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terça-feira, 5 de março de 2024

Painel da Exposição "Curitiba, Capital do Paranismo", 2024, Memorial de Curitiba, Curitiba, Paraná, Brasil

 


Painel da Exposição "Curitiba, Capital do Paranismo", 2024, Memorial de Curitiba, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia

Texto 1:
Desenvolveu-se a partir do início do século XX, no período de 1920 a 1930. No contexto, o Paraná mostrava indícios da sua modernização, configurando as transformações pretendidas pelas elites ao longo do século XIX.
A forma de governo republicana foi institucionalizada no Brasil e apresentava-se como modelo de progresso e modernização do país. Assim, para superar a Monarquia, foi preciso lançar as bases de uma identidade impregnada pela imagem de progresso, ciência e técnica, inserindo-o no capitalismo.
Com a República, era necessário desenvolver no imaginário individual e coletivo imagens de heróis, datas comemorativas baseadas no sentimento de fraternidade universal e festas públicas para que a população reverenciasse os mitos republicanos.
É nesse período de desenvolvimento da forma de governo republicana que o Movimento Paranista torna-se expressivo, considerando a descentralização proporcionada às Províncias/Estados
O Movimento Paranista tem como papel central a construção de uma identidade regional para o Estado do Paraná. Movimento contou com participação de intelectuais, artistas e literatos que cultuaram e divulgaram a história e as tradições da terra paranaense. Foi um movimento que não teve a consistência de um manifesto, de uma escola ou de uma estruturação teórica ou acadêmica.
Foi principalmente através das artes plásticas que se procurou construir uma identidade regional do Paraná, para criar na população local um sentimento de pertencimento à terra.
A fundação do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, em 1900, não dissociou as políticas nacionais e nacionalistas, inserindo-se no projeto de forjar uma história regional aglutinando todas as etnias presentes no Estado. O Instituto, de certa forma, foi uma das bases do Movimento Paranista. O termo surgiu espontaneamente no norte do Paraná e seu principal líder era Romário Martins.
O primeiro símbolo paranaense foi a bandeira, de autoria de Manoel Correia de Freitas. Os artistas paranaenses criaram um estilo próprio que se tornou marca; tendo representações de grupos étnicos (índios e imigrantes), o pinheiro, a pinha, o mate e a paisagem foram temáticas recorrentes das suas produções. Guido Viaro, João Turin e De Bonna, Zaco Paraná, Lange de Morretes e João Ghelfi contribuíram para deixar impressos os símbolos paranistas.
Os paranistas escolhem o pinheiro não como reinterpretação dos mitos indígenas e sim como característica cosmopolita, que representava não somente o paranaense do futuro, o ideal de construção do Movimento Paranista, mas o próprio Estado do Paraná.
A erva mate foi utilizada com menor intensidade como símbolo paranista. Numa das lendas,eles resgataram a mitologia cristã que falava da presença de São Tomé no Brasil. Como recompensa pela salvação das almas dos gentios, São Tomé teria recebido o aprendizado da utilização da erva mate, detentora de virtudes medicinais, desde que tostadas suas folhas e desfeitas em água. Utilizando-se a erva mate, originária da tradição indígena dos guaranis, uniam-se, dessa forma, dois elementos principais que dariam origem à sociedade paranaense: o branco europeu e o nativo indígena, todavia ignorou-se completamente qualquer contribuição dos negros.
Os mitos ligados a fundação de Curitiba, que auxiliam na construção de um marco inicial, devem-se aos bandeirantes paulistas que se fixaram na região do Atuba e lá construíram uma capela em homenagem a Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. Como a imagem insistia em voltar seu olhar para o planalto, os bandeirantes se armaram e para lá se dirigiram. Estes foram recebidos com uma generosa e cordial acolhida pelos índios Kaingang. O chefe kaingang teria marcado o local em que os brancos deveriam tomar por centro da povoação que fundassem, fincando seu bastão na terra gramada, a vila era Curitiba. O nome, deriva de curii, pinheiro, pinha, pinhão, acrescido do sufixo-tiba, que indica abundância.
João Ghelfi foi o verdadeiro inspirador do estilo paranista e João Turin é tido como o criador do estilo artístico paranaense. O Moviemento Paranista foi considerado como uma construção simbólica da identidade paranaense, elaborando discursos sobre a modernidade e relacionando-a com a sociedade. Nas palavras de Acir Guimarães, jornalista da década de 1940, “Ser paranaense é, até certo ponto, um acidente; ser paranista é uma glória!”. Texto de Luiz Carlos Kanigoski.
Texto 2:
"Paranista é todo aquele que tem pelo Paraná uma afeição sincera e que notavelmente a demonstra em qualquer manifestação de atividade digna, útil à coletividade paranaense. [...] Paranista é aquele que em terras do Paraná lavrou um campo, cadeou uma floresta, lançou uma ponte, construiu uma máquina, dirigiu uma fábrica, compôs uma estrofe, pintou um quadro, esculpiu uma estátua, redigiu uma lei liberal, praticou a bondade, iluminou um cérebro, evitou uma injustiça, educou um sentimento, reformou um perverso, escreveu um livro, plantou uma árvore." Texto de Romário Martins.
Nota do blog: Imagem de 2024.

