quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Decorauto Centauro 1982, Brasil

 
















Decorauto Centauro 1982, Brasil
Fotografia


Produzido entre 1973 e 1979, o Maverick foi o modelo escolhido pela Ford para enfrentar o onipresente Chevrolet Opala. O desempenho proporcionado pelo motor V8 de 5 litros e 197 cv cativou entusiastas como o engenheiro Carlos Alberto Correia, que decidiu desenvolver uma versão própria do Maverick: o Decorauto Centauro.
Especializada na personalização de automóveis, a Decorauto foi fundada em Recife (PE) em 1963 e em pouco tempo dedicou-se à restauração de modelos fora de série como o Puma.
“Com a experiência adquirida, decidimos criar um modelo próprio com motor V8, acima dos concorrentes com motores de quatro e seis cilindros”, conta Carlos Alberto.
Assim surgiu o Decorauto Centauro, cujo desenvolvimento teve início em 1975, pouco antes da proibição da importação de automóveis e bens considerados de luxo. Controversa ou não, o fato é que essa medida fomentou a indústria brasileira de automóveis fora de série, disposta a satisfazer os anseios de um público sofisticado e carente de opções.
Todo Centauro era construído a partir de um Maverick usado, encontrado no mercado, com carroceria cupê e motor V8. Uma unidade em bom estado era selecionada e em seguida desmontada. A estrutura monobloco e as portas de aço estampado recebiam painéis moldados em plástico reforçado com fibra de vidro. A parte dianteira também era inteiramente produzida com o material sintético.
Apesar de manter as proporções do Maverick, o estilo era similar ao de modelos norte-americanos de meados da década de 1970 como Buick Skyhawk e Oldsmobile Starfire. Outras soluções de estilo lembram as adotadas por designers como os irmãos Ralph e Bob Eckler e Peter Arcadipane (criador do Pursuit Special do filme Mad Max).
Seguindo a tendência da época, os faróis retangulares vinham do Fiat 147. Exclusivas, as lanternas traseiras eram produzidas pela própria Decorauto e entre elas o painel que escondia o bocal do combustível. Este painel e a tampa do porta-malas contavam com abertura elétrica por botões pouco abaixo do painel.
Não demorou para que o Centauro despertasse a atenção de entusiastas pelo Brasil afora. Um deles foi o empresário Sigesfredo Camargo Neto, que rapidamente estabeleceu uma parceria comercial com a Decorauto. “Os Mavericks sofriam muito com a corrosão em Recife: era mais fácil encontrá-los em São Paulo”, conta Carlos Alberto.
Assim surgiu a Multifibra Indústria e Comércio de Fibras e Metais, empresa responsável pela produção do Centauro paulista. Uma das primeiras unidades chamou a atenção do jornalista Paulo Celso Facin, que o submeteu a uma breve avaliação para a revista Motor 3 ao lado do saudoso colega José Luiz Vieira.
Em vias públicas o ponto mais crítico foi a visibilidade traseira, em razão da área envidraçada ser ainda menor que a original do Maverick. Andando forte em Interlagos, Paulo Celso descreveu o Centauro como mais arisco que o Maverick em curvas de baixa. E anotou dois problemas: oscilações laterais acima dos 140 km/h causadas pelas rodas muito largas e superaquecimento provocado pela dianteira com aberturas de refrigeração subdimensionadas, abaixo do para-choque.
“O desenho original proporcionava refrigeração adequada, mesmo no quente verão de Recife”, relata Carlos Alberto. “Mas, em 1982, adicionei uma grade dianteira e pouco tempo depois rebaixei a linha de cintura para que as janelas laterais traseiras ficassem maiores.”
Produzido em 1982, o exemplar das fotos foi feito sobre um Ford Maverick 1976 e integra o acervo da Garage Brazil, coleção especializada em modelos fora de série nacionais. “Trata-se do único Centauro conhecido em perfeito estado”, relata Paul William Gregson, colecionador de Maverick e autor de três livros sobre o lendário Ford.
Não se sabe quantos Centauro foram feitos: estima-se que menos de 50 unidades tenham sido produzidas até 1986. “Mesmo com a parceria de Sigesfredo, estava cada vez mais difícil encontrar um Maverick V8 em bom estado e por esse motivo decidi desenvolver um novo modelo, o Lince, baseado na plataforma do Chevrolet Opala”, conta Carlos.
Com a abertura das importações, a Decorauto migrou para a produção de lanchas, uma vez que o mercado náutico foi pouco afetado por elas. Mas Carlos Alberto ainda tem esperança de retornar ao mercado de automóveis fora de série: aos 78 anos, o engenheiro continua desenhando novos modelos, desta vez baseados em automóveis estrangeiros.
Ficha Técnica – Decorauto Centauro 1982:
Motor: longitudinal, 8 cilindros em V, 4.950 cm3, alimentado por carburador de corpo duplo;
Potência: 197 cv (SAE) a 4.600 rpm;
Torque: 39,5 kgfm (SAE) a 2.400 rpm;
Câmbio: automático de 3 marchas, tração traseira;
Carroceria: fechada, 2 portas, 6 lugares;
Dimensões: comprimento, 460 cm; largura, 179 cm; altura, 134 cm; entre-eixos, 261 cm;
Peso: 1.450 kg;
Pneus: 205 HR 14.

