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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Propaganda "Peugeot 405", 1993, Peugeot, Brasil


 

Propaganda "Peugeot 405", 1993, Peugeot, Brasil
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Nota do blog: Coitado do Santos Dumont, nem depois de morto deixam o cara descansar...rs.

domingo, 1 de outubro de 2023

Cemitério dos Peugeot Tenta Manter Carros Franceses Vivos a Qualquer Custo - Artigo

 














Cemitério dos Peugeot Tenta Manter Carros Franceses Vivos a Qualquer Custo - Artigo
Artigo


Quem chega ao Rio de Janeiro pela rodovia Presidente Dutra certamente verá a placa pintada à mão do “Cemitério dos Peugeot” logo depois do último pedágio, em Seropédica (RJ).
É difícil dizer o que mais chama a atenção. Se é a placa, que substituiu um banner há alguns meses, as peças penduradas ou os vários carros aos pedaços espalhados pelo terreno da loja construída para ser um bar. A missão desse ferro-velho raiz é adiar a morte de carros que já não valem muito.
Quem sempre passa por ali sabe que a rotatividade é alta. “Na semana passada desmontamos 10 carros aqui”, conta Rodrigo César de Oliveira, que administra o negócio faz 10 anos.
Ele desmonta, com ajuda de alguns funcionários, os carros que compra em leilões ou de quem desistiu de manter um francês e simplesmente largou o carro lá. “Tem que ter documento, sem documento não tem negócio”, conta antes de mostrar o bloco de registros dos carros e o caderno onde anota as vendas.
Naquele dia havia quatro Peugeot 206, um 306 Break e ainda dois Citroen C3 dos primeiros anos de produção e um Xsara Picasso. Com exceção do 306, todos nasceram a 90 km dali, também às margens da Dutra, na fábrica de Porto Real (RJ) – hoje comandada pela Stellantis.
Dois Renault Clio Sedan, que compartilhavam o motor 1.0 com o 206, diversificavam ainda mais o estoque de carros de origem francesa. Mas já houve modelos como Peugeot 106, 206 Escapade e os Citroën C5 e Xsara por ali.
São, claramente, carros com passado sofrido. A pintura fosca, a lataria amassada e faróis opacos são uma constante nesses doadores de peças, além dos defeitos que ratificaram seus óbitos.
Era 10h quando Rodrigo chegou e clientes já esperavam por ele. Um, talvez mais assíduo, o xingou pela demora e por não atender o celular. Dois mecânicos também aguardavam para tentar negociar alguns módulos de ignição específicos. Não chegaram a um acordo, mas já saíram dali avisados de outros carros que chegariam nos próximos dias.
Em meio aos carros estão espalhados parafusos, eixos, peças das suspensões e também motores, alguns inteiros ainda unidos ao câmbio, caso de um 2.0 com câmbio de quatro marchas que não era de nenhum dos carros ali. Ficam ali, em meio a uma lama de óleo com terra.
Outros motores já estavam sem componentes vitais, que são retirados ali mesmo, no chão, na frente do cliente. Alternadores, compressores do ar-condicionado e bombas estão entre os componentes mais procurados, por serem peças que, novas, custam caro perto do valor dos carros que receberiam elas para sobreviver por mais alguns anos.
Na parte coberta do bar transformado em oficina ficam pendurados para-lamas (que custam entre R$ 150 e R$ 200), faróis, lanternas, peças plásticas dos motores (tampa de válvulas, caixas de filtro de ar e dutos, por exemplo), comutadores e partes do chicote elétrico. Tentam salvar tudo. “As pecinhas e os detalhes eu dou pro pessoal, dá pra ajudá-los também”, conta o proprietário.
O negócio começou como um meio de manter um Peugeot 206 vivo usando um carro doador de peças.
"Antes eu vendia panelas, lençóis… Até o dia que eu comprei um Peugeotzinho, o "Satanás", aquele 1.0 vivia quebrando, uma desgraça. Tanto que minha mulher, na época, falou que era o carro ou ela. Fiquei com o carro e depois conheci uma menina e fomos comprando outros. Agora já são 10 anos comprando os carros e vendendo as peças", conta Rodrigo.
Pelo menos uma coisa mudou na última década: enquanto tenta prolongar a vida dos velhos Peugeot e Citroen, Rodrigo só anda por ai em uma bicicleta Monark com uma caixa de som ligada na mochila.
Nota do blog: Peugeot é piada pronta...rs.

terça-feira, 15 de agosto de 2023

Peugeot 404, França

 












