Praça Barão de Mauá, Jardim Paulista, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia
Uma das dificuldades que encontro durante o levantamento da situação das praças que estou fazendo por Ribeirão Preto, é a falta de identificação das mesmas. A maioria não tem placas ou outro tipo de identificação, o que dificulta a realização desse propósito.
Os motivos de não terem as placas são os mesmos de sempre: falta de manutenção por parte da Prefeitura ou furto para venda, quando confeccionadas em material com valor para reciclagem.
Assim, diante da ausência de identificação, começo a procurar os nomes pela internet, consultando moradores do entorno, por legislações municipais, fotos antigas, entre outros recursos.
E foi fazendo isso que me deparei com essa curiosa situação, realizada nos anos 1983 e 1990.
A praça Barão de Mauá, tal qual a conhecemos, recebeu seu nome através do decreto nº 51 de 05/04/1970, promulgado pelo prefeito Duarte Nogueira.
E foi assim até 1983, quando a Câmara Municipal derrubou o veto do Executivo ao projeto de lei nº 60-83, promulgando a lei nº 4402, de 14/10/1983, denominando a parte de cima da referida praça de "Doutor Domingos João Baptista Spinelli".
Posteriormente, em 1990, a Câmara Municipal enviou outro projeto de lei (nº 248-89) ao Executivo, desde vez promulgado pelo então prefeito Welson Gasparini, surgindo daí a lei nº 5813 de 13/09/1990, que novamente alterou a denominação da parte remanescente da antiga praça Barão de Mauá para "Doutora Elza Apparecida Dinamarco Spinelli".
Portanto, anteriormente (1983) haviam mudado a parte de cima, depois (1990) a mudança foi feita na parte de baixo, encerrando de vez com a antiga denominação do local.
Mas a lei de 1990 não mudou só isso: talvez (hipótese) o legislativo municipal tenha chegado a conclusão de que seria errado extinguir totalmente a denominação primitiva do local, e assim tiveram a "ideia" de nomear "praça Barão de Mauá" uma pequena área triangular existente na esquina das ruas Ramos de Azevedo, Itararé e Victor Rebouças (área mostrada na imagem do post).
Mas a lei de 1990 não mudou só isso: talvez (hipótese) o legislativo municipal tenha chegado a conclusão de que seria errado extinguir totalmente a denominação primitiva do local, e assim tiveram a "ideia" de nomear "praça Barão de Mauá" uma pequena área triangular existente na esquina das ruas Ramos de Azevedo, Itararé e Victor Rebouças (área mostrada na imagem do post).
Assim, apesar de ainda existirem placas no local dizendo que toda aquela área é a praça Barão de Mauá, as denominações e divisões acima citadas são as que, legalmente, estão vigentes.
Não discuto o merecimento dos atuais homenageados (pessoas ligadas ao grupo Barão de Mauá de ensino), mas não gosto de mudanças de nomes de ruas, avenidas, praças, etc (a não ser quando o homenageado, posteriormente, não se mostra digno da honraria).
Não discuto o merecimento dos atuais homenageados (pessoas ligadas ao grupo Barão de Mauá de ensino), mas não gosto de mudanças de nomes de ruas, avenidas, praças, etc (a não ser quando o homenageado, posteriormente, não se mostra digno da honraria).
Acho que tais mudanças causam transtornos, desinformação e gastos desnecessários aos moradores locais, comércios e a própria cidade. Penso que se é necessário homenagear alguém, poder-se-ia fazê-lo em novas instalações públicas, sem a necessidade de gastos e transtornos (além da indelicadeza de "cancelar" a homenagem anterior).
Paradoxalmente, no presente caso, todo o trabalho e tempo gasto pelo legislativo e executivo minicipais, criando leis para implementar as mudanças com finalidade de homenagem, não surtiram efeito prático na população. Ao contrário, foram resgatadas por esse texto, haja vista que ninguém nas referidas praças (taxistas e frequentadores) as conhecem pelos atuais nomes (não existe nenhuma placa de identificação ou informativo das mudanças nas praças, zero informação a respeito disso no local).
Paradoxalmente, no presente caso, todo o trabalho e tempo gasto pelo legislativo e executivo minicipais, criando leis para implementar as mudanças com finalidade de homenagem, não surtiram efeito prático na população. Ao contrário, foram resgatadas por esse texto, haja vista que ninguém nas referidas praças (taxistas e frequentadores) as conhecem pelos atuais nomes (não existe nenhuma placa de identificação ou informativo das mudanças nas praças, zero informação a respeito disso no local).
Finalizando, para a imensa maioria da população ribeirão-pretana, toda aquela área continua sendo "praça Barão de Mauá"...
Quase esqueci: embora para mim o espaço mostrado na imagem do post não possa ser considerado praça, para a Prefeitura é. Assim, seu estado de conservação é insatisfatório, precisando de manutenção e limpeza. É incrível a incompetência do poder público, nem nesse pedacinho que chamam de "praça", conseguem manter de forma adequada...
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