Hotel JK / O “Alvoradinha”, Brasília, Distrito Federal, Brasil
Brasília - DF
Fotografia
A Marcha para o Oeste, movimento iniciado pelo governo de Getúlio Vargas entre os anos 1940 e 1950, tinha como objetivo a promoção do povoamento e desenvolvimento econômico da região central brasileira. É nesse intuito que o governo instituiu, em 1943, a expedição Roncador-Xingú, gerenciada pela recém-criada Fundação Brasil Central (FBC), responsável pelo planejamento e execução do ambicioso projeto.
O sucesso dos trabalhos da FBC continuou nos anos seguintes e atingiu seu ápice no governo de Juscelino Kubistchek (1956-1961), quando a capital foi transferida para Brasília. Na ideia de alargar o território ocupado, foi lançada a Operação Bananal, que construiria uma cidade para estimular o povoamento da Ilha do Bananal, na região do antigo Goiás.
Nesse contexto nasceu o “Alvoradinha”, em referência ao Palácio da Alvorada em Brasília. A construção teria sido projetada por Oscar Niemeyer e inicialmente seria uma residência presidencial. Posteriormente, o local foi transformado no Hotel JK.
O presidente tinha a intenção de transformar a área em um balneário turístico para atender à “demanda internacional”. O hotel foi palco de jantares gloriosos, recepções, pescaria e caçadas, promovidos pela elite política do país, eventos muitas vezes desfrutados por chefes de Estado que visitavam o Brasil, dentre eles líderes da Rússia, da Itália e de países vizinhos da América do Sul.
Nos governos militares houve a tentativa de apagar o legado de JK e, como efeito, o Hotel JK foi renomeado John Kennedy. Atitude talvez desnecessária, já que o local já estava em franco processo de esquecimento, pois os governos seguintes não continuaram os investimentos. O hotel foi fechado passou a ser alvo de vandalismo. O pouco que ainda restava da construção pegou fogo em 1990, deixando apenas escombros e ruínas.
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