quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Propaganda "Lambretta", Innocenti, Itália


 

Propaganda "Lambretta", Innocenti, Itália
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Igreja São José / Santuário São José, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil


 

Igreja São José / Santuário São José, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Belo Horizonte - MG
Ed. Oliveira, Costa & Cia N. 29
Fotografia - Cartão Postal

A Igreja São José é uma igreja em estilo eclético de influência neo gótica localizada no centro de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Construída pela congregação dos redentoristas, é um dos mais notáveis monumentos construídos em Belo Horizonte. 
A pedra fundamental da matriz foi lançada em 20 de abril de 1902, em consequência ao convite do bispo da então Diocese de Mariana, Dom Silvério Gomes Pimenta, para que os missionários redentoristas holandeses assumissem o trabalho pastoral na recente capital, que contava em 1900 com 14 mil habitantes e apenas uma paróquia.
A escolha do terreno para a construção da nova matriz foi pela colina situada entre as ruas Tamoios e Espírito Santo, com frente para a avenida Afonso Pena. Em 1904 começou a ser usado o recinto para funções religiosas, e a conclusão se deu no ano de 1910.
Com uma forma de uma perfeita cruz latina, a matriz tem 60 metros de comprimento e 19 de largura, construída em estilo neomanuelino com fortes influências holandesas.
O projeto arquitetônico é do engenheiro Edgard Nascentes Coelho, o construtor foi o irmão leigo redentorista holandês Gregório Mulders. As escadarias monumentais foram projetadas e executadas por outro irmão leigo redentorista e holandês, Verenfrido Vogels.
Teve sua decoração interior iniciada em agosto de 1910 e abriga os capitéis das belas colunas no estilo coríntio, o grandioso presbitério. A pintura interna da igreja foi feita pelo artista alemão Guilherme Schumacher, que entregou a obra em fins de 1912.
No altar-mór, um painel retrata a Santíssima Trindade entre anjos e santos. No presbitério, aparecem no teto Nossa Senhora com o Menino Jesus e 40 medalhões com os antepassados de Jesus desde Abraão até São José. Nas paredes estão os quatro evangelistas e ao lado das janelas inferiores, os Doze Apóstolos. No alto dos arcos, há seis doutores da igreja e São José, padroeiro da igreja. Nos altares laterais do lado direito, há cenas da vida de Santo Afonso, a promessa da Redenção feita a Adão e Eva e a aparição de Nossa Senhora de Lourdes a Bernadete. Do lado esquerdo, é narrada a história do quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, o Calvário e a aparição do Sagrado Coração a Santa Margarida Maria.
No corpo da igreja, no alto, estão de um lado 14 santos e do outro 14 santas, sendo que esta separação refletia o costume da época de estarem separados os homens das mulheres dentro das igrejas. Na beira do teto, oito quadros mostram a história de São José. No fundo da igreja há dois painéis apresentando José do Egito vendido pelos irmãos e exaltado num carro de triunfo. Nas naves laterais, os signos do zodíaco indicam que Deus é o Senhor dos tempos e da história.

Ferrari 250 GT Berlinetta Competizione by Pinin Farina 1955, Itália

 









































