terça-feira, 8 de novembro de 2022

Escola Estadual Miguel Jorge, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil











Escola Estadual Miguel Jorge, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia


Embora não seja, nem de longe, um dos meus locais preferidos ou de boa recordação na cidade, fez parte de minha história. Assim, fiz o registro externo de suas instalações.
Localizado na rua Domingos Padovan, 790.
Nota do blog: Imagens de 2022.

 

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Pintura do Coreto da Praça Sete de Setembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil












Pintura do Coreto da Praça Sete de Setembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

Nota do blog 1: Gosto de pensar que sou uma pessoa justa (na maioria das vezes) nas críticas que faço no blog. Há pouco tempo atrás, em post de 10/09/2022, denunciei o lamentável estado de conservação deste coreto. Ele estava completamento pichado, sujo, além de precisar de reparos em vários pontos de sua estrutura. Provavelmente essa denúncia, feita por meio de fotos, chegou aos responsáveis por esse setor na Prefeitura. Acredito que ao verem as fotos, tenham ficado com vergonha / posto a mão na consciência / resolveram trabalhar (a motivação fica ao critério do leitor) e providenciaram a limpeza e pintura do coreto. Não ficou um serviço 100% (não efetuaram os serviços de alvenaria necessários na estrutura) mas serviu como um paliativo, um "tapa" para diminuir a sensação de degrado da Praça Sete de Setembro (as demais instalações e equipamentos continuam pichadas, sujas e vandalizadas).
Nota do blog 2: Infelizmente, e isso é culpa da população, já houveram vandalizações de pequena monta em seu interior após essa pintura. Um vândalo escreveu, com caneta preta, aquelas coisas sem sentido de sempre na parede do coreto. Fica a sugestão de instalarem câmeras e/ou melhorar a segurança/zeladoria na praça.

 

Selo "Bicentenário das Cortes de Lisboa - O Brasil nas Cortes de Lisboa 1821-2021", 2021, Brasil




Selo "Bicentenário das Cortes de Lisboa - O Brasil nas Cortes de Lisboa 1821-2021", 2021, Brasil
Selo

