segunda-feira, 18 de abril de 2022

Ford Maverick GT Quadrijet 1975, Brasil

 









Ford Maverick GT Quadrijet 1975, Brasil
Fotografia


O Ford Maverick foi uma das maiores atrações do oitavo Salão do Automóvel de São Paulo, realizado no fim de 1972. Presente no mercado americano desde 1969, ele foi idealizado para ser um automóvel barato, confiável e fácil de manter (como seu antecessor, o Ford Falcon).
Aqui, ele ficaria posicionado entre o popularíssimo Ford Corcel e o sofisticado Ford Galaxie. O objetivo era ingressar na faixa de mercado que o Chevrolet Opala dominava.
O lançamento só aconteceu em junho de 1973 devido a alterações como a adoção do motor de seis cilindros, 3 litros e 112 cv. Derivado de um antigo projeto Willys, esse motor nada tinha a ver com o do Maverick norte-americano, pois ainda usava válvulas de escapamento no bloco. Seu rendimento estava abaixo do esperado: 0 a 100 km/h em 20,8 segundos, com máxima de 150 km/h consumo médio de 7,7 km/l.
Percorrendo 7,2 km com 1 litro, o motor V8 era uma opção para as versões Super e Super Luxo: importado, tinha 5 litros de cilindrada e 197 cv. Vinha de série na versão esportiva GT, que ia de 0 a 100 km/h em 11,6 segundos, com máxima de 175,6 km/h.
Foi com esse V8 que o Maverick estreou nas pistas com uma vitória sobre o Chevrolet Opala nas 25 horas de Interlagos de 1973. Equipado com novo motor 250-S, o Opala deu o troco nas 25 horas de Interlagos de 1974. Mas, para superá-lo, o chefe de equipe Luiz Antônio Greco desenvolveu o lendário Maverick Quadrijet.
O V8 recebeu carburador Holley de corpo quádruplo, coletor Edelbrock, comando de válvulas Iskenderian, cabeçotes com tuchos sólidos, molas duplas e juntas mais finas. A potência chegou a 257 cv, suficientes para o Maverick acelerar de 0 a 100 km/h em 7,8 segundos e alcançar os 200 km/h. Avaliado em julho de 1974, o Maverick Quadrijet exigia habilidade nas arrancadas para evitar que os pneus perdessem tração. A taxa de compressão mais alta exigia o uso de gasolina azul: o consumo variava de 2,2 a 6,5 km/l.
Seu comportamento dinâmico estava no padrão da época, com suspensão de braços duplos sobrepostos na dianteira e eixo rígido com molas semielípticas na traseira. A direção é lenta, com muitas voltas de batente a batente e os freios exigem cautela.
O domínio nas pistas não se refletiu no mercado: o Maverick foi afetado pela crise petrolífera de 1973, apenas quatro meses após seu lançamento e em uma época em que o Brasil importava 80% do petróleo consumido.
A Ford bem que tentou provar que o motor de 6 cilindros era econômico. Mas, em junho de 1975, lançou o Ford OHC, de 4 cilindros, com comando de válvulas no cabeçote e fluxo cruzado de gases. Seus 2,3 litros de cilindrada resultavam em 99 cv declarados. Produzido na nova fábrica de motores de Taubaté, esse motor deixou o Maverick mais rápido e veloz: o 0 a 100 km/h caía para 15,3 segundos e a máxima subia para 155 km/h. O consumo era de 9,1 km/l.
O menor peso sobre o eixo dianteiro melhorou até a sua estabilidade. Mas era tarde demais para salvar a imagem do Maverick. Baseado no alemão do Opel Rekord, o Opala oferecia maior espaço interno e pesava cerca de 150 kg a menos, com reflexos óbvios no consumo e desempenho.
A segunda fase do Maverick no Brasil começou em 1977, com diversas alterações técnicas e estéticas, mas o prego no seu caixão foi martelado pela própria Ford: o Corcel II, lançado em 1978. Mais leve e eficiente, o novo carro exibia linhas retilíneas, que envelheceram ainda mais o estilo do Maverick.
A Ford chegou a considera uma reestilização completa do Maverick, mas o cenário incerto da economia mundial decretou seu fim e 1979. Pouco mais de 108.000 unidades foram produzidas e uma parcela considerável acabou sucateada ao longo das décadas de 1980 e 90.
Estima-se que hoje, apenas 7% dos Maverick produzidos no Brasil estejam em condição de rodagem. É o motivo pelo qual as unidades remanescentes figuram entre os modelos mais valorizados no mercado de antigos: um GT com motor V8 original tem valor aproximado de R$ 250.000, ao passo que os raríssimos Quadrijet superam os R$ 300.00.
Ficha Técnica Ford Maverick GT Quadrijet 1975:
Motor: gas.; diant.; long.; V8, 4.950 cm3, comando de válvulas simples no bloco, carburador de corpo quádruplo.
Potência: 257cv a 4.600 rpm.
Torque: 41,6 kgfm a 2.400 rpm.
Câmbio: manual, 4m., tração traseira.
Carroceria: aço estampado, cupê, 2 portas, 5 lugares.
Pneus: diagonais D70-14.
Dimensões: comprimento, 458 cm; largura, 179 cm; altura, 136 cm; entre-eixos, 261 cm; peso, 1.400 kg.
0 A 100 Km/h: 7,9 segundos.
Velocidade máxima: 200 km/h.
Consumo médio: 2,2 km/l cidade; 6,5 km/l estrada.

Cine UFA, 1936, São Paulo, Brasil


 



Cine UFA, 1936, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Imagem do recém inaugurado cine UFA, que futuramente viraria Cine Art-Palácio. No cartaz de estréia o filme "Mayerling" do diretor Anatole Litvak.

domingo, 17 de abril de 2022

Folder "Yamaha RD 350", Yamaha, Brasil

 










Folder "Yamaha RD 350", Yamaha, Brasil
Fotografia

Nota do blog: Se um dia me perguntarem se tive uma frustração na vida, a resposta está acima. Quando adolescente sempre quis ter uma Yamaha RD 350 na cor branca do ano do folder acima (diferente da maioria do pessoal que preferia a preta, então chamada de "viúva negra"). Infelizmente a situação financeira não permitiu na época. Confesso que nos tempos atuais, já em melhor situação financeira, já pensei várias vezes em adquirir uma, mas sempre desisto, fico com o sentimento de que não será a mesma coisa. Talvez seja melhor conviver com a lembrança (frustrada) daquela época...rs.

Estação Santa Cruz, Metrô, 1989, São Paulo, Brasil


 

Estação Santa Cruz, Metrô, 1989, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Nota do blog: Na época ainda não existia o Shopping Metrô Santa Cruz.

Mapa "Município de Florianópolis", 1968, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil


 

Mapa "Município de Florianópolis", 1968, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil
Mapa

Companhia Hering, Blumenau, Santa Catarina, Brasil


 

Companhia Hering, Blumenau, Santa Catarina, Brasil
Blumenau - SC
Fotografia

Igreja das Dores / Basílica Nossa Senhora das Dores, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil






 

Igreja das Dores / Basílica Nossa Senhora das Dores, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Fotografia - Cartão Postal