Obra "A Tocadora de Guitarra", Memorial de Curitiba, Curitiba, Paraná, Brasil


 

Obra "A Tocadora de Guitarra", Memorial de Curitiba, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Acervo do Memorial de Curitiba, Brasil
Fotografia


Obra produzida originalmente na década de 20, autoria de Victor Brecheret (1894-1955).
Já a peça mostrada na imagem, que faz parte do acervo do Memorial de Curitiba, trata-se da primeira reprodução da obra original, efetuada em 1996, após acordo efetuado com os herdeiros do escultor.
Nota do blog: Imagem de 2024.

Monumento "Himeji", Curitiba, Paraná, Brasil



 

Monumento "Himeji", Memorial de Curitiba, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia

Nota do blog 1: Monumento oferecido em 1993 pela Prefeitura de Himeji (Japão) em homenagem aos 300 anos de Curitiba.
Nota do blog 2: Imagens de 2024.

Bustos / Hermas de Bronzes Originais, Memorial de Curitiba, Curitiba, Paraná, Brasil


































Bustos / Hermas de Bronze Originais, Memorial de Curitiba, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia

Frequentes alvos de vandalismo, os bustos / hermas de bronze de grandes nomes da história da cidade foram restaurados e estão seguros no Memorial de Curitiba. 
Suas réplicas, feitas por meio do programa "Rosto da Cidade", estão sendo instaladas nas praças e logradouros públicos no lugar das peças originais.
Os bustos originais são escaneados e digitalizados em 3D. Uma máquina faz a leitura desse projeto e começa a esculpir em um bloco de granito, reproduzindo todos os detalhes, como rugas e fios de cabelo.
Lista das réplicas produzidas:
Herma de Claudino dos Santos, Praça João Cândido;
Herma de Romário Martins, Praça Santos Dumont;
Herma de Plínio Alves Monteiro Tourinho, Praça Santos Andrade;
Herma de Ildefonso Xavier Ferreira, Praça Santos Andrade;
Herma de Carlos Gomes, Praça Carlos Gomes;
Herma de Raul Messing, Praça Osório;
Herma de Emílio de Menezes, Praça Osório;
Herma de Emiliano Perneta, Praça Osório;
Herma de Alfredo Parodi, Largo Alfredo Parodi;
Herma de Lysímaco Ferreira da Costa, Praça Santos Andrade;
Busto de Maria Polenta, Jardinete Maria Polenta;
Busto de Julia Wanderley, Praça Santos Andrade;
Busto de Teixeira Soares, Praça Eufrásio Correia;
Busto de Leôncio Corrêa, Praça Osório;
Busto de Victor Ferreira do Amaral, Praça Santos Andrade;
Busto de Zacarias Góes de Vasconcelos, Praça Zacarias;
Herma de Abilon Souza Naves, Jardinete Zeferino Krukoski;
Busto do Desembargador Henrique Lenz, Praça Nossa Senhora de Salete;
Busto de Frederico Ozanam, Praça Frederico Ozanam;
Herma de Gibran Khalil Gibran, Memorial da Imigração Árabe;
Herma de Hafez Al Assad, Praça Desembargador Armando Carneiro;
Herma de Tancredo Neves, Praça Osório;
Busto de Alfredo Andersen, Praça Alfredo Andersen;
Busto de Antônio de Sá Camargo, Jardim da Câmara Municipal de Curitiba;
Busto de Didi Caillet, Praça Didi Caillet;
Busto de Nilo Cairo, Praça Santos Andrade;
Escultura de João Zaco Paraná, Memorial de Curitiba;
Herma de Dante Alighieri, Memorial de Curitiba;
Herma de Antônio Bordin, Praça Antônio Bordin;
Baixo-relevo de Aristides de Sousa Mendes, Memorial de Curitiba;
Baixo-relevo da Fundação de Curitiba, Memorial de Curitiba.
Nota do blog 1: Não sei dizer se essas são todas, foram as que encontrei e fotografei no local.
Nota do blog 2: Imagens de 2024.

