quinta-feira, 19 de outubro de 2023

A Polêmica Restauração do Teatro Paiol, Curitiba Paraná, Brasil - Artigo










A Polêmica Restauração do Teatro Paiol, Curitiba Paraná, Brasil - Artigo
Curitiba - PR
Fotografia





A produtora cultural Inés Gutirréz, 51, levou um susto em dezembro do ano passado quando entrou nas redes sociais e viu imagens da reforma do Teatro Paiol.
Um dos maiores símbolos de Curitiba, o imóvel de estilo eclético perdeu a tradicional fachada rústica e ganhou uma coloração amarelada que foi alvo de piadas na internet e de críticas no setor cultural.
"Quando eu vi as imagens, quase caí para trás. Não acreditei que alguém pudesse permitir essa mudança. É uma violência contra a história e contra o patrimônio público", diz Gutirréz, que já realizou festivais no teatro e o frequenta desde criança. "Ninguém pensa em pintar o Coliseu. Por que então fazer isso com o Paiol?"
Pergunta parecida se faz Abrão Assad, arquiteto que foi responsável pelo projeto de reciclagem do teatro, em 1971. Até então, a estrutura estava abandonada depois de ter sido usada como depósito de pólvora, no começo do século 20.
A inauguração do espaço foi um dos marcos da renovação cultural de Curitiba e contou com a presença do poeta Vinicius de Moraes e do músico Toquinho.
"Um dos princípios da reciclagem do Paiol foi preservar as características que o prédio tinha, como a textura que o tempo criou. A natureza deu a ele um aspecto que nem o homem conseguiu dar. Foi isso o que a reforma desvirtuou."
Assad diz que deveria ter sido consultado pela Prefeitura sobre a reforma, uma vez que é dele o projeto de reciclagem do imóvel. O arquiteto diz, porém, que ficou sabendo das mudanças só quando foi convidado para participar de uma live sobre o assunto. "Decidi então visitar a obra e constatei um desastre. Uma reforma grotesca."
Não é dessa forma que pensa Silvia Bueno Zilotti, uma das três responsáveis pelo projeto. Arquiteta da Fundação Cultural de Curitiba, órgão vinculado à prefeitura, ela diz que as mudanças foram necessárias para assegurar a integridade do imóvel e a segurança dos frequentadores.
Segundo Zilotti, eram frequentes as reclamações sobre queda de alvenaria em cima do público. Ela diz ainda que havia trincas e fissuras na fachada, o que fragilizava os tijolos e aumentava os riscos de a estrutura colapsar.
Por essa razão, afirma a profissional, foi preciso fazer um novo revestimento na área externa. Depois de refeito e pintado com cal, o revestimento ganhou um tom amarelado, que seria a cor original do prédio quando ele foi construído, em 1906. Essa alteração, porém, deu origem ao imbróglio em torno da reforma.
"O Paiol ficou tanto tempo sem manutenção e sem pintura que, quando isso foi feito, houve um espanto. A verdade é dura, mas é essa", diz a especialista em conservação. "Eu jamais faria qualquer coisa para ofender o imóvel. A nossa expectativa é dar a ele mais segurança e acabar com o risco de colapso da alvenaria."
A Fundação Cultural de Curitiba diz que a reforma era urgente em razão dos problemas estruturais do teatro. Segundo o órgão, o projeto foi aprovado pela Comissão do Patrimônio Histórico e Cultural e pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná.
"As obras no Teatro do Paiol foram feitas para aumentar a durabilidade e melhorar as condições de uso do imóvel que estava com processo de degradação das paredes, graves infiltrações, com risco inclusive de colapso de toda a estrutura."
Apesar disso, críticos afirmam que as mudanças descaracterizaram o teatro. A essa respeito, Silvia Zilotti diz que estruturas envelhecidas podem ser bonitas aos olhos dos leigos, mas são um problema do ponto de vista estrutural.
"O profissional sabe que trincas e fissuras não podem ser comparadas a uma cicatriz, e sim a um corte aberto que vai deteriorando a estrutura", diz ela.
Coordenador do curso de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal do Paraná, Rodrigo Jabur diz que era possível restaurar a estrutura sem mudar as suas feições. Segundo ele, isso poderia ter sido feito por meio da análise de argamassas que não mudassem de forma radical a fachada do imóvel.
"Poderia ser uma reforma mais demorada, mas ela respeitaria a imagem do Paiol", diz ele. A obra demorou seis meses para ficar pronta e custou R$ 646 mil aos cofres públicos.
Jabur diz que pintar a fachada com as cores originais não se justifica, porque é a aparência rústica do teatro que se consolidou no imaginário coletivo.
"Faltou sensibilidade. É importante levar em consideração o aspecto técnico, mas também existem outros pontos a serem considerados, como o caráter simbólico e afetivo que o imóvel causa nas pessoas", diz ele, salientando que o Paiol é fundamental para a cena cultural da capital paranaense. Tanto que a Fundação Cultural de Curitiba carrega em sua logomarca a silhueta do teatro.
"Ele simboliza a tentativa de promover uma renovação cultural na cidade. Esse projeto do Abrão Assad foi pioneiro na área de patrimônio, porque ele manteve as características do prédio, como as marcas do tempo."
Assad diz que a prefeitura sinalizou que poderia realizar uma nova reforma, desta vez com o objetivo de devolver as antigas feições ao Paiol. A Fundação Cultural de fato diz que monitora os efeitos do tempo na pintura da fachada e, caso necessário, irá acelerar o processo para o imóvel voltar a ter a antiga aparência.
"Quero ir até onde for possível para que a textura e a coloração que o tempo deu ao teatro possam voltar", diz Assad.
Nota do blog: Penso que uma vez reformado, dificilmente ficaria igual era antes, sempre ocorrem alterações e adaptações. E sobre a polêmica da cor, não tem como ser exatamente igual ao aspecto anterior, as tintas utilizadas atualmente possuem outra formulação, os demais produtos e os utensílios de pintura também são diferentes, entre outras coisas. Além do que, sejamos honestos, muito daquele aspecto envelhecido anterior decorria da ação do tempo. De qualquer forma, penso que é melhor assim do que caindo aos pedaços. Em minha opinião, acho que o arquiteto da reciclagem do teatro em 1971 está mais indignado por não ter sido consultado ou paparicado, do que com o resultado da restauração. Pelas suas declarações e carta divulgada, parece coisa de ego...