Imóvel Antigo, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


 

Imóvel Antigo, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia


Era localizado na rua Prudente de Morais, 386, esquina com Tibiriçá. Demolido entre os anos 2017-2022.
Nota do blog: Fotógrafo desconhecido / Data não obtida.

Imóvel Antigo, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil



 

Imóvel Antigo, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia


Localizado na rua Lafaiete, 1149, esquina com Sete de Setembro.
Nota do blog: Imagens de 2003 / Crédito para Benedito Francisco.

Palacete Albino Camargo Neto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


 

Palacete Albino Camargo Neto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia


Localizado na rua Visconde de Inhaúma, 241. O local fica a meio quarteirão de distância das praças XV de Novembro e Carlos Gomes. É bem tombado pelo Conpacc.
Atualmente o imóvel está em ruínas, irrecuperável. Inclusive tem pessoas ocupando o local (não sei dizer se legal ou ilegalmente), mato alto, sujeira, etc.
O palacete foi construído em 1923 e perten­ceu a Albino Camargo Neto, que foi prefeito de Ribeirão Preto no início dos anos 1930, além de ter sido vereador e ter atuado em outras funções na cidade, inclu­sive, como jornalista.
Nota do blog: Imagem de 2003 / Crédito para Benedito Francisco.

Vista do Ribeirão Shopping, 1981, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


 

Vista do Ribeirão Shopping, 1981, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Praça Tiradentes / Abrigo Para Passageiros, Maio de 1952, Curitiba, Paraná, Brasil


 

Praça Tiradentes / Abrigo Para Passageiros, Maio de 1952, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia - Cartão Postal


Nota do blog: Imagem de Arthur Wischral.

Propaganda "Cerveja Antarctica", 1910, Cia. Antarctica Paulista, Brasil


 

Propaganda "Cerveja Antarctica", 1910, Cia. Antarctica Paulista, Brasil
Propaganda

Propaganda "Sylvaprêmios", 1979, Canetinha Sylvapen, Sylvapen, Brasil


 

Propaganda "Sylvaprêmios", 1979, Canetinha Sylvapen, Sylvapen, Brasil
Propaganda

Propaganda "A Garantia da Saúde Para Todas as Oportunidades da Vida: Leite Condensado Moça", Leite Condensado Moça, Nestlé, Brasil




Propaganda "A Garantia da Saúde Para Todas as Oportunidades da Vida: Leite Condensado Moça", Leite Condensado Moça, Nestlé, Brasil
Propaganda

Nota do blog: Anúncio publicado na revista "A Cigarra", julho de 1930.

Lembrança de Curitiba, Paraná, Brasil



 

Lembrança de Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Livraria Ghignone N. 78
Fotografia - Cartão Postal

Cartão postal com pontos turistícos e de interesse em Curitiba/PR.
Editado pela Livraria Ghignone e impresso pela Ambrosiana.