Ribeirão Preto - SP
Fotografia
A imagem mostra alunas do Colégio Madre Mazzarello seguindo sozinhas a pé para a escola, provavelmente em alguma rua do bairro dos Campos Elíseos, onde se localizava a instituição.
Embora se trate de belíssima cena, não é recomendada nos dias de hoje, especialmente pelo temor da violência que impera nas cidades brasileiras.
As meninas mostradas na imagem, provavelmente, tinham entre 7 a 10 anos à época, estão devidamente trajadas com o uniforme exigido pela instituição e carregam lancheira e bolsa com seus cadernos e livros.
Na imagem percebe-se que estamos em um bairro de operários, notadamente pelas casas.
O Colégio Madre Mazzarello foi uma instituição criada em 1938 pelas Irmãs Salesianas, destinada a educação dos filhos e filhas de operários e pessoas com poucos recursos.
Ofertou a comunidade cursos de Jardim da Infância, Escola Noturna, Escola Elementar e Ginasial.
A instituição funcionou com o amor, trabalho e dedicação das Irmãs até 25/11/1970, quando tiveram que comunicar aos pais dos alunos que encerrariam as atividades devido a inviabilidade financeira.
E até nesse momento de imensa tristeza foram grandes: conseguiram que todos os alunos matriculados no Madre Mazzarello, caso quisessem, fossem transferidos para o Colégio Auxiliadora, no centro da cidade, com a mesma condição de bolsas e mensalidades.Caso alguém tenha interesse em conhecer essa história mais a fundo, existe um livro produzido por um grupo de ex-alunas chamado "As Senhoras que usavam modestino", um trabalho lindo que tive a oportunidade de ler e que motivou esse post.
Como também sou egresso de uma instituição Salesiana (estudei alguns anos no Colégio Dom Bosco / Instituto Salesiano São Francisco, na Mooca, em São Paulo, capital), não teve como não me identificar e se emocionar com a história delas.
Torço para que eu tenha feito justiça a essa bela história, trazida à tona por esse grupo de ex-alunas.
Nota do blog: As meninas da fotografia são as irmãs Lúcia Helena Brochetto Gavaldão e Márcia R. Brochetto Braga. A fotografia foi tirada por seu pai, Henrique Brochetto.
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