Teatro Paiol, Curitiba, Paraná, Brasil





Teatro Paiol, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia

Nota do blog: Imagem de 2002.

Paiol / Teatro Paiol, Curitiba, Paraná, Brasil

 


Paiol / Teatro Paiol, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia


O velho paiol, construído em 1905, utilizado pelo exército como arsenal de pólvora e munições, visto em foto de 1930. Posteriormente, em 1971, a construção circular foi reformada e transformada pela Prefeitura no Teatro Paiol.

Escola Estadual Rodrigues Alves, 1921, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil


 

Escola Estadual Rodrigues Alves, 1921, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia 

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Imagens da Palestina Antes da Criação do Estado de Israel - Artigo




Rua em Jerusalém entre 1911 e 1917.


Família de camponeses da região de Ramallah, entre 1900 e 1910.


Laranjas amontoadas junto ao Portão de Damasco, em Jerusalém, no ano de 1944.


Líderes palestinianos reunidos para discutir a revolta contra a ocupação britânica, em 1929.


Mulheres reúnem na sede da União de Mulheres Árabes, em Ramallah, entre 1934 e 1939.


Manifestação de palestinianos em Jaffa, em 1933, é reprimida pelo Exército britânico.


Parada militar do Exército britânico, em Jaffa, no ano de 1941.


Em 11 de maio de 1948, casal palestino encontra seu caminho bloqueado por uma barricada da Haganah, a Força de Autodefesa Judaica; eles foram revistados e depois autorizados a prosseguir enquanto deixavam Haifa durante a tomada judaica da cidade.


Em 15 de setembro de 1948, refugiados palestinos retornam a sua vila após rendição durante a Guerra Árabe-Israelense contra a proclamação do Estado de Israel.


Em 8 de junho de 1948, oficial israelense ergue bandeira de Israel pela primeira vez durante a celebração do nascimento do Estado após a sua proclamação.





