estado em que se encontram os escombros, o submarino deve ter sido deliberadamente explodido, como determinava o protocolo alemão em casos desse tipo.
Além disso, o tamanho e extensão dos destroços, que se espalham por cerca de 80 metros, são equivalentes ao porte dos submarinos alemães usados naquele conflito.
"Este submarino é uma prova irrefutável do plano traçado por Hitler para evacuar oficiais nazistas para a Argentina, ao final da Segunda Guerra Mundial", diz o incansável pesquisador Basti, autor de vários livros sobre o assunto.
Antecedentes históricos:
Em suas pesquisas, Basti também se baseou em antecedentes históricos, que comprovam a capacidade que os submarinos alemães tinham de chegar escondidos e incólumes à costa argentina, onde teriam contado com a cumplicidade do próprio governo argentino.
Um destes casos foi a rendição de dois submarinos nazistas, o U-530 e U-997, na cidade de Mar del Plata, em agosto de 1945, três meses após o final do conflito com a Alemanha - e, supostamente, após terem desembarcado seus ocupantes graduados em pontos ermos do litoral argentino, como também teria sido o caso do submarino agora encontrado.
Outro caso envolveria até o torpedeamento de um navio da Marinha do Brasil, o cruzador Bahia, que teria sido alvejado por um submarino alemão a caminho da Argentina, para não ser descoberto, o que resultou na maior tragédia da história naval do Brasil —, que, até hoje, alimenta as teorias da conspiração sobre a presença nazista na Argentina do pós-guerra.

Escola Normal, Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil


 

Escola Normal, Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil
Juiz de Fora - MG
Fotografia 

Mercado Público, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil


 

Mercado Público, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Fotografia - Cartão Postal

Praça da Alfândega, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil


 

Praça da Alfândega, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Hugo Freyler
Fotografia - Cartão Postal