Caixas D'Água na Praça Clóvis Beviláqua, Fortaleza, Ceará, Brasil
Fortaleza - CE
Fotografia - Cartão Postal
Em 27 de Novembro de 1862, pela resolução nº 1.023 foi concedido a José Paulino Hoonholtz o privilégio de explorar por 50 anos o fornecimento de água em canecos, oriunda do Benfica, obrigando-se a instalar no mínimo quatro chafarizes na cidade.
O mesmo contrato mandava fechar todas as cacimbas (poços)
residenciais.
No ano seguinte Hoonholtz transfere a concessão para a Ceará Water Company, de Londres, mas não funcionou.
No dia 26 de Março de 1867 inaugurou-se esse serviço.
Só em 1911 o presidente do Estado inicia trabalhos de encanamento para água com duas caixas d'água na Praça Visconde de Pelotas (atual Praça Clóvis Beviláqua), mas em janeiro de 1912 o governador é deposto e as obras suspensas até 1922, quando novo presidente retoma as obras, que são finalmente terminadas e inauguradas em 1926.
As duas maiores caixas d’água erguidas sobre grandes e possantes arcadas de cimento armado elevadas às alturas do solo, ocupando grande parte dos fundos do espaço da Faculdade de Direito do Ceará, servindo para armazenar e distribuir a água pela rede do encanamento da cidade, hoje obsoletos pelo tempo e desuso do sistema de irrigação.
No ano seguinte Hoonholtz transfere a concessão para a Ceará Water Company, de Londres, mas não funcionou.
No dia 26 de Março de 1867 inaugurou-se esse serviço.
Só em 1911 o presidente do Estado inicia trabalhos de encanamento para água com duas caixas d'água na Praça Visconde de Pelotas (atual Praça Clóvis Beviláqua), mas em janeiro de 1912 o governador é deposto e as obras suspensas até 1922, quando novo presidente retoma as obras, que são finalmente terminadas e inauguradas em 1926.
As duas maiores caixas d’água erguidas sobre grandes e possantes arcadas de cimento armado elevadas às alturas do solo, ocupando grande parte dos fundos do espaço da Faculdade de Direito do Ceará, servindo para armazenar e distribuir a água pela rede do encanamento da cidade, hoje obsoletos pelo tempo e desuso do sistema de irrigação.
A ideia que tomava conta da cidade é que toda água
encanada nas residências, vinha das caixas-d’água, por isso havia horário para
o abastecimento para cada usuário se prevenisse enchendo suas caixas nos
horários próprios evitando ficar sem água. Era forma prática de se abastecer
para não sofrer falta d’água, porque todos tinham conhecimento do horário que
as águas chegavam aos seus locais e o tempo de duração da sua transmissão.
Quem dela não fizesse uso racional ou adequado, submeter-se-iam
aos famosos banhos “turcos ou thecos” muito comum aos que não gostam
de tomar banho...ou têm medo d’água.
Agora o tempo passou, temos com abundância, mas, ainda a
depender das chuvas que venham para encher os açudes que nos abastecem e
ficamos pedindo que as chuvas cheguem pelos sertões, serras, colinas e
chapadas, ou, a gotinha que vem de nuvem nômade, que nos fala o grande
poeta Guilherme de Almeida, quando diz: “e a gente fala da gotinha que
erra de folha em folha e, trêmula, cintila, mas nem se lembra da que o solo
encerra, da que ficou no coração da argila”.
Nos guardados
histórico-afetivos do pesquisador Miguel Ângelo de Azevedo (Nirez), "aquela
praça era muito bem arborizada, sendo depois, cortadas todas as árvores para
construção de um reservatório d´água que ficou muitos anos ao abandono, só
vindo a funcionar no final do século passado". A praça havia sido urbanizada em 1930, à época do
prefeito Álvaro Weyne, quando também recebeu o nome de Praça
da Bandeira (ainda hoje, popular). De acordo com o memorialista, na
administração de José Walter Cavalcante (1967-71), foi construída uma
caixa d´água subterrânea que deixou a praça "sem arborização e sem
função por mais de uma década".
Ali, a propósito, é o marco da ampliação do abastecimento d´água para Fortaleza. Em meados do século XIX, aponta Nirez, a praça Clóvis Beviláqua se chamava Praça do Encanamento: o nome dizia da implantação de chafarizes - depois, de caixas d´água - que estendiam o abastecimento desde o Benfica. Apenas a terceira caixa d´água, mais recente, erguida na década de 1960, permanece em atividade.
Ali, a propósito, é o marco da ampliação do abastecimento d´água para Fortaleza. Em meados do século XIX, aponta Nirez, a praça Clóvis Beviláqua se chamava Praça do Encanamento: o nome dizia da implantação de chafarizes - depois, de caixas d´água - que estendiam o abastecimento desde o Benfica. Apenas a terceira caixa d´água, mais recente, erguida na década de 1960, permanece em atividade.
"As Velhas Caixas D’água - Até 1827, Fortaleza não tinha
noção do que fosse abastecimento de água. O comerciante Abel Pinto vendia águas
em carroças com entrega em domicílio, retiradas de fontes das nascentes
localizada na Rua dos Quartéis, defronte a Igreja da Sé. Com autorização da
Câmara Municipal, foram iniciados estudos do projeto de Abastecimento pelo
Engenheiro Berthot em 1861. Um ano após foi concedido privilégio ao José
Paulino Hoonholtz, a fim de fazer o encanamento de seu sítio no Benfica, para
espalhar a rede hidráulica pela cidade. Apesar de em 27 de maio de 1863, ter
sido celebrado o contrato, a inauguração oficial verificou-se na tarde de 27 de
março de 1867, pela The Ceará North Brazil Water Company Limited. (Assim nasceram
as Caixas dӇgua)." Assis Lima.




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