quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Vista Panorâmica, João Monlevade, Minas Gerais, Brasil


Vista Panorâmica, João Monlevade, Minas Gerais, Brasil
João Monlevade - MG
N. 51
Fotografia - Cartão Postal


Em 1817, aos 28 anos, chega ao Brasil o Francês Jean Antoine Félix Dissandes de Monlevade. Ao aportar no Rio de Janeiro, Jean de Monlevade segue viagem para a província de Minas Gerais, estado que ele aponta como um grande campo de estudo na área de mineralogia e geologia, visto que ele era Engenheiro de Minas.
Em Minas, Jean de Monlevade nota que o estado está repleto de forjas para a produção de ferro, passando a percorrer várias comarcas como Sabará, Caeté são Miguel Piracicaba, onde adquiriu algumas sesmarias e construiu uma forja Catalã, além de sua moradia, o Solar Monlevade.
Com um vasto conhecimento que Jean de Monlevade adquiriu através de seus estudos e a aquisição de vários equipamentos comprados na Inglaterra, a fábrica criada por ele prosperou. Se tornou uma das mais importantes no período imperial com uma produção diversificada, produzindo desde enxadas até freios para animais.
Na década de 30, houve a construção da Companhia Siderúrgica Belgo Mineira definitivamente implantada em 1935 com a ajuda de outro pioneiro, o engenheiro Louis Ensh.
Logo o Distrito começou seu ciclo de evolução, desenvolvendo-se no entorno da próspera usina siderúrgica que atraia um número de pessoas cada vez maior, visto que já alcançava âmbito nacional. Com isso, o lugar tornou-se propício para a entrada de novos comerciantes, consequentemente a criação de novos bairros ao redor da indústria.
Até a década de 60, as antigas terras de João Monlevade, então centro Industrial do Distrito de Rio Piracicaba e Carneirinhos, irão progredir de forma surpreendente, com a construção civil aquecida, um comércio emergente, nova paróquia e a construção do moderno Colégio Kennedy, Toda essa movimentação suscitou o empenho das grandes lideranças locais em prol da emancipação político/administrativa do distrito de João Monlevade. A partir da emancipação o município progrediu de maneira significativa.
Constituída inicialmente de colônias provenientes de muitas cidades da região, a população vai gradativamente assumindo uma nova identidade: o ser “Monlevadense”, cristalizado nas novas gerações que aqui nasceram e aqui se desenvolvem, construindo Cultura e tradições próprias, sem se esquecer de preservar a memória de um passado tão rico e variado. Estas novas gerações já produzem seus líderes e mentores, destacando-se em diversos segmentos, saúde, educação, administração pública, arte em geral, e política. É a cidade que cresce, se solidifica e se eterniza.
As novas gerações produzem seus líderes e mentores, destacando-se em diversos segmentos, saúde, educação, administração pública, arte em geral, esportes, entre outros.
O Velho Solar Monlevade, relíquia preciosa de nossa história cuidadosa e
inteligentemente preservada pela Belgo-Mittal, testemunhou o desenvolvimento urbano da cidade que cresce para frente, para os lados e para cima. Testemunha Silenciosa, o Solar viu espalhar-se através da topografia irregular de suas terras o casario numeroso, marcado pelas avenidas Getúlio Vargas e Wilson Alvarenga, Armando Fajardo e Alberto Lima, os novos caminhos do progresso e do desenvolvimento.
A Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, que imperou sozinha durante várias décadas e assistiu ao aparecimento de inúmeros outros estabelecimentos industriais de pequeno e médio porte e na alvorada de 2008, transmutada em Arcelor-Mittal, consolida sua hegemonia, ao anunciar a duplicação de sua capacidade de produção. Aliados a um comércio florescente, que cresce a cada dia, nossos estabelecimentos industriais impulsionam o desenvolvimento do município, capitaneados pela atuante Associação Comercial e Industrial de João Monlevade.
Sintonizados com os novos tempos a iniciativa privada se desenvolve e investe no município: surgem, clínicas médicas e odontológicas, escolas e instituições culturais com mais variadas opções de crescimento pessoal. Pequenas empresas e novos hotéis se estabelecem, fazendo uma profissão de fé no futuro e no crescimento da cidade.
Destaque-se, ainda, a consolidação do ensino superior, representado pelos diversos cursos do IES-Funcec, em pleno funcionamento, pelo curso implantado pela Faculdade Kennedy e, mais recentemente pela extensão local da Universidade Federal de Ouro Preto, pela instalação de um campus avançado da Universidade do Estado de Minas Gerais e uma Unidade da Universidade Aberta do Brasil. A usina atualmente é considerada uma das mais importantes do Brasil. Indubitavelmente, é a fonte de renda mais relevante para a cidade. Sua economia é baseada na mineração de ferro e na indústria siderúrgica. Sua população, estimada em 2008, é de 74.576 habitantes.


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