Imagens da Palestina Antes da Criação do Estado de Israel - Artigo
Artigo



"Uma terra sem povo para um povo sem uma terra." O slogan foi repetido à exaustão, ao longo do século 20, pelo movimento sionista e pelos apoiadores do sionismo para mobilizar a imigração judaica à Palestina. As fotografias do arquivo do Library of Congress Eric and Edith Matson, tiradas entre 1898 e 1946 e fornecidas ao Público pelo Palestine Photo Project, contam, no entanto, uma história diferente.
A Palestina era, nos séculos 19 e 20, antes do nascimento do Estado de Israel, em 1948, um território habitado por centenas de milhares de pessoas e vivia, segundo a Enciclopédia Britannica, "um renascimento árabe".
A localização da Palestina a tornava um local estratégico do ponto de vista comercial. A partir dos portos de Gaza e Jafa, importações e exportações decorriam com países dos continentes africano, europeu e asiático. Havia também ligações ferroviárias com outras zonas do Império Otomano. As imagens que compõem a galeria mostram o cotidiano da Palestina dessa época e levantam o véu sobre a história que está por detrás do nascimento do Estado de Israel.
Entre 1516 e 1917, o território da Palestina integrou o Império Otomano, que, durante a Primeira Guerra Mundial, entre 1914 e 1918, se alinhou às potências centrais, o eixo que saiu derrotado do conflito.
Na sequência da vitória, dois dos países dos Aliados, França e Reino Unido, com a concordância da Rússia, assinaram um acordo secreto, em 1916, intitulado Sykes-Picot, que determinava que parte do território do Império Otomano, que seria desmembrado no pós-guerra, ficaria sob a administração francesa e britânica.
Nesse acordo, foi determinado que a Palestina, devido à presença de locais sagrados para cristãos, muçulmanos e judeus, deveria ser governada por um regime internacional. As administrações dos territórios "conquistados" pelos Aliados souberam das resoluções do acordo na ocasião de sua publicação, sem que tivessem tido a oportunidade de se pronunciar favorável ou desfavoravelmente.
Em 1917, o Reino Unido decidiu violar o acordo Sykes-Picot e, unilateralmente, por meio da Declaração de Balfour, determinar que o território da Palestina deveria ficar sob o seu comando e tornar-se "o Lar Nacional para o Povo Judeu", prometendo empregar "os seus melhores esforços no sentido de facilitar a realização deste fim".
Mais uma vez, a população não foi consultada ou chegou a qualquer acordo com o Reino Unido. A Declaração de Balfour estipulava, especificamente, "que nada seria feito que pudesse prejudicar os direitos civis ou religiosos das comunidades não judaicas preexistentes na Palestina", embora não se referisse a essas comunidades pelo nome ou aludisse aos direitos políticos ou nacionais das mesmas.
Assim, o Reino Unido tomou as rédeas do poder na Palestina, no pós-guerra, assumindo o papel de facilitador da imigração da comunidade judaica para a região, como havia prometido. Antes da chegada dos britânicos, a esmagadora maioria da população era árabe, mas já existia uma comunidade de judeus na Palestina, ainda que expressivamente minoritária, correspondendo, dependendo das fontes, entre 5% e 8% da população.
Algumas estimativas apontam para cerca de 50 mil judeus vivendo na Palestina em 1918, cerca de 10% de uma população composta por 500 mil árabes, de acordo com o site das Nações Unidas. Mas a partir da vigência do controle britânico, a imigração judaica se intensificou. Em paralelo, em 1920, a Liga das Nações tornou oficial o governo britânico da Palestina e, no mesmo ano, os britânicos tornaram o hebraico numa das línguas oficiais da região.
Na década de 1930, o número de judeus a chegar à Palestina aumentou significativamente –fenômeno intensificado pela perseguição e extermínio sistemático dos judeus na Europa central, nomeadamente com a chegada de Hitler ao poder da Alemanha, em 1933.
Apenas no ano de 1935 chegaram à Palestina cerca de 62 mil judeus. Nos dois anos anteriores, tinham chegado um total de 72 mil. Em 1937, de acordo com as Nações Unidas, a população judaica era de 400 mil e dez anos depois atingiu os 625 mil. Segundo a Britannica, havia, em 1946, na Palestina, 1,2 milhão de árabes e 678 mil judeus. Eram apenas 50 mil os judeus morando na Palestina em 1918 – o que corresponde a um crescimento de 1350% da população judaica num período de cerca de 25 anos. À medida que chegavam, os imigrantes judeus foram construindo novos centros urbanos na Palestina.
