segunda-feira, 9 de setembro de 2019

O Quintal do Pedreiro, Campo S. Vidal e Santa Maria della Carità, Veneza, Itália (The Stonemason's Yard, Venice: Campo S. Vidal and Santa Maria della Carità) - Giovanni Antonio Canal "Canaletto"

O Quintal do Pedreiro, Campo S. Vidal e Santa Maria della Carità, Veneza, Itália (The Stonemason's Yard, Venice: Campo S. Vidal and Santa Maria della Carità) - Giovanni Antonio Canal "Canaletto"
Veneza - Itália
National Gallery Londres
OST - 124x163 - Aproximadamente 1725


The Stonemason's Yard (formally known as Campo S. Vidal and Santa Maria della Carità) is an early oil painting by Giovanni Antonio Canal, better known as Canaletto. It depicts an informal scene in Venice, looking over a temporary stonemason's yard in the Campo San Vidal and across the Grand Canal towards the church of Santa Maria della Carità. Painted in the mid to late 1720s, it is considered one of Canaletto's finest works.
The painting measures 123.8 by 162.9 centimetres (48.7 in × 64.1 in).[1] It depicts a Venetian scene looking roughly southwest over a temporary stonemason's yard situated in an open space beside the Grand Canal known as the Campo San Vidal ("campo", literally field, used in Venice to denote a small open space). Several masons are at work shaping and carving stone probably destined for the reconstruction of the nearby church of San Vidal (immediately behind the viewer and so not visible in the painting; its Palladian façade was renovated in the 1730s) or possibly for the embellishment of a nearby palazzo (the Palazzo Cavalli-Franchetti and Palazzo Barbaro are close by, to the viewer's left). The side of the medieval church of Santa Maria della Carità, reconstructed in the 1440s, stands on the opposite bank of the Grand Canal, to the left of the façade of the Scuola Grande della Carità; the tower of the church of San Trovaso is visible rising over the rooftops in the distance.
In addition to the architectural details, The Stonemason's Yard shows scenes of daily life in Venice, probably in the early morning: a cock crows on a windowsill to the lower left, and sunlight streams in from the left behind the viewer's (east). The mainly domestic buildings are generally in poor repair, with typical Venetian flared chimney-pots. Laundry hangs from many of the windows, and pot plants stand on several balconies. One woman is using a distaff and drop spindle to spin thread on a balcony to the right; another draws water from a well in the campo beside a wooden shed, from a well-head shaped like the capital of a column. Two children are playing in the foreground to the left: one is falling over and urinating involuntarily in surprise, as a woman lunges forward to catch him; another woman looks down from a balcony above. A gondola with canopied cabin passes on the canal, with others moored on either bank.
Unsigned and undated, the painting is attributed and dated by stylistic clues. It seems to combine features of Canaletto's early and mature styles, for example in the use of two undercolours. It is a very early example of using Prussian blue in oil painting. Canaletto painted The Stonemason's Yard before 1730 while Prussian blue was discovered by Johann Jacob Diesbach in 1704. Amongst other pigments used by Canaletto in this painting were Naples yellowlead white and ochres.
The informal scene is thought to have been painted for a Venetian patron, rather than a foreign visitor to Venice, in the mid to late 1720s. Unlike many views painted by Canaletto and his fellow vedutisti, the location has changed significantly since the 1720s. The view of the opposite bank of the Grand Canal is now blocked by the high arch of the modern wooden Accademia bridge, and the church of the Carità has been much altered. The campanile fell down in 1744, demolishing the houses beside the canal in front, and much of the other stonework has been removed. The nave became the Accademia di Belle Arti di Venezia in the 1800s, and the Gallerie dell'Accademia is housed in the Scuola. The Campo remains an open space, with the well-head at its centre. The domestic building to the right remains standing.
The early ownership of The Stonemason's Yard is not known. It was in the collection of Sir George Beaumont by 1808, and was one of the paintings Beaumont donated to the British Museum in 1823, to form the nucleus of the National Gallery's nascent collection. It passed to the National Gallery in 1828, where it continues to be exhibited. It was extensively cleaned by John Seguier in 1852 - so extensively that a Select Committee investigated the cleaning practices of the National Gallery - and was cleaned again in 1955, and then restored, relined and remounted in 1989. Some early retouchings, clouds now concealed under later glazings, may have been done in Beaumont's time by John Constable.