Sobre o Selo:
Esta emissão é a quinta de uma série de seis, denominada “Brasil, 200 anos de Independência”, uma parceria entre a Câmara dos Deputados e os Correios que se iniciou em 2017 e estenderá até 2022, com a comemoração dos 200 anos da Independência. Na parte superior do selo a inscrição “Brasil, 200 anos de Independência”. A seguir, a pintura “Sessão das Cortes de Lisboa” de Oscar Pereira da Silva, que faz parte do Acervo do Museu Paulista da USP. A sessão retrata a participação de representantes das províncias brasileiras na Assembleia em Portugal, em especial Antônio Carlos de Andrada, que aparece discursando, de pé. Foi utilizado o recurso de computação gráfica.
Os Pródromos da Aventura Parlamentar no Brasil / Relevância das Cortes de Lisboa de 1821 para a História Parlamentar Brasileira:
Na história constitucional e legislativa brasileira existe uma vinculação muito grande, e próxima, entre as Cortes lisboetas de 1821 e a nossa primeira assembleia constituinte de 1823. Vinculação essa que não tem sido suficientemente lembrada.
Dois foram os efeitos: o aprendizado do funcionamento das assembleias legislativas e, mais importante, a criação de vínculos entre as bancadas de todo o Brasil, criando entre elas uma identidade própria, que se contrapunha a dos reinóis.
Todo aquele que tiver a pachorra de se entreter a ler com atenção os Anais da primeira constituinte brasileira – Constituinte de 1823 –, nossa primeira assembleia parlamentar, certamente se espantará com a facilidade com que aquela assembleia soube organizar-se. As minúcias do funcionamento da vida parlamentar pareciam ser do conhecimento de todos, ou de, pelo menos, de todos aqueles que tomaram a peito organizar o órgão legislativo.
Encontramos nela a preocupação de se realizarem preliminarmente “sessões preparatórias”, em que se escolheriam uma “comissão de polícia” provisória: presidente e secretário (Mesa Diretora da Assembleia – diríamos hoje). Que se nomeariam duas “comissões de verificação de votos” cuja função era “verificar a legalidade dos diplomas dos Srs. deputados que não sahissem eleitos para esta mesma commissão, e outra de tres membros para verificar igualmente a legalidade dos diplomas dos cinco que formassem a 1a commissão) ou seja, as Comissões de Verificação de Votos cumpriam as funções atualmente exercidas pela Justiça Eleitoral). Que se estabelecesse um cerimonial de funcionamento da assembleia, etc.
Outrossim, compulsando aqueles Anais, vê-se que ao longo de sua existência a Assembleia organizou seus trabalhos sem nenhuma dificuldade. Vê-se logo a primazia de o plenário se estabelecer; sua subdivisão em comissões temáticas; a necessidade de estudo das proposições por deputados relatores, que submeteriam seus relatórios e votos ao colegiado nas comissões e depois, caso seus pontos de vistas saíssem vitoriosos, submeteriam seus relatórios e votos ao plenário da Assembleia, etc.
Sendo aquela a assembleia inaugural da nossa vida parlamentar, surge a questão: onde aqueles nossos primeiros deputados teriam aprendido toda a arte da vida parlamentar?
A resposta está na biografia de boa parte dos membros daquela assembleia. Vários deles, os mais conspícuos, fizeram parte da primeira leva de deputados eleitos pelo Brasil. Faziam parte dos deputados eleitos para representar o Brasil nas Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa. Foi lá, na participação cotidiana dos trabalhos daquela assembleia parlamentar que os brasileiros pela primeira vez tiveram acesso ao funcionamento da instituição. Foi no debate parlamentar, no tirocínio das derrotas e vitórias das votações, que aprendemos como mais bem deve funcionar um parlamento moderno.
A adesão do Brasil aos ideais liberais, criados pelo Iluminismo e espalhados por todo o Ocidente pela Revolução Francesa, a contagiar todas as mentes de então, materializou-se com a sua entusiástica anuência à Revolução Constitucionalista do Porto de 1820. Assentimento que se concretizou na aclamação de juntas governativas, nas mais diversas capitanias, e a conseguinte eleição de deputados às Cortes como representantes da porção americana da monarquia portuguesa.
Entre titulares e suplentes foram eleitos mais de 90 deputados, oriundos de todas as capitanias, no entanto, dados os acontecimentos políticos, muitos sequer viajaram para Lisboa. Efetivamente tomaram assento nas Cortes uns 40 parlamentares. Note-se que, quando os primeiros brasileiros adentraram no recinto das Cortes, a mesma já funcionava a vários meses, tendo já votados vários dispositivos constitucionais. Tal fato, inclusive, gerou várias manifestações de diversos parlamentares brasileiros que pleiteavam a rediscussão das matérias vencidas, por não terem sido dadas oportunidades de debate aos deputados brasileiros.
No início, como era de se esperar, não havia um maior entrosamento dentro da bancada brasílica. Os deputados votavam de forma desencontrada, inclusive nos assuntos que diziam diretamente referência ao Reino do Brasil. No entanto, com o andar dos trabalhos, tendo ficado cada vez mais clara a tendência antibrasileira dos deputados portugueses, que somavam mais de cem, os brasileiros foram se desalentando e se unindo na denúncia da irracionalidade com que as Cortes malbaratavam os interesses do Brasil, afastando-o do Reino Unido.
Na participação dos deputados brasileiros nas Cortes de Lisboa é possível vermos não apenas o aprendizado do funcionamento parlamentar, mas também o início do sentimento de solidariedade entre as diversas capitanias brasileiras e a evolução do sentimento de irreversibilidade da desagregação da monarquia lusitana. Note-se que todos os parlamentares propugnaram, enquanto foi possível, pela manutenção dos vínculos políticos com Portugal e a custo foram se convencendo da impossibilidade de estes serem mantidos. Epítome de tal evolução política pode ser encontrada na célebre frase, pronunciada em plenário pelo deputado Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, que nascido em Portugal, representava São Paulo:
“O Brasil está pronto a ligar-se a Portugal, mas não segundo a marcha que leva o Congresso.”