Ferrari 250 GT Berlinetta Competizione by Pinin Farina 1955, Itália
Fotografia


Developed as Ferrari phased out production of the popular 250 MM, the famous marque from Maranello would construct six prototype examples of the long-wheelbase 250 GT Berlinetta Competizione in 1955. This limited-run model would, in effect, serve as a forerunner to the revered 250 GT Berlinetta ‘Tour de France’ that went on to dominate the Tour de France Automobile from the mid-1950s through to the early 1960s.
Constructed with bodywork by Pinin Farina, the Berlinetta Competizione would make use of the 250 Europa GT platform as Ferrari pushed forward the evolution of the 250 GT series into what would become their most legendary models. The 250 GT Berlinetta Competizione was constructed on a Tipo 508 chassis, with a wheelbase of 2,600 millimetres, and fitted with the Colombo-designed Tipo 112 engine, a small-block V-12 powerplant. As a successor to the 250 MM, the 250 GT Berlinetta Competizione would adapt and evolve much of the Ferrari engineering employed in the earlier car. While these early cars would still use the old Mille Miglia-type transverse leaf front suspension, the Berlinetta bodies introduced rounded shapes as period research improved aerodynamics in car design.
This car—chassis number 0385 GT—progresses the sleek shape of the earlier 250 MM and contemporary 375 MM with a Berlinetta style featuring rounded corners around its body. Notably, 0385 GT can be distinguished by several unique features, including its lack of a boot lid, accentuating its clean and flowing lines when viewed from behind. The front suspension is independent with coil springs, and the dashboard gauges are Borletti Tipo 102 (375MM). It was also built with the more competition-oriented sliding side windows, rather than the more traditional wind-up setup. By contrast, the 250 GT models to follow would more clearly foreshadow the body shape of the 1957 Tour de France Automobile entrant, with angular design lines, air outlets behind the front wheel arches, and louvres behind the side windows.
The commission of the early 250 GT Berlinetta Competizione cars also signaled the progression of a blossoming partnership between Ferrari and Pinin Farina, with this example documented by the Pinin Farina body number 13447. Upon its completion, and wearing its original Argento livery, the car was displayed at the 1955 Turin Motor Show. It was shown alongside a 1954 250 Europa GT Coupé, also bodied by Pinin Farina, making the latter appear almost pedestrian in contrast.
The first owner of chassis number 0385 GT is documented to have been Mr. Luigi Bertett, then President of the Automobile Club of Milan. The Ferrari had two more owners in Italy before being shipped in January 1964 to a new owner in Athens, Greece. Unfortunately, the car was subsequently involved in a road accident in 1965. In 1975, after sitting in storage for several years, enterprising American Stephen Barney, who was living in Rome, Italy at the time and would later found the North Carolina Ferrari dealership Foreign Cars Italia, managed to rescue the car out of Greece. Barney brought the car back to its native Italy and soon sent 0385 GT to the official Ferrari workshop in Modena, Italy for a complete restoration, documented in the accompanying paperwork.
Not long after the restoration was completed, Barney matriculated back to the U.S. and kept 0385 GT in his car “barn” in North Carolina. In 1983 the car was sold to noted collector Brian Brunkhorst in Wisconsin, who kept it for several years before selling it to collector Hartmut Ibing in Germany. Under both of these ownerships, 0385 GT shared garage space with Ferrari 250 GTOs, among other treasures. The car subsequently moved to Japan in the late 1980s, before coming to the UK in the early 1990s. It was at this time that the exterior colour changed from its original silver to red. In 1995 UK-based marque specialists, Talacrest, carried out a complete engine rebuild on the car’s numbers-matching motor, also documented in the history file presented with the car.
By the late 1990s the car was sold to a long-term noted French collector before passing to Mr. Guikas over a decade ago. Hidden away in a preserved state, this is 0385 GT’s first public appearance in several decades. Following an inspection earlier in 2021, 0385 GT is now presented with a Ferrari Classiche Red book. As one of the best surviving of all the early 250 GT Berlinetta Competizione prototypes, 0385 GT presents its next caretaker with a unique opportunity to revitalize one of Ferrari’s most beautiful early 250 GT Berlinettas into either a future Concours d’Elegance or race winner.

Selo "Bicentenário da Independência do Brasil 1822-2022", 2022, Brasil


 