Aeroporto de Congonhas, São Paulo, Brasil


Aeroporto de Congonhas, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Foto Postal Colombo N. 33
Fotografia - Cartão Postal

Texto 1:
Chegada do avião Sud Aviation Caravelle no Aeroporto de Congonhas, anos 50. Muitas pessoas foram a pista para ver a novidade. Eram outros tempos...
Em 23 de junho de 1955 foi lançado o primeiro avião de passageiros a jato com turbinas na fuselagem. O Caravelle podia atingir velocidade de 800 quilômetros por hora e foi usado primordialmente em voos dentro da Europa.
O lançamento do novo avião representou uma verdadeira revolução na história da aeronáutica. Até 1955, a aviação civil conhecia apenas as aeronaves movidas a hélice. A história do Caravelle, como foi chamado o novo avião, começou em 1951, quando o governo francês resolveu incentivar a criação de uma alternativa para o DC-3, da norte-americana McDonnel Douglas.
A solução mais interessante parecia ser a construção de um bimotor a jato, inédito no mundo. Um ano depois, construtores franceses de aviões foram convidados a apresentar um projeto nesse sentido. A tarefa imposta pelo Ministério da Aviação da França era viabilizar uma aeronave que transportasse até 65 passageiros, mais a carga, a uma velocidade de 700 quilômetros por hora.
Venceu o projeto da Société Nationale de Constructions Aéronautiques Sud-Aviation. A empresa havia planejado um avião que poderia ser usado tanto em conexões dentro da Europa como em viagens transatlânticas. Era o SE 210 Caravelle, em alusão aos navios usados na época dos Grandes Descobrimentos.
Em vez de usar motores franceses, foram escolhidos motores britânicos da marca Rolls-Royce. Os dois protótipos iniciados em 1953 foram apresentados ao público durante a Exposição de Aeronáutica de Paris em 23 de junho de 1955. Tratava-se de uma enorme questão de prestígio para a aviação francesa.
Uma semana antes, o piloto francês Pierre Navot havia testado com êxito um dos protótipos. O sensacional para a época era a colocação das turbinas. Para melhorar a aerodinâmica, elas haviam sido presas em gôndolas diretamente na fuselagem, na parte traseira do avião, o que também diminuiu os ruídos para os passageiros.
As principais vantagens aerodinâmicas do novo avião eram sua grande estabilidade, a liberdade da circulação de ar ao longo da fuselagem e o seu eixo longitudinal. Outra sensação era que o Caravelle podia manobrar e decolar apenas com um dos motores.
Outras novidades do avião de 32 metros de comprimento eram as escadas, situadas atrás das asas, as janelas triangulares e a velocidade de até 800 km/h. O modelo fez tanto sucesso que seu conceito foi copiado pelas norte-americanas Boeing e McDonnel Douglas nos respectivos modelos 727 e DC-9.
O último Caravelle deixou o centro de montagem em Toulouse St. Martin, na França, em 1973. No total, foram produzidos 282 aviões do modelo.
Texto 2:
Era o chamado "programa de índio" de muitos paulistanos. Dependendo do ponto de partida e sem as facilidades da avenida 23 de Maio e outras artérias que nos levavam ao aeroporto, o trajeto era cansativo. Mesmo assim iámos, dizendo que era para tomar um cafezinho, quando a real intenção era ver as aeronaves "subindo e descendo". A imagem do post mostra a chegada do "Caravelle", o primeiro avião de passageiros com turbinas na fuselagem. Todos invadiram a pista para ver a novidade de perto.
Nota do blog: Lembro do meu pai ter me levado uma vez, nos anos 80. Na época havia uma cooperativa de rádio-táxi que usava as cores branco e vermelho operando no local..

Praça Júlio Mesquita, Avenida São João e o Edifício Andraus, Década de 60, São Paulo, Brasil


Praça Júlio Mesquita, Avenida São João e o Edifício Andraus, Década de 60, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Praça João Mendes e Largo Sete de Setembro, 1949, São Paulo, Brasil


Praça João Mendes e Largo Sete de Setembro, 1949, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

O canteiro de obras é da construção do Fórum.

Porta do Mosteiro de São Bento Durante Obras, 1910-1911, São Paulo, Brasil






Porta do Mosteiro de São Bento Durante Obras, 1910-1911, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


Entre 1910-1911, o célebre fotógrafo Aurélio Becherini colheu esta imagem da porta do Mosteiro de São Bento durante a reconstrução do frontispício e a torre da antiga igreja. Ao centro no alto, a inscrição 1860. À direita, a rua Florêncio de Abreu, anteriormente denominada rua da Constituição.