Selo "Bicentenário da Independência - Presença dos Correios", 2022, Brasil

 


Selo "Bicentenário da Independência - Presença dos Correios", 2022, Brasil
Selo



Sobre o Selo:
Esta emissão do conjunto do Bicentenário da Independência destaca a presença dos serviços de correios na entrega de correspondências, contendo notícias e informações acerca todo o cenário que se desenrolava. Na esquerda do selo está o desenho de um personagem com vestes coloniais entregando um malote com envelopes, e na porção direita, dois indígenas - seguindo o relato histórico que percorriam o caminho em duplas - se embrenhando pela mata. Logo acima do personagem que contrata o serviço de entrega está um desenho de uma construção com o nome Correios, aqui retratado de forma simbólica. A técnica usada foi ilustração manual com lápis de cor.
Correios e a Independência:
Em 1798, uma reforma de Correios iniciada pela Coroa portuguesa iria modificar o funcionamento da comunicação à distância, feita então por cartas, de maneira substancial. A partir de então, o direito de organizar o serviço de transporte de correspondência e de auferir lucros advindos desta atividade pertenceriam diretamente à alçada real. Antes, os Correios eram monopólio de uma família, que explorava a atividade de forma privativa, tanto em Portugal quando no ultramar, desde o século XVII. A partir deste momento, os representantes régios na América portuguesa se incumbiram por montar toda uma estrutura administrativa (até então inexistente) responsável por enviar, receber e distribuir cartas. Este sistema postal, embora não organizado de forma centralizada e pouco coeso, se expandiu e se manteve até os primeiros anos do Brasil independente.
Os Correios instituído às vésperas da ruptura com Portugal, contudo, não eram a única forma de se enviar correspondência e encomendas. Isso porque, desde antes de 1798, existiam outros sistemas que faziam a informação à distância circular: desde navios de comércio que levavam e traziam cartas por mar, até viajantes de caminhos e tropeiros que levavam por terra notícias escritas e encomendas. Toda esta estrutura não deixou de existir no período das reformas, e os Correios então instituídos passaram a representar apenas uma dentre várias possibilidades da população alfabetizada de enviar papéis escritos. E essa variedade de meios comunicativos desempenhou um papel importante na Independência, quando então discussões políticas e múltiplos projetos de organização social circulavam em periódicos, livros e manuscritos, que poderiam passar pelo Correio, mas também por fora dele.
A própria entrega da carta que culminou no 7 de setembro é um exemplo desta multiplicidade. Paulo Emílio Bregaro foi um personagem que marcou bastante a memória projetada posteriormente da participação dos Correios na Independência. Ele foi ressaltado em outras comemorações da mesma data, a exemplo do sesquicentenário em 1972. Oficial militar, Bregaro foi aquele que levou a correspondência da Corte do Rio de Janeiro para São Paulo para notificar D. Pedro I das atualizações da situação com Portugal. Contudo, embora Bregaro fosse “correio” (ou seja, um oficial que entregava cartas, não necessariamente ligado à Administração postal), ele não fazia parte do Correio Geral Rio de Janeiro, não sendo, portanto, um empregado da instituição. Neste e em outros momentos, era comum que as forças armadas transportassem a comunicação à distância, em paralelo aos serviços do Correio Geral. A construção da memória em torno de Bregaro, já nas comemorações do século XX, demonstram o esforço de inserir os Correios na história oficial de Estado sobre a Independência, voltada para o núcleo de elite que articulou este movimento político. Pouco nos revela, portanto, sobre a estrutura de correios da época atuante de fato, como ela estava instituída, e qual seu papel neste momento.
Neste ano do bicentenário da Independência, o mote de algumas emissões postais sobre este motivo se voltaram para um entendimento mais amplo do movimento emancipatório, procurando, sempre que possível, trazer à luz artes imaginadas a partir de informações acerca de outras participações do contexto político da época, para além da elite. Tendo isso em vista, o selo a respeito da participação dos Correios na Independência ressalta a estrutura da entrega das cartas na primeira metade do século XIX, a partir da perspectiva de como a instituição Correios, formada apenas alguns anos antes, em 1798, funcionava com o trabalho de pessoas de ambientes diversos, que então integravam a sociedade da época. Esta arte, que traz elementos como a Administração postal, seu oficial responsável e os indígenas transportadores de carta, busca cumprir este papel. Cabe lembrar, contudo, que a arte feita a partir de informações históricas, nunca é (e nem pretende ser) uma releitura exata do passado, e sim uma representação acerca do significado dos eventos históricos para o momento presente. Referências historiográficas, bem como a visão e a criatividade da artista se juntam para construir uma nova memória a respeito da participação dos Correios na Independência.
Os indígenas são personagens importantes quando pensamos a América portuguesa. A história das diversas etnias que aqui viviam antes da chegada dos europeus foi marcada, após o contato, por diversos tipos de resistência e estratégias de sobrevivência. A luta pela permanência nas terras e a expulsão violenta feita pelos portugueses foi tônica comum durante todo o período colonial, e também depois dele. Outro tipo de estratégia foi também a integração de indígenas na estrutura colonial, sendo que alguns passaram a atuar na organização administrativa que a Coroa portuguesa construiu em território americano. Esse foi o caso das comunicações, especificamente entrega de cartas e encomendas, haja vista que os indígenas sempre foram grandes conhecedores dos deste vasto território. No contexto específico dos anos posteriores a Independência, fontes relativas aos Correios apontam a atuação de indígenas contratados para levar, semanalmente ou a cada 15 dias, cartas em vilas e cidades de capitanias como Ceará ou Pernambuco. Estes empregados faziam parte da estrutura postal oficial da época e eram transportadores da comunicação escrita, papel muito similar ao desempenhado por Paulo Bregaro no contexto que levou ao 7 de setembro. Entretanto, os “índios correios” não participaram somente de uma entrega eventual de uma carta considerada importante. Eles eram os responsáveis por manter a comunicação à distância cotidianamente. Por meio dos documentos escritos da época, também podemos notar que eles peticionavam a favor de melhores salários e condições de trabalho, indicando a tensão entre este grupo social e os aparatos administrativos da América portuguesa. Devido ao fato dessa documentação ter sido escrita pela instituição postal, pouco se sabe a respeito desses indígenas, pois especificidades como a etnia de que faziam parte eram sempre deixadas de fora das anotações.
Assim, no Bicentenário da Independência, os Correios buscaram ressaltar outros indivíduos participantes da história postal, que nem sempre são lembrados em selos, mas que ganham cada vez mais espaço nos estudos históricos sobre o tema e agora ganham destaque também na área filatélica.

Edifício Júlia Cristianini, uma Tragédia Anunciada, São Paulo, Brasil - Artigo

 






















Edifício Júlia Cristianini, uma Tragédia Anunciada, São Paulo, Brasil - Artigo
São Paulo - SP
Artigo


Texto 1:
Caminhar pelo trecho final da Rua Santa Ifigênia pode representar um risco à sua vida. Além dos frequentes conflitos de comerciantes locais e usuários de crack, uma sacola é jogada do alto de um prédio e estoura no meio da rua com seu contéudo de lixo doméstico, espalhando a sujeira entre o asfalto e parte da calçada de um estacionamento. Fato isolado? Nem de longe, apenas rotina.
Ao olhar para cima, na direção de onde foi jogada a sacola, é possível observar um arranha-céu que parece ter sofrido um bombardeio, similar ao que vemos no noticiário internacional de zonas de guerra ou conflito. Tanto é verdade que este edifício foi apelidado por moradores e vizinhos de "Sarajevo".
Construído na década de 1940 em um lote junto à Rua General Osório, o Edifício Júlia Cristianini começou a ser habitado em 1946 e até hoje, pasmem, não foi 100% concluído, tornando-se um problema para a cidade, que envolve habitação, segurança pública e uma escancarada ineficácia do poder público, que já se estende por 76 anos.
Em 1956, o jornal Folha de S. Paulo já alertava que o prédio oferecia risco pelo número excessivo de unidades e moradores, ausência de equipamentos de segurança, além de ter apenas um elevador em um imóvel de mais de 10 andares.
Um dos principais problemas do prédio (e origem de muitos outros) foi o fato que sua idealizadora e construtora, cujo nome batiza o edifício, jamais concluiu as obras, o que fez com que os compradores, cansados de esperar, o ocupassem assim mesmo.
Inclusive, já no ano de sua inauguração, a senhora Cristianini foi acusada de não terminar as obras de propósito. À época alegou "falta de cimento no mercado", algo que nunca correspondeu a realidade.
Outro problema do edifício foi a ideia de projetar uma fábrica na cobertura, empreendimento que a Prefeitura não concedeu licença de funcionamento, e que por isso jamais saiu do papel. A intenção era abrir uma fábrica de bolsas, basta observar o prédio de longe para notar a existência de um galpão inacabado no topo da construção.
E com o falecimento de Júlia Cristianini, em 1960, os problemas se agravaram, jamais sendo resolvidos, transformando o que já era considerado cortiço em 1956, em mais um dos apelidados "treme-treme" da cidade.
Importante dizer que dos demais prédios com esse triste apelido, apenas o Júlia Cristianini ainda permanece de pé e, de acordo com a base de dados da Prefeitura (cadastro do IPTU), 57 unidades ainda se encontram no nome da falecida.
Desde a década de 1980, a Prefeitura de São Paulo trava embate com os moradores pela desocupação do prédio em virtude de seus inúmeros problemas.
A briga entre o CONTRU, órgão que fiscaliza o uso de imóveis na capital paulista, pela desocupação do Edifício Júlia Cristianini seguiu por toda a década de 1990, entrando nos anos 2000, sem obter êxito.
O edifício segue ocupado por centenas de famílias, oferecendo risco aos próprios moradores, aos vizinhos e à municipalidade . A última tentativa de desocupar o prédio, determinada em 2018, ainda nem saiu do papel, não havendo nenhuma previsão de quando isso irá ocorrer.