A resistência à chegada de mais imigrantes judeus intensificou-se, nesse período, entre a população árabe da Palestina, e em 1933 tornaram-se frequentes as manifestações em oposição à imigração e que pediam o fim do mandato britânico. As autoridades reprimiam essas manifestações violentamente.
Num dos protestos, no ano de 1935, em Jaffa, o então presidente do município de Jerusalém Musa Qassem al-Husseini, então com 83 anos, foi espancado pelas autoridades britânicas e morreu em decorrência dos ferimentos, o que gerou ainda maior revolta entre a população árabe.
Essa indignação viria a dar origem à Revolta Árabe, em 1936, uma série de manifestações e greves que desembocaram em fortes ofensivas árabes e repressão britânica. Entre 1936 e 1939, a Palestina esteve em guerra civil. A Britannica refere que, na sequência desta revolta, "pela primeira vez, um órgão oficial britânico falou abertamente sobre a formação de um estado judaico".
Os britânicos estabeleceram, desde o início do seu mandato, limitações para a imigração de população judaica à Palestina, temendo que a situação se tornasse incontrolável devido à forte resistência árabe. Mesmo após a tomada de poder de Adolf Hitler, na Alemanha, a administração britânica manteve essa política, conduzindo à revolta das comunidades judaicas e dos seus braços paramilitares Haganah e Irgun contra o governo.
"O Haganah resistiu a atacar os britânicos enquanto combatia contra a Alemanha nazi. Mas os seus guerrilheiros uniram-se ao Irgun e levaram a cabo vários ataques contra os britânicos", diz trecho de texto no site do National Army Museum do Reino Unido. Em 22 de julho de 1946, o Irgun fez explodir parte do hotel King David, em Jerusalém, uma das sedes da administração britânica na Palestina, matando mais de 90 pessoas e ferindo mais de 40.
Em meados de 1940, tanto árabes como judeus se opunham, por diferentes razões, ao mandato britânico na Palestina. "Sionistas pressionavam para aumentar a imigração e levavam a cabo ataques ao governo e os estados árabes mobilizaram-se em resposta", contextualiza a Britannica.
"A Segunda Guerra Mundial tinha tornado o Reino Unido vitorioso, mas exausto. A resolução britânica de permanecer no Médio Oriente entrava em colapso." Em 1947, o presidente norte-americano Harry S. Truman declarou, contra o interesse britânico, o seu apoio à ideia da criação de Israel; no ano seguinte, a "solução de dois estados" seria levada a votação na recém-criada Organização das Nações Unidas.
Em 1948, o Reino Unido abandonava a Palestina. No mesmo ano, as Nações Unidas partiam o território em dois e nascia Israel. Os palestinianos opuseram-se ao acordo que foi, novamente, unilateral.
A resistência árabe ao novo Estado israelense, em 1948, deu origem a um conflito armado e ao "deslocamento e expropriação em massa" dos palestinianos –entre 600 e 700 mil pessoas foram forçadas, sob ameaça de violência israelita, a abandonar as suas aldeias e as suas casas e a encontrar refúgio na Cisjordânia, na Faixa de Gaza ou em países vizinhos.
O site My Jewish Learning refere que nos três anos e meio que se seguiram à fundação de Israel, 688 mil pessoas imigraram para a região, uma média de 230 mil por ano, "o que se traduziu numa duplicação da população".
A Jewish Virtual Library escreve que, em setembro de 2023, a população de Israel é de 9,8 milhões de pessoas (sendo que nem toda é judaica), dez vezes mais do que a que existia em 1948, quando o Estado foi fundado.
Em 2022, o jornal israelense Haaretz dava conta que existem, no mundo, 15,2 milhões de judeus e que 6,9 milhões vivem em Israel. Presentemente, Israel ocupa, à revelia da lei internacional, que lhe destinou 55% do território em 1947, mais de 20 mil quilômetros quadrados de terra (76% do território); aos palestinos cabe residir numa área de 6 mil quilômetros quadrados (24%), em Gaza e na Cisjordânia.
Mais de 70 anos depois, Israel continua a não permitir que os refugiados regressem às suas terras, às suas casas, violando o que a ONU considera ser um direito humano fundamental. Em consequência, mais de cinco milhões de palestinos vivem, atualmente, dispersos por vários países do Médio Oriente e do mundo.
Em Israel nos dias de hoje, "os palestinos continuam a ser expropriados e deslocados pelos colonatos israelitas, por despejos, confisco de terras e demolições", escreve a ONU. A Palestina é, hoje, um "Estado observador" não reconhecido pela maioria dos países do Ocidente.
Nota do blog: Resumindo, o ódio e a guerra entre palestinos e israelenses nunca vai acabar...