Selo "Bicentenário da Independência do Brasil 1822-2022", 2022, Brasil
Selo



Sobre o Selo:
O selo focaliza a marca oficial do Bicentenário da Independência, que traz o detalhe da espada que D. Pedro I teria bradado durante o “grito do Ipiranga” na cor amarela. O fundo do selo é verde, que juntamente com o amarelo, traz referência às cores nacionais. A técnica utilizada foi computação gráfica.
Bicentenário da Independência do Brasil:
Como essência, a Filatelia atua como instrumento disseminador da memória do patrimônio sociocultural de um povo, tanto no Brasil, como para o mundo. O registro da independência de um país, transcende os limites do seu território. Sendo assim, a temática “Independência do Brasil”, fato de relevância mundial, já foi ao longo dos anos motivo de selos postais. Podemos citar como exemplo as emissões dos anos de 1922 (Centenário da Independência), de 1962 (140º anos da Independência do Brasil) e de 1972 (Sesquicentenário da Independência).
Além desses, os Correios está lançando em uma contagem progressiva desde 2017 e que finalizará em 2022 em uma emissão conjunta com Portugal, retratando Dom Pedro I em sua última pintura feita em vida pela obra de Simplício Rodrigues de Sá.
2022, ano do Bicentenário, a Filatelia comemorará os 200 anos da soberania brasileira com um projeto especial que, além de marcar o fato historicamente com a visão tradicional da história, ligada aos grandes feitos e heróis nacionais, pretende também abordar artisticamente, personagens que não compõe o rol de heróis mas que contribuíram para o sucesso da independência, além de focalizar os movimentos populares que houve em várias partes do país em prol da autonomia brasileira.
O objetivo desta série em homenagem ao Bicentenário é mostrar visualmente que a Independência passou por diversas expressões no território brasileiro, havendo uma multiplicidade de ações e projetos políticos. Sendo assim, o projeto inicia-se com a Emissão Comemorativa da Marca Oficial do Bicentenário da Independência, e seguirá com as emissões Movimentos Populares, Personalidades, Prédios Históricos e a Participação dos Correios ao longo dos 200 anos.
Com isso, também reforçamos por meio da Filatelia, os variados estilos que demonstram a riqueza cultural e as diversas concepções artísticas com toque de brasilidade de tão importante comemoração para a nação.
A Independência do Brasil foi anunciada com um brado, mas sua conquista exigiu o sacrifício de inúmeros heróis, pessoas comuns que, apesar das diferenças que as separavam, estavam unidas sob um mesmo ideal.
O símbolo a que todos estamos acostumados unia a um só tempo corpo, alma e espírito da nação: o antigo príncipe, agora Imperador, assegurava ao novo Estado a relação de sangue com sua história, ao mesmo tempo em que afirmava nossa identidade, nosso valor e nossa soberania. Mas não fez isso só; sua esposa, exemplo de cultura, doçura e prudência, dava-lhe a segurança de estar agindo para o bem de todos os brasileiros, enquanto seus conselheiros, com o Patriarca à frente, asseguravam que o tempo seria juiz benevolente de suas ações.
Assim como a espada se desgasta e demanda nova forja, o sentimento de nacionalidade requer cuidados para se manter afiado. Somos independentes quando não submissos. Somos soberanos quando decidimos nosso próprio destino. Somos livres quando nossa vontade segue nosso coração e a vontade de Deus.
A Independência de uma nação não se completa em um momento único da história. Ela exige o esforço contínuo de ser conquistada e preservada em cada geração. Recordemos, portanto, neste ano de Bicentenário da Independência do Brasil, a nossa responsabilidade de assegurar à posteridade a Liberdade, a Soberania e a Independência que nos foram conquistadas e transmitidas por aqueles que viam longe, muito além de nós. É nosso dever em relação a eles, a nós mesmos, e a todos os filhos desta terra.

Selo "Silvio Santos 90 Anos", 2020, Brasil






Selo "Silvio Santos 90 Anos", 2020, Brasil
Selo

Em 12 de dezembro de 1930, nascia, no Rio de Janeiro, Senor Abravanel – que ao assumir o nome artístico de Silvio Santos, tornou-se uma das figuras mais carismáticas e queridas do público, detentor da carreira mais longeva e bem-sucedida da história da televisão brasileira. Sua estreia na TV ocorreu em 1962, numa trajetória de 60 anos à frente das câmaras.
A arte do selo traz uma foto de Silvio Santos em destaque, com o seu característico sorriso, seguida, na parte inferior, da inscrição “90 anos” e a assinatura do apresentador. A peça filatélica pode ser adquirida por fãs, admiradores e filatelistas.
Nota do blog: É o "Patrão", não tem o que falar, merecidissímo.


