sábado, 10 de novembro de 2018

Dodô de Edwards (Edward's Dodo) - Roelant Savery


Dodô de Edwards (Edward's Dodo) - Roelant Savery
Museu de História Natural de Londres
OST - 1626



Uma das imagens mais copiadas de um espécime de Dodô, pintado originalmente por Roelant Savery. A imagem pertencia ao ornitólogo George Edwards (Daí o nome "Dodô de Edwards"), que acabou fazendo uma doação da mesma ao Museu Britânico. Atualmente está no Museu de História Natural de Londres.


Dodô (nome científico Raphus cucullatus) é uma espécie extinta de ave da família dos pombos que era endêmica de Maurício, uma ilha no Oceano Índico a leste de Madagascar. Era incapaz de voar e não tinha medo de seres humanos, pois evoluiu isolado e sem predadores naturais na ilha que habitava. Foi descoberto em 1598 por navegadores holandeses, e totalmente exterminado menos de cem anos mais tarde. A ave era caçada para servir de alimento para os marinheiros, e depois sofreu com o desmatamento e introdução de animais exóticos. Essa trágica história tornou o Dodô um verdadeiro ícone da extinção. É considerado o mais famoso animal extinto em tempos históricos, com notável presença na cultura popular.

O Dodô tinha cerca de um metro de altura e podia pesar mais de 20 kg na natureza. Sua aparência externa é conhecida apenas por pinturas e textos escritos no século XVII, e, por conta da escassez dessas descrições, ainda é um mistério; assim como pouco se sabe sobre seu habitat e comportamento. Foi descrito com plumagem cinza-acastanhada, patas amarelas, um tufo de penas na cauda, cabeça cinza sem penas, e o bico preto, amarelo e verde. A moela ajudava a ave a digerir os alimentos, incluindo frutas, e acredita-se que o principal habitat tenha sido as florestas costeiras nas áreas mais secas da ilha. Presume-se que o Dodô tenha deixado de voar devido à facilidade de se obter alimento e a relativa inexistência de predadores em Maurício.
As primeiras menções conhecidas de Dodôs foram feitas por marinheiros holandeses em 1598. Nos anos seguintes, a ave foi predada por marinheiros famintos, seus animais domésticos e espécies invasoras foram introduzidas durante esse tempo. A última ocasião aceita em que o Dodó foi visto data de 1662. A extinção não foi imediatamente noticiada e alguns a consideraram uma criatura mítica. No século XIX, pesquisas conduziram a uma pequena quantidade vestígios, quatro espécimes trazidos para a Europa no século XVII. Desde então, uma grande quantidade de material sub fóssil foi coletada em Maurício, a maioria do pântano Mare aux Songes. A extinção do Dodô em apenas cerca de um século após seu descobrimento chamou a atenção para o problema previamente desconhecido da humanidade envolvendo o desaparecimento por completo de diversas espécies.
A ave mais próxima geneticamente foi a também extinta Solitário-de-Rodrigues, também da subfamília Raphidae da família dos pombos; sendo que a mais semelhante ainda viva é o Pombo-de-Nicobar. Durante algum tempo, pensou-se erroneamente que o Dodô branco existisse na ilha de Reunião. Por fim, o Dodô ficou amplamente conhecido por fazer parte de Alice no País das Maravilhas, sendo parte da cultura popular, frequentemente como um símbolo da extinção e obsolescência. É frequente o uso como mascote das Ilhas Maurícias.

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