Rádio CMN, Rua Ramos de Azevedo, Jardim Paulista, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil

 



Rádio CMN, Rua Ramos de Azevedo, Jardim Paulista, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia




A emissora de rádio CMN 750, uma das últimas emissoras da frequência AM da cidade, foi vendida para o Mega Sistema de Comunicação. A emissora conhecida pelo slogan “a Rádio da Família”, também já foi conhecida como Rádio Renascença e está no ar desde 1966.
O valor da transação, que incluiu a concessão da frequência da emissora e todos os equipamentos não foi revelado. O prédio da emissora localizado na rua Ramos de Azevedo nº 622, no Jardim Paulista, não fez parte da negociação.
De acordo com o diretor comercial do Mega Sistema de Comunicação, Maurilio Romano Machado, a emissora funcionará na frequência 99,3 MHz. Segundo ele, a nova emissora deverá entrar no ar o mais rápido possível. Inicialmente, deverá retransmitir a programação de uma das emissoras do Mega Sistema até a migração total para a frequência FM.
O novo nome ainda não foi escolhido, os novos proprietários estão analisando se ela irá priorizar música ou se será direcionada para notícias. Atualmente o Mega Sistema de Comunicação possui três emissoras FM na cidade: Conquista FM, Mega FM e a Diário FM.
Ondas Médias migram para FM:
Dados do Ministério das Comunicações (MCom) revelam que em todo país, 1.133 emissoras AM que operavam em Ondas Médias (OM) já migraram para a faixa de FM. O processo de mudança teve início em 2013, com a publicação do decreto presidencial nº 8.139 e atende a uma demanda antiga do setor, que sofre com a perda de sua audiência, pelo fato desse serviço ser mais suscetível a ruídos e interferências.
O prazo final para migração das rádios locais AM para a FM vai até o dia 31 de dezembro deste ano. Já as de alcance regional e nacional podem continuar operando normalmente. Caso queiram mudar de frequência, poderão efetuar essa mudança posteriormente.
Atualmente o Ministério das Comunicações tem 324 pedidos de migração em análise e 67 já em fase de aprovação. Até o final do ano, a estimativa é migrar as 42 rádios AM locais ainda existentes para FM, além de seguir as análises de migração das rádios AM regionais e nacionais em andamento.
Nota do blog: Mais um nome que vai virar lembrança na cidade...

Encouraçado Minas Gerais, 1910, Marinha Brasileira, Brasil


 

Encouraçado Minas Gerais, 1910, Marinha Brasileira, Brasil
Fotografia 

Encouraçado Minas Gerais, 1936, Marinha Brasileira, Brasil


 

Encouraçado Minas Gerais, 1936, Marinha Brasileira, Brasil
Fotografia 

Canhões do Encouraçado Minas Gerais, Marinha Brasileira, Brasil


 

Canhões do Encouraçado Minas Gerais, Marinha Brasileira, Brasil
N. 97
Fotografia - Cartão Postal

Colégio Brasil, Rua Américo Brasiliense, Centro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


 

Colégio Brasil, Rua Américo Brasiliense, Centro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

