quinta-feira, 14 de outubro de 2021

White Castle, o 1° Fast-Food do Mundo faz 100 Anos, Wichita, Estados Unidos - Artigo

 






White Castle, o 1° Fast-Food do Mundo faz 100 Anos, Wichita, Estados Unidos - Artigo
Artigo

Em 1921, quando carne moída ainda era vista com maus olhos e o McDonald's nem sonhava em existir, Billy Ingram e Walter Anderson abriram em Wichita, no estado americano do Kansas, o White Castle.
Considerada pela revista norte-americana "Time" a dona do hambúrguer mais influente do mundo, a marca inaugurou o conceito de fast-food dentro do segmento ao servir com rapidez sanduíches a preços acessíveis — cada unidade custava 5 centavos de dólar até 1929 e 10 centavos até 1949.
O preço tinha o relógio como aliado. A produção funcionava em linha de montagem e os cozinheiros não precisavam de grandes dotes culinários para trabalhar. Além do método de padronização, a limpeza foi um ponto decisivo para o sucesso.
Segundo a "Time", o lançamento do best-seller "The Jungle "(1905), do escritor Upton Sinclair (1878 - 1968), que revelou péssimas condições sanitárias em frigoríficos, fez os americanos criarem resistência à carne moída.
As pessoas achavam que hambúrguer era uma comida de baixa qualidade. Por isso, a marca focou na qualidade dos ingredientes e na limpeza do restaurante.
As instalações brancas, o moedor de carne à vista dos fregueses e o uniforme engomadinho e claro dos funcionários conseguiram quebrar o tabu e abriram o caminho para que o hambúrguer fosse de um renegado a uma obsessão.
Prova disso é que em 1930 o White Castle colecionava 10 lojas pelo país e que mais tarde, em 1961, foi o primeiro fast-food a vender mais de 1 bilhão de sanduíches.
Os sanduíches da rede possuem algumas peculiaridades. A começar pelo tamanho e formato. A carne é moldada em pequenos quadrados com cinco furos no meio. A ideia é que possam ser acomodados em grandes chapas, que comportam 30 unidades por vez.
Primeiro, pedaços de cebolas são colocados na superfície quente. Na sequência, entram os hambúrgueres, que cozinham no vapor do vegetal e ganham um sabor especial.
Os furinhos, por sua vez, economizam tempo. Como o calor sobe por eles com facilidade, pula-se a etapa de virar o disco para tostar do outro lado e o recheio vai direto para o pão — quadrado, é claro. O queijo foi adicionado à pedida só em 1961.
Embora agora conte com ingredientes bem mais industrializados, o processo segue o mesmo até hoje. A esse tipo de hambúrguer foi dado o nome de "slider", que vem do verbo slide (significa "deslizar").
A palavra foi criada devido à rapidez com que se come os pequenos sanduíches. Eles "deslizam direto pela garganta".
Como em qualquer outro restaurante, quem frequentava a lanchonete que lembra um castelinho sentava-se em mesas para devorar o hambúrguer até 1927. Depois, a loja estreou o sistema de take away e promoveu ainda mais informalidade.
As embalagens faziam o papel de prato e guardanapo e os consumidores puderam, então, pegar as comidinhas para levar e comer onde quiser. "Isso tornou mais fácil servir e comer diferentes alimentos de uma vez".
O mesmo conceito viria a ser um dos trunfos dos irmãos Richard e Maurice McDonald que, junto com Ray Kroc, montaram o fast-food mais popular do mundo.
O McDonald's expandiu em sistema de franquia e tornou-se uma febre global. Com o White Castle, o crescimento foi mais tímido. A empresa, que se mantém familiar, é dona de todas as unidades. Atualmente, são 320 endereços em 14 estados.
Em 2020, saíram da chapa e do freezer dos supermercados — desde 1987 a marca vende "sliders" congelados para serem aquecidos no micro-ondas de casa — 658 milhões de hambúrgueres e cheeseburgers.
Nota do blog: A primeira imagem (castelo) é a loja pioneira da rede, em Wichita.


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