Praça Riachuelo e seu Monumento, Salvador, Bahia, Brasil
Salvador - BA
Fotografia
A histórica Praça Riachuelo, no bairro do Comercio, é uma
homenagem aos heróis da Batalha de Riachuelo (1865), na Guerra do Paraguai
(1864-1870). A Bahia foi a província que mais enviou soldados para essa Guerra.
O belo Monumento Riachuelo, no centro da Praça, foi patrocinado pela Associação
Comercial da Bahia.
Fica em frente ao Palácio da Associação
Comercial da Bahia, fundada em 1811, pelo oitavo Conde dos Arcos. É
a mais antiga associação patronal do Brasil.
A Praça Riachuelo foi construída em 1866, sem o Monumento.
Algumas obras de complementação continuaram pelos anos seguintes. Era uma praça
bem arborizada e iluminada com 24 lampiões a gás. Desde essa época, a
Associação Comercial da Bahia buscava homenagear os heróis da Guerra do Paraguai,
com um monumento no centro da Praça. As discussões sobre como seria esse
monumento seguiram-se até 1870, quando o Comendador Manoel Joaquim Alves foi
encarregado, pela Associação Comercial, de contratar seu projeto. Em novembro
do mesmo ano, definiu-se que o monumento teria 20 metros de altura e seria
coroado pelo Anjo da
Vitória. Diversos modelos do monumento foram analisados. Eram
propostas vindas da Itália, França, Portugal, incluindo uma de um artista de
Salvador.
Em 27 de março de 1872, o Imperador Dom Pedro II bateu a pedra
fundamental do Monumento, mas os detalhes do projeto só foram definidos nos
meses seguintes. Foi inaugurado pomposamente em 23 de novembro de 1874.
O Monumento, em estilo neoclássico, foi moldado na França, na
fundição Leroux, com base no projeto do artista baiano João
Francisco Lopes Rodrigues (1825-1893), que foi professor e
diretor da Academia de Belas Artes da Bahia. Foi construído em mármore, bronze
e ferro fundido, com altura total de 23 m. Em sua coluna estão relacionadas as
batalhas da Guerra do Paraguai. O Anjo da Vitória, no alto do Monumento, tem
inspiração nas esculturas das vitórias gregas, da Grécia antiga. No pedestal,
há um grande medalhão de bronze no qual estão esculpidas as armas do Império.
As obras de instalação foram dirigidas pelo engenheiro francês José Revault,
que era dono da fábrica de tecidos Modelo, em Salvador. Revault também
participou da instalação dos chafarizes da Companhia do Queimado.
Até os anos 1930, o Monumento fazia parte de um conjunto com
jardim, mas este foi removido para a passagem da Avenida Jequitaia.



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