sábado, 5 de setembro de 2020

Estereoscopia do Forte de São Francisco da Barra / Forte do Picão, Circa 1870, Recife, Pernambuco, Brasil - Marc Ferrez


Estereoscopia do Forte de São Francisco da Barra / Forte do Picão, Circa 1870, Recife, Pernambuco, Brasil - Marc Ferrez
Recife - PE
Fotografia - Estereoscopia

Nota do blog: Imagem de Marc Ferrez.

Forte de São Francisco da Barra / Forte do Picão, Recife, Pernambuco, Brasil


Forte de São Francisco da Barra / Forte do Picão, Recife, Pernambuco, Brasil
Recife - PE
Édition de la Mission de Propagande
Fotografia - Cartão Postal

Ruínas do Forte de São Francisco da Barra / Forte do Picão e Farol da Barra, Recife, Pernambuco, Brasil








Ruínas do Forte de São Francisco da Barra / Forte do Picão e Farol da Barra, Recife, Pernambuco, Brasil
Recife - PE
Fotografia

Nota do blog: O abandono e falta de conservação do Farol da Barra por parte do poder público é evidente. Mas ele ainda pode ser considerado um "privilegiado". O Forte do Picão teve um destino muito pior como atesta a foto inicial desta postagem...

Forte de São Francisco da Barra / Forte do Picão, Recife, Pernambuco, Brasil


Forte de São Francisco da Barra / Forte do Picão, Recife, Pernambuco, Brasil
Recife - PE
Ramiro M. Costa
Fotografia - Cartão Postal


O Forte de São Francisco da Barra, também conhecido como Castelo do Mar, Forte da Barra, Forte do Picão e Forte da Laje, localizava-se no extremo norte da cidade do Recife, sobre os recifes de pedra que protegiam o seu porto, no litoral do estado de Pernambuco, no Brasil.
Erguido a partir de 1608 (ou do último decênio do século XVI, cf. GARRIDO, 1940:66) com risco do Engenheiro-mor e dirigente das obras de fortificação do Estado do BrasilFrancisco de Frias da Mesquita (1603-1634), destinava-se a proteger a barra do canal de acesso e o porto do Recife de Olinda. Com planta no formato de um polígono hexagonal irregular, foi artilhado originalmente com seis peças de bronze. Deve ter sido terminado por volta de 1614, uma vez "que depois de haver acabado com grande louvor a Fortaleza da Lajem do Recife, [Francisco da Mesquita] se ofereceu para acompanhar Jerônimo de Albuquerque [Maranhão contra os franceses em São Luís]." (MARQUES, 1970:280). Encontra-se figurado por João Teixeira Albernaz, o velho no mapa de Recife e Olinda como "D - O forte novo da laje do porto" (Livro que dá Razão do Estado do Brazil, c. 1616. Biblioteca Pública Municipal do Porto).
No contexto da segunda das Invasões holandesas do Brasil (1630-1654), materializada a invasão da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais em Fevereiro de 1630, esta fortificação - que os invasores chamaram de Castelo do Mar -, junto com o Forte de São Jorge Velho (o Castelo de Terra), que lhe era fronteiro e com quem cruzava fogos, foram as únicas a oferecer resistência, capitulando aquela a 20 de Fevereiro, e esta a 2 de Março (GARRIDO, 1940:66-67).
Sobre esta estrutura, Maurício de Nassau, no "Breve Discurso" de 14 de Janeiro de 1638, sob o tópico "Fortificações", reporta:
"Defronte do Castelo de São Jorge, sobre o arrecife de pedra, no mar e na entrada da barra, fica um outro belo castelo de pedra, por nós denominado Castelo do mar. Este tem sido um tanto danificado pelo mar, que, batendo nele com toda a força e em todas as marés, tem arrancado na parte inferior algumas pedras. Tratamos com o mestre, que foi o seu primitivo construtor, para que, com o auxílio de pedreiros portugueses, tape o rombo e o segure contra o mar, o que é indispensável para prevenir futuros danos."
De fato, a estrutura recebeu obras de recuperação em 1638, a cargo dos Engenheiros neerlandeses Vasser e Castell (GARRIDO, 1940:66).
O "Relatório sobre o estado das Capitanias conquistadas no Brasil", de autoria de Adriaen van der Dussen, datado de 4 de Abril de 1640, complementa:
"Em frente ao Castelo de Terra [Forte de São Jorge] situa-se, do lado do mar, na entrada da barra, sobre o recife de pedra, o Castelo do Mar, construído com pedras, elevado, sem flancos; é de forma arredondada, octogonal. Ali há 7 peças de bronze, todas espanholas, a saber: 1 de 24 libras, 1 de 20 lb, 2 de 12 lb, 1 de 18 lb e 2 de 10 [lb]; domina a barra e todo o porto e o istmo que lhe fica em frente, podendo alcançar com seus tiros o Recife, o Castelo de São Jorge, o Forte do Brum e o reduto."
BARLÉU (1974) transcreve a informação: "(...) Em frente do Castelo da Terra, vê-se o do Mar, de forma redonda, formidável por sete peças de bronze, destinado à defensão do porto, da barra e do litoral. Ficam-lhe ao alcance o Recife, os fortes de São Jorge e do Brum e o Reduto." (op. cit, p. 142)
Figura nos mapas de Frans Post (1612-1680) da Ilha de Antônio Vaz (1637), e de Mauritiopolis (1645. Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro), e no mapa "A Cidade Maurícia em 1644", de Cornelis Golijath (in: BARLÉU, Gaspar. História dos feitos recentemente praticados no Brasil. Amsterdã, 1647).
O francês MOREAU (1979), acerca do período entre 1646-1648, relata:
"O Recife está construído (...) numa das orlas desta passagem [abertura no costão do recife de pedra], da largura de cem passos e sobre a própria rocha, do lado meridional. Há um forte de pedra, redondo, de cem passos de círculo, que o mar banha de todos os lados, munido de vinte grandes peças de ferro fundido e de uma guarnição ordinária de cinquenta homens, e do qual os navios que chegam devem dar-se conta para não se aproximar muito; ancoram a meia légua dele e depois vêm dar-se a conhecer nos escaleres com as cartas trazidas para Recife; isto feito, envia-se uma deputação a estes navios a fim de examiná-los, antes de conceder-lhes entrada no porto. (...)"
Foi evacuado pelas forças neerlandeses quando da Capitulação do Campo do Taborda em 1654 (GARRIDO, 1940:67).
Em 1817, em ruínas, o Forte da Barra foi reconstruído pelo Governador de Pernambuco, General Luís do Rêgo, com o formato de polígono eneagonal irregular, artilhado com seis peças (SOUZA, 1885:83), passando a abrigar o Farol do Recife (inaugurado em 1821), também conhecido como Farol da Barra ou do Picão. SOUZA (1885) complementa que, à época, este forte estava classificado como de 2ª Classe (op. cit., p. 83).
No século XX, a fortificação passou ao Ministério da Fazenda (1905), estando em ruínas em 1906. Quando das obras de construção do porto do Recife, as suas ruínas foram cobertas pelo enrocamento do quebra-mar Sul (GARRIDO, 1940:67), descaracterizando-o completamente. As reformas de que foi objeto desde então visaram apenas consolidar e proteger a base quadrada do farol, no formato artístico de um forte com ameias para recordar a sua origem, no quebra-mar que atualmente dá acesso ao porto.