Não é preciso entrar no edifício para constatar que é uma tragédia anunciada. De sua fachada despencam, com frequência, pedaços do acabamento em direção à calçada. Para evitar ferimentos ou a morte de pedestres, uma estrutura de madeira foi instalada entre a marquise e calçada para amenizar o problema. Mesmo assim são corriqueiros os casos de fragmentos que caem na rua, bem como lixo, embalagens vazias e outros objetos, jogados por moradores, acumulando-se sobre a estrutura que serve de anteparo.
Assim, tendo por base as recentes tragédias ocorridas no Edifício Wilton Paes de Almeida e no Edifício Comércio e Indústria, continuar permitindo que esse prédio seja habitado é brincar com coisa séria, ignorar o perigo. Infelizmente não se vislumbra que o futuro do Edifício Júlia Cristianini será diferente dos prédios acima citados...
Texto 2:
Vive só na memória dos moradores mais antigos o tempo em que o prédio na esquina da rua General Osório com a Santa Ifigênia cintilava por fora, com seu revestimento em pó de mica, e tinha o hall de entrada forrado de mármore cor-de-rosa.
Hoje, a fachada remete a um cenário de guerra e rendeu ao condomínio Júlia Cristianini, de 1946, o apelido de "Sarajevo", em referência à cidade destruída por conflitos na antiga Iugoslávia.
Não é só por fora que um dos símbolos da degradação da cracolândia lembra guerra. Moradores não se entendem, agressões físicas são comuns, além de brigas em torno do dinheiro arrecadado pelo condomínio.
O edifício tem mais de mil habitantes em 243 apartamentos. Roubos e furtos são frequentes, muitos têm grades na porta.
Ivonderli Cardoso, 48, colocou a proteção após notar tentativa de arrombamento. "Gosto de morar aqui, mas não temos segurança." Ela diz ter medo dos fios elétricos e do único elevador que (mal) funciona.
Moradores dizem que a administração não presta contas e que o dinheiro não é usado em reformas.
A fachada foi interditada e a prefeitura exigiu que o prédio garantisse a segurança de pedestres dos pedaços de reboco que despencam.
Quem vive ali há tempos relata uma situação bem diferente até os anos 1980.
"Era muito bom antigamente. Tinha salas de advogados, contadores", diz Judith Vidal, 84, funcionária pública aposentada, no prédio há mais de 50 anos. "Agora já me perguntaram se o prédio foi invadido."
Suely Belkis Toledo, 68, tinha dez anos quando se mudou para o edifício. A investigadora de polícia aposentada diz que os natais ali eram famosos. "Todos colocavam luzes na fachada. O Papai Noel vinha no carro do Corpo de Bombeiros daqui do lado. Foi um bom prédio de elite".
A Prefeitura assinala o prédio como um dos que devem ser desapropriados devido ao projeto "Nova Luz", que pretende mudar a região (mas nada acontece). Diz ainda que os moradores serão realocados em edifícios de interesse social a serem construídos na área do projeto (que, advinhem, também não acontece). A única certeza (mesmo) é que uma nova tragédia na cidade é questão de tempo...
Nota do blog: Que vai acontecer uma tragédia nesse local, não há dúvida. A cidade de São Paulo sempre inova em matéria de absurdo, aqui você nunca pode dizer que já viu de tudo, basta um passeio, uma volta no quarteirão, um olhar para cima, uma conversa de rua...

