Como Bragança Paulista se Tornou a Capital da Linguiça no Brasil - Artigo
Artigo
Quem já não ouviu falar da famosa linguiça de Bragança? Em
qualquer ponto do Brasil, Bragança é conhecida como a terra da linguiça! Por
que será?
Baseando-se em fatos e depoimentos, no que os mais velhos
contam, ou melhor, a história mais antiga porque o fabricante de linguiça,
mesmo, são os italianos que, no passado, vieram para nossa região. Era hábito
desses imigrantes fazerem linguiça para uso próprio. Alguns saíam com cestas
para vender em casas de famílias bragantinas na época.
Por volta de 1917-1920, existia em Bragança uma senhora chamada
Palmyra Boldrini, residente numa travessa que hoje é a rua Expedicionário
Basílio Zecchin, e ali fazia linguiças. Era uma pessoa muito conhecida e muitos
bragantinos que moravam em São Paulo vinham a sua casa comprar. Nessa época,
Bragança tinha muitos viajantes, hoje conhecidos como representantes comerciais,
e eles levavam a linguiça para vender, divulgando a cidade. Todos perguntavam:
de onde é? Daí o nome “linguiça de Bragança”.
Judith Vasconcellos, filha de Palmyra, conta: Naquele tempo, a
linguiça era conhecida como “linguiça da Palmira de Bragança”, posteriormente
tornando-se “linguiça de Bragança”.
Essa tradição acabou virando a “Festa da Linguiça de Bragança
Paulista”, que já está angariando fãs do Brasil inteiro.
Estando na cidade, uma boa dica para provar a linguiça, é o
Restaurante do Rosário, instalado no estádio do Bragantino Futebol
Clube.
Além da história acima, há outra versão: Ao retornar da Segunda
Guerra Mundial, onde serviu na FEB, um pracinha trouxe de lá a receita da
verdadeira linguiça calabresa. E junto com sua mulher, abriu um ponto onde
começou a fabricar a mesma, ao lado da tradicional igreja do Rosário. No
final dos anos 40, início dos 50, caixeiro viajantes vinham de São Paulo,
trazendo materiais manufaturados e, para diminuir os custos, levavam a linguiça
do bar do Rosário, o que acabou espalhando a fama.
Como a região era rica em granjas de porcos, começou uma propagação
de várias mini indústrias de linguiças.
Segundo contam na cidade, na década de 70, já com idade
avançada, a viúva do pracinha passou o segredo da linguiça para um baiano, de
nome Manoel, e para sua esposa, que acabou assumindo o ponto, inclusive
diversificando os sabores. O bar ainda existe, embora com outros donos, mas a linguiça
ainda é comercializada pelos filhos do seu Manoel, inclusive na lanchonete que
fica no estádio do Clube Atlético Bragantino.
Nota do blog: Qual a versão correta? Fica ao critério de cada
um...rs.
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