Inauguração da Ponte Pênsil, 1914, São Vicente, São Paulo, Brasil

Inauguração da Ponte Pênsil, 1914, São Vicente, São Paulo, Brasil
São Vicente - SP
Fotografia

Construção da Ponte Pênsil, São Vicente, São Paulo, Brasil


Construção da Ponte Pênsil, São Vicente, São Paulo, Brasil
São Vicente - SP
Fotografia 

Construção da Ponte Pênsil, cartão postal da cidade, a Ponte foi construída entre 1909 e 1913 em parceria com uma empresa alemã para levar o esgoto para o mar, composta de tubulações e simultaneamente permitiria o transporte de automóveis em um vão com 180 metros, sua inauguração motivou o crescimento das cidades de Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe.

Praça Francisco Schmidt / Avenida Jerônimo Gonçalves, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil




Praça Francisco Schmidt / Avenida Jerônimo Gonçalves, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Photo Sport
Fotografia - Cartão Postal

Texto 1:
Imagem da avenida Jerônimo Gonçalves, vista a partir do telhado da Cia. Cervejaria Paulista. 
À direita vemos a praça Francisco Schmidt, a estação Ribeirão Preto e o armazém da Cia. Mogiana. Também podemos ver as mudas de palmeiras imperiais plantadas ao longo da avenida. 
Informações obtidas no cartão postal situam a imagem no ano de 1935 (a confirmar).
Texto 2:
Praça Schmidt: Entre os anos 1884-1900, o local ocupado hoje pela praça Schmidt era conhecido como largo da Estação ou praça da Estação.
Em 03/11/1900, por indicação do vereador Aureliano de Gusmão, a área do terreno composto pela praça da Estação da Cia. Mogiana e dos terrenos entre esta, a avenida Jerônimo Gonçalves e ruas São Sebastião, General Osório e Duque de Caxias (pertencentes a Manoel Francisco de Carvalho e Dona Veridiana Prado e filhos), deveriam ser adquiridos para construção de uma praça em homenagem ao Cel. Francisco Schmidt. A indicação foi aceita pelo plenário.
Sobre as obras para construção da praça, no relatório de 1901, apresentado pelo intendente Joaquim Alfredo de Siqueira em janeiro de 1902, há referencia de que as casas de madeira existentes na praça da Estação foram condenadas pela Delegacia de Higiene, devendo ser reformadas. Ao invés da reforma das casas, optou-se pelo alargamento da praça através da aquisição dos terrenos entre as ruas Duque de Caxias e São Sebastião. O aterro da praça e a construção dos parapeitos ao lado do córrego foram realizados pela Cia. Mogiana através de um convênio com a Câmara Municipal.
No relatório da Prefeitura Municipal de 1923, apresentado por João Guião, há referência do calçamento com paralelepípedos na praça e no paredão do ribeirão Preto.
No relatório da Presidência da Câmara de 1925, elaborado por Fábio Barreto, foram apresentadas as obras realizadas na praça da Estação, "transformada em um parque com soberbo gramado e esplendidos passeios de mosaicos de cor, instaladas artísticas balaustradas de cimento e esbeltos suportes de ferro que sustentam belos globos de luz elétrica".
Ainda no ano de 1925, quando foi apresentado o relatório da Prefeitura Municipal de 1924, faz-se referência ao "embelezamento e construção de uma pequena casa onde acham-se instalados uma privada, um mictório e uma bomba de água para a irrigação" da praça Schmidt.
Em 1927 foi inaugurado o busto do Cel. Francisco Schmidt na referida praça.
Finalmente, no relatório da Prefeitura do exercício de 1928, apresentado pelo prefeito José Martimiano da Silva para a Câmara Municipal em 15/01/1929, na Seção de Inspetoria de Matas e Jardins, informa-se que foi reformada a praça Schmidt, seus canteiros, além de colocados bancos e um chafariz com água potável.
Texto 3:
Palmeiras: São da mesma espécie das que foram plantadas por Dom João VI no Rio de Janeiro. 
As palmeiras foram plantadas por Max Bartsch, então jardineiro contratado pela Prefeitura Municipal, e por Cassiano Esteves, funcionário da Prefeitura entre os anos de 1913-1916, ambos também responsáveis pelo plantio da vegetação das praças Carlos Gomes, XV de Novembro, Schmidt e da Bandeira.
No trabalho "Nossas Verdejantes Palmeiras", de José Pedro Miranda, o autor cita que as primeiras palmeiras plantadas nos arredores da avenida Jerônimo Gonçalves datam de 1903 e localizavam-se próximas ao Mercado Municipal (não o atual e sim o primeiro Mercado Municipal, inaugurado em 1900 e destruído por um incêndio em 1942). As palmeiras da avenida propriamente dita foram plantadas entre os anos de 1912 e 1927. 