domingo, 6 de novembro de 2022

Torcedores Chegando no Estádio Municipal do Pacaembu, Anos 40, São Paulo, Brasil


 

Torcedores Chegando no Estádio Municipal do Pacaembu, Anos 40, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Propaganda "Câmera Polaroid, a Foto que Aparece na Hora, Bata e Veja em Apenas 60 Segundos", 1974, Câmera Polaroid Colorpack 80, Polaroid, Brasil


 

Propaganda "Câmera Polaroid, a Foto que Aparece na Hora, Bata e Veja em Apenas 60 Segundos", 1974, Câmera Polaroid Colorpack 80, Polaroid, Brasil
Propaganda

Propaganda "A Hering Realiza o Sonho de Todas as Torcidas", 1982, Coleção Superclubes, Hering, Brasil


 

Propaganda "A Hering Realiza o Sonho de Todas as Torcidas", 1982, Coleção Superclubes, Hering, Brasil
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Nota do blog: Falcão, à época, era atleta do Roma da Italia. Contratá-lo era o sonho de consumo dos torcedores brasileiros. A Hering aproveitou isso e lançou uma campanha publicitária com o jogador vestindo a camisa dos principais clubes nacionais. Destaque para o jogador usando a camisa do Grêmio, principal rival do Internacional, clube onde Falcão fez fama no Brasil (ainda teria uma breve passagem pelo São Paulo em fim de carreira). 

Farmácia Stellfeld, Circa Década 1910, Praça Tiradentes, Curitiba, Paraná, Brasil


 

Farmácia Stellfeld, Circa Década 1910, Praça Tiradentes, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
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Monumento "A Epopeia de 1932", 2022, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil









 

Monumento "A Epopeia de 1932", 2022, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
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