 

Selos "Queijos do Brasil", 2021, Brasil


 

Selos "Queijos do Brasil", 2021, Brasil
Selo


Sobre os Selos:
Esta emissão traz 8 queijos tipicamente brasileiros, retratados em 8 selos: queijo do Marajó, queijo de manteiga, queijo de coalho, queijo cabacinha do Araguaia, queijo minas artesanal, queijo artesanal paulista, queijo da região do Diamante-SC e queijo artesanal serrano. Para cada selo foi emitido um carimbo de 1° Dia de Circulação. Foram usadas técnicas de fotografia e computação gráfica.
Queijos do Brasil:
A produção do queijo artesanal é fruto de um conhecimento que remonta aos tempos do Brasil Colônia e que vem passando de geração a geração. Com o declínio dos principais ciclos econômicos brasileiros, o queijo foi ganhando espaço e se consolidando.
O queijo artesanal é muito apreciado pelos consumidores no Brasil. Vários desses consumidores se interessam pela origem e a forma de produção dos produtos alimentícios que consomem, assim como com a sua reputação, seu valor intrínseco e sua identidade. A Indicação Geográfica, por prever mecanismos de controle e rastreabilidade dos produtos e por promover práticas sustentáveis, que preservam a biodiversidade, se encaixam nessa tendência e agregam valor aos produtos, destacando a tipicidade de cada território.
Como os queijos artesanais brasileiros estão espalhados em todo o país, aqui trazemos as cinco regiões brasileiras representadas por alguns desses queijos.
Queijo do Marajó:
O Queijo do Marajó tem mais de 200 anos de história. Foi introduzido na região com a chegada dos colonizadores portugueses e franceses. Inicialmente era produzido apenas com leite bovino pelas famílias dos fazendeiros descendentes de europeus, sendo bastante consumido em toda a ilha. Com a chegada dos búfalos na região, ocorreu uma expansão e atualmente, o Queijo do Marajó é produzido do leite, originado principalmente de gado bubalino ou por uma composição do leite bubalino e bovino.
O Queijo do Marajó só pode ser fabricado nas condições climáticas e de manejo do rebanho característico da região. Há dois tipos de Queijo do Marajó, o tipo manteiga e o tipo creme. O queijo tipo creme é caracterizado pelo processo de cozimento da massa, denominado de “fritura”, no qual adiciona-se o creme de leite obtido do desnate do leite a ser coagulado. Com as técnicas trazidas pelos europeus, o processo produtivo do queijo tipo creme sofreu mudanças e adaptações, principalmente com o uso da desnatadeira. Já o queijo tipo manteiga é aquele que no processo de cozimento da massa, adiciona-se a manteiga propriamente dita.
A relevância da Indicação Geográfica para o produto Queijo do Marajó é imensa, por ser um diferencial que valoriza e protege a maneira de fazer, a tradição, a cultura, a identidade e agrega valor aos produtos tradicionais, abrindo mercados, promovendo o desenvolvimento econômico da ilha, melhorando a vida dos produtores de leite e de queijo do Marajó além do estímulo aos investimentos na própria zona de produção.
Queijo Cabacinha do Araguaia:
A fama do Queijo Cabacinha do Araguaia se deve ao saber fazer, que é repassado de geração a geração. O famoso queijo é produzido com a mesma qualidade e forma de produzir em 10 municípios, sendo cinco no estado de Mato Grosso e cinco em Goiás. O queijo cabacinha foi declarado patrimônio cultural nos dois estados.
A massa é preparada com várias águas, até obter uma massa lisa e brilhosa. A especificidade está na acidez da massa e no formato do produto. Em seu interior, o queijo cabacinha possui camadas como “a cebola”. O modo de preparo é diferente de queijos cabacinha de outras regiões. Apresenta o sabor do leite mais característico. Quando é frito o queijo fica crocante por fora e cremoso por dentro. O queijo é comercializado congelado e curado. Pelo saber tradicional de fazer, ele é feito manualmente no formato de cabaça e isso confere uma textura diferente de outros queijos conhecidos.
Queijo Minas Artesanal:
O Queijo Minas Artesanal tem sua origem no século XVIII, cultura trazida pelos portugueses que adentraram no território de Minas Gerais em busca de ouro e diamantes. A produção deste queijo deu-se inicialmente em torno dos territórios minerados, para a subsistência das famílias ali instaladas e também para o abastecimento de outras regiões da província assim como para a capital Rio de Janeiro.
Desde então, a produção do Queijo Minas Artesanal se espalhou pelo território mineiro, representando um fator cultural de significativa importância socioeconômica para grande parte das famílias rurais. Esta produção de queijo, mesmo com o advento da tecnologia, não cessa porque se tratar de uma atividade que tem história, pertence ao “modus vivendi” das famílias locais que desde o início da ocupação destes campos viam na fabricação do queijo uma alternativa segura de renda e de sobrevivência. Estima-se que cerca de dez mil famílias se dedicam atualmente à produção deste queijo no estado.
