Projeto do Decreto de Extinção da Escravatura no Brasil, 1888, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Documento
No dia 13 de maio de 1888, após seis dias de votações e debates
no Congresso, a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, decretando a abolição da
escravatura no Brasil.
Por cerca de 350 anos, o país foi o maior território
escravagista do Ocidente, mantendo uma estimativa de 4,5 milhões de escravos
africanos trabalhando tanto no campo como na cidade.
A Lei Imperial número 3353, que em seu art. 1º
declarava “extincta desde a data desta lei a escravidão no Brasil”, foi
precedida por outras três leis focadas na tentativa de extinção do trabalho
escravo no Brasil: a Lei número 581, de 04 de setembro de 1850, que teve o intuito
de acabar com o tráfico de escravos transportados da África em navios negreiros
(Lei Eusébio de Queirós); a Lei número 2010, de 28 de setembro de 1871, que
concedia a liberdade às crianças de mães escravas a partir de então (Lei do
Ventre Livre); e a Lei número 3270, de 28 de setembro de 1885, que previa a
liberdade dos escravos com 60 anos de idade ou mais (Lei dos Sexagenários).
Embora o diploma original da Lei Áurea encontre-se
no Arquivo Nacional, o projeto do Decreto de extinção da escravatura está
guardado nos cofres da Divisão de Manuscritos da Fundação Biblioteca Nacional.
O documento é dividido em duas partes:
1) A ata da Assembleia Geral – com as
assinaturas do 1º vice-presidente, Antônio Cândido de Machado, do 1º
secretário, Barão de Manguapi, e do 2º secretário, Joaquim Floriano de Godoy.
2) Decreto da Assembleia Geral, sancionado pela Princesa Imperial Regente,
declarando extinta a escravidão no Brasil, e datada do Paço do Senado, em 13 de
maio de 1888.
Nota do blog: Data das imagens não obtidas / Crédito para Biblioteca Nacional.