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sábado, 7 de outubro de 2023
Escultura "Idílio" / "O Beijo Eterno", 1967, Largo de São Francisco, São Paulo, Brasil
Escultura "Idílio" / "O Beijo Eterno", 1967, Largo de São Francisco, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Nota do blog: Mulheres observando a escultura já no Largo de São Francisco em 1967. Talvez essa seja a escultura que mais trocou de lugar na cidade de São Paulo, acusada de ser "contra a moral e os bons costumes".
Escultura "Idílio" / "O Beijo Eterno", Década de 60, Depósito da Prefeitura Municipal, São Paulo, Brasil
Escultura "Idílio" / "O Beijo Eterno", Década de 60, Depósito da Prefeitura Municipal, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Nota do blog: Na época das fotos a escultura estava no depósito da Prefeitura de São Paulo acusada de ser ofensiva a "moral e os bons costumes".
Escultura "Idílio" / "O Beijo Eterno", São Paulo, Brasil
Escultura "Idílio" / "O Beijo Eterno", São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Durante décadas a Prefeitura de São Paulo viu frustrada sua tentativa de esconder estátuas polêmicas na Avenida 9 de Julho. Usando o isolamento como forma de ocultar as obras dos olhares críticos, a administração usava a seguinte técnica: colocava as peças em pontos mais distantes do público e vedados aos pedestres, como no canteiro central ou na entrada do túnel. Quatro obras, em diferentes décadas, foram colocadas na avenida: Laocoonte e seus filhos; Beijo Eterno ou Idílio; O Menino e O Catavento e São Paulo Apóstolo. Nenhuma permaceu. A impossibilidade da Prefeitura colocar um monumento ali que não fosse criticado rendeu ao local o apelido, de "lugar maldito".
Duas esculturas que retratam figuras humanas nuas causaram um rebuliço. A colocação das obras Beijo Eterno (1922), e O Menino e O Catavento (1914) na avenida fez chover reclamações da patrulha defensora da moral e dos bons costumes. Mesmo distante das calçadas, as esculturas ainda perturbavam aqueles que “não admitem nudez, seminudez mesmo numa obra de arte”, como contou o jornal "Estado de S. Paulo" de 30/11/1966. Após os protestos, Idílio e O Menino e O Catavento acabaram sendo removidas por estudantes da Faculdade de Direito, que decidiram levá-las para o Largo São Francisco onde estão até hoje. Antes delas, a obra Laocoonte e seus filhos (1938) - uma réplica de uma estátua grega criada pelo Liceu de Artes e Ofícios - também foi retirada dali. Hoje ela está no Parque do Ibirapuera.
Originalmente parte do Monumento a Olavo Bilac, a obra "Idílio ou Beijo Eterno" foi criada pelo escultor sueco William Zadig, à pedido dos alunos do Centro Acadêmico Onze de Agosto da Faculdade de Direito Largo São Francisco.
Cercada por polêmica, a estátua só encontrou morada certa em 1966, quando foi levada o Largo São Francisco. Antes disso, ela perambulou pela cidade, como mostra o projeto Memória da Amnésia de Giselle Beiguelman, artista e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). A peça seguiu um roteiro de reclamações, protestos e abaixo-assinados para sua remoção. Sobre as críticas à obra, Beiguelman disse que ela chocou "não tanto pela nudez", mas por ter outro ingrediente considerado "ultrajante" pelos reclamantes. A escultura mostra "um branco beijando uma índia", algo "muito forte para um determinado contexto conservador", explicou. A perambulação do Beijo Eterno começou quando ela foi removida do monumento ao qual pertencia e levada para o depósito da Prefeitura em 1936. Lá ficou até ser levada para o bairro de Pinheiros, onde foi colocada em frente ao Colégio Fernão Dias Paes. Os pais dos alunos consideraram a estátua imoral e pediram sua retirada. De lá foi para o depósito da Prefeitura, onde ficou até 1965, quando foi levada para o Largo do Cambuci. Um abaixo-assinado dos moradores do bairro fez com que ela retornasse ao depósito. Até que o prefeito Faria Lima decidiu colocá-la próxima à entrada do Túnel Nove de Julho. Dias depois, o vereador Antônio Sampaio pedia a palavra na Câmara para protestar sobre a obra, chamou-a de obscena e disse que era um atentado aos bons costumes. Foi então que, em 18 de outubro de 1966, os estudantes do Centro Acadêmico XI de Agosto decidiram resgatá-la e levá-la para o "Território Livre" da Faculdade de Direito. A ação dos jovens não terminou por aí. Em carta eles ameaçaram reagir caso a obra fosse removida: “se a estátua Idílio for retirada do Largo São Francisco, vestiremos todas as outras estátuas nuas da cidade e colocaremos aliança nas que representam pessoas abraçadas”.
Imóvel Antigo, Rua Álvares Cabral N.s 752/764, Centro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Praça Santo Antônio, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia - Cartão Postal
Vista do Centro, Curitiba, Paraná, Brasil
Vista do Centro, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia
Na imagem, à esquerda, vemos a Catedral Metropolitana de Curitiba, também chamada de Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. Ao centro, vemos a Praça da Matriz ou Praça Tiradentes. A rua em destaque no primeiro plano é a Rua do Rosário. Dos imóveis mostrados na imagem, ainda existe, praticamente intacto, o que fica entre o início da Rua Cruz Machado e a Rua Saldanha Marinho. Dá para ver a viela que existia entre a Rua José Bonifácio e a Alameda Doutor Muricy. Os prédios na parte baixa da foto foram derrubados para a abertura da Travessa Nestor de Castro.
Rua XV de Novembro em 1919, Curitiba, Paraná, Brasil
Rua XV de Novembro em 1919, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia - Cartão Postal
Nota do blog 1: Encontrei esse postal na internet e achei muito interessante. No mesmo constava a informação "Curitiba Rua XV de Novembro em 1919". Seria apenas mais um antigo postal se não tivesse a maravilhosa cena de um artista (não sei dizer se de rua, de circo ou outra coisa) sendo seguido por meninos pobres, que demonstravam grande alegria. Pessoalmente acho que ele estava fantasiado de "Carlitos", não sei dizer se era um artista solo fazendo apresentações no centro ou se era de algum circo e estava fazendo propaganda. De qualquer forma, é uma cena belissíma!
Nota do blog 2: A imagem mostra a Rua XV de Novembro, entre as Ruas Monsenhor Celso e Barão do Rio Branco. A construção no canto superior esquerdo foi sede do Clube Curitibano, demolida em 1942 para a construção do prédio que lá se encontra até os dias de hoje, ocupado pela Cohab/PR.