O governo de Minas Gerais reconhece oficialmente oito regiões produtoras do Queijo Minas Artesanal: Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Serra do Salitre, Serras do Ibitipoca, Serro e Triângulo.
Queijo de Coalho e Queijo de Manteiga:
O sertão Nordestino já nasceu pecuário, erguendo seus currais e produzindo alimentos para subsistência e para gerar economia local assumindo características próprias regionais, inclusive na forma e receitas alimentares, como os Queijos de Coalho e de Manteiga.
Não se encontram relatos históricos de onde foram criados, quem os fez e quando. O certo é que existem descrições dos viajantes da existência dos queijos sertanejos no fim do século XVII, mesmo que de forma pouco precisa e com algumas contradições, uma vez que os estrangeiros interpretavam à sua maneira os alimentos locais.
O sertanista Pery Lamartine relatava que o Queijo de Coalho era o queijo de consumo da casa e de venda na feira local, ao passo que o Queijo de Manteiga era para “conservação”, produzido para guardar para os longos períodos de seca e também para comercializar em longas distâncias. Na maioria das fazendas os dois eram, e ainda são produzidos juntos e suas histórias são fundidas nestas terras que, resistem em ser pecuária, valorizando sua cultura alimentar.
Queijo Artesanal Serrano:
A produção de Queijo Serrano ocorre única e exclusivamente nas regiões dos Campos de Cima da Serra de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, sendo um dos produtos típicos dessas regiões que, embora pertençam a dois estados, apresentam características semelhantes em termos de ambiente, cultura e história.
O início de sua fabricação remonta aos primórdios da ocupação desse território, por descendentes de portugueses e, desde então, vem sendo produzido nas propriedades rurais por milhares de produtores que transmitem o seu modo de fazer de geração a geração. Sua fabricação é influenciada pelo ambiente, alimentação do gado e pelo trabalho artesanal do manipulador, sendo considerado um alimento identitário dos habitantes da região.
É um produto artesanal fabricado em pequena escala, identificado por um conjunto de características peculiares, relacionadas ao sabor, aroma e textura, feito com leite bovino, cru e integral, em sua maioria de vacas de corte que se alimentam das pastagens nativas.
Além da importância econômica, muitas famílias produzem o queijo por uma questão cultural, pois aprenderam com seus antepassados e produzi-lo é uma necessidade do cotidiano. Primeiro queijo com Indicação Geográfica na modalidade Denominação de Origem do Brasil.
Queijo da Região do Diamante:
O queijo Diamante é um queijo de tradição colonial, produzido por aproximadamente 25 famílias, em pequenas comunidades rurais do município de Major Gercino, Santa Catarina, sendo a principal delas a comunidade de Diamante. Parte da tradição queijeira desse povoado se deve aos fortes traços da imigração europeia, especialmente de alemães, italianos e poloneses.
Trata-se de queijo produzido com leite cru, a uma altitude média de 700 metros, conferindo-lhe características especiais, influenciadas pela temperatura, umidade e suas pastagens nativas. Possui formato retangular, devido à utilização de formas de madeira de cedro rosa em tamanhos variados. Depois de pronto pode ser curado por um período de 15 a 40 dias. Estas características proporcionam a este queijo muita personalidade e identidade com um sabor suave e uma textura macia. A casca é amarela, resultante da lavagem diária das peças.
Queijo Artesanal Paulista:
Nos últimos anos a cultura queijeira vem crescendo e se difundindo no estado de São Paulo. Uma verdadeira revolução. Os consumidores na capital paulista, cada vez mais exigentes e seletivos, encontraram nos produtores do estado, uma alternativa para atenderem sua demanda.
Diante disso, os produtores paulistas foram em busca de ensinamentos, técnicas, e processos de fabricação – alguns foram buscar conhecimentos fora do país, outros desenvolveram seu próprio método de fabricação, outros tantos resgataram tradições às vezes esquecidas enraizadas no seio familiar.
Nesse mix de técnicas, surge o Queijo Artesanal Paulista – uma sinergia entre produtores de diversas regiões do estado, cada um com suas características, história, rebanho, mas sempre com o mesmo propósito – levar ao consumidor produtos elaborados com técnica, qualidade e muito sabor.
O Queijo Artesanal Paulista é por si só um grande atrativo, ele é desafiador e único. Cada produtor coloca em seu queijo o seu DNA, a sua história, a dedicação diária do homem e da mulher do campo.
O Queijo Artesanal Paulista é inovador.
Atualmente são mais de 300 variedades de queijos produzidos no estado de São Paulo, em queijarias artesanais localizadas em diversos municípios gerando renda e fortalecendo o turismo rural no estado.

Selo "Bicentenário da Revolução Constitucionalista - Revolução do Porto 1820-2020", 2020, Brasil


 

Selo "Bicentenário da Revolução Constitucionalista - Revolução do Porto 1820-2020", 2020, Brasil
Selo




Nesta emissão, é focalizado um importante evento para compreender o processo da emancipação política do Brasil em relação a Portugal: A Revolução do Porto que, em 2020, celebrou o seu bicentenário.
Este movimento faz parte do amplo e intricado contexto histórico-político que cercou a Independência brasileira. O Brasil, então já elevado à condição de membro do Reino Unido, juntamente com Portugal e Algarves, possuía grande relevância no Império português. Afinal, o Rei e sua Corte estavam instalados no Rio de Janeiro desde 1808.
Entrementes, alguns grupos sociais portugueses eram a favor da volta de de D. João para a Península Ibérica. Com a derrota napoleônica em 1815, e o fim da ocupação francesa em Portugal, eram diversos os argumentos pelo retorno do Rei, uma vez que a mudança para o Brasil foi justificada devido as ameaças da França. E esse foi um dos principais objetivos do movimento que tomou lugar em 24 de agosto de 1820, apoiada sobretudo por liberais monarquistas. Outra das suas características era a clara tendência para a moderação do poder real por meio da promulgação de uma Constituição e, por isso, o evento também é conhecido como “Revolução Constitucionalista”. Portanto, é um marco do enfraquecimento da autoridade monárquica e abertura para ideais liberais.
Esta “Revolução” não deve ser entendida com o significado atual que temos da palavra, associado a motim ou tumulto. Na verdade, foi um evento pacífico, liderado por militares. Os próprios idealizadores do movimento temiam uma associação com Revolução Francesa e seus ideais anti-monárquicos. A ideia era manter a monarquia portuguesa, embora com poderes limitados pela carta constitucional. Por isso, preferiam o termo “regeneração”.
Com a deflagração dos eventos em Lisboa, em 15 de setembro, o próximo passo foi a convocação das Cortes, que não ser reuniam desde 1689, para a elaboração da Constituição. Por fim, D. João VI concordou em retornar à Portugal e jurar fidelidade à nova carta constitucional e ele e sua corte zarparam do Rio de Janeiro em 26 de abril de 1821.
Em um primeiro momento, boa parte das províncias brasileiras foram favoráveis à Revolução e aderiram a sua causa. Inclusive, na reunião das Cortes Constituintes em 1821, responsáveis por elaborar o texto da nova Constituição, contaram com deputados brasileiros que, até o último momento, defenderam a união luso-brasileira. Contudo, estes representantes buscavam um acordo que favorecesse a liberdade política das províncias, como, por exemplo, a formação de uma Regência com nomes indicados pelos governos provinciais. De uma maneira geral as províncias, buscando autonomia de governo frente à centralização do poder no Rio de Janeiro, então capital, foram favoráveis, até certo ponto, aos ideais constitucionais.
Contudo, uma região bastante prejudicada pelos planos constituintes foi, justamente, o Rio de Janeiro, que então perderia a autoridade enquanto capital. Era defendido, dentre outras questões, o fim das instituições centrais construídas na cidade desde 1808. Então, agentes políticos antes a favor da manutenção do Império, passaram a se inclinar cada vez mais à separação política entre Brasil e Portugal.
Aos poucos, preocupadas com a perda de autonomia diante da inflexibilidade das Cortes reunidas em Lisboa, muitas províncias também aderiram a este plano e voltaram para a órbita de influência do Rio de Janeiro. Contudo, locais como Bahia, Maranhão e Pará, se mantiveram fiéis à causa portuguesa, sendo que a adesão aos planos independentistas ocorreu nesses lugares somente a partir da intervenção militar.
Portanto, a Revolução do Porto deve ser entendida a partir da complexa conjuntura política do Império luso-Brasileiro naquele momento. A Independência, que ocorrerá nos passos posteriores a esse evento, não era um plano claro e definido a princípio, e foi sendo estruturada enquanto possibilidade no desenrolar dos fatos. Mesmo em 1820, a opção pela separação ainda não era clara ou mesmo a melhor opção para diversos grupos políticos que então estavam em debate. É importante, portanto, inserir essa parte da história do Brasil na longa duração.
A partir desta discussão, podemos então analisar este selo postal, em conjunto com os outros da série. É perceptível, justamente pelo caráter seriado dos mesmos e a alusão à eventos anteriores a própria Independência, que há a preocupação em mostrar esta parte da história brasileira como um processo. Assim, não compartilha a ideia de que a mesma foi apenas um evento isolado, fruto de vontades individuais.
Além disso, a emissão serve como importante meio de divulgação de uma fonte iconográfica da época, e sua observação pode nos levar a refletir sobre como as pessoas daquele período pensavam a Revolução Constitucionalista. O selo traz uma das gravuras de Constantino Fontes (1777 – 1840), a qual faz parte de uma série de desenhos, baseados nas obras de Antonio Maria da Fonseca intitulada “Alegoria à Constituição”. O que vemos na imagem é, justamente, uma representação artística dos acontecimentos de 24 de agosto de 1820. Atualmente, estas e outras gravuras fazem parte do acervo da Sociedade Martins Sarmento, em Portugal.
O selo e a gravura nele reproduzida são subsídios para ajudar a pensar a história da Independência, bem como o contexto social e político deste momento peculiar. A observação deste pequeno pedaço de papel pode levar aos colecionadores, ou mesmo a alunos em sala de aula, incentivados pelo professor, a pensar quais as características deste evento histórico, qual a influência do pensamento liberal neste processo, que tipo de Constituição os deflagradores do movimento pretendiam promulgar e por quais motivos, e qual o diálogo deste evento com a separação entre Brasil e Portugal. Por fim, pode ser útil também à análise de qual tipo de representação imagética este e outros selos da série dão à Independência, ou seja, como este processo vem sendo reconstruído por mídias como o selo postal nas vésperas dos seus 200 anos. Nos outros três selos da série, é possível ver mais alguns eventos que estão ligados ao processo de Independência: Bicentenário de D. Leopoldina, Bicentenário da Aclamação de D. João VI e Bicentenário do retorno de José Bonifácio ao Brasil. Estes, é claro, não esgotam as inúmeras abordagens que podem ser feitas sobre a temática, e são, como toda fonte histórica, um recorte que serve à reflexão de como o evento histórico é atualmente retratado.