Praça Rui Barbosa e Avenida Júlio de Castilhos, Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil


Praça Rui Barbosa e Avenida Júlio de Castilhos, Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil
Caxias do Sul - RS
Edicard
Fotografia - Cartão Postal

Túnel da Conceição / Viaduto da Conceição, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil



Túnel da Conceição / Viaduto da Conceição, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Edicard
Fotografia - Cartão Postal


Túnel da Conceição é um túnel brasileiro localizado no centro da cidade de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul. É composto por um vão subterrâneo em cima de outro, um para cada sentido do trânsito.
As obras de construção do túnel da Conceição começaram em 1970, e integravam um conjunto de intervenções urbanas realizadas na gestão do prefeito Telmo Thompson Flores. Construído em concreto armado, o túnel foi concluído e entregue à população em 8 de agosto de 1972, para fazer a ligação entre a Elevada da Conceição e a Avenida Osvaldo Aranha. O complexo faz parte da I Perimetral.
É composto por dois ramos:
Ramo A, no sentido centro-bairro, com 150 metros de comprimento e quatro faixas de rolamento de 3,50 metros cada
Ramo B, no sentido bairro-centro, com 250 metros de comprimento e quatro faixas de rolamento de 3,50 metros cada
Tem altura limite de 4,30 m para a passagem de veículos altos.
Os principais elementos estruturais do túnel são as sapatas corridas da fundação, as paredes de contenção e as lajes nervuradas do piso intermediário e da cobertura. Como elementos secundários incluem-se os muros de contenção, os guarda-corpos de concreto e a estrutura da chaminé de ventilação.
O túnel da Conceição passou pela primeira reforma estrutural completa a partir de 9 de outubro de 2010. As obras representaram um investimento de 2,65 milhões de reais, com previsão de durar 18 meses, e integraram-se aos projetos de mobilidade urbana já visando a realização da Copa do Mundo de Futebol de 2014 em Porto Alegre.

Metrô, Boulevard de la Villete, 1905, Paris, França



Metrô, Boulevard de la Villete, 1905, Paris, França
Paris - França
N. 397
Fotografia - Cartão Postal

Pelourinho, Alcântara, Maranhão, Brasil


Pelourinho, Alcântara, Maranhão, Brasil
Alcântara - MA
Edicard
Fotografia - Cartão Postal

Estátua de Iracema, Mucuripe, Fortaleza, Ceará, Brasil


Estátua de Iracema, Mucuripe, Fortaleza, Ceará, Brasil
Fortaleza - CE
Fotografia


A estátua de Iracema, localizada na Praia do Mucuripe, faz parte da história de Fortaleza. Desde sua inauguração, em 24 de junho de 1965, o local virou um dos pontos turísticos mais conhecidos da cidade. A arte foi inspirada na obra do autor romancista cearense, José de Alencar.
O conjunto foi criado pelo artista pernambucano José Corbiniano Lins, e representa o momento da partida da família de Iracema, que está em uma jangada.
A escultura retrata, além da personagem Iracema de José de Alencar, o companheiro da índia, Martim Soares Moreno, o filho Moacir e o cachorro Japi.
Em 2012 reinaugurou-se as esculturas após um trabalho de restauração. O processo foi realizado pelo artista plástico Franzé D'Aurora em parceria com a iniciativa privada.
Finalizando, segundo o historiador e professor Airton de Farias, o monumento tem dois propósitos: exaltar o escritor e seu livro. "A estátua mostra uma visão estereotipada dos índios, que era comum no Ceará. A realidade foi bem diferente e violenta".

Estátua de Iracema, Mucuripe, Fortaleza, Ceará, Brasil


Estátua de Iracema, Mucuripe, Fortaleza, Ceará, Brasil
Fortaleza - CE
Edicard
Fotografia - Cartão Postal