Vale lembrar que a data é sujeita a confirmação, existem controvérsias a respeito. 
O historiador Plínio Travassos dos Santos e o memorialista Prisco da Cruz Prates, por exemplo, discordam, apresentando datas diferentes para o plantio. 
Um fato a ser considerado é que o busto do Cel. Francisco Schmidt foi inaugurado em 1927, podendo já ser visto no cartão postal deste post. Portanto, as palmeiras da referida imagem não podem ter sido plantadas entre os anos 1912 e 1927. E como se isso não bastasse, o cartão postal menciona 1935 como ano da imagem (informação a confirmar), mostrando as palmeiras ainda recém plantadas.
Também existe uma versão que diz que as palmeiras originalmente plantadas foram perdidas na enchente do ribeirão Preto de 1927, sendo as mostradas nessa imagem outras, posteriormente plantadas no lugar das originais (informação a confirmar).
Texto 4:
Avenida Jerônimo Gonçalves: É a avenida que margeia o ribeirão denominado "Preto" (o nome da cidade de Ribeirão Preto advém desse córrego).
A avenida Jerônimo Gonçalves começa na confluência da avenida Fábio Barreto com avenida Francisco Junqueira. 
Foi denominada através da Lei n. 32 de 29 de junho de 1897, retificada através do Ato n. 75, de 05 de setembro de 1939.
A avenida foi um dos primeiros referenciais viários da cidade, no seu entorno foram instalados ao longo do tempo vários edifícios, equipamentos e complexos comerciais, industriais e de transporte, como, por exemplo, a estação Ribeirão Preto da Cia. Mogiana e seus armazéns, etc. Além disso, fábricas de bebidas (Antarctica e Paulista), Mercado Municipal, hotéis, etc.
As obras de intervenção urbana realizadas na avenida e em seu entorno datam da década de 1880, segundo os documentos oficiais da Intendência e Prefeitura Municipal, responderam a princípio à necessidade de saneamento dos córregos da cidade, em função da epidemia de febre amarela e, posteriormente, aos postulados de "limpeza e embelezamento" empreendidos durante as décadas de 1910 e 1920. 
As obras para evitar as enchentes (retificação, aterramento e desobstrução do leito do ribeirão Preto) são citadas nos relatórios oficiais da Intendência, Presidência da Câmara e Prefeitura Municipal, desde o ano de 1896.
A partir da década de 1930, com a decadência da economia cafeeira e declínio do transporte ferroviário, novos equipamentos foram instalados na avenida, como por exemplo o Pronto Socorro Municipal e a estação Rodoviária; ao mesmo tempo, foram mantidas as casas comerciais e o Mercado Municipal.
Apesar do intenso processo de transformação ocorrido a partir da década de 1960, com a demolição do complexo ferroviário, a avenida Jerônimo Gonçalves e suas palmeiras mantêm-se como um importante elemento de representação da identidade cultural de Ribeirão Preto, sendo sua imagem apresentada, ainda nos dias de hoje, como um dos principais "cartões-postais" da cidade.

Vista Aérea, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


Vista Aérea, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

Vista aérea de Ribeirão Preto. No fundo do lado direito a estrutura redonda é a Rotunda (local para manobra dos trens) da Cia. Mogiana. É possível avistar, acima e na esquerda, os prédios dos theatros Pedro II e Carlos Gomes bem como o edifício Diederichsen e no centro a Catedral. Em primeiro plano estão as áreas da Vila Tibério e Vila Monte Alegre quase sem urbanização. Vista do estádio do Botafogo Futebol Clube. 


Vista Parcial, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil






Vista Parcial, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Foto Esporte N. 29
Fotografia - Cartão Postal


Ao fundo, na parte superior esquerda da foto, é possível ver a mata do Bosque Municipal Fábio Barreto. No alto do morro de São Bento é possível ver a estátua do Cristo, o longo prédio horizontal do Mosteiro de São Bento e, na parte baixa do morro, a cúpula do ginásio Gavino Virdes, parte do complexo da Cava do Bosque. 
Vista aérea do centro da cidade entre as ruas Lafaiete e Saldanha Marinho. 
Ao fundo vemos o Bosque Municipal Fábio Barreto, o Mosteiro de São Bento e a Vila Paulista (atual Jardim Paulista).
Nota do blog: Década de 50.