Museu de História Natural de Londres
OST - 1626
Uma das imagens mais copiadas de
um espécime de Dodô, pintado originalmente por Roelant Savery. A
imagem pertencia ao ornitólogo George Edwards (Daí o nome "Dodô de Edwards"), que acabou fazendo uma doação
da mesma ao Museu Britânico. Atualmente está no Museu de História Natural de
Londres.
Dodô (nome científico Raphus cucullatus) é uma espécie extinta de ave da família dos pombos que era endêmica de Maurício, uma ilha no Oceano Índico a leste de Madagascar. Era incapaz de voar e não tinha medo de seres humanos, pois evoluiu isolado e sem predadores naturais na ilha que habitava. Foi descoberto em 1598 por navegadores holandeses, e totalmente exterminado menos de cem anos mais tarde. A ave era caçada para servir de alimento para os marinheiros, e depois sofreu com o desmatamento e introdução de animais exóticos. Essa trágica história tornou o Dodô um verdadeiro ícone da extinção. É considerado o mais famoso animal extinto em tempos históricos, com notável presença na cultura popular.
O Dodô tinha cerca de um metro de altura e
podia pesar mais de 20 kg na natureza. Sua aparência externa é conhecida apenas
por pinturas e textos escritos no século XVII, e, por conta da escassez dessas
descrições, ainda é um mistério; assim como pouco se sabe sobre seu habitat e comportamento. Foi descrito com plumagem
cinza-acastanhada, patas amarelas, um tufo de penas na cauda, cabeça cinza sem
penas, e o bico preto, amarelo e verde. A moela ajudava
a ave a digerir os alimentos, incluindo frutas, e acredita-se que o principal
habitat tenha sido as florestas costeiras nas áreas mais secas da ilha.
Presume-se que o Dodô tenha deixado de voar devido à facilidade de se obter
alimento e a relativa inexistência de predadores em Maurício.
As primeiras menções conhecidas de Dodôs
foram feitas por marinheiros holandeses em 1598. Nos anos seguintes, a ave
foi predada por marinheiros famintos, seus
animais domésticos e espécies invasoras foram
introduzidas durante esse tempo. A última ocasião aceita em que o Dodó foi
visto data de 1662. A extinção não foi imediatamente noticiada e alguns a
consideraram uma criatura mítica. No século XIX, pesquisas conduziram a uma
pequena quantidade vestígios, quatro espécimes trazidos para a Europa no século XVII. Desde
então, uma grande quantidade de material sub fóssil foi coletada em Maurício, a maioria do
pântano Mare aux Songes. A
extinção do Dodô em apenas cerca de um século após seu descobrimento chamou a
atenção para o problema previamente desconhecido da humanidade envolvendo o
desaparecimento por completo de diversas espécies.
A ave mais próxima geneticamente foi a também
extinta Solitário-de-Rodrigues,
também da subfamília Raphidae da família dos pombos; sendo que a mais semelhante ainda viva é
o Pombo-de-Nicobar. Durante
algum tempo, pensou-se erroneamente que o Dodô branco existisse na ilha de Reunião. Por fim, o Dodô ficou amplamente conhecido
por fazer parte de Alice no País das Maravilhas,
sendo parte da cultura popular, frequentemente como um símbolo da extinção e
obsolescência. É frequente o uso como mascote das Ilhas Maurícias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário