segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Dia Nacional da Alfabetização - Artigo

 


Dia Nacional da Alfabetização - Artigo
Artigo


No dia 14/11 é comemorado o Dia Nacional da Alfabetização.
Historicamente, os índices de letramento da população brasileira sempre foram considerados baixos. O primeiro censo populacional, feito em 1872, classificava 82% da população do império como analfabeta; como parâmetro, na mesma época, os Estados Unidos tinham 80% de sua população alfabetizada.
A situação se mantém até 1920, quando uma série de fatores passam a acelerar o número de pessoas alfabetizadas no país. O êxodo rural causado pela urbanização a partir da década de 30, seguido por uma série de reformas educacionais, como a Reforma Capanema em 1942, fez com que a população alfabetizada crescesse significativamente no país nas décadas seguintes. Apesar dos esforços, em 1960, cerca de 46% da população ainda era analfabeta.
Nesse contexto, no início da década de 1960, o governo convidou o educador Paulo Freire para contribuir no Plano Nacional de Alfabetização, visto que seu método ganhava notoriedade. O programa durou de 1963 até 1964, quando se iniciou o regime militar.
Já em 1968, tem início o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), que tenta aproveitar algumas ideias do método Paulo Freire, como o uso das “palavras geradoras”, mas com uma visão mais uniformizadora e tecnicista, motivo pelo qual foi criticado.
Ao fim, o MOBRAL não obteve o sucesso esperado, sendo descontinuado em 1985. O sucessor do projeto seria a Fundação Nacional para Educação de Jovens e Adultos (EDUCAR), que também seria descontinuada em 1990, dando espaço para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) em 1996.
O último censo realizado em 2010 apontava que 90% da população brasileira estava alfabetizada, comprovando a trajetória histórica ascendente desde o primeiro censo realizado no século XIX.
Nota do blog 1: Na imagem, turma de alfabetização, 1963.
Nota do blog 2: Essa questão é outra das inúmeras vergonhas que existem no Brasil; os governantes não conseguem prover o básico no que tange a educação. E devido a essa incompetência, precisam ficar criando bolsas, auxílios, entre outros programas para combater a miséria e a fome da população. E assim o ciclo de pobreza nunca termina...

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