Peugeot 404, França
Fotografia


Apresentado em abril de 1955, o Peugeot 403 foi o primeiro modelo da marca francesa a ostentar o estilo italiano do estúdio Pininfarina.
Para desespero dos executivos da fábrica, porém, o modelo tornou-se obsoleto em apenas seis meses: a estreia do futurista Citroën DS no Salão de Paris do mesmo ano arrebatou a atenção do público e da crítica especializada mundial.
A reação da Peugeot ocorreu antes mesmo do ano terminar, ocasião em que o comando da empresa determinou o desenvolvimento de um sucessor em tempo recorde.
O novo sedã foi desenhado por Sergio Pininfarina em apenas três meses e o primeiro protótipo entregue em 1957. Em maio de 1960, o Peugeot 404 era finalmente apresentado ao mundo.
Sóbrio e elegante, o 404 tinha carroceria monobloco com três volumes bem definidos e incorporava elementos de estilo norte-americano como o para-brisa envolvente e os discretos rabos de peixe traseiros. Seu desenho contemporâneo estava em paridade com o de sedãs italianos como o Fiat 1800/2100 e o Lancia Fulvia Berlina.
Bem projetado, o Peugeot 404 apresentava uma solidez incomum graças à severidade dos testes de rodagem a que foi submetido em toda a Europa. Relativamente acessível, tornou-se um dos automóveis mais respeitados do mundo em razão de sua praticidade e robustez.
O conforto para cinco adultos era garantido pelos 2,65 metros separando os eixos. O interior era racional, com volante de dois raios sem assistência e aro da buzina cromado. Por trás dele estava o painel com velocímetro em escala horizontal e instrumentos básicos como termômetro do líquido de arrefecimento, marcador de combustível e luzes de advertência. Os bancos dianteiros eram individuais.
Sob o capô estava o mesmo motor do 403, com cilindrada ampliada para 1,6 litro, comando de válvulas no bloco de ferro fundido e um cabeçote de liga Alpax (alumínio e silício) com fluxo cruzado e câmaras de combustão hemisféricas. Seus 72 cv eram enviados às rodas traseiras por um câmbio de quatro marchas com alavanca na coluna de direção.
Era o bastante para acelerar seus 1.090 kg de 0 a 100 km/h em cerca de 18 segundos, com velocidade máxima de 144 km/h. Só não era mais rápido e veloz em razão do robusto diferencial com engrenagens do tipo sem-fim, quase indestrutíveis.
A suspensão dianteira tipo McPherson e traseira por eixo rígido tinha um bom compromisso entre conforto e estabilidade: o 404 fez muito sucesso nos temidos ralis africanos.
A versão Super Luxe foi introduzida no modelo 1961 contendo calotas integrais, bancos reclináveis revestidos de couro, teto solar, antena de teto e profusão de cromados. Em pouco tempo, a Peugeot iniciou a exportação do 404 para os EUA, então o maior e mais rentável mercado automotivo do mundo.
Em meados de 1961, surge a opção da injeção mecânica de combustível Kugelfischer, sistema que permitiu um aumento na taxa de compressão e 88 cv para levar o 404 aos 160 km/h. No segundo semestre foi apresentado o 404 Cabriolet, seguido em 1962 pelas peruas 404 Familiale/Commerciale (com entre-eixos ampliado para 2,84 metros) e pelo 404 Coupé.
O eficiente motor diesel de 1,9 litro e 55 cv foi oferecido a partir do modelo 1964, fazendo grande sucesso entre os taxistas: um protótipo quebrou nada menos que 40 recordes mundiais na categoria diesel em 1965, percorrendo mais de 16.000 km a uma média de 161,49 km/h.
A versão Super Luxe recebia freios assistidos e um novo bloco de motor, com cinco mancais de apoio para o virabrequim. O câmbio automático ZF de três marchas colaborou para que o 404 se tornasse o segundo modelo mais vendido na França.
Na Europa seus principais concorrentes eram o Alfa Romeo Giulia, Lancia Fulvia, BMW 1600 e Opel Rekord. Em 1968, os freios dianteiros recebiam discos e, no ano seguinte, a família cresce com a chegada de uma versão picape.
O sucesso do 404 era tão forte que nem mesmo a apresentação do sucessor 504 no Salão de Paris de 1968 abalou seu prestígio.
A produção do sedã em Sochaux, comuna francesa onde ficava a fábrica, chegou ao fim em 1975, mas a picape permaneceu em linha por mais quatro anos, totalizando mais de 1,8 milhão de unidades francesas do 404.
Outro milhão foi produzido em países das Américas, Europa, Oceania, Ásia e África, onde a última unidade saiu em 1988. Ícone automotivo, o 404 é hoje um dos modelos mais cultuados na história da Peugeot.
Ficha Técnica: Peugeot 404 1969 (carro das imagens)
Motor: longitudinal, 4 cilindros em linha, 1.618 cm3, alimentado por carburador;
Potência: 80 cv a 5.600 rpm;
Torque: 13,5 kgfm a 2.500 rpm;
Câmbio: manual de 4 marchas, tração traseira;
Carroceria: sedã, 4 portas, 5 lugares;
Dimensões: compr., 444 cm; larg. 162 cm; alt., 145 cm; entre-eixos, 265 cm;
Peso: 1.090 kg;
Pneus: 165 x 380 R15.