Marco de Posse, Curitiba, Paraná, Brasil






Marco de Posse, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Memorial de Curitiba, Brasil
Fotografia


Texto da placa (imagem 3): 
"Marco de posse da terra de Curitiba por El Rey, conforme o padrão do Império Lusitano, assinala o chão sagrado em que os pioneiros povoadores dos campos de Curitiba elegeram as primeiras autoridades e fundaram a vila, sob a égide do seu patriarca, o capitão-povoador Matheus Martins Leme e outros povoadores. 
A pedra D'El Rey simbolizava a posse e a administração portuguesa de um território.
Era um marco social e econômico entre as populações que passaram a viver no Brasil com a colonização e aqueles que aqui habitavam.
O Marco foi restaurado e instalado aqui no Memorial de Curitiba, que guarda a história e a memória da cidade. Uma réplica encontra-se na praça Tiradentes, no Marco Zero de Curitiba."
Nota do blog: Imagens de 2024.

Escultura "200 Anos da Independência do Brasil", Curitiba, Paraná, Brasil



 



Escultura "200 Anos da Independência do Brasil", Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Memorial de Curitiba, Brasil
Fotografia


Obra do artista curitibano Rafael Sartori, o relevo em bronze reproduz em linhas contemporâneas o grito às margens do Ipiranga, e será o marco da cidade para celebrar uma das datas mais importantes para o país. A peça obra ficará no Memorial de Curitiba em caráter permanente, compondo o conjunto de elementos artísticos do espaço.
A escultura de 2 m de largura por 2,4 m de altura tem como elemento central a figura de D. Pedro I a cavalo e faz uma releitura de elementos clássicos da época. Confeccionada no ateliê de esculturas do Memorial Paranista, a obra é repleta de simbologias e ressalta a exuberância da flora brasileira, retratada sobre os contornos do mapa do Brasil.
Como em uma viagem pelo país, os limites geográficos indicam elementos nativos regionais, como araucárias, erva-mate, jabuticaba, café, cacau, caju. Ao Norte, destaque para a árvore da carnaúba, do açaí, do guaraná; ao Centro-oeste, os frutos do pequi. Peixes em cardumes formam os rios das maiores bacias hidrográficas brasileiras: Paraná, Iguaçu, São Francisco, Amazonas, Rio Negro e Madeira.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.

Altares Retábulos da Primitiva Igreja Matriz / Capela dos Fundadores, Curitiba, Paraná, Brasil







Altares Retábulos da Primitiva Igreja Matriz / Capela dos Fundadores, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Memorial de Curitiba, Brasil
Fotografia

Nota do blog: Imagens de 2024.









 

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Altares Retábulos da Primitiva Igreja Matriz Instalados na Igreja do Rosário, Curitiba, Paraná, Brasil



Altares Retábulos da Primitiva Igreja Matriz Instalados na Igreja do Rosário, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia

Nota do blog 1: Interessante imagem que mostra os altares retábulos da primitiva Igreja Matriz instalados na Igreja do Rosário devido sua demolição. Ficaram na Igreja do Rosário de 1876 a 1933.
Nota do blog 2: Posteriormente, foram deixados de lado com a reforma da referida igreja, sendo restaurados e integrados ao acervo do Museu Paranaense. 
Nota do blog 3: Desde 1996 compõem a "Capela dos Fundadores", no Memorial de Curitiba.
Nota do blog 4: Imagem dos anos 30.

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Mosaico "Olhares Curitibanos", Curitiba, Paraná, Brasil - Patrícia Ono e Ademir Paixão








Mosaico "Olhares Curitibanos", Curitiba, Paraná, Brasil - Patrícia Ono e Ademir Paixão
Curitiba - PR
Memorial de Curitiba, Brasil
Mosaico - 2021

Altares Retábulos da Primitiva Igreja Matriz, Capela dos Fundadores, Curitiba, Paraná, Brasil















Altares Retábulos da Primitiva Igreja Matriz, Capela dos Fundadores, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Memorial de Curitiba, Brasil
Fotografia


Na Capela dos Fundadores, localizada no segundo andar do Memorial de Curitiba, estão expostas partes dos altares retábulos da primeira Igreja Matriz de Curitiba, duas volutas e um sacrário.
Na placa existente no local consta:
“Altares retábulos: Originários de Portugal, os altares são provavelmente do século 18. Acredita-se que vieram por ordem de Afonso Botelho de Sampaio e Souza, lugar-tenente D’El Rey de Portugal, encarregado da conquista dos Campos de Guarapuava.
Confeccionados em madeira de cedro maciço, figuraram nas laterais da primeira igreja matriz de 1780 até 1876, quando foram transferidos para a Igreja do Rosário, ali permanecendo até 1933. Abandonados com a reforma da igreja, foram recuperados e integrados ao acervo do Museu Paranaense. Desde 1996 os altares compõem a Capela dos Fundadores do Memorial de Curitiba.”