A Igreja Nossa Senhora das Dores é localizada à rua dos Andradas, 587. 
É a mais antiga igreja da cidade ainda de pé. Sua construção se arrastou por muito tempo e o plano da fachada foi modificado quando ainda estava em obras, exibindo hoje um estilo eclético, mas o interior é ricamente decorado com talha dourada num estilo Barroco tardio com elementos neoclássicos, além de possuir um importante grupo de estátuas barrocas de Cristo em tamanho natural representando o ciclo da Paixão. Sede de antigas tradições religiosas e edifício de grande significado histórico e artístico, foi tombado em nível nacional pelo IPHAN.
O culto a Nossa Senhora das Dores:
As celebrações em torno dos sofrimentos de Maria tem origem no século XV, mas somente em 1667 foi estabelecida uma liturgia com iconografia definida. Assim, as chamadas Sete Dores de Maria — a profecia de Simeão, a fuga para o Egito, a perda de Jesus no Templo aos doze anos, o caminho da cruz, a crucificação, a deposição e o sepultamento de Jesus — passaram a ser representados simbolicamente por sete espadas, ou às vezes uma só, cravadas no coração da Virgem. Esta devoção foi introduzida em Portugal pelos padres Oratorianos, e chegou ao Brasil por volta de 1770, estabelecendo-se primeiramente em Minas Gerais.
A Irmandade:
Em Porto Alegre o culto já era registrado em 1779, quando um grupo de devotos mandava celebrar uma missa especial todas as sextas-feiras em honra de sua Padroeira, entronizada num dos altares laterais da antiga Matriz da Mãe de Deus. Este núcleo foi a origem da Irmandade de Nossa Senhora das Dores, que foi organizada definitivamente em 1801. Em 1819 um Indulto Apostólico elevou a Irmandade à categoria de Ordem Terceira, subordinada aos padres Servitas, mas só foi confirmada em 18 de setembro de 1824, com uma série de exigências para admissão de novos membros, o que ameaçou a Ordem de extinção. Por causa disso o Prior da Irmandade revogou os impedimentos, admitiu antigos integrantes e aumentou as contribuições. Em 24 de outubro de 1832 foi criada como freguesia autônoma, desmembrada da paróquia da Mãe de Deus, mas por ser uma comunidade pobre e ainda estar envolvida em uma construção dispendiosa só recebeu um pároco em 1859, quando o Imperador Dom Pedro II indicou o padre José Soares do Patrocínio Mendonça para o cargo.
Histórico do prédio:
É a igreja mais antiga da cidade ainda existente, tendo sua pedra fundamental lançada em 2 de fevereiro de 1807. Em meados de 1813 já estava concluída a capela-mor, e em 23 de junho deste ano foi trasladada a imagem de Nossa Senhora das Dores da antiga Matriz até a sua nova casa.
O corpo do edifício até 1846 estava ainda limitado à capela-mor, quando o Luís Alves de Lima e Silva destinou-lhe quatro contos de réis para início da construção da nave. Com as paredes erguidas por volta de 1857, João do Couto e Silva instalou o telhado e terminou a fachada (ainda sem revestimento) e a abóbada, terminando esta etapa em 1860. Como o projeto inicial fora alterado, uma comissão foi constituída em 1863 para realizar as necessárias correções, supervisionadas por Luiz Vieira Ferreira e concluídas em 1866. O templo foi então consagrado em 10 de maio de 1868 por Dom Sebastião Dias Laranjeira. A escadaria monumental da frente só seria terminada em 1873, sendo que o acesso anteriormente se dava pela rua Riachuelo, atrás da igreja.
Até o fim do século XIX o edifício não recebera revestimento nem possuía torres, e então a comunidade reuniu forças para os arremates necessários. O projeto original em estilo barroco colonial, já desfigurado, foi definitivamente abandonado, e encomendou-se um novo do arquiteto Júlio Weise, que traçou uma fachada em estilo eclético com influência germânica, onde se incluíram três esculturas do artista João Vicente Friedrichs, representando a Fé, a Esperança e a Caridade, mais um frontão em baixo-relevo.
As obras só foram terminadas em 1904. Segundo a lenda, a demora na sua conclusão ocorreu devido à maldição de um escravo, condenado à forca injustamente pela acusação do roubo de um colar da imagem de Nossa Senhora. Contudo, o historiador Sérgio da Costa Franco alega que a história é falsa, e a condenação do dito escravo ocorreu em virtude de um assassinato.
Foi tombada e declarada patrimônio histórico e artístico nacional em 1938, sendo a única igreja de Porto Alegre tombada em nível nacional, sob fiscalização do IPHAN.
No período de 1951 até finais dos anos 70, a igreja ficou aos cuidados dos Padres da Congregação do Santíssimo Sacramento, convidados pelo então Arcebispo de Porto Alegre, Dom Alfredo Vicente Scherer para dar início à Obra da Adoração Perpétua na capital gaúcha, tendo como Santuário a Matriz das Dores.
O interior:
Seu interior ainda apresenta muito das primitivas feições coloniais. A entrada se faz através de três portas, sendo que a central desemboca em um pára-vento envidraçado. Acima existe um coro de madeira, suportado por arcos e colunas coríntias. Há uma só nave, ladeada por uma série de altares ricamente entalhados e dourados por João do Couto e Silva, com perfil em arco redondo e larga moldura decorada, colunas salomônicas e baldaquinos, além de nichos para estatuária. Também se alinham na nave diversas tribunas com portas de vitral e gradis bombée em ferro trabalhado, e dois púlpitos. A pintura do teto, dividido em caixotões, é obra de Germano Traub, basicamente em motivos florais e geométricos, com medalhões figurativos. Os lustres são um trabalho contemporâneo.
A capela-mor é delimitada por um grande arco redondo com um friso floral e uma pintura com querubins. Possui também tribunas e o altar-mor é uma bela peça em estilo escalonado, já de traços neoclássicos, com um grupo escultórico no topo, com imagens de Cristo na cruz, ladeado pela Mater Dolorosa e por São João. Desta capela abrem-se portas para uma outra capela à esquerda, mais simplesmente decorada, e salas de administração à direita.
O templo possui diversas estátuas preciosas, dentre elas sete imagens representando os passos da Paixão de Jesus Cristo, trazidas de Portugal em 1871; duas imagens da santa padroeira da igreja, uma de 1820, com rosto de porcelana, e outra da segunda metade do século XVII, com espada e diadema de prata; um São Francisco Xavier, vindo da Itália, e um Sagrado Coração de Maria, oriundo da Espanha.
Projetos de restauro:
Depois de sua conclusão, com o passar dos anos a igreja sofreu séria deterioração, e obras de restauro foram realizadas em caráter emergencial em 1980 no telhado e forro, em 1996 na capela-mor, e em 1998 na escadaria. De 2001 em diante novas obras, desta vez para remodelamento do estacionamento e ampliação do salão de festas, utilizando os recursos provenientes da comunidade e das Leis de Incentivo à Cultura em nível estadual e federal, um projeto que foi continuado a partir de 2003 para recuperação dos bens integrados do interior, tais como altares, forro, pinturas decorativas, coro e outras peças e imagens destinadas a formarem futuramente um museu de arte sacra.
A partir de 2007 teve início a recuperação do exterior, tendo sido incluída no Projeto Monumenta, com participação do BID, da UNESCO e do Banco Mundial. Também está sendo planejada a prospecção arqueológica do subsolo da igreja e de seus arredores, realizada em parceria com o Projeto de Arqueologia Urbana desenvolvido pelo Museu Joaquim Felizardo.

Vila de União da Vitória, Paraná, Brasil


 

Vila de União da Vitória, Paraná, Brasil
União da Vitória - PR
Édition de la Mission de Propagande
Fotografia - Cartão Postal

Auditório Araújo Vianna, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil


 

Auditório Araújo Vianna, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Fotografia - Cartão Postal

Vista Chinesa, Tijuca, Rio de Janeiro, Brasil


Vista Chinesa, Tijuca, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia - Cartão Postal