Selos "Bicentenário da Independência - Cipriano Barata / Frei Caneca / Pedro Pedroso / Maria Quitéria 1822-2022", 2022, Brasil


 

Selos "Bicentenário da Independência - Cipriano Barata / Frei Caneca / Pedro Pedroso / Maria Quitéria 1822-2022", 2022, Brasil
Selo




Em continuidade às celebrações dos 200 anos da emancipação brasileira, os Correios lançaram a emissão comemorativa Bicentenário da Independência – Personalidades. Os selos retratam figuras históricas que protagonizaram movimentos importantes para a independência do país. As peças filatélicas ilustram o médico baiano e entusiasta nacionalista Cipriano Barata, o líder da Revolução Pernambucana de 1817 Frei Caneca, o militar afrodescendente Pedro Pedroso, que lutou contra os monarquistas, e a heroína da Pátria Maria Quitéria, figura feminina de enorme importância na Guerra da Independência.
Os selos fazem parte da programação filatélica especial editada pelos Correios em 2022 para celebrar o Bicentenário. As quatro personalidades lembradas atuaram em diferentes lutas pela independência do país.
Nascido em Salvador, Cipriano Barata foi um publicista e político daquela época. Filho de militar português, em 1790 recebe diplomas de habilitação em Medicina, Matemática e Filosofia na Universidade de Coimbra. Em 1820, é eleito deputado para as Cortes de Lisboa, se destacando pela sua ardorosa defesa do constitucionalismo. Por suas “pregações incendiárias”, envolvimento na Conjuração dos Alfaiates e na revolução pernambucana, é preso várias vezes em diferentes províncias do império. Pela constante necessidade de migração, teve sua saúde deteriorada, vivendo em Recife, depois Paraíba e, finalmente, no Rio Grande do Norte. Retirado da política e do publicismo, e dedicado a lecionar francês e a exercer a Medicina, falece em Natal em 1838.
O recifense Frei Caneca tomou o hábito carmelita em 1796, tornando-se, a partir daí, Joaquim do Amor Divino. Depois acresce “Caneca” ao seu nome em referência ao ofício do pai, um tanoeiro português. Ordena-se frade em 1801 e em 1803 torna-se professor de retórica, geometria e filosofia. Sua militância política inicia-se na revolução de 1817: naquela ocasião exerce papel de conselheiro do exército republicano. Em 1822 revela entusiasmo com a aclamação de D. Pedro como imperador do Brasil. Contudo, mostra-se desiludido em virtude do fechamento da Assembleia Constituinte em 1823. Caneca acredita, pois, que sem um pacto garantido por uma assembleia livre e soberana jamais se poderia fundar a nova nação no Brasil. Frei Caneca participa de combates no Recife e no interior da província. Contudo, é preso e condenado à pena capital, sendo executado em 1825.
Tendo servido nas tropas de primeira linha, o recifense Pedro da Silva Pedroso foi um afrodescendente “pardo” que se assentou praça de soldado e tornou-se capitão do regimento de artilharia. Durante a revolução de 1817, Pedroso teve papel de relevo no plano militar e político na vitória dos republicanos sobre monarquistas constitucionais. Chegou a ser encarcerado e enviado à Bahia e, depois, a Lisboa. Após obter perdão, em 1822, retorna a Pernambuco, participa da deposição da primeira junta de governo e é feito Governador das Armas. Sua demissão gera a insurreição das tropas leais a Pedroso que é enviado preso ao Rio de Janeiro. Ao receber clemência de D. Pedro I, é enviado a debelar a Confederação do Equador, onde alcança a vitória. Em 1831, é um dos militares que pernoita no Campo da Honra para receber a carta de abdicação de Pedro I. Pedro da Silva Pedroso falece no Rio de Janeiro em 1849, aos 79 anos de idade.
Sabe-se pouco sobre sua vida pregressa da militar baiana Maria Quitéria de Jesus. Atuou na guerra naquela província, driblou as oposições no meio militar ao seu sexo e alista-se nos exércitos mercenários contratados por D. Pedro I para impor o projeto de independência. Maria Quitéria distingue-se nos combates, recebendo nomeações e reconhecimento do próprio Imperador, que lhe concede soldo vitalício de alferes e um hábito da Imperial Ordem do Cruzeiro. Maria Quitéria falece em Salvador a 1º de agosto de 1853.
Xilogravuras – Os selos que estampam esses personagens icônicos da história nacional, na arte de Cordeiro de Sá, estão emulados digitalmente em Xilogravura. No céu, Cipriano Barata e Frei Caneca, bons jornalistas e formadores de opinião, bradam suas ideias e espalham seus panfletos como nuvens, em meio à revoada de pássaros. Abaixo, no solo, o comandante negro Pedro Pedroso e a mulher que se travestiu de soldado, Maria Quitéria, cerram os punhos e lideram tropas no cenário que mistura campo e cidade. O Nordeste é representado pela cor da terracota, enquanto a diversidade do protagonismo de homens e mulheres, pessoas brancas, negras, indígenas, de várias classes sociais e diferentes culturas, é reforçada pela paleta colorida, nacional e pelos elementos simbólicos decorativos.
Com tiragem de 12 mil blocos e valor facial de 1º Porte da Carta cada selo, esta emissão está à venda na loja virtual e nas principais agências do país.

terça-feira, 6 de setembro de 2022