Imagem das instalações do Colégio Brasil, um dos mais tradicionais estabelecimentos de ensino particular de Ribeirão Preto.
Tirei a foto acima em razão de uma lembrança que resolvi resgatar, que trata da diferença de qualidade que existia em um passado não muito distante, entre o ensino público e o ensino particular (ou que pensávamos existir). 
Qualquer pessoa de menos de 25/30 anos, provavelmente vai achar estranho, duvidar do que estou escrevendo, mas quando cursei o primeiro e segundo grau (anos 80 e início dos 90), achávamos que quem estudava em escola particular, era porque não conseguia passar de ano na escola pública. Sério, eu e grande parte de meus amigos, achávamos isso, não havia dúvidas a respeito. Tinhámos até um apelido para nossos amigos que estudavam em escola particular, "PPP", que, maldosamente, significava "papai pagou, passou".
Para nós, o ensino público era muito mais forte que o particular, havia uma verdadeira disputa entre os alunos para conseguir uma vaga e se manter nas escolas públicas mais tradicionais da cidade, especialmente no período da manhã (onde os alunos, em sua maioria, por não trabalharem e terem mais tempo, tiravam as melhores notas).
Além disso, não havia a tal "progressão continuada", se não tirasse boas notas, ou faltasse além do permitido, repetia de ano mesmo, não tinha conversa ou choro. 
Embora isso nunca aconteceu comigo, durantes os anos que cursei o ensino público, tive vários amigos que não conseguiram nota suficiente e "bombaram" (a gíria da época para repetentes). 
E naquela época, ser "repetente" não era algo bonito, os amigos tiravam sarro, os parentes te usavam como mal exemplo para os filhos, os pais ficavam bravos, entre outras coisas ruins.
Costumo dizer que alguém que tivesse entrado em coma naquele período e acordado hoje, ao ver a atual situação do ensino público, não ia entender nada, ia achar o absurdo dos absurdos. Provavelmente até quisesse voltar para o coma, pensando que se as escolas estão assim, imagine o resto...rs.
Infelizmente, o ensino público piorou de forma assustadora, foi sucateado, ficando muito distante das escolas particulares. Ainda que alguns alunos de escolas públicas apresentem bons resultados (alguns por serem extremamente inteligentes, outros por usarem de cotas), a diferença atual é abissal a favor do ensino particular em relação ao público, há casos que falta até água de beber para os alunos...
Feita essa pequena explanação, vamos agora a história que gostaria de relembrar, que tem a ver com o Colégio Brasil, objeto da foto do post.
Eu tenho um amigo que estudou comigo na escola João Rodrigues Guião (avenida Treze de Maio). Na época esse amigo tinha ido mal nos dois bimestres iniciais, tirando um monte de notas "D" e "E" (notas ruins) em matemática, português e outras disciplinas. Em uma situação dessas, ele já estava praticamente reprovado, era muito difícil recuperar, precisaria ter um desempenho irretocável nos bimestres seguintes, o que, para ser sincero, nem ele acreditava.
Diante dessa situação, e não querendo ganhar a alcunha de "repetente", esse amigo conversou com seus pais e pediu transferência para o Colégio Brasil, baseado nesse entendimento de "moleza" que tinhámos do ensino particular à época, o tal "PPP" que fiz referência acima.
Quando eu e a molecada ficamos sabendo, conversamos, segundo sua visão já eram "favas contadas", ele terminaria os dois bimestres faltantes no Colégio Brasil, iria recuperar as notas "facinho", passaria de ano devido o ensino "mais fraco" ("PPP", lembram?), e no ano seguinte voltava para a escola pública com a gente. E toda a molecada que ele contava, achava que ia dar certo, que ele era um "gênio do crime" (lembrei do termo por ser um bom livro para adolescentes que li na época).
Bom, infelizmente a coisa não aconteceu assim. Ele também tirou notas ruins nos dois bimestres faltantes no Colégio Brasil, similares as notas que havia tirado no João Rodrigues Guião, culminando com sua reprovação. E ainda fez os pais gastarem dinheiro com as mensalidades. 
A parte boa, ao menos para ele, é que acabou gostando do Colégio Brasil e terminou seus estudos de primeiro e segundo grau por lá mesmo, nunca mais voltando a escola pública (embora eu não tive essa experiência na escola particular, não devia ser ruim como nós pensávamos, afinal ele acabou ficando por lá...rs).
Quando nos encontramos, sempre lembramos e rimos desse fato, o "plano perfeito" que não funcionou.
Finalizando a memória, ao menos no meu caso, nunca mais falei "PPP" para ensino particular; o negócio era estudar senão